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História Eu estou de volta, Sakura - CAPÍTULO XXX


Escrita por: NanaSugar

Notas do Autor


Fiquei sem internet (davizinha) por mais de 24hs... Meu DEUS!!!!!!!!
Juro que no momento que acabei de escrever, passei pro cel e abri o app. A Net caiu!

Capítulo 30 - CAPÍTULO XXX


  Não demorou muito para que Sasuke alcançasse seu aparente rival. Seguia-o a certa distância para não chamar atenção. Enquanto isso o avaliava. Você só conhece uma pessoa de verdade quando ela está sozinha. Kaito não havia parado em sua busca. Parecia determinado em achar Sakura realmente. O primeiro dia para aquele rapaz o havia esgotado. Por fim Takamoto parou. O sol se punha e ele estava muito cansado para continuar da mesma forma. Precisava comer e se recompor. A intenção não era dormir, iria apenas relaxar os músculos e voltar o mais depressa possível.

O Uchiha ainda distante o julgou fraco. Mas sabia que nem todos eram como ele mesmo, e que a maioria das pessoas normais não aguentariam metade do que Kaito percorreu sem cessar.

- nos separamos aqui – pensou para si. Como um vulto imperceptível, Sasuke continuou. Provavelmente já havia percorrido muito além que se media para uma tarde de viagem. Andara muito por muitos lugares, então cansar ou parar eram coisas facilmente ignoradas. O primeiro rastro de sakura ele encontrou próximo a um riacho. Eram coisas que a olhos comuns jamais se diria ser de alguém, mas ele a conhecia, já fizera milhares de missões lado a lado, sabia das passadas de Haruno. Antes de ir ao próximo ponto se perguntou se Takamoto viria aquilo, ou iria apenas ao ponto objetivo de acordo com o mapa. A noite se fizera vista. O céu escuro brilhava com absurdos de estrelas. A lua cortava-se pela metade, deixando o ambiente menos iluminado. Isso não fazia a menor diferença para ele.

Depois de muito caminhar na noite, parou. Ali o terreno mudava de uma grande pradaria para relevos desconformes cheios de aclives e declives. O ar estava diferente, mais leve e puro. O cheiro das plantas mudara também para um novo aroma que a vegetação notavelmente diferente possuía. Os animais da região também não eram os mesmos. Antes encontrando grandes servos e predadores maiores, agora era mais difícil encontrar bichos que perambulassem aleatoriamente em seu caminho. Restringiam-se quase a pequenos e grandes roedores. Mas os pássaros ainda eram abundantes, apesar de que agora sua grande maioria permanecia dormindo.

Localizava-se no alto de uma colina nua. Não se preocupava com possíveis ataques que viessem de quem quer que fosse, era capaz de se livrar de qualquer um. Iria fazer uma pausa curta, comer alguma coisa e continuar. Catou dois onigiri que levava. Fazia tempo que não comia aquilo. Após sua curta parada, preparou-se para seguir adiante. Sabia que estava próximo apenas pelo farfalhar diferente das folhas naquele vento noturno. Uma pequena dúvida correu em sua mente “como será que a Sakura está agora?”, mas logo esclareceria isso.

Algumas horas se passaram desde que o sol deitara-se. No breu da noite percorria silenciosamente entre a vegetação e os relevos acentuados. Encontrara mais pistas da moça e as fazia de estrada. O terreno já se abria em uma areia vermelha e fofa. As árvores antes próximas, agora mantinham certa distância entre si para permitir o crescimento das grandes raízes por baixo da terra. Suas folhas não eram mais pequenas, agora estavam espessas e grossas. Coloridas de verde a amarelo.

Uma pena que por causa daquela escuridão era incapaz de distinguir nitidamente a linha do horizonte que já se mostrava azul. Em meio a um barranco de terra solta, Sasuke freou. Virou-se para o lado que suas costas se expunham. Apertou os olhos e como um tiro jogou-se naquela direção. Sua mão pálida atracou-se a um pescoço robusto. A cabeça do individuo bateu contra uma árvore de tronco largo fazendo um barulho abafado e derrubando algumas das folhas largas do topo.

O homem que possuía em poder pôs os dedos calejados sobre seu antebraço. Fechou-o no punho.

- eu não sou seu inimigo. – falou em meio da respiração tensa.

- não diria ser meu aliado também.

- direto e grosseiro como sempre. – riu – mas ficar atado a minha garganta agora só nos faz permitir um atraso desnecessário.

