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História Eu estou de volta, Sakura - CAPÍTULO LVII


Escrita por: NanaSugar

Capítulo 57 - CAPÍTULO LVII


Fanfic / Fanfiction Eu estou de volta, Sakura - CAPÍTULO LVII

  Pararam na porta e ficaram calados contemplando a entrada. Não por ela ser interessante ou algo do tipo, e sim porque aquela seria a última vez em muito tempo que entrariam por ali juntos. Sakura pegou o marido pela mão e com a outra girou a chave na fechadura. Os dois entraram na sala escura, Sasuke passou na frente enquanto a mulher trancava. Ele não acendeu a luz. Tomou a bolsa da esposa e a soltou em qualquer lugar. Sem esperar foi pra cima dela. Sakura lhe tocou o trapézio sentindo que ele já estava sem camisa. Os lábios se encontraram e não se largaram mais dali. Sakura laçou o braço no pescoço dele enquanto o mesmo fazia questão de lhe tirar as roupas de baixo. O Uchiha a despiu e a prendeu na cintura.

Sakura já lhe rasgava as costas com as unhas, iria deixar marcas profundas pra que ele se lembrasse dela sempre que a água tocasse a pele e ardesse. Apesar do incômodo da dor, o rapaz estava mais atencioso em sentir a vagina da mulher compulsoriamente sendo esfregada contra a própria barriga.

A rosada desviou as mãos apenas para abrir a calça do marido. Estava ansiosa com o que tinha guardado lá pra ela. O órgão latejante pulou fora assim que ela abriu o zíper. Sakura o apertou e acariciou entre os dois. Sasuke a levantou mais a colocando contra a parede para apoiar. A Uchiha fez as honras. Sem perder tempo colocou a cabeça na entrada e Sasuke a deixou descer. Ela soltou um grande gemido. Ele então colocou o rosto sobre os seios da mulher e sempre que ela pulava, passava a língua entre eles até atingir o pescoço.

Não perderam tempo e foram logo para o sofá. O rapaz a jogou sobre ele, a deixando vulnerável. Isso os excitava ainda mais. Abrindo as pernas da moça, ele fez entrada com a boca. Sakura abriu uma o máximo que pôde, a outra sasuke levantou com a mão. Ele a chupou e lambeu de todas as formas enquanto observava-a se contorcer de prazer e gemer cada vez mais. Quando finalmente ela havia gozado, ele não perdeu tempo e entrou com tudo. Tinha mais espaço, estava mais quente e mais molhado. Os joelhos da mulher lhe encostavam nas orelhas.

Passaram pela cozinha e corredor. Pra subir as escadas foi um pouco complicado pra manter o ritmo. Acabaram na cama, com Sakura deitada de bruços e Sasuke por cima dela como dois animais. Não se diferenciava mais o suor um do outro. Estavam encharcados. Uma das mãos da moça tentava segurar na pélvis dele, o que não era fácil já que ambos estavam extremamente escorregadios. Ela o forçava contra si pedindo mais. O outro braço estava coberto pelo de Sasuke, que lhe segurava a mão por cima com os dedos enlaçados sobre a cama. Ele apoiava a boca no ombro da mulher e mordiscava de leve.

- Sakura eu te amo – ele sussurrava em todo o ato.

Quando acabaram finalmente e se jogaram exaustos um ao lado do outro, Sakura sorriu e notou que ele havia adormecido em seguida. Ela subiu e deitou a cabeça no braço dele estendido. Alisou-lhe o rosto tirando o cabelo preto do meio. As maçãs do rosto do marido brilhavam vermelhas assim como o nariz e a testa. Provavelmente ela estava do mesmo jeito. Aproximou o nariz do dele, por pouco não encostavam. Beijou leve a ponta sem fazer barulho. Apesar de está escuro podia ver bem aquele rosto que tanto amava. Sakura suspirou e sentiu as lágrimas virem aos olhos. A visão ficou embaçada em poucos instantes. Já não sustentava mais um sorriso. No lugar daquilo uma tristeza aflorava sozinha. Aquela era a última vez que o veria daquela forma em muito tempo.

