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História Eu estou de volta, Sakura - CAPÍTULO XXIV


Escrita por: NanaSugar

Capítulo 24 - CAPÍTULO XXIV


Partiu então para fora de Konoha. Os ventos da noite chegavam mansos. Fora sozinho sem avisar ninguém, nem mesmo Sakura. Assim como Kakashi pedira, foi estritamente discreto. Não o viram sair nem entrar. Enquanto vasculhava os locais marcados mais cedo encontrou rastros. Poucos. Em sua busca descobrira que alguns homens realmente rondaram Konoha aquela tarde mais próximo que os boatos diziam. Mas não eram muitos, e como suspeitado, todos inexperientes. Pôde concluir: não eram ninjas. Talvez mercenários. Suas suspeitas levantaram quanto à missão anterior. Provavelmente esses mesmos homens estavam ligados aquilo.

Sasuke contou pelos rastros cerca de oito pessoas. Mas já haviam partido antes do anoitecer. Pensou em procurá-los, todavia suas ordens restringiam-se apenas a uma vistoria. Se perguntou se o grupo da tarde tivera sucesso, ou se ao menos detectaram o mesmo que ele. Torcia que sim e ao mesmo tempo não. Já que Kaito fazia parte daquele time. Balançou a cabeça quando essa idéia lhe passou. Não poderia colocar algo de nível pessoal interferindo em questões da Vila. “espero que apenas Ele tenha sido um peso morto para o grupo” esse pensamento lhe agradava mais e tirava a sombra da culpa.

Após algumas horas, retornou discreto. A noite aproximava-se das onze. Tivera que decidir em repassar as informações naquele momento ou esperar pelo dia seguinte. Acreditou ser necessária uma resposta imediata. Sabia que o Hokage estava preocupado com a situação. De longe notara a luz do gabinete ainda acesa. Chegando ao prédio ele estava vazio. Nenhum dos funcionários encontrava-se lá. Entrou por cima. Na sala principal, Kakashi assinava termos de documentos importantes. Quando passou pela porta e viu aquelas coisas espalhadas na mesa pensou consigo “ele levará a noite toda aqui”. Kakashi tinha os olhos escuros cansados. Constantemente passava a mão na testa e esfregava as sobrancelhas. Mandou o Uchiha se aproximar. Largou a caneta e o carimbo de lado para receber o relatório do rapaz.

- Hokage você deveria está em casa.

- não se preocupe comigo, essa não é a primeira vez nem será a última.

Colocando a capa negra que usava de lado, ele exibiu o braço direito apoiado sobre as pernas. Expôs todas as informações que colhera mais cedo. Kakashi ouvia com atenção. Esperou o final do relato para se pronunciar.

- oito homens, não é? Hm... Não gostaria de uma investida agora.

- não é uma tentativa de intimidação.

- eu sei. Temos a nosso favor o fato de não terem pessoas especializadas com eles.

- por enquanto.

- sim. Eles tentaram com o Kazekage, mas a aliança foi rejeitada. Estão parcialmente desesperados.

- eles tentarão impedir que Konoha se envolva no conflito.

- bom, esse tipo de investida tem mexido com minhas idéias. Se continuarem dessa forma acabará colocando a Vila dentro querendo ou não. Por enquanto os acordos não foram selados.

Sasuke fechou os olhos pensativo e falou:

- mas você já tem sua decisão praticamente tomada.

- ainda não sei.

- isso não foi uma pergunta. Estou afirmando. Você foi meu sensei, acredito conhecê-lo nem que seja um pouco.

Hatake riu da petulância do outro, mas ele tinha razão. Razão nas duas afirmações. Acomodou-se na cadeira macia e estendeu as costas para trás inclinando o acento. Suspirou longamente e coçou os olhos de novo.

- está dispensado por hora. Esse assunto ainda me perturbará um tempo. Se precisar, mando chamá-lo novamente.

Sasuke voltou enfim para casa. Não fora apenas Kakashi que se perturbara com aquilo, ele também.

Algumas horas antes, Haruno e a mãe jantaram juntas. Mebuki ainda fizera muitas perguntas à filha. Sobre como ia sozinha, sobre se queria voltar a morar com ela, sobre Sasuke e se estavam engajados em algum tipo de relacionamento. A senhora sorridente parecia muito interessada em saber tudo que pudesse sugar da menina.

- você e o Uchiha estão então namorando?

O assunto perdurava enquanto caminhavam juntas de volta a casa de Kizashi.

- eu não sei exatamente. Ele veio atrás de mim ontem. Apenas nos beijamos...

- olhe pra mim, acha que eu nasci ontem? Eu sei que tipo de “beijo” vocês deram.

- MÃE! Essas coisas são meio constrangedoras de te contar, sabia? Não precisa ficar fazendo menção.

Sakura evitava olhar para a mulher ao lado. As bochechas queimavam. Mebuki riu. Levava um obentô envolto num pano colorido.

- minha filha não perca tempo. Pegue aquele garotão e dê um trato nele logo! Tinha que ver eu na sua idade quando comecei a namorar seu pai...

- eu não quero saber seus detalhes sórdidos com o papai. – a rosada fez uma cara de nojo. A mulher mais velha deu-lhe uma tapa nas costas gargalhando.

- bons tempos aqueles! Mas vou te dizer, seu namorado ficou lindo! Quando era mais novo era meio estranho, magrinho. Sempre quis um namorado mais cheinho pra você. Por muito tempo achei que você e o Naruto iriam namorar, mas quem diria que ele hoje ta até casado, né?

- eu ein, mãe. Ter qualquer coisa assim com o Naruto é tão nojento quanto se dois irmãos namorassem.

