1. Spirit Fanfics >
  2. Eu e você. >
  3. Mansão dos Miller.

História Eu e você. - Mansão dos Miller.


Escrita por: Winchester17

Capítulo 4 - Mansão dos Miller.


Depois que deu meu horário,  eu fui para a minha casa. Quando estava pegando as chaves do portão, ouço umas risadas atrás de mim. Olhei de relance e percebi que era Patrick e aquela sarada que sempre estava no pub.
- Louisa?  - Patrick parou de rir e me olhou por alguns momentos.
- Oi, Pat.
- Essa aqui é a Rebecca. - Ele apontou para a mulher. - Minha noiva. Vamos nos casar em outubro.
A tal Rebecca levantou o dedo e mostrou um anel de pedras brilhantes.
- Parabéns!
Pode ser imaginação minha, mas eu vi um olhar de vencedor em Patrick. Talvez ele quisesse me mostrar que conseguiu se superar e estava em outra.
- Amor, temos que terminar a corrida. Em 30 segundos, lembra?
Ele não desviava o olhar de mim.
- Claro, meu amor. Vamos. Tchau, Lou.
Dei um Tchau cordial e entrei na minha casa. Como pode ser tão cara de pau em vim falar comigo desde o dia em que ele ligou para vários jornalistas e falou sobre Will? Canalha.
Entrei em casa e o vovô estava sentado, como de costume, vendo um noticiário. Minha mãe vinha de um lado para o outro na cozinha. Eu fui até lá. 
- Mãe?  Podemos conversar?
Ela parou o que estava fazendo e ficou me olhando.
- Eu soube o que aconteceu e acho que você não deve continuar lá. Não com aquela família assassina.
Respirei fundo e coloquei minha bolsa em um das cadeiras.
- Eles não são assassinos, mãe. Eles só aceitaram a decisão de Will.
Minha mãe continuou me olhando.
- Quando você aceita uma coisa dessas, já está dentro, Lou. Não dá pra simplesmente ignorar isso.
Acho que essa situação me fez perder a noção. Por que eu simplesmente joguei tudo o que eu estava sentindo.
- Sabe o que é você não ter controle do seu próprio corpo? Não poder ser mais a mesma? Você mais do que ninguém sentiria isso, mãe. Não consegue ficar parada um minuto. Agora imagine um rapaz, novo, que adora esportes radicais, gosta de se sentir livre e não depender de ninguém ficar dependente de uma babá, que dá comida em sua boca como se fosse uma criança. Da pra imaginar? Ir pra o hospital o tempo inteiro por ter pneumonia, fazer revisões. Sem contar com os olhares de pena. De vergonha. Eu vi acontecer,  minha mãe.  Vi o sofrimento nos olhos dele e agora eu entendo.  Entendo perfeitamente o que ele estava me dizendo.
Ela estava com os olhos arregalados. Não sei se surpresa por eu ter finalmente falado disso. Estava cansada de ter que ouvir essas acusações contra Will e sua família. Quando eu virei pra sair, percebi que Treena, meu pai estavam escondidos atrás da porta. Eles saíram rapidamente como se nada tivesse acontecido.
Entrei no meu "novo" quarto e deitei na minha cama. Fiquei deitada olhando o teto e pensando no que eu tinha feito na minha vida.

                                                                                                                   ***

- Will, por favor. Seja gentil com ela. - Estava dirigindo o carro.
- Não me diga o que fazer. - Ele estava rabugento, no banco de trás. 
- Pegou a mochila, Nat ? - Meu coração estava acelerado. Eu estava mais nervosa que tudo.
- Calma, Lou. Vai dar tudo certo. - Nathan tentou me acalmar.
Respirei fundo e olhei pelo retrovisor. Will estava com uma blusa azul marinho e uma bermuda. Estava bem social.
Estacionei na frente da casa e ajudei Nathan a tirar Will do carro. Apertei a campainha.  2 minutos de espera, uma mulher loira, muito bem arrumada abriu a porta. Ela parecia surpresa ao vê Trainor na sua porta. Ele abaixou a cabeça e murmurou um bom dia.
- Olá, Willian. - Tânia tentou ser gentil, apesar de ainda guardar más recordações. - Ela está na sala. Podem ir.
Na mesma hora dois bebês começaram a chorar. Ela suspirou de irritação e pediu licença,  saindo.
Fomos até a tal sala e encontramos a garota sentada com um celular na mão.  Ela não desgrudava os olhos dele.
- Lily? - Perguntei.
Ela continuou mexendo no celular.
- Eu mesma.
- Você já conhece o seu pai, não é? - Mas que pergunta idiota que eu fiz.
A menina não respondeu.
Percebi que estava atrapalhando, coloque a bolsa de Will na cadeira mais próxima.
- Bom, na hora que quiser ir pode nos ligar.
- Fique comigo, Clark. Por favor.
- Eu tenho que arrumar algumas coisas na mansão.
- Eu posso fazer isso, Lou. - Nat abriu um sorriso pra mim, que retribui.
- An... Tudo bem. Obrigada.
Ele saiu logo após.
- Você tá com medo de mim? - Lily abaixou um pouco o iphone que estava na sua mão,  possibilitando ver apenas os seus olhos maliciosos.
- Por que eu estaria, garota?
- Não sei... Não deve ser fácil saber que tem uma filha.
- Não é fácil mesmo.
Pigarreei.
- Quantos anos você tem, Lily?  - Mudei de assunto.
- 14.
Balancei a cabeça e dei um sorriso. 
- Onde você estuda?
- Era sobre isso que eu queria falar com você,  Will. Desde aquele dia.
Ele ficou surpreso e levantou a cabeça para olha - lá. 
- Minha mãe e pentelho querem me colocar em um colégio interno.
- Pentelho? - Will riu ao repetir a palavra.
- O meu padrasto sem noção. 
Ele continuava a rir.
Me deu vontade de chorar. Eu lembrei de quando fomos para as ilhas Maurício e ele gargalhava com as coisas que eu falava. As covinhas que se formavam na bochecha dele eram as coisas mais lindas que já vira. Acordei do meu devaneio quando Will falava mais alto do que o normal.
- Você atrapalhou os meus planos só para que não entrasse em um merda de um colégio interno?
- Esse era o esquema. - Ela parecia imparcial.
Levantei e fui  até onde Will estava. Ele estava possesso.
- Me tire daqui, Louisa.
- Sério que você vai embora por isso? - Lily lixava as unhas da mão.
Ele não respondeu. Antes mesmo de eu tocar na cadeira de rodas ele andou com ela até a porta. Eu corri até ele e abri a porta. Will passou como um foguete.
- Me desculpe pelo que aconteceu. Ele está nervoso.
- Louisa. - Ele gruniu.

                                
 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...