Sentou na cama enquanto contemplava o corpo nu do marido descansando tranquilo. Novamente as lágrimas. Esfregou os olhos com o lençol até as dissipar. Alisou a barriga um pouco saliente e sorriu pra ela como se dissesse “não se preocupe”. Então deitou ao lado do rapaz colocando os dedos juntos sobre o peito dele.

- Sasuke.

-...

- Sasuke.

Ele nada respondia.

- anata!

Foi quando ele abriu um olho, o outro ainda estava dentro de um sonho.

- você pode me abraçar?

Sem responder ele passou o braço sobre ela e a puxou para si. Os dois dormiram até a hora em que o rapaz sairia. Quando Sakura acordou estava coberta com o lençol e a cama tinha apenas ela. Levantou assustada – ele foi sem se despedir?! – correu até o banheiro. A banheira estava preparada pra receber alguém. Provavelmente ela.

A atenção foi tomada quando ouviu um estranho ruído vindo lá de baixo. Cobriu-se com um roupão e desceu devagar. Sasuke estava na cozinha preparando o café da manhã. Quando a notou ele disse “bom dia”. Ela acenou com a cabeça e sentou perto dele vendo-o de costas fritando alguma coisa. Ao fim ele a serviu e se serviu. Sakura terminara primeiro e já levantava pra lavar a louça.

- pode deixar. Eu deixei a banheira pronta pra você, pode ir tomar banho que eu cuido das coisas aqui em baixo.

Ele falava tranquilamente como sempre.

Ela aceitou. Dentro do banheiro podia ouvir o som dos pássaros nas árvores. O tempo ainda estava frio e o sol não havia acordado direito ainda. Tudo ainda estava em meia luz. Demorou bem muito. Quanto mais ficasse ali trancada, mais tempo sasuke ficaria por perto. Depois de muito tempo acabou descendo pronta. Sasuke estava apenas a esperando. Ele vestia o manto preto e levava uma bolsa por baixo, assim como a katana. Sakura parou alguns instantes o observando daquela forma e suspirou. Ele não disse nada. Nada que pudesse falar mudaria alguma coisa, ou os faria sentir melhor por estarem se distanciando novamente.

Não era ruim e difícil apenas pra ela. Sim, ela era quem mais demonstrava. Ela era quem chorava ou fazia caretas, quem dizia não se agradar da idéia apesar de entender os deveres do marido. Sakura sempre fora a parte reclamona e aberta da relação. Era ela quem dizia o que vinha a cabeça, quem pechinchava, quem choramingava pra ter o que queria. Quem demonstrava se importar. Mesmo assim ele também tinha os mesmo sentimentos da mulher. Saber que a deixaria por tanto tempo o entristecia, o preocupava. Ela era sua única família, e ainda assim teria de guardá-la em Konoha por amá-la demais. Vê-la parada naquela escada com aquele olhar o feria por dentro. Sentia o estômago enrolar e uma tristeza lhe pesava nos ombros. Mal sabia ela, provavelmente nem imaginava a grande vontade que ele tinha de dizer “vamos! Eu não quero viajar sem você”. Mas ele não podia fazer isso, não podia colocar o filho em risco.

- está na hora.

- sim.

Os dois foram caminhando boa parte do caminho sem trocar palavras. Apenas sentindo o sol esquentar lentamente enquanto subia e clareava as ruas. O barulho da cidade já havia acordado e corria pelo céu. Chegaram aos portões de Konoha e pararam. Sakura não conseguia sorrir por mais que quisesse. Levou um tempo pra olhar frente a frente o rapaz.

- não vamos tornar isso um costume, ta?

Ela disse segurando o choro evidente.

Sasuke franziu as sobrancelhas e abriu a rima labial.

- não vamos tornar essas despedias um costume. Todas às vezes nos deixamos aqui. Não gosto disso.

- eu sei. Nem eu. – ele respondeu se aproximando da rosada.

A Uchiha pegou na mão dele toda sem jeito – anata se puder mandar notícias, mande! Vou esperar qualquer coisa, nem que seja só um recadinho, viu?

Ele sorriu do jeito dela e lhe soltou a mão para poder acariciar o cabelo rosa.

- certo.

