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História Eu estou de volta, Sakura - CAPÍTULO VIII


Escrita por: NanaSugar

Capítulo 8 - CAPÍTULO VIII


   Naquela noite antes de dormir, muito cansado da semana cheia, Sasuke optou por tomar um longo banho. Da banheira via-se envolto de pensamentos. Sentia liberdade de todos seus pesares. Ou pelo menos, eles já não lhe castigavam como antes. Aprendeu durante anos nômades que um homem é feito de suas experiências. Voltar a Konoha era seu maior desejo. Por muito tempo ponderou a idéia, mas sabia que não estava pronto. Quando finalmente decidiu, o que mais o impulsionou foi rever as pessoas que lhe eram importantes. Por muito tempo também fugiu de admitir sua maior motivação. Mas agora, estava quase impossível não pensar sobre. Poderia se dizer que estava insuportável. Sempre tentou ser o mais racional em suas atitudes (apesar de todas as decisões terem sido tomadas exclusivamente por seus sentimentos). Ponderando sobre tudo sabia que no fim era o tipo de pessoa que sempre menosprezou: Emocionais e impulsivas. Talvez odiasse pessoas assim pelo fato de ele próprio ser.

Afundou na água deixando apenas o nariz de fora. Estava quente e confortável. A casa era bastante silenciosa, mais do que lembrava. – talvez porque antes eu estava tão fundo nos meus problemas que eles faziam barulho na minha cabeça. – sorriu para si aliviado. Passou a mão molhada no cabelo e desceu completamente. Submerso de pálpebras fechadas, no escuro de sua visão lhe apareceu aquela de quem estava fugindo. Então emergiu depressa espalhando água para fora da banheira com força.

- Droga!

Bastou aquilo para deixá-lo de mau humor. Saiu do banheiro e vestiu-se. Deitado na cama ainda devaneava. Colocou o braço atrás da cabeça como apoio e ficou olhando a luz apagada no teto. Uma sensação o agitava, o perturbava, o impedia de relaxar. Como se precisasse levantar e correr desesperadamente até todas suas forças esgotarem. Apertava os olhos e rosnava consigo mesmo. Virou varias vezes no colchão. Já não conseguia lembrar o que estava pensando antes disso. Então várias imagens aleatórias começaram a correr suas idéias. De quando voltou para casa, de quando se despediram na entrada da vila, da conversa dela sozinha no seu quarto, de suas bochechas vermelhas por chorar, a silhueta de seu corpo, e do beijo na testa. Especialmente aquele beijo, aquilo estava o matando. Um sentimento jamais experimentado, algo que poderia se dizer novo. – quem diabos é aquele cara? – então se calou repentinamente. Franziu a testa. Sentou e escorou na parede. – eu nunca fiquei tão incomodado com algo sobre ela como agora... – uma angustia e ansiedade o corroia. E pior, não tinha com quem falar sobre aquilo. Não conseguiria perguntar a ninguém e nem abordar o assunto. Imaginou-se falando com Naruto e o mesmo rindo. – definitivamente eu não direi isso a ele!

Sua curiosidade o estrangulava. Ficava vendo o momento que aqueles olhos verdes se fecharam esperando algo do homem que estava com ela. Isso o fazia pirar numa raiva gigantesca e impotência. Se perguntava o que ele era para ela. Ao mesmo tempo em que tudo isso lhe acontecia em mente dizia a si mesmo para parar. Repetia consigo que aquilo era algo desnecessário e infantil da própria parte. Levantou de vez impaciente. Seu corpo mexeu sozinho e quando se deu conta, já estava na rua que ela morava. Entrou no prédio e parou na porta do apartamento dela. Era madrugada. Os corredores estavam todos escuros. Nada fez, ficou apenas parado. Estava quase explodindo por dentro.

- que patético... – sussurrou pra si mergulhado em constrangimento. Decidiu por fim ir embora. Voltou para a própria cama e se jogou. Depois de muito relutar e discutir com o próprio ego, de alguma forma o relaxou e dormiu.

Acordou tarde na manha seguinte, o que não era do seu feitio. Ainda borbulhado em confusão. Tivera um sonho estranho, onde havia uma Sakura que não sabia quem ele era. Apesar de dizer a ela que eram do mesmo time e explicar como partiu, e como se reencontraram, a garota não parecia lembrar nem se interessar. E essa Sakura tinha olhos frios e distantes. Com isso acordou no chão com o cobertor por cima de seu corpo. Almoçou o que conseguiu fazer, nunca fora um bom cozinheiro. Aquela tarde estava devagar, desanimada. Constantemente se lembrava da garota e coisas que ela mesma fazia que o irritava. Era um sentimento esquisito, como uma carência. Aquilo o estava deixando impaciente. Então por volta das duas horas tomou a decisão de ir até ela.

Saiu de casa sem pressa, trancou as portas e foi. Caminhava pela rua e cada passo que dava o aproximava de seu destino e o deixava inquieto. Subiu as escadas do prédio e mais uma vez prostrava-se frente à porta do apartamento. Seriamente levantou a mão para bater, mas não o fez. – talvez seja melhor pra ela não me ver, afinal de contas. – suspirou, mas não saiu de onde estava. Quando finalmente vieram forças para se virar e ir embora, não adiantaria mais porque ela estava lá.

Seus olhos cruzaram por instantes, mas pareceu uma eternidade para cada um. Sakura travou. Abriu a boca e não disse nada. Levou uma mão junto ao peito e as iris verdes brilharam. Sentiu todo o corpo tremer frio. Ele engoliu seco e fechou as pálpebras. Não esperava que as coisas fossem acontecer daquela forma tão estranha, não planejada. Não teria como simplesmente sair de lá. E também não queria sair. Pareceu afinal que aquilo estava certo, que deveria ser daquela forma. E suas preocupações lhe deram uma folga. Eram apenas eles dois ali, um homem e uma mulher ligados por um estranho sentimento. Sentiu-se a vontade com ela do jeito que não sentia com mais ninguém. Embargado de tranquilidade depois de dias tortuosos, suspirou. Ao abrir os olhos novamente seu jeito de olhar estava diferente. Estava doce e sincero.

- eu estou de volta, Sakura.


Notas Finais


Dois capítulos curtinhos, eu sei. Os próximos são maiores, não se preocupe.
Obrigada mesmo por está dando suporte a minha fic.


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