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História Eu e você (?) - Capítulo Único


Escrita por: gguknona

Capítulo 1 - Capítulo Único


Entreguei as chaves do carro para o manobrista. Não gosto dessas festas da empresa, mas sabia que você estaria ali e por pura curiosidade de saber como você está é que coloquei meu melhor terno e me dirigi ao hotel de luxo em que estava marcada a festa anual da empresa em que trabalhamos.

Faz apenas dois meses que terminamos. Chegamos à conclusão de que éramos tóxicos demais um para o outro, não sabemos controlar nossos ciúmes e desejos. Quantas vezes no prédio de empresa nos escondemos em salas vazias, saciando nossas vontades? E quando demiti um funcionário por olhar demais para você? Quantas vezes quebrei seu celular? Claro que sempre comprava um novo, mas eu sabia que os ataques de raiva que eu tinha quebravam um pouco do que você sentia por mim. E você fazia o mesmo quando eu voltava tarde cheirando a drinks dos jantares com os sócios. Você já rasgou um terno que valia todos os celulares que te dei.

Nós éramos assim. E isso fazia tão bem quanto fazia mal. Eu lembro das suas lágrimas quando levou todas as suas coisas do meu apartamento. Eu só fingi que não as vi e me entreguei ao desespero assim que tive certeza de que você estava longe o suficiente. Não fui atrás de você, sou orgulhoso demais para isso e sei que você também é. E assim se passaram dois meses.

Mas eu soube que você tem outro alguém. Ele te faz tão bem quando eu? Ele ouve os mesmos gemidos que eu ouvia? Você o marca com a mesma vontade? Jimin... você o ama?

É por isso que estou aqui hoje, para arrancar a verdade dos seus olhos, porque eu saberei se estiver mentindo pra mim.

A empresa estava quase toda lá. O coquetel já estava sendo servido junto às bebidas. A conversa era alta. Muitos me cumprimentavam e educadamente apertei a mão de todos, sorrindo e conversando brevemente. Alcancei uma taça de champanhe e foi quando o vi em um grupo pequeno. Não demorou muito e você olhou em minha direção. Levantei a taça em um cumprimento e seu sorriso morreu. Sorri voltando minha atenção ao grupo que conversava comigo.

Não me aproximei de você para conversar, mas estava sempre por perto observando discretamente. As horas passaram tranquilas, a festa estava se estendendo com a banda que foi contratada para tocar. Eu iria embora se não te visse sentado sozinho em uma das mesas. Me aproximei, puxei uma cadeira e sentei, abrindo o terno.

— Como está a festa? — Perguntei como seu chefe, porque essa é a minha posição. Sou o chefe do seu chefe.

— Divertida como todas as outras foram. — Você deu um sorriso educado. — Apenas é novidade o senhor comparecer este ano.

— Tive um motivo animador. — Sorri, apoiando minhas mãos na mesa. Você revirou os olhos.

— Jungkook, seja apenas meu chefe. Não crie oportunidades para usar as entrelinhas. — Menos de um minuto e você perdeu a compostura de funcionário.

— Ok. — Suspirei. — Vim saber como você está, estava curioso.

E assim você ficou quieto e a sua língua afiada sumiu. Nos olhamos, deixando o som do ambiente prevalecer. E eu vi nos seus olhos quando você falhou nos seus sentimentos Jimin, e isso me fez falhar junto. Abri os lábios para falar e você foi mais rápido.

— Como pode ver, estou bem. — Seu tom foi sério e a voz urgente. — E tenho alguém agora, ele cuida carinhosamente de mim.

Apertei meus dedos com a audácia que teve de falar assim na minha cara. Não tinha o que falar e minhas palavras morreram mais ainda quando um homem de pele morena e fios loiros sentou ao seu lado, rindo de algo que conversava com outra pessoa. Ele colocou a mão em sua coxa, ganhando o seu olhar e um sorriso terno. As mãos dele tocaram seu queixo e seus lábios se tocaram em um selar tranquilo.

— Tae… — Você disse, mas o outro se interessou em intensificar o beijo após resmungar qualquer coisa.

Fui realmente esquecido assistindo a cena. Engoli minha raiva, odiando a mim mesmo por querer encontrá-lo. Levantei-me, fechei meu terno e bati a cadeira na mesa, saindo em passos rápidos dali.