- ah se você soubesse como existe incesto por aí ficaria pasma...

Haruno a olhou de canto. Queria cortar aquele estranho assunto logo.

- o caminho dessa conversa ta ficando esquisito.

- certo, parei. Mas voltando pro seu namorado, ele ficou ajeitadinho. Me da até orgulho! Minha menina testuda namorando o último herdeiro do clã Uchiha. Tenho certeza que a Mikoto também ficaria feliz de ver o filho dela com você: Essa mulher linda e talentosa! – abraçou a filha de lado e lhe beijou o ombro enquanto ria.

- ah mãe... Eu nem sei se estamos mesmo namorando. Ele não disse nada.

- e precisa?

- CLARO QUE PRECISA! Pra mim precisa, da licença.

Mebuki pegou a filha pela mão enquanto andavam lado a lado. Olhou para o céu estrelado. Era uma bonita noite aquela.

- ele já namorou antes?

- acho que não. Por quê? – Sakura indagou sem entender o objetivo.

- porque assim você terá que dizer a ele que “precisa ouvir” que estão tendo algo sério.

Ficaram caladas algumas ruas. O movimento não estava grande. Mas dava para se ouvir as vozes das pessoas vindo de todas as direções. Os postes iluminavam o caminho largo que percorriam. Alguns animais corriam pelo escuro. Entre gatos e ratos. Passando num setor mais arborizado, podiam ouvir e apreciar o som das folhas altas chacoalhando em seus topos. A senhora cortou o silêncio enfim.

- se seu namorado acabar não dando certo, você pode ficar com aquele outro.

Ela parou de andar. Pôs as mãos na cintura e encarou a mãe.

- pode, por favor, para de chamar o Sasuke-kun de meu “namorado”? E mais, que outro?

- aquele tal de Katou.

- Kaito.

- AH-HÁ! Você sabe de que outro eu falei afinal.

Haruno ainda tentou se segurar, mas o riso saiu sozinho. Voltaram a andar.

- sei não, mãe.

- ora “sei não”! Aquele moço ta apaixonado por você. É só você estalar os dedos pra ele que o garoto se entrega a você igual uma virgem para um sacrifício.

- gostaria de saber primeiro de onde você tira essas metáforas estranhas, e segundo como você sabe do Kaito. Tem alguma explicação dona Haruno?

A mulher colocou o dedo indicador sobre o lábio fino e sussurrou – é segredo – com uma expressão maliciosa. Sakura levantou os cantos da boca, pôs a mão na testa.

- foi a Ino.

- como você sabe?

- AH-HÁ! Foi um blefe e você se entregou.

- droga! Ta aprendendo com a melhor!

A senhora perguntou muitas coisas além sobre como Sakura ia no trabalho. Se estava se dando bem, se estava gostando. A moça alta respondeu com sinceridade sobre os pontos positivos e negativos. Ressaltou as dificuldades do começo e se orgulhou dos feitos e reconhecimentos que vieram depois. As duas conversavam entretidas. Chegaram finalmente a casa. Mebuki entrou escondendo o obentô atrás.

- mãe, pra que isso?

- vou dizer pro seu pai que eu jantei com você. Que era pra ele ter ido comigo!

- ele deve ta morrendo de fome. Isso num é judiação com seu marido?

- não se preocupe, ele gosta!

As duas riram. Kizashi apareceu ao ouvir a voz da filha na sala. Gritou o nome dela da cozinha e veio depressa de braços abertos. Agarrou-a como se nunca mais fosse soltá-la. Ela respondeu ao estímulo “também estou feliz em te ver, pai”. Ele a vistoriou sem prestar muita atenção já que a fome logo gritara da barriga. Olhou pra mulher sorridente. Mebuki não se aguentou e mostrou a comida que trouxera para ele.

- que amor! – ele agarrou Mebuki e a beijou sem solta-la nem ao jantar. Convidou então as duas para acompanhá-lo a mesa. Finalmente com a comida exposta e pronto para a primeira mordida falou:

- ta vendo? Não precisou de mim pra ir à casa da sua filha. Suas pernas nem caíram.

A boca salivava excessivamente. A senhora Haruno semi-serrou o olhar pra ele um pouco irritada. Relaxou a expressão e apoiou os cotovelos sobre a mesa amparando o queixo nas palmas. Fechou os olhos e respirou fundo. Sakura sabia que ela estava prestes a soltar alguma coisa que não deveria, mas não sabia o que seria.

- alguma novidade pra mim da tarde de hoje?

Ela só precisava disso. Olhou fervorosamente para a filha que entendeu na hora. Sakura arregalou as pálpebras em um “NÃO”, mas era tarde.

- claro! Se tivesse ido comigo teria conhecido o novo NAMORADO da sua princesinha.

Kizashi quase engasgava ao som daquelas palavras que desciam em seus ouvidos tortuosamente. O olhar cheio de lágrima procurou o da filha buscando ser apenas uma brincadeira de mau-gosto, porém a reação da garota fora o oposto do que esperava. Ela baixou a cabeça e cobriu o rosto com as mãos. Virou para Mebuki que sorria sadicamente e satisfeita.

- se você está assim agora imagina se tivesse visto como ele tava quando cheguei lá.


Notas Finais


*Irrelevante:
Notei por esse site como fics kpop faz sucesso! (Nãocurtokpop).


*Relevante:
Provavelmente vou postar um cap por vez esses dias.

Geralmente meus capítulos são pequenos porque acredito ser mais dinâmico. Nem todo mundo curte ler coisas grandes. Desculpa a quem gosta dos maiores!


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