Era petulante, mas ele tinha razão. Dizia a si mesmo “ele não tem essas respostas na frente dela”. Soltou-o e se afastou alguns passos. O rapaz escorregou um pouco os pés enquanto se escorava e alisava o pescoço torcido.

- você foi mais esperto do que esperei de você.

Takamoto deu de ombros como se não fosse alguma novidade. Sasuke prosseguiu:

- você sabia que eu estava atrás e me deixou passar a frente de propósito... E me seguiu.

- infelizmente Uchiha Sasuke, eu sabia que você seria muito mais eficiente em encontrar os rastros da Sakura.

Ouvi-lo chamá-la sem qualquer associação “san”, “chan” o deixava parcialmente irritado. Exaltava uma falsa intimidade. Kaito o ignorou quando lhe jogou um olhar repulsivo. Respirou fundo.

- estamos próximos. O vento já nos delata o sal da maresia. Assim que vermos luzes saberemos que chegamos a Vila.

Sasuke não disse nada. Takamoto aproximou-se dele e bateu em seu ombro – ainda é você quem nos guia aqui.

Não havia o que fazer além de aceitar a companhia irritante do outro rapaz. Passaram a maior parte do caminho sem trocar palavras. A noite já adentrara na madrugada há algumas horas. Pararam sobre uma colina alta escarpada. Mais a baixo alguns quilômetros a direita de onde estavam, luzes piscavam amarelas e brancas. Era a Vila da Onda. Não dava para ouvir seus sons nem distinguir muita coisa. O mar se jogava contra a beira da praia cheio e manso, porém de uma força descomunal. O Uchiha baixou-se acocado. Kaito estava mais atrás de pé contemplando o além do oceano.

- esse foi o último ponto que a Sakura esteve... Sozinha. – Sasuke engoliu em seco a palavra final. Apesar de saber, Kaito perguntou retoricamente:

- o que você quer dizer com “sozinha”?

Levantando um pouco cansado do estresse, o homem de cabelo escuro bufou. Ignorou o que estava com ele e monologou.

- Kakashi-sensei disse que eles não tinham ninguém especializado. Garantiu que eram leigos e que estávamos em vantagem. Ele não a mandaria se corresse realmente risco, não é?

Mas a lembrança da premonição ruim que teve o inquietava. Takamoto se intrometeu preocupado também. Agora não importava para eles a presença um do outro. Precisavam achar aquela mulher e juntos teriam mais chances.

- o Hokage garantiu várias vezes que confiava nela, que a Sakura era perfeitamente capaz de concluir isso sozinha e com perfeição. – Kaito retrucou para si e para o companheiro ouvir. Aquilo os dois sabiam.

Colocando as idéias no lugar, o Uchiha apontou a direção que eles haviam a levado. Sim, a levaram provavelmente a força. O que era um pouco estranho por não haver marcas de lutas dignas daquela Haruno durona. No mínimo ela deveria ter destruído aquela montanha em um soco, pensou. Mas não iria parar agora para duvidar da veracidade dos fatos. Encontrá-la era mais importante. Na direção oposta da cidade, eles subiram ao pico da montanha e a sua margem esquerda bem ao fim sobre um ápice, havia um grande castelo feudal.

Esse possuía quatro andares absurdamente altos. As pontas dos telhados azuis curvavam-se na direção do céu. Muitas janelas estreitas e compridas clareavam suas laterais apontando em todas as quatro direções permitidas pelo formado de cubo do prédio. Ao lado havia um seguimento do castelo. Mais baixo e com dois andares. Esse não possuía tantas janelas, e elas estavam fechadas. As paredes brancas destacavam do lado da escuridão. A parte da entrada virada para onde estavam tinha uma ponte reforçada e adornada da cor do telhado e uma guarita com um portal. Nela dois homens armados aguardavam qualquer tentativa de invasão.

Deram a volta no local para encontrar a melhor forma de entrar sem chamar atenção. Apesar de Sasuke ter insistido em chegar pela porta da frente anunciando os dois (sabia que não havia ninguém páreo para ele), Takamoto refutou a idéia. Era o tipo de homem que fazia as coisas com todo cuidado e quantos menos soubessem mais bem-sucedidas eram suas ações. O Uchiha aceitou essa condição apenas após fazer Kaito confirmar que estava “com medo” do que enfrentariam.

