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História Eu, Eu Mesma e Minha Ignorância - Ten


Escrita por: MadeixasNegras

Notas do Autor


Espero que gostem! :)

Capítulo 10 - Ten


Fanfic / Fanfiction Eu, Eu Mesma e Minha Ignorância - Ten

Lucy Silvermann morreu na manhã de segunda, dia dois de novembro. Desde então, passei três dias numa casa vazia, silenciosa e escura, contemplando a minha tristeza profunda. Não me mexia, a não ser para ir ao banheiro ou beber água - quando eu achava que realmente iria passar mal se não o fizesse - e nem mesmo coisas que eu fazia habitualmente pareciam fazer sentido. Não fui à escola, não chequei minhas mensagens, não me importei de ficar mais horas sem comer do que o necessário, e não pronunciei uma palavra sequer durante todo o período em que fiquei enclausurada em casa, profundamente deprimida. Até o canto dos pássaros e o barulho da chuva parecia melancólico. Eu sentia que precisava agir - porque a vida continua, milhares de pessoas morrem todos os dias! - mas me faltavam forças. Levantar da cama parecia um grande esforço. 

Foi na quinta-feira que as coisas começaram a mudar. Acordei perto das seis da manhã com uma dor inexplicável no estômago e resolvi comer alguma coisa, já que a minha última refeição tinha sido há muito tempo. O céu ainda estava meio escuro quando eu fui até a cozinha procurar por algum alimento que não estivesse velho e me desse o mínimo de apetite. Optei por comer um pudim de chocolate feito no micro-ondas. Sentei no sofá da sala, onde eu e Lucy comíamos bagels e conversávamos sobre meu primeiro dia de aula há semanas atrás, e passei a observar a sala de estar, em silêncio. Uma estante de madeira escura suportava nossa TV antiquada, alguns itens de decoração mais caros e requintados que minha mãe acumulou quando ainda tinha dinheiro para tanto, e vários livros. Um deles me chamou a atenção. Sua lombada continha letras finas e escuras, com o título: "As Fases do Luto". Fiquei me perguntando por que minha mãe guardava aquele livro. De fato, havia muitas coisas que eu não sabia sobre Lucy - e não sei se feliz ou infelizmente - nunca saberia, porque todos os fatos questionáveis sobre ela iriam parar a sete palmos abaixo da terra junto com ela.

Deixei meu pudim de chocolate num canto da mesa de centro e andei até o livro, que emanava uma certa aura de mistério. Apanhei-o e comecei a folhear as páginas empoeiradas do livro, o qual eu nunca tinha visto sair daquela estante. Era um manual de como lidar com a morte de algum parente ou conhecido de uma forma supostamente mais fácil que as outras. Folheando as páginas e lendo alguns parágrafos aleatórios, imaginei que o leitor teria que ser bem maleável emocionalmente para aceitar conselhos de um livro. Para mim, aquilo não ajudaria muito. Era fácil para o autor dizer que você deveria se desprender das coisas ligadas ao falecido para se libertar das lembranças que te deprimem. Não senti muita empatia pelo tom que o autor escreveu algumas partes e voltei o livro para a estante.

-Deve ser por isso que eu nunca vi ninguém ler esse aqui. - disse, ao devolver o livro à estante.

Levei um susto repentino e saltei diante do barulho do telefone fixo. A luz azul do identificador piscava e era terrivelmente tentadora, mas o número que estava ligando me fez ter vontade de pular pela janela da sala. Era Derek. Minha bússola moral insistia para que eu atendesse, lembrando do pedido de Lucy, mas a raiva reprimida que eu sentia de Derek me fez deixar o telefone tocar até a secretária eletrônica atender. Sentei-me no sofá e passei a ouvir, afinal, Lucy me pediu para ouvir o que Derek tinha a dizer.

-Você ligou para a casa de Lucy e Amie Silvermann, mas no momento não podemos atender. Deixe seu recado! - era a minha voz de uns anos atrás, com a risada de Lucy ao fundo.

Houve um beep e logo depois um chiado.

-Espero que não esteja com preguiça de me atender, Lisie.

"Lisie", pensei,"há quanto tempo eu não sou chamada assim."

A voz clara e aveludada de Derek preencheu o vazio da sala de estar. Há muitos e muitos anos eu não ouvia ele falar. Era até meio estranho para os meus ouvidos. Não fosse pelo identificador de chamadas, eu não conseguiria reconhecê-lo apenas pela voz.