Ficaram se encarando um tempo. Sasuke queria ter certeza de que ela não choraria com a ida dele. Não estaria lá pra consolá-la ou algo do tipo.

- ah! Mais uma coisa. Se nosso filho for menino não coloque o nome dele de Sasori, por favor.

Sakura deu uma gargalhada mais alta do que pretendia – não se preocupe, eu já enjoei desse nome. Vou pensar em algo...

A moça baixou a cabeça, mas ele a levantou.

- eu sei como você é doida, então se cuide de verdade!

- anata eu sou a mulher mais forte dessa Vila, além da melhor kunoichi e médica. Eu sou auto-suficiente, meu amor.

Os dois riram. O rapaz a beijou na testa e com isso, iniciou a caminhada sozinho. O sorriso de Sakura devagar foi sumindo até que todos os músculos faciais não se esforçaram pra mais nenhuma expressão. Ela levantou a mão de leve e acenou para as costas dele que sumiam na estrada como uma mancha negra. Ele não virou pra olhá-la uma última vez. Ele não conseguiria fazer isso, não com todo aquele pesar

A Uchiha apoiou os braços nas costas os cruzando e segurando o pulso. Voltou pra casa e enquanto caminhava muitas coisas passavam pela cabeça. Tudo que vivera nos últimos meses com ele. A gravidez, o casamento, o pedido de namoro estranho, a primeira vez. E lembrou-se dele parado na porta dela quando se reencontraram pouco depois que ele havia chegado. Estranho e familiar. Calmo e nervoso. Sério, mas com um ar de felicidade que na época não notara.

Sakura começou a sentir os pés andarem mais rápidos. E o coração acelerar sem razão aparente. As coisas em volta não importavam. Passou correndo por várias ruas. Não sabia por que estava fazendo aquilo, apenas tinha de fazer. Quando parou na entrada de casa e entrou, sentiu toda a solidão a atacar com uma rajada de vento vinda do corredor, esse que dava no jardim. Sakura entrou rápido e foi até lá. Sem perceber estava falando consigo mesma.

- que idiota, Sakura! Você fez isso mesmo?!

Sua Sakurinha chiava por dentro.

- mas eu não tive escolha.

- na verdade teve – a Sakurinha gritava irritada.

- ir com ele... Era a outra opção.

Fechou a porta e a trancou.

- sim, ir com ele era a outra escolha.

- mas seria muito arriscado pra o bebê.

- acho que ouvi agora a frase “eu sou a mulher mais forte dessa Vila, além da melhor kunoichi e médica. Eu sou auto-suficiente”.

Sakura fez uma careta enquanto caminhava até o banheiro e lá parou frente ao espelho.

- mas ele não queria que eu fosse. Ele está muito preocupado com a minha segurança e da nossa criança. Eu dou razão a ele.

Viu no reflexo a si mesma. 

– como sempre, falando sozinha.

Passou água no rosto e murmurou:

- eu estava falando com meus sentimentos...

Baixou a cabeça e de repente a levantou determinada. Apontou para si no espelho – você tem razão! Há outra escolha, sempre teve!

Correu pro quarto e depressa arrumou uma bolsa. Trocou de roupa colocando as cotoveleiras e joelheiras. Por último as luvas.

- e daí que pode ser perigoso, não é? Eu vivo num mundo ninja. TUDO é perigoso!

Desceu correndo depois de checar as janelas do andar de cima. Ajeitou a comida e colocou na bolsa.

- esse bebê será segurado pelo pai quando nascer. E não importa se vou ter que parir no meio de uma floresta estranha! Ele vai está lá comigo e isso é o que importa.

Tirou de um lugar escondido o documento que Kakashi dera a Sasuke.

- faz mais de vinte anos que não nasce um Uchiha nesse mundo, não vou deixar sasuke perder isso! E se ele reclamar por eu está indo vou mandá-lo a merda! Se ele não me quiser lá vai ter que me trazer de volta amarrada e apagada!

Sakura assinou onde precisava e saiu na porta da frente. Trancou tudo e olhou pra casa como se estivesse se despedindo por um longo período. Antes de sair dali ainda pensou “estou sendo irresponsável? Hm... Talvez. Mas não há chance de deixá-lo escapar mais uma vez”.