É, você estava bem. Muito bem. Sou um completo idiota por achar que você ainda sentia algo por mim. E, por mais que eu queira, não odeio você, e sim a mim mesmo por insistir na saudade que tenho de tudo que você era para mim.

Me dirijo ao banheiro mais distante do salão, procurando privacidade. Jogo água em meu rosto e, encarando meu reflexo, soco o mármore da pia.

— Seu babaca insensível… —  Dou risada da minha própria imagem. — Custava não deixá-lo entrar naquele elevador? Não, Jeon é orgulhoso demais para pedir desculpas. — Apontei para meu reflexo. — Agora engula todo seu orgulho enquanto agora ele... - Engoli em seco.

Puxei algumas toalhas de papel e comecei a secar as mãos e o rosto. Tremia de raiva. Nunca extravasei sentimentos, mas você sempre foi demais pra mim e nunca soube lidar com a forma possessiva que o enxergava. E agora não sabia lidar com o que me sobrou: nada. Suspirei. Hora de ir embora. Passei a mão em meus cabelos, me dirigindo à porta, cuja se abriu repentinamente com um corpo se chocando contra o meu. Reconheci o perfume antes de reconhecer você.

— M-me desculpe. — Foi o que disse se afastando e indo até a pia.

— Tudo bem. Curtam a festa. — Coloquei a mão na porta.

— Kook… — Travei assim que sua voz baixa mencionou o apelido que eu odiava. Você lavava as mãos olhando para baixo. — Por favor, facilite as coisas para mim e não tente criar situações como hoje.

— Você tem razão. — Sorri sarcástico. — Não se preocupe, não me verá tão cedo.

Eu não contei para você que um dos porquês de querer vê-lo era a minha troca na presidência. Estamos abrindo uma filial e me solicitaram por uns anos em outro país. Hoje seria um adeus ou a possibilidade de levá-lo comigo. Obviamente eu esperava a segunda opção.

– Como assim? — Perguntou me olhando alarmado.

— Nada com que tenha que se preocupar, Jimin. Na verdade, seu desejo será atendido e as coisas irão ficar fáceis.

— Jeon, se explique. — Sua mão molhada segurou meu pulso. Eu o levantei e me soltei de você com raiva.

— Não lhe devo isso.

— Deve, você me deve muito por tudo que me fez. — Você perdeu o controle, gritando comigo, me empurrando na porta e batendo a mão na mesma. Seu olhar era felino enquanto apertava os dentes.

— Vou embora. — Disse simples e vi seu olhar se transformar em desespero. Me deu as costas, passando a mão em sua testa.

Você fazia isso sempre que se via sem saída em nossas brigas, mostrando o quanto estava incrédulo com o que eu dizia. Sempre fazia isso e estava repetindo.

— Quando?

— Na próxima semana.

— Por que está aqui hoje?

— Já disse o porquê.

Você andava de um lado a outro. Bagunçou seus cabelos, os apertando, e te vi socar a parede de uma cabine, o que me assustou. Encostou a testa ali e começou a chorar, agachou-se no chão e percebi o quão séria era a situação.

— Jimin... — Levantei você, o escorando na parede que havia socado. — Está tudo bem?

— Não. — Suas mãos fechadas começaram a bater em meu peito. — Depois de você nada está bem. Eu te odeio. Odeio com todas as minhas forças e mesmo assim você sempre está lá. Por quê? Por que eu não posso amar o Tae e ser feliz sem você perturbar a minha cabeça?

Te abracei com você ainda chorando. Eu vi o quanto eu te fazia mal aí, o quanto eu era ruim pra você vencia todos os sentimentos que tínhamos.

— Não chore. Você vai ficar bem, não vou mais incomodá-lo.

— Você não entende. Não importa onde esteja, eu penso em você, eu quero você... mas eu não posso. Não posso viver o que somos. — Enxugou suas lágrimas. — E você irá embora, me tirando a chance de correr pros seus braços.

— Você me odeia. — Sorri e arrumei seus fios bagunçados.

— Muito. — Nos encaramos, aos poucos aproximando nossos rostos.