    -Tenho algumas notícias pra você. O enterro de Lucy é sábado, às cinco, no Saint Mary's Cemetery. É o último enterro do dia, vai ser fácil achar a lápide. Não convidei ninguém, apenas informei alguns conhecidos com a nota de falecimento. Caso você queira saber, a certidão de óbito já foi emitida e eu posso te entregar ela depois. - Derek suspirou pelo outro lado da linha, aparentemente abalado, algo que eu pensei que nunca pudesse transparecer pela voz dele sem um tom de agressividade - Não quis que estranhos te acompanhassem no enterro. Sally também lamentou imensamente e quer te ver em breve. Não vá embora antes que eu te encontre. Acho que você gostaria de saber que já cuidei de toda a papelada e isso agora é o menor de seus problemas. Apareça lá.

A linha foi cortada. Aquelas, sem dúvida, foram as palavras mais sensatas que eu ouvi Derek dizer em todos os meus anos de vida. Lucy iria ser enterrada no fim de semana, para ser deixada se decompondo debaixo da terra até o momento em que sobrassem apenas seus ossos, e eu não estava preparada para aquilo. Não sabia se Derek tinha feito algo bom não chamando ninguém, porque não imaginava se eu precisaria de apoio ou ficaria apática, evitando todo mundo. Eu estava tão abalada com aquela situação toda que nem mesmo a minha própria reação eu conseguia prever. Voltei ao sofá e terminei o meu pudim, imaginando por que Derek havia me ligado tão cedo. 

-Ele poderia ter ligado mais tarde. - disse, entre colheradas.

E foi o que ele fez. Perto das dez da manhã, quando eu tinha voltado a ler o livro sobre o luto para dar uma segunda chance a ele, Derek ligou. Mais uma vez, deixei a secretária eletrônica atender.

-Liguei porque esqueci de te dizer algo importante na primeira ligação. Sua diretora ligou para o meu número depois que o celular de Lucy não queria atender de jeito nenhum. Ela perguntou o motivo de você ter faltado essa semana toda, e eu informei ela sobre o falecimento. Ela já sabe dos seus motivos e eu mandei uma cópia da nota de falecimento pra constar no seu histórico escolar. Preciso que você vá pra escola amanhã, a diretora quer falar com você sobre alguns exames que você perdeu e coisas que você vai ter que recuperar. É importante. 

Houve uma pausa e eu pude ouvir a respiração pesada de Derek.

-Não sei por que você está me evitando num momento crucial como esse, Lisie. Não seja rancorosa e atenda os meus telefonemas. Te vejo no sábado.

Derek desligou e me deixou com o coração mais acelerado do que eu achei que fosse normal. Teria que voltar para o colégio no dia seguinte e encarar Hazel e Luke. Além de Miles e Grace, que devem estar se perguntando o que fizeram de errado para que eu os ignorasse por tantos dias. Comecei a me sentir culpada por eles e senti que realmente era a hora de eu voltar a me adequar socialmente. O luto não tinha terminado totalmente, - na realidade, eu achava que nunca terminaria -, mas seria bom para a minha sanidade mental que eu voltasse à minha vida normal aos poucos. 

Durante as minhas últimas horas restantes totalmente sozinha, organizei minhas pastas e livros do colégio e me dei conta do tanto de coisas importantes que eu tinha perdido. Seria horrível ter que correr atrás do prejuízo daquele jeito, mas eu sabia que podia contar com a ajuda de Grace. Fui dormir mais cedo naquela noite e acordei um pouco adiantada, o que era difícil de acontecer. Antes que a claridade do dia pudesse dar as caras, tomei um banho de banheira e fiquei mergulhada naquela água quente e perfumada até que minha pele ficasse enrugada. Fiz questão de vestir uma roupa toda em tons de preto e calcei um par de botas que Lucy tinha me dado há pouco tempo. Prendi meu cabelo no alto e, como eu sempre fazia antes de sair de casa, me maquiei brevemente com um lápis e rímel pretos. 

Naquela manhã úmida e chuvosa de sexta, cheguei relativamente cedo ao colégio. Fui de bicicleta, relembrando minhas últimas semanas do mês de outubro, antes de tudo acontecer. Quando pisei no corredor dos armários, ninguém ali me olhou diferente ou notou que eu tinha desaparecido por uma semana. Ninguém percebeu a minha falta, e aquilo me fez ficar aliviada.

"Tudo como sempre foi. Finja que nada aconteceu."

Destranquei meu armário, ouvindo o barulho metálico típico daquele colégio, e me senti realocada outra vez. O sentimento durou pouco.

-Amie! Amielise, você sumiu?! - era a voz de Miles, vindo pelo corredor do meu lado esquerdo, acompanhada de alguns passos apressados.