Entraram pelo prédio menor. Arrombaram uma das janelas pequenas, que por sorte cabia o corpo dos dois na passagem. Dentro a sala estava escura. O piso era liso e de madeira, parecia recém limpo. Cuidadosamente seguiram para o vão seguinte até saírem no corredor principal. Esse era iluminado por lanternas presas nas paredes. As janelas ali eram trancadas. Parecia não haver ninguém naquele lado do prédio. Algumas pinturas em grandes quadros enfeitavam os salões e salas que tomavam, até saírem em um pequeno pátio. Esse levava em uma ponte larga de pedra até o castelo principal.

Alguns estranhos o patrulhavam armados. Andavam de um lado a outro dando pouca importância a sombras que de vez em quando tremiam a luz das luminárias que levavam. Duas grandes árvores gordas enfeitavam geometricamente o lado de cá em que estavam antes da ponte, antes dos guardas. Sasuke visualizou o outro lado. Havia uma porta grande que dava na direção deles. Provavelmente era por lá a forma mais fácil de acessar o prédio. Passou para o outro lado como o vento, fizera subir alguns tecidos das roupas que os homens usavam. Discreto acenou para Kaito na escuridão. Já esse tinha a própria forma de agir.

Takamoto sorrateiramente esgueirou-se pelas sombras das grandes estátuas que adornavam o caminho da ponte e homem por homem ele derrubou silenciosamente e os adormeceu. Ao último tomou-lhe a chave da porta que precisavam passar. Estendeu a chave para o Uchiha com uma cara confiante. Sasuke o olhou seriamente e falou:

– não podemos deixá-los aí simplesmente. Eles podem acordar e seu showzinho não terá sido para nada.

Suspirando com um leve desagrado, Kaito concordou e os dois amarraram os guardas do lado da árvore no prédio menor. Ao fim, Kaito o olhou com “satisfeito agora?”, mas Sasuke o ignorou. Entraram. A primeira vista era de um grande e longo cômodo. Nesse tinham vários enfeites ornamentando as paredes e o chão. No teto uma pintura antiga que aparentemente contava a história do lugar, porém nenhum dos dois estava interessado e ignoraram. Uma porta de correr a direita e outra a esquerda. Não precisaram dialogar para se separarem.

Sasuke tomou o caminho esquerdo. Abriu devagar e entrou. Do outro lado apenas um corredor estreito. Provavelmente a sua direita havia outra sala. O caminho o levava tediosamente apenas para frente. A iluminação naquele ponto era normal, de teto. Outra escolha teria de fazer. Uma escada à esquerda, de madeira velha e escura; a frente uma porta de dobradiças que abriam para fora. Se houvesse alguém do outro lado, seria com certeza visto nesse movimento. Fechou os olhos um momento. Ela poderia está seguindo em frente ou lá em cima. Optou por subir. Considerou que tendo uma escada ali, Kaito seguiria reto ou ao menos no andar térreo.

Em percurso Kaito ia tomando toda precaução possível. Após diferente do outro, seguir um corredor largo e bem iluminado com as janelas abertas para o lado da frente do castelo. Encontrou algumas salas a esquerda distribuídas igualmente. Parava na porta de cada uma delas e escutava seu interior. Algumas estavam silenciosas, e nessas ele entrava. Bugigangas e velharias guardadas somente. Nas que ouvia vozes ponderava fora e prestava atenção nos diálogos. Praticamente todos desinteressantes e nenhum sobre a moça de cabelo rosa.

Rapidamente vasculhou quase todo o setor de baixo. Passou por alguns apertos em que teve de se esconder de alguns homens que passavam, ou de empregados simples que perambulavam. Chegou ao salão da frente. Nele havia duas grandes escadas que davam ao andar de cima. Uma varanda interna marcava o início do primeiro andar. Preocupando-se em não deixar rastros, Kaito conseguiu subir. Da mesma forma, quando Sasuke subiu, teve de se esconder de algumas pessoas e vasculhar cômodos. Porém muito mais rápido que Takamoto. Abateu alguns guardas que passavam para diminuir o fluxo deles. Trancando-os em uma sala abafada e sem janelas. Por fim deparou-se novamente com o indesejado colega.

Estavam frente à próxima escada. Larga de piso vermelho e paredes brancas revestidas de esculturas em alto relevo. Parecia ser a escada principal. Subiram o mais rápido possível sem fazer ruídos. Logo no topo alguns homens a guardavam. Tiveram de derrubá-los e esconde-los. O desenho daquele setor era semelhante ao anterior. A divisão dos quartos e corredores eram pouco diferentes. Logo vasculharam de forma eficaz o que precisavam. Foi quando Kaito ouviu finalmente uma conversa que lhe chamou atenção.