— Gosto disso. — Foi um sussurro próximo aos seus lábios.

E eu senti a maciez da pele que me fazia muita falta. Estava um pouco salgada pelas lágrimas, quente, acolhedora e receptiva. Seu beijo sempre foi o melhor. Seu sabor sempre me embriagou. Senti suas mãos em minha cintura e coloquei as minhas em seu rosto. Puxei seu lábio com meus dentes, encostei nossas testas e, ofegante, me confessei.

— Sinto sua falta.

— Eu também. — Suas mãos apertaram minha cintura e você reivindicou meus lábios.

Estávamos novamente envolvidos em um novo beijo. Sentia seu hálito quente ofegante, seus lábios chupando minha língua e me surpreendo quando começou a soltar meu cinto. Segurei seus dedos.

— Não faça isso. — Separei nossos lábios, pedindo.

— Kook-ah — Seus lábios tocaram meu pescoço com beijos mansos, logo chupou meu lóbulo. — Eu quero. Estou com saudade de você duro em minha boca.

Cada palavra arrastada fazia com que eu me rendesse. Jimin, eu era bruto, era grosso, ignorante e muitas vezes insensível com você, mas era culpa sua. Você agia de forma mansa, rasteira e indefesa, tomando todos meus sentimentos e me deixando inseguro e possessivo.

— Jimin… — tentei repreendê-lo.

— Amor... — Você voltou seus lábios para os meus em um roçar lento enquanto falava. — Você me quer? Se não, me impeça, me tire daqui.

Enquanto falava, sua mão soltava meu cinto, abrindo minha calça. Seu toque, sua fala, seu hálito... Eu estava bêbado. Minha mão subiu para a sua nuca, entrelaçando meus dedos em seus fios, e no momento em que senti seus dedos apertarem minha leve ereção, meus dedos apertaram seus fios e te empurrei para baixo, te fazendo ajoelhar na minha frente. Seu olhar levantou e apertei meus dentes respirando fundo.

— Aproveite. — Me abaixei, selei seus lábios e voltei as mãos para minha roupa, arrumando a calça e a boxer e deixando meu membro em frente ao seus olhos.

Você olhou por pouco tempo, logo seus olhos estavam nos meus e seus lábios encontraram minha glande. Sua mão fazia com que a pele rosada roçasse em seus lábios, e como um gato tímido sua língua passava em lambidas curtas. Me senti endurecer um pouco mais. Suspirei pesado. Envolveu só com os lábios a mesma região, umedecendo um pouco, e senti sua pele quente. Queria me empurrar para dentro logo, mas deixei que brincasse. Sugou minha glande e passou os dentes em seguida. Repetiu.

— Me engula de uma vez, Jimin — ordenei e você ameaçou obedecer, mas foi até a metade apenas. Apertei meus dentes, apoiei minha mão em sua nuca e empurrei tudo para dentro da sua boca. — Ah!

Eu poderia gozar só com isso. Se não fosse nossa última vez eu gozaria ali, porque sua boca, Jimin, é gostosa, quente e aveludada.

— Chupe e pense como se fosse eu entrando e saindo de você. — Ouvi um gemido e logo você estava mordaz em uma velocidade gostosa. — Isso, assim mesmo. Sempre uma delícia, Jimin.

Poderia ficar assim por horas, me seguraria só pra sentir você assim por muito tempo. Minha mão auxiliou na velocidade e me perdi em gemidos altos, preenchendo aquele banheiro com os estalos dos seus lábios e minha voz. Me tirei de dentro de você sentindo latejar.

— Me dê. — Ainda ajoelhado você abriu os lábios.

Que cena deliciosa, Jimin. Você é um puto por me fazer querê-lo mais. Peguei meu membro e relutei em não fechar os olhos enquanto me masturbava esperando o ápice. Não demorou e o líquido branco caiu em seus lábios, bochechas, olhos... Lambuzei seu lindo rosto gemendo arrastado. Assisti você lamber os lábios e me olhar. Quero foder você agora, seu maldito. Ou ser fodido.

— Doce — você disse.

— Odeio quando faz isso. — Levantei minhas roupas.

— Porque isso sempre te faz querer me dar. — Sorriu malicioso e se levantou, buscando papel e limpando seu rosto.

