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História Eu estou de volta, Sakura - CAPÍTULO LV


Escrita por: NanaSugar

Capítulo 55 - CAPÍTULO LV


Exausto Sasuke chegou pela tarde. Notou a casa silenciosa quando entrou. Procurou a mulher nos cômodos, e só a encontrou no jardim estendendo algumas roupas. Aproximou-se vagaroso. Não queria atrapalhá-la. Da porta ouviu-a resmungando. Não dava pra entender o que, mas ela parecia chateada. Talvez ela tivesse tido um dia ruim, quem sabe?

Empurrou a porta para o lado deixando a luz entrar e falou no tom calmo de sempre:

- eu estou de volta, Sakura.

Quase no mesmo instante ela se virou, parando o que fazia. Um sorriso estranho desabrochou naquele rosto redondo – seja bem-vindo de volta, anata.

Sakura voltou o corpo na direção do lençol que estendia no varal. Sasuke sentou na escadaria do alpendre. A esposa parecia já está acabando o serviço. A moça enfim enxugou as mãos no avental que usava e veio ao encontro do marido.

- como foi?

Ele suspirou – o de sempre.

- hm... Vamos! Vou fazer algo pra você comer.

Os dois entraram.

Sasuke sentou a mesa enquanto a mulher lhe dava algo que já havia preparado. Ela foi bastante precisa servindo-o. Não tirava os olhos das tigelas que manuseava. E um sorrisinho de canto a acompanhava pra todo lugar.

- pronto. Acho que pode comer sozinho, né?

Antes que ele dissesse qualquer coisa, ela saiu da cozinha. Sasuke comeu o que tinha achando Sakura mais estranha ainda. Pouco depois tomou banho e desceu pra sala. A sensação que tinha era de que estava sozinho naquela casa. Se a mulher se locomovia pelos vãos não dava para ouvir. Encontrou abaixo do telefone um papel dobrado. Será que sakura havia esquecido algo ali? Bom, resolveu olhar do que se tratava.

Pizza: 30,00$

Pague a conta, anata.

Vá buscar suas roupas na lavanderia. Não tive tempo de lavar.

Número da ficha da lavanderia: 07

Pague a conta da lavanderia.

Sakura"

Sasuke fez uma careta estranhando aquilo tudo. Ela podia apenas ter lhe dito normalmente. Definitivamente ela estava diferente. Mas optou por não questionar. Levantou e foi buscar o que precisava. Esperou uma pequena fila e pagou. Trouxe de volta as roupas dentro de uma sesta, tudo dobrado e engomado.

Com isso a tarde se foi dando lugar à noite jovem. Novamente procurou a esposa até achá-la. Ela estava sentada na cama lendo um livro. Ele se aproximou sentando ao lado e esticando os olhos pra ver as letras nas folhas.

- qual nome?

Ela respondeu em voz baixa sem olhar para o marido – de que?

- disso que você está lendo.

- ah! “eu sou um gato” do escritor Natsume Soseki.

- hm... O que está achando?

- é legal, mas ainda estou no começo. Não tenho como dizer nada ainda.

Notando que a esposa não lhe daria a mínima, Sasuke levantou da cama devagar como quem não quer nada, e foi pra porta.

- se precisar de mim, estarei lá em baixo.

Ela acenou pra ele sem deixar a leitura – ta.

Então deu uma parada momentânea e o encarou queimando-o com os olhos verdes – não é como se fizesse diferença pra você ficar sozinho, não é? Ta sempre indo às missões só. Tenho certeza que prefere desse jeito.

Sem saber como reagir ele apenas bateu as pálpebras “eu deveria concordar com ela ou se isso é o contrário do que ela quer?”. Sasuke preferiu deixar do jeito que estava e saiu sem resposta.

O rapaz já estava entediado. Tinha comido mais de uma vez, havia subido pra outros cômodos, saído para o jardim, cochilado no sofá. E nada de Sakura fazer qualquer ruído. Voltou atrás dela e a encontrou dessa vez no banheiro. Ela já estava saindo.

- Sakura.

- oi.

- aconteceu alguma coisa?

- como assim?

- você parece... Diferente. É algo com o bebê?

Ela alisou o ventre e sorriu – está tudo bem com ele.

Sakura passou do marido deixando-o sozinho e foi para a varanda. Ele ficou sem entender mais que antes. Pensou bastante antes de ir até ela de novo. Encostou do lado apoiando-se no parapeito de madeira da mesma forma que a rosada fazia.

O vento frio da noite era sempre bem-vindo naquele horário. Dava para ver o jardim interno e algumas luzes mais longe. Outras casas e postes. Tirando a camisa de botões que usava, ele cobriu a esposa. Ficando vestido apenas com a mais fina, que usava por baixo. Distante ela agradeceu.

- Sakura.

-...

- qual o problema?

- não tem problema algum.

- ah tem alguma coisa.

-...

- você não vai me dizer?

- não sei. Tem algum problema, Sasuke? Tem alguma coisa que precisa ser esclarecida aqui? Por que eu não sei o que é. Você sabe?

- tem?

- não sei. Me diga você: tem?

Ele suspirou irritado e baixou a cabeça.

- não bufe desse jeito perto de mim! Odeio quando você faz isso. É tão irritante.

Sakura desencostou da sacada e entrou indo direto pro quarto. Sasuke ficou apenas lá parado sem entender o que acabara de acontecer. Não sabia se ela já estava daquele jeito ou se ele piorara a situação. Ainda mais com aquelas insinuações de que ele sabia do que se tratava a raiva. “se eu estou perguntando é justamente porque eu não sei!”.