Chegou sem fôlego no gabinete do Hokage depois de correr até lá. Kakashi até se assustara com o jeito dela. Perguntou se ela havia passado mal ou algo assim.

- eu tomei uma decisão!

Foi a resposta dela. E estendeu o documento pro sensei que o pegou.

- então você vai afinal.

- sim.

Hatake acenou com a cabeça e sorriu – façam uma boa viagem.

Antes de sair da sala ela deu meia volta e estendeu pra Kakashi outra coisa. A chave da casa.

- eu não quero levar e perder... Então se puder tomar conta ou pedir ao Naruto isso, sei lá. Eu fico muito agradecida.

Assim como chegou ela saiu em pressa. Já estava no portão de Konoha. Olhou para trás, acenou pra cidade e sorriu aliviada. Virou para onde Sasuke havia sumido no horizonte e disparou naquele caminho.

O rapaz não estava tão longe. Caminhava até que devagar observando a floresta ao redor, já que para ver aquelas mesmas árvores levaria um bom tempo. Foi quando ouviu ruídos vindos em sua direção. Estava ficando mais alto. Passou a mão sobre o cabo da espada pronto pra sacá-la. Então viu uma mancha vermelha se jogar sobre ele.

- SHANNARO!

Os dois caíram no chão quase bolando.

- sakura?!

- eu te alcancei!

- o que faz aqui?!

- eu assinei o documento e entreguei a Kakashi. Sou oficialmente sua Kunoichi agora.

Ele arregalou os olhos espantados. Sakura esperava um sermão ou algo do tipo. Invés disso, ele a abraçou e os dois ficaram de pé.

- você não está bravo?

- bravo? Sakura, você vir comigo é a melhor coisa que decidiu! Eu não queria dizer isso antes... Você sabe por quê.

O rapaz alisou a barriga dela.

- mas quanto mais distante eu ficava da Vila, mais eu me arrependia de ter te convencido a não vir. Por isso... Obrigado por não ter me ouvido.

Ela sorriu tímida – bom, eu quase nunca te escuto mesmo.

Sasuke a encarou e gargalhou. Gargalhou tão alto que ecoou pela floresta. Um grande sorriso se formou no rosto dele que ela não sabia que ele era capaz de mostrar todos os dentes daquela forma. Por fim ele a abraçou – mas terá de se comportar. Vou precisa do seu total apoio nessa missão.

- anata, eu já te disse uma vez. Quer que eu repita? Eu sou a mulher mais forte de Konoha, além da melhor kunoichi e médica. Eu sou auto-suficiente.

Ele lhe tocou a testa – eu sei, minha esposa não é uma mulher fraca.

As bochechas dela queimaram vermelhas.

- vamos. Temos muito caminho pela frente.

Ela assentiu e os dois desapareceram como sombras em meio às curvas da floresta.


Notas Finais


Agradeço imensamente a todos que chegaram até aqui comigo. Não achei que esse pequeno projeto ganharia tanta proporção! O sentimento é de trabalho cumprido e até mesmo de nostalgia por lembrar todas as etapas que esses dois passaram aqui. Afinal acredito ter feito o que esbocei na sinopse “o aprendizado dos dois em estarem juntos”.
Esse já seria o final desde que eu ainda estava entre os capítulos vinte e trinta.
O que mais me deixou feliz nisso tudo foi poder expor a forma como vejo a cumplicidade desse casal. E ver que outras pessoas também gostaram do meu ponto de vista – digamos assim – foi além de uma surpresa, uma grande alegria. Obrigada de coração a todos que tiveram paciência de esperar até aqui. Desculpa as demoras, os erros gramaticais, os capítulos pequenos demais.
De início ao fim tudo foi escrito com muito carinho e é com esses bons sentimentos que faço essa última nota da sua autora-chan.

Bom que eu estou escrevendo esse “finalmente” ouvindo ROCKS – aquela primeira abertura do Naruto de quando eles ainda são criancinhas. Você lembra dessa OP? (O aleatório acertou na música).
Muito obrigada pessoal! Todo carinho, toda paciência, todos os comentários, os favoritos e tudo mais! Vou sentir falta de todo mundo <3


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