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História Eu estou de volta, Sakura - CAPÍTULO XX


Escrita por: NanaSugar

Notas do Autor


Desculpa a demora ao pessoal que não soube do meu aviso de que eu só postaria em 4 dias.

Capítulo 20 - CAPÍTULO XX


Desorientada, para Sakura a noite passada havia sido apenas um sonho. Levantou um pouco tarde, decidiu comer antes de qualquer coisa. Preparou o de sempre. Depois de abandonar o prato e xícara na pia, foi ao banheiro. Catou a escova e limpou os dentes. Só quando acabou olhou-se no espelho. Então notou o batom borrado, o cabelo assanhado. O preto da maquiagem descendo dos olhos. Tomou um susto. Reparou que ainda estava vestida como na festa.

- por que eu não tirei essa roupa ainda?

Parou alguns instantes para pensar. Forçando a memória recordou finalmente das duas horas da madrugada. Aquelas duas horas. Sentiu o rosto quente e pelo reflexo viu-o avermelhar. Passou a mão no pescoço. Tirou o cabelo para o outro lado. Marcas de mordidas de cima a baixo. Até mesmo nos ombros. Um calafrio lhe correu dos pés a cabeça. De olhos fechados pôde sentir novamente o gosto dos lábios de Sasuke nos seus. Despiu-se para um banho. Colocou o vestido longo numa sesta de roupas sujas que tinha no banheiro. O toque da água quente na pele fina relaxava e a fazia se perder em pensamentos.

- ele estava falando sério quando disse que me amava... Será?

Apertou-se em um abraço. A água marcava suas curvas enquanto descia ao chão. O barulho do chuveiro ecoava nas paredes do cômodo.

- nunca achei em toda minha vida que ouviria o Sasuke-kun dizer aquelas coisas... É um lado dele que eu jamais imaginei que existia. De onde ele tirou coragem pra falar tanto eu não sei. Pra falar daquele jeito...

Tudo que lhe fora dito passeava por seu corpo dando voltas em sua silhueta. O som da voz e o tom que ele usara para compartilhar seus sentimentos mais íntimos, isso a fazia perder o equilíbrio de leve das pernas. Ressoava em sua cabeça como se estivesse mesmo ali, lhe sussurrando aos ouvidos.

- Não foi um sonho, não dessa vez. O Sasuke-kun realmente me ama!

Ao som dessas palavras ela deu um pulo. Enxugou-se com o roupão e se vestiu. Sentia que explodiria a qualquer instante. O sorriso abobalhado não saía da boca. Estava ansiosa para revê-lo. Mas preferiu esperar que ele viesse. O tempo parecia se arrastar. Não aguentou ficar sozinha em casa, por isso procurou sua maior confidente: Ino. Sabia que ela estava no trabalho então foi até ela no horário adequado. Yamanaka estava saindo para almoçar quando esbarrou com Sakura. Essa a segurou pelos braços. A face reluzia de tanta felicidade.

- o que houve?

Caminharam juntas até uma lanchonete. Sentaram perto da janela do estabelecimento que dava vista para a rua. Esperavam seus almoços. Ino havia guardado o jaleco na grande bolsa verde que levava. Estava mais comportada que usualmente. De calças brancas e sapatos fechados.

- ontem à noite! – Sakura cobriu a boca. Notara que havia dado um pequeno grito empolgada. Ino riu e se acomodou para ouvir a historia que viria a seguir.

- ontem à noite, lá no evento, o Sasuke-kun me encontrou e me pediu desculpas...

- nada alem da obrigação dele.

- preste atenção! – Haruno deu uma tapa no braço da amiga sentada a frente.

- certo. Eu fico quieta até você me permitir falar.

- obrigada. Continuando: ele me pediu desculpas por aquele dia que você sabe qual é. Ah Ino, ele foi tão gentil e educado. Não é muito comum vê-lo agir assim, eu devo admitir. Claro que eu aceitei e o desculpei, não teria como resistir à cara que ele fazia...

A galega estalou os dedos na frente da amiga que parecia perdida em lembranças.

- ei! Eu ainda to aqui. Você ta assim só por ele ter pedido desculpa? Que desemocionante.

- ainda tem mais! Obviamente que eu não ficaria assim patetona por causa de um pedido de desculpas. No fim da festa eu já estava cansada então decidi voltar pra casa. Ele me acompanhou. Ele tava todo nervoso, estranho. Quando chegamos, ele pediu pra entrar...

- agora ta ficando interessante!

- xiu! Preste atenção – Sakura gargalhou discretamente – eu deixei que ele se acomodasse no sofá. Bom, ele parecia precisar mesmo dizer alguma coisa. Foi então que o inesperado aconteceu!

- meu deus! Você ta narrando um livro, mulher? Continua que eu sou sua leitora número Um aqui!

- Sasuke-kun simplesmente se declarou pra mim. Pra MIM! Você não tem noção das coisas que ele falou, da forma como ele falou. Nunca o vi tão envergonhado e á vontade ao mesmo tempo como ontem. A cada frase que ele dizia me desarmava. Todo aquele sentimento confuso de antes sumiu! Ino, o Sasuke-kun disse que me ama! Quando, onde na vida eu imaginaria que ouviria isso dele?!

Os olhos de Yamanaka brilhavam. Enquanto ainda narrava, as duas comiam.

- depois que ele me falou todas aquelas coisas, ele me beijou. ELE e não eu. Sabe o que significa? Que ele QUIS me beijar! Pode parecer besteira, mas isso significa muito pra mim.

De boca cheia Ino respondeu – eu sei que sim.

- quando ele me beijou, perguntou se eu o amava também. Eu respondi que sim... Foi quando ele me apertou mais forte. Então os beijos passaram a ser mais que beijos. Eu estava tão envolvida, não conseguia parar. E ele obviamente não queria também.