Decidiu enfim não tocar no assunto. Talvez aquilo fosse hormonal da gravidez. Entrou e se ajeitou pra dormir logo. Sakura não estava no quarto. Deus sabia onde ela estava ali dentro. Tirou a roupa e deitou. Quando finalmente estava caindo no mundo dos sonhos, sentou o pé ser puxado grosseiramente. Abriu os olhos rápido e viu Sakura sentada com a cara emburrada na cama de frente pra ele.

- eu não acredito que você foi dormir!

- como assim? Por que eu não i...

- você me deixou chateada sozinha e veio pro quarto sem mim!

- mas você parecia que não queria conv...

- então você só me abandonou na casa e veio fazer algo que te agradava por não querer lidar comigo?!

- Sakura, por que você ta tão doida hoje?

- EU NÃO ESTOU DOIDA! – ela respirou fundo – eu estou chateada.

- eu fiz alguma coisa?!

Ela o encarou bem de perto quase encostando os narizes.

- você NÃO fez, na verdade.

Ela tirou de algum lugar o tal documento que havia achado no outro dia. Apontou para o nome de Kakashi e para a linha sem assinatura onde deveria haver a dela.

- o que isso significa?

Sasuke sentou atordoado. Sabia do que se tratava. Fez uma careta pro papel – aaah isso.

- SIM isso. Por que você não mostrou a pessoa mais interessada: EU?

O Uchiha bufou e sentou-se melhor. Pegou o documento da mão da mulher e o dobrou. Sakura parecia bem magoada quando a encarou. Por que ela estava assim? A fez sentar direito ao lado. Iria explicar os motivos que o levaram jogar fora, mas antes que começasse a esposa emotiva já tinha lágrimas nos olhos.

- você sempre preferiu fazer tudo sozinho. Quando finalmente eu posso ser incluída, você da pra trás...

- o que? Não. Você não ta falando coisa com coisa.

- não me chame de maluca!

- mas eu nem chamei! Olha Sakura... Você ficou estranha o dia todo comigo por causa desse papel? Escute, eu não quero fazer tudo sozinho. Eu não gosto de ficar só o tempo todo como você tava resmungando.

Ele não sabia como começar.

- o Hokage me designou uma missão muito importante, certo? Só que dessa vez ela me levará pra bem mais longe, será mais arriscado, e provavelmente ficarei mais tempo fora de casa que apenas alguns dias.

Sakura levantou um pouco o tórax – o que?

- é. Kakashi-sensei confiou a mim essa missão. Mas eu não queria deixá-la, então pedi pra que ele a liberasse do hospital pra que fosse comigo. Não só como minha mulher, mas como minha parceira. Ele é o Hokage afinal. Pode decidir sem precisar de supervisão maior. Conversamos sobre o assunto e ele disse que podia te liberar através desse documento – o rapaz apontou pro papel – e aí você seria oficialmente minha kunoichi. Mas então aconteceu...

Os olhos da moça brilhavam confusos.

- o que aconteceu?

Sasuke tocou a barriga dela delicadamente. Sakura acompanhou o gesto com a própria mão.

- então achei melhor não te dizer desse documento. Não quero arriscar nosso filho em algo que nem mesmo eu sei como será.

Em choque, a Uchiha baixou o rosto, mas logo voltou a encará-lo.

- não acredito que você acredita que eu sou tão fraca assim a ponto de não poder cuidar de algo que está dentro de mim. Antes que diga alguma coisa, eu entendo o seu lado. A sua preocupação. Mas anata! A decisão de ir é minha e não sua. Por isso precisa da minha assinatura pra autorizar e não da sua.

Passando a mão no cabelo escuro, ele fechou os olhos e respirou devagar como se buscasse paciência e as palavras certas.

- eu só não posso te levar agora que sei que não é apenas você.

A rosada parecia ponderar várias idéias e nenhuma delas era dita. Completou num tom triste.

- quanto tempo vai levar essa viagem?

Sasuke deitou convidando a esposa a fazer o mesmo sobre o peito dele.

- um ano ou mais. Não sei. Vai depender do ritmo que a missão levará.

- e quando... Você vai?

- em alguns dias.

Os dois ficaram em silêncio. Sakura passou o braço sobre o corpo do marido o abraçando.

- olha... Eu não dei uma resposta ainda, ok?

- o que?

Ela o silenciou colocando o dedo nos lábios dele.

- eu tenho que pensar. Você está certo, eu tenho que pensar sobre nosso bebê em primeiro lugar e fazer o que considero certo pra ele. Então, provisoriamente eu ainda não decidi se vou com você ou não.

- Sakura...

- não quero ter essa discussão agora. Podemos apenas dormir juntos?


Notas Finais


Acabou o semestre!
Amém!
Agora estou livre até começar o próximo período.

Curiosidade desse capítulo:
Eu sou um gato é um livro real. O autor é esse japonês natsume soseki.
Eu assim como a Sakura comecei o livro e não tenho uma opinião formada ainda. A estória é basicamente o relacionamento de um gato e seu humano (rsrs) na visão do felino. Ele quem narra.

Agora atualizando sobre meu fofo:
O Vet o examinou e marcou uma ultrassonografia. Eu e o Vet acreditamos que os testículos dele estão pra dentro da cavidade pélvica. Ele vai fazer a ultra pra ver isso. Assim que ele fizer eu contarei no próximo capítulo o que será feito. Ah e ele tá gripado! Pegou essa semana, mas já está melhor.

Enfim obrigada pela paciência e até o próximo!


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