— Ou querer te comer — rebati sua afronta.

— Seria romântico se você tivesse a intenção disso. — Jogou água no seu rosto e secou.

— Isso foi um adeus, Jimin. — Fechei minha calça e afivelei o cinto novamente.

Olhei você pelo espelho e nossos olhos se encontraram. Não tínhamos mais palavras amenas ou confissões para fazer.

— Boa sorte com o Tae. — Falei, desviando meu olhar. — Qualquer coisa que precisar, sabe o meu número.

Me retirei do banheiro, encontrando a saída rapidamente. Solicitei ao manobrista meu carro e esperei impacientemente o mesmo chegar. Você não viria atrás de mim, eu sei, mas queria estar o mais longe possível para não vê-lo sorrir para seu namorado após o que fizemos.

O mais rápido que pude e ouvindo os pneus cantarem eu cheguei em meu apartamento. No elevador, encarei minha imagem de homem bem sucedido e fodido no espelho. Eu queria esquecer cada segundo que tive com você desde que nos esbarramos na empresa. Desde que seus olhos me deixaram curioso por saber mais. Jimin, preciso que me deixe te esquecer. Por favor.

Alcancei minha porta, e sem me preocupar em trancar a mesma fui direto para meu quarto, buscando uma mala e colocando algumas roupas lá. No meio do processo, peguei meu celular e reservei uma passagem. Vou embora mais cedo, terei o dia todo amanhã para passar na empresa acertar as coisas e contratar alguma outra para esvaziar meu apartamento.

Em meio à busca de camisas, calças e ternos eu achei uma caixa preta com um laço prata. Me sentei na cama, encarando aquele presente. O dia que você foi embora era uma data ridícula, faríamos um ano juntos. Desfiz o laço e lá estavam as passagens para o resort que você queria ir, um perfume, um cartão e um DVD.

Seu perfume havia acabado e eu amava aquela fragrância em sua pele. O resort era uma distração, porque no cartão tinha um pedido. “Marry me?”. No DVD havia a filmagem do dia em que nos esbarramos na recepção da empresa.

Incrível como tudo desmoronou, não?

Ri irônico. Deixei a caixa ao lado da cama e fui para a cozinha. Algo dentro de mim queria quebrar e derrubar tudo pelo apartamento, mas ceder a esse impulso me fazia pensar em como você ficaria assustado. E antes de servir a dose que eu precisava, joguei o copo contra a parede.

— Você não está aqui, Jimin! — gritei com toda força que pude e, pela primeira vez, quis chorar. Eu havia o perdido.

Se quebrasse mais alguma coisa, os vizinhos chamariam o síndico, e tudo que menos quero agora é companhia. Peguei a garrafa e caminhei para minha cama, ouvindo os estalos de vidro abaixo dos meus sapatos. Logo estava encarando o teto.

Não tinha intenções de ficar bêbado, mas o líquido parecia mais certo que meus pensamentos. Só que a cada gole eu lembrava mais dos momentos que me fizeram ter certeza de que eu amaria apenas você. Desisti da garrafa, deixando-a ao lado da cama. Me virei no colchão e fechei os olhos. Por algum motivo insano, eu sorri.

Se você estivesse ali, me derrubaria no chão mesmo com vidros espalhados pelo apartamento, ditando que eu fosse tomar um banho e que limpasse minha bagunça.

Só mais essa noite vou me lembrar de você. Só essa noite vou me permitir ter você presente. Amanhã queimarei todas nossas fotos, cancelarei nossa viagem, devolverei tudo que é seu, trocarei meu número.

Mas essa noite vou lembrar dos seus lábios, do seu toque, do seu jeito bruto, dos seus ciúmes, das suas lágrimas, do seu amor, do seu sorriso, e no fim de tudo vou lembrar do quão ruim eu fui para nós.

É realmente um adeus, Jimin.

Não sei por quanto tempo estive vagando nesses pensamentos. Um rompante me fez sentar. A porta havia batido na parede. Teria ido até lá, mas logo você estava na porta do quarto, ofegante e com ódio no olhar. Me encontrou e pareceu analisar a mala aberta sobre a cama, a garrafa no chão e minha imagem desastrosa sentada. Eu queria entender se estava sonhando. O que você fazia ali? Não tive tempo algum de raciocinar algo, pois senti um impacto em meu rosto. Um tapa.