Ao encarar a amiga, viu Ino de boca aberta estatelada. Em seguida a loira puxou um sorrisinho malicioso que foi de uma orelha a outra. Apertando os olhos azuis ela sussurrou:

- é por isso que ta toda serelepe feito uma gazelinha, né? Eu achando que minha Sakurinha era inocente e pura, na verdade tava lá no sofá da casa dela transando loucamente com um cara gato cavalgando no p...

Sakura a freou antes que concluísse a frase. Estava mais vermelha que a blusa florescente que Ino usava. Precisou de um tempo para respirar e se recuperar. Quase engasgava com a comida. Engoliu o suco do copo de uma vez. Pôs as duas mãos na têmpora escondendo parte do rosto.

- não. Nós não transamos.

- POR QUÊ?!

- é fácil pra você, já que não é mais virgem. Mas pra mim isso ainda é uma trava... Eu fiquei com medo.

- medo de que? Ele não vai arrancar pedaço seu... A menos que você queira. Sei lá dos seus fetiches.

As duas riram da ultima parte.

- ora! Medo de várias coisas. Medo dele se decepcionar, me achar feia. Medo da dor, medo do depois... Já imaginou? A gente transa, eu fico mais apaixonada que já sou e ele descobre que não quer mais, que foi só coisa do momento. Aí me da um fora e eu fico abandonada. Me arrependeria pro resto da vida de ter me entregado pra alguém que não me deu o menor valor. Sem contar os próximos caras que quisessem algo comigo, quando soubessem que eu não era mais virgem nunca mais olhariam na minha cara... Passa tudo isso na minha cabeça.

Ino gargalhou abertamente ao ouvir aquela confissão. Até enxugou as lágrimas. As duas haviam terminado de comer e já estavam saindo do local. Enquanto caminhavam de volta ao hospital Yamanaka a acalmou. Passou a mão no cabelo rosa e sorriu. Desenrolou devagar a própria opinião sobre tudo.

- Sakura, não precisa ficar assim tão nervosa. Primeiro: por que ele se decepcionaria com você? Você é linda! Olha essa cintura e essa bunda, meu deus! Se eu fosse lésbica Sasuke que se cuidasse pra não perder você pra mim. E mais, ele escolheu você, é claro que aos olhos dele você seria a mulher mais perfeita do mundo! Sobre a “dor” você é uma mulher que já levou mais que tapas de gente que tentava te matar, foi surrada mais vezes que consigo lembrar e ta com medo de perder a virgindade?

Haruno apenas baixou o rosto tímida – eu não tenho culpa... Sei lá. É algo que vai entrar em mim por um lugar que nunca passou nada.

Ino cobriu a boca pra não rir alto com aquela declaração.

- não é como se alguém estivesse arrancando seu braço ou sua perna. É uma dor que faz parte, é uma dor boa. A gente sempre sente uma pontinha de dor no começo quando faz isso; Agora, que história é essa de “medo do depois”?! Quando o homem ta apaixonado por nós ele não se importa se você é virgem ou não. Ninguém vai te chamar de suja ou te olhar estranho por você ter feito o que a maioria das pessoas fazem todos os dias.

Andavam as duas de mãos dadas. Haruno apertou mais na última frase. Então Ino parou de frente pra ela bem próximo do local de trabalho. Apoiou o rosto da amiga dentro das palmas para fitá-la melhor.

- preste bastante atenção. Tudo que eu te disse é por experiência própria. Eu já me senti como você está agora. E o que vou te dizer é a parte mais importante de tudo isso: ontem você sabia que não estava pronta, e eu estou orgulhosa que tenha tido coragem e firmeza de pará-lo. Assim como fico muito feliz dele ter respeitado sua decisão. Não importa o tempo que precisar esperar, quem decide a hora certa é você mesma. Quando estiver pronta e logo você estará, não haverá esse medo, não haverá incertezas. Todas essas coisas bobas que você tem pensado sobre o assunto serão apenas bolhas da sua cabeça. É a Sakura quem vai decidir quando se entregará. E eu tenho certeza que nesse dia, o Sasuke se sentirá o cara mais sortudo de todos! Será perfeito, confie em mim. Você é a única no controle aqui. Nada acontecerá sem que você queira. E quando você quiser, não terá ninguém nem mesmo pensamentos tortos que a farão voltar atrás!

Ino a abraçou sorridente. Seus olhos passavam uma tranquilidade e uma confiança que acalentaram o coração jovem de Sakura. As duas se despediram. Yamanaka precisava voltar ao serviço. Sozinha na calçada a moça de cabelo rosa respirou de certa forma aliviada. Toda aquela conversa a tinha acalmado. Sentia-se até mais confiante. Olhou para o céu fazendo sombra para os olhos com o braço. Estava azul clarinho e o sol brilhava em todo seu calor. Contrastando uma brisa fresca fazia-se bem-vinda as pessoas que caminhavam compromissadas com suas próprias coisas. Sakura enfim se dispôs a tomar seu rumo. Não sabia ainda se voltaria pra casa, se andaria por aí apenas para absorver melhor o que a amiga lhe dissera. Por fim deu alguns passos numa direção aleatória sem se preocupar. Vir ao encontro da galega lhe fizera mais bem que imaginou que faria. Sorriu.

- obrigada Ino.


Notas Finais


Mais tarde eu postarei o próximo. - É que agora eu tenho compromisso.

Obrigada por tá acompanhando até aqui! Não é todo mundo que tem essa paciência (especialmente com uma estória de ritmo próprio como a minha).

- Espero que esteja gostando de ler assim como eu estou gostando de faze-la.


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