Virei para a direção em que ele estava vindo e vi um Miles ofegante, aparentemente surpreso em me ver. Ele me pegou pelos ombros e me abraçou, de uma maneira inesperada, contrariando sua calma habitual.

"Não adianta se fazer de sonsa e fazer ele achar que é louco. Admita."

-É, mil desculpas... Aconteceram algumas coisas.

-Algumas? Você quer dizer muitas, né? Você perdeu os exames iniciais e provavelmente ficou sem nota em muitas matérias. A diretora deu falta de você nos primeiros dias e até fixou alguns comunicados de alerta no mural do corredor. Iam comunicar seu desaparecimento pra polícia se não conseguissem falar com os seus pais.

-Quê? Isso é exagero. Ela conseguiu falar com eles. - disse, abismada com a falta de critério da diretora Christiansen. 

Dorothy Christiansen era uma mulher alta e clara, assim como o tom que ela usava para falar com todos. Se eu pudesse descrevê-la brevemente, seria com as palavras "impor" e "respeito". Descendente de dinamarqueses, a diretora Christiansen tinha caído de paraquedas na administração do Cortland Junior Senior High School e em poucos meses de trabalho deu uma outra cara ao colégio. Isso foi antes de eu entrar, quando eu estava terminando a Middle School. Diziam que ela era a melhor diretora que já tinha passado pelo colégio, apesar do seu jeito bronco e sugestões estranhas para o cardápio do refeitório, e eu não tinha poder de abstração o suficiente para imaginar aquele colégio pior do que ele já é hoje.

-Qual é, você sabe como ela é. E outra coisa, foi muito estranho o seu sumiço. Hazel tentou muito falar com você, mas ela desistiu depois de um tempo. Particularmente, eu fiquei esperando você ligar pra confirmar a nossa saída, mas você tinha desaparecido. Grace também ficou muitíssimo preocupada depois do dia em que você saiu correndo na aula da sra. Madison e não voltou mais.

O sinal da primeira aula soou antes que eu pudesse dizer alguma coisa.

-Foi mal mesmo, Miles. Eu me sinto culpada por ter deixado vocês angustiados, mas eu vou me explicar. Foi tudo muito rápido. 

O olhar de Miles se comprimiu e se voltou para o chão encardido do corredor. Ele ajustou os livros pesados em seus braços e voltou a me encarar.

-Pode falar comigo e com as meninas quando você quiser, só não faz isso de novo. Pegou todo mundo de surpresa. 

Miles deu meia volta e correu para a sala de Biologia. Estática, fiquei na frente do meu armário, me culpando e me martirizando por ter causado tanta angústia para os meus amigos, até mesmo Hazel. 

-Com licença, srta. Silvermann. 

Era a diretora Christiansen, apoiada na parede de pastilhas do corredor, perto da porta de seu gabinete. Ela me olhava com seu olhar carrancudo e duro, e seus olhos claros e pequenos não me davam chance de adivinhar qual seria o tom da conversa. Imaginei que fosse algo relacionado à morte de Lucy. 

-Pode vir ao meu gabinete? Preciso lhe falar. - a diretora Christiansen fez um sinal com a mão e eu fui até ela. 

Entramos na sala organizada e lustrosa da diretora e nos sentamos, ela de um lado da escrivaninha de madeira clara, e eu do outro. 

-Bom, srta. Silvermann, eu gostaria de lhe informar sobre alguns assuntos importantes. - Dorothy posicionou seus cotovelos sobre a escrivaninha - Estou ciente de suas faltas e já falei com o sr. Carson pelo telefone. Eu lamento muito pela morte de sua mãe. O luto não é um processo fácil e eu quero que saiba que eu e a coordenação do colégio estamos disponíveis para sanar qualquer que seja a sua dificuldade. 

-Eu... Agradeço, diretora. Agradeço mesmo. - disse, timidamente, escolhendo minhas palavras com cuidado.

-Uma vez esclarecido esse assunto, preciso lhe falar sobre seus exames perdidos e recuperações que há de fazer. O seu prejuízo é enorme e eu preciso que você arque com as consequências, entendeu? - apenas assenti e me encolhi na cadeira à frente da diretora - Sua recuperação começa a partir de segunda. Durante algumas semanas, você terá que ficar todos os dias depois do horário de aulas na sala de estudos dos clubes, fazendo os exames perdidos e realizando alguns trabalhos importantes. A sra. Madison, por exemplo, disse que sua nota está parcialmente anulada por você ter saído durante a aula dela na segunda-feira.

-Foi uma emergência. Tinham me ligado do hospital, pedindo que eu fosse pra lá urgentemente. Foi o dia em que minha mãe faleceu. - balbuciei, olhando fixamente para a escravinha e para as mãos rosadas da diretora Christiansen.