— É isso que você faz? Aparece, diz que está com saudades e vai embora? — Sua voz está urgente e embargando a cada sílaba. — Essa é a coragem que você tem? — Riu soprado. — E ainda está parecendo um bêbado moribundo!

— O que faz aqui? — Foi o que consegui dizer, ainda sentindo a ardência em meu rosto.

— Vim impedir você de fazer idiotices, mais uma vez.

— Hum. — Tirei meu terno, voltando a deitar. — Não preciso de babá, volte para a festa. Volte para o seu namorado. — Fechei meus olhos.

Ouvi um resmungo seu e alguns barulhos até que o silêncio se fez presente de novo. Estranhei a porta não ter fechado em outro baque estrondoso. Abri os olhos e encontrei você no quarto com a caixa preta na mão. Me arrastei na cama e estendi a mão, tirando a caixa de você.

-— O que é isso, Kook?

— Nada.

— Não minta para mim.

— Um presente, mas eu perdi a data.

— Era isso que estava fazendo aquele dia?

Não respondi. Você teimava no dia em que nos conhecemos e insistia que foi uma semana antes da data real. O DVD era pra provar o dia e para demonstrar o quanto era importante para mim. Só que naquela semana eu estava atarefado, e organizar tudo me ocupou muito mais. Você foi embora por achar que eu tinha outra pessoa.

— Jimin... por favor. — Suspirei. — Volte para a sua vida perfeita. Taehyung deve estar te esperando.

— Eu não posso. — Riu soprado e olhei para você, prestando real atenção. — Ele me beijou, caloroso e desejoso como sempre, mas chamei seu nome. — Foi sua vez de suspirar. — Que confusão foi aquilo. — Se sentou na cama de frente pra mim. — Você esqueceu que seu e-mail pessoal está conectado ao meu. Tudo que você recebe vem uma cópia pra mim. Vai embora amanhã?

— Não posso mais te assistir. — Levei alguns segundos para responder.

— É justo. — Você sorriu e eu vi uma lágrima. — Quer me esquecer?

— Eu preciso, você me odeia. — Alcancei sua lágrima e o vi fechar os olhos com o toque.

— Que idiota eu sou, huh? — Riu brevemente. — Não quero mais mentir.

— Não faça mais isso, então.

Você balançou a cabeça em afirmação, umedeceu os lábios e aqueles segundos pareceram horas.

— Tae era uma mentira. — Acho que você viu a confusão em meu rosto. — Saí com ele algumas vezes, mas não estava pronto para um novo começo. Ele me fez uma proposta. Estaria ao meu lado e seria o que eu precisasse, iria me esperar. Em algum dia tivemos um envolvimento e eu não parei isso. Hoje ele viu o quanto eu mentia para nós dois.

Acho que o silêncio que veio foi mais para você decidir o que falar. Eu não sabia onde queria chegar com aquilo. Sabia que ele o aceitaria de volta se pedisse, mas esperei. Só mais essa noite.

— Achei que não conseguiria viver o que somos. É muito para nós dois. Falo de nós. — Apontou para mim e para si. — Mas eu vi que é muito pior não ser. Prefiro a bagunça que somos do que a paz solitária e mentirosa. Me diga... — Engoliu em seco. — Você ainda me quer?

Aquilo me atingiu como uma bomba. Não tinha palavras nem que eu quisesse e nada parecia suficiente para dizer e demonstrar o que queria. Então te puxei e o beijei. Você aceitou a ação repentina e se acomodou em cima de mim. Um beijo urgente, com carícias inocentes, demorado e cheio da falta que fazíamos um ao outro

Separou nossos lábios e nos olhamos, minha mão estava em seu rosto, de canto pude ver você balançar um cartão. Olhei brevemente, constatando ser o cartão da caixa preta.

— Eu aceito.

Sorrimos e voltei a te beijar. Seremos nós, exagerados, possessivos, descontrolados. Não importa

Só tem de ser eu e você.

 


Notas Finais


É isso gente.
Acho que estou um pouco viciada em Jikook,


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