- aquela garotinha é valente, você não achou?

- sim, ela cuspiu na minha cara. Você viu!

O homem que conversava riu – é verdade. Mas ela é frágil, tenho pena do que o senhor fará com ela depois que a levarmos a ele.

- eu só não entendo por que ficar mantendo ela aqui se ele já tem o que quer.

- você sabe que aquele homem é meio maluco, metido a sabichão. Ele vai querer se mostrar antes de se livrar dela.

O outro suspirou – é uma pena, ela é uma moça bem bonita. Um desperdício.

- vá lá pedir a assassina em casamento então. Eu que não confio meu pescoço perto dela desamarrada. Ela é uma ninja. É perigosa.

O homem menor concordou com a cabeça.

- apesar de ser “perigosa”, como vocês dizem, acho que essas torturas não fazem sentido. O que ele espera que arranquemos dela? Não acho que ela tenha algo a mais que aquele documento de valioso pra nos dá.

Estavam comendo algo numa aparente cozinha, ou algo assim. Takamoto os viu e ouviu do canto da porta sem ser notado. Foi encontrar-se com Sasuke e lhe disse o que ouviu.

- vamos pegar eles e fazer com que nos leve até ela então!

- não. Se fizermos isso, podemos atrair outros guardas e causar um problema maior. Vamos segui-los!

Pouco após terminar essa frase, um dos que estava sentado lá dentro veio resmungando “por que eu quem tenho que ir vê-la de novo? Ela me dá medo!” e passou próximo onde eles se escondiam.

O homem não notou que estava sendo vigiado. Abriu uma porta afastada de todas as outras, após entrar e sair em alguns vãos e corredores, quase um labirinto. A sala era escura e apenas uma lanterna a iluminava sobre um caixote. A janela estreita dava para o mar. O barulho desse entrava e ecoava nas paredes apertadas e desgastadas da maresia.

No meio do cômodo lá estava quem tanto procuravam. Amarrada com os braços para cima presos a correntes grossas. Pendurada por cansaço das pernas que se relaxavam e permitia os joelhos dobrarem levemente. O cabelo brilhava quase vermelho por causa da luz amarelada e balançava junto do próprio corpo quando o vento penetrava forte. O rosto caído sobre os ombros estendidos via-se apenas a marca do byakugou na testa. As pernas estavam machucadas e o vestido vermelho que usava encontrava-se aberto no meio rasgado de cima a baixo. A barriga exposta continha um arranhão que provavelmente foi adquirido quando abriram sua roupa.

Ao descobri-la daquela forma, o corpo de Sasuke aformeceu. Os movimentos para ele naquele momento pareceram macios e quentes. Não pensou, apenas permitiu-se agir sem repreensão. Tomou a frente de Kaito, que nem o viu, já estava atrás do desgraçado que se aproximava da garota indefesa e desacordada, aquele verme com um sorriso imundo no rosto e algum objeto cortante em mãos. Sasuke pôde ouvir o som da própria espada sair da bainha, podia senti-la escorregar enquanto a puxava. O brilho da lâmina acendeu amarelo e escondeu-se na lateral do tórax do carcereiro. Esse abriu a boca para gritar, mas ao notar já estava no chão. Sasuke tomou de volta a espada fina agora vermelha. Olhou para o homem caído que parecia aterrorizado mais com ele que com a morte iminente. O coitado pressionava em vão os braços contra o buraco que jorrava seu sangue. Logo os pulmões perfurados foram incapazes de exercer qualquer função. Estavam tomados do líquido do próprio dono.

- ele está... Morto. – disse Kaito perplexo com a rapidez em que tudo aconteceu. Entrou fechando a porta por dentro. Enquanto o Uchiha colocava a espada de volta na bainha, Takamoto tratou de avivar a moça prisioneira. Sakura acordou um pouco atordoada. A primeira coisa que viu foi Kaito em cima de seu rosto. Parecia preocupado, ao lado então notou Sasuke e por fim o cheiro desagradável a fez voltar a atenção ao cadáver no chão. Takamoto a soltara das correntes presas ao teto. A rosada alisou os pulsos com as sobrancelhas arriadas para baixo. Ela então arregalou os olhos lembrando-se de como havia parado ali e segurando-se para não gritar:

- que DIABOS vocês estão fazendo aqui?!


Notas Finais


A demora não foi proposital.

Desculpem.


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