-Como eu disse, lamento profundamente pela sua perda, mas os assuntos escolares têm que ser resolvidos, não têm? Sei que deve estar sendo muito duro para uma jovem como você. - a diretora fez uma pausa, me escaneando com seu olhar duro - Bom, é só isso. Se você tiver qualquer outra dúvida, pode me procurar. 

-Na verdade, eu tenho. Como funcionariam essas aulas depois do horário? - indaguei, franzindo as sobrancelhas - Seria como uma detenção?

-Não, na verdade, as recuperações paralelas são monitoradas por outros alunos do Senior Year. Não há muitos participantes da recuperação paralela, apenas você, alguns alunos com faltas excessivas e um estudante transferido do exterior. Serão sempre vocês na mesma sala. É só isso? 

-Sim, acho que sim. 

Levantei da cadeira almofadada e agradeci o tempo da diretora Christiansen, mas assim que peguei na maçaneta para sair do gabinete, me ocorreu uma dúvida.

-A senhora sabe qual seria o aluno que iria monitorar a minha sala, diretora? - perguntei e me virei para ela, que organizava alguns papéis marcados com clips.

-Pelo que eu me lembro, Noah Reynolds. Gostaria que fosse outro aluno? - a diretora Christiansen me sondou com seu olhar intimidador, esperando que sua pergunta fosse retórica.

-Não, obrigada. - sorri discretamente e me retirei, aliviada.

Imaginei que os alunos monitores fossem apenas os exemplares, com os melhores históricos, aqueles que pudessem se assemelhar à Grace. Não conhecia o tal Noah Reynolds, então fiquei mais tranquila. Por um minuto, cheguei a pensar que Luke ou Carter pudessem monitorar as recuperações, mas então me ocorreu que seria bem absurdo. Respirei fundo, agradecendo aos céus por eles não serem os monitores, e também por não ter encontrado nenhum deles nas primeiras horas da manhã, pelo menos até depois do horário de almoço, em que eu encontrei todos eles.

Cruzei com Carter no refeitório e tive a impressão de que ele estava totalmente apático e indiferente em relação à minha presença. Não notei diferença no comportamento dele, então também o ignorei. Naquele dia, almocei sem Miles e Hazel pela primeira vez desde que as aulas tinham voltado depois do feriado. Tudo parecia ter voltado ao normal, pelo menos em partes, e eu estava me sentindo um pouco melhor. 

Até que, lá do outro canto do refeitório, perto das lixeiras, peguei Luke Warren olhando para a minha mesa. Um gorro escuro cobria um pouco de seus cabelos compridos, e seus braços cruzados transpareciam perfeitamente sua expressão facial de insatisfação. Desviei o olhar de Luke e não voltei a olhá-lo. Não queria ter que resolver as coisas com ele, não naquele dia.

-Amie! Nossa, você desapareceu, fiquei bem preocupada. 

Grace se sentou e colocou sua bandeja à frente da minha, logo se pondo a abrir as embalagens do almoço. 

-Também senti sua falta. - sorri, mexendo minha comida de uma maneira tão desinteressada que lembrei de Hazel, no dia antes da festa de Carter.

-Pode me dizer o que te fez faltar todos esses dias? - Grace perguntou, dando uma mordida em seu pão recheado com chocolate.

Hesitei, suspirando. Queria contar o que houve à Grace, mas era tão difícil! Ali, na hora, encarando as perguntas e dúvidas dos meus amigos sobre o que aconteceu, era irritantemente difícil falar sobre o que houve. Miles, por exemplo, não fazia ideia de que Lucy estava morta.

-Não me sinto confortável de falar sobre isso agora, Grace. - comecei, relutante - Vou te contar o que aconteceu, mas isso ainda é difícil pra mim agora. É um fato recente e ainda me magoa muito.

Grace me encarou com um olhar aflito, seus olhos escuros brilhantes quase saltando das órbitas de tanta curiosidade. 

-Mas foi algo tão ruim assim? - Grace franziu as sobrancelhas, aparentemente querendo descobrir aquilo de um jeito ou de outro.

-Foi horrível. - disse, bruscamente - Olha, Grace, eu sei que você quer saber, mas você precisa confiar em mim, tudo bem? 

-E eu digo o mesmo! - saltou Grace, abrindo sua caixa de leite subitamente - Sabe, você pode não querer me dizer por inúmeros motivos, mas saiba que eu sou uma pessoa de confiança, e acima de tudo, sua amiga. - Grace suavizou sua expressão, marcada pela sobrancelha bem feita, ressaltou - Pode contar comigo, tá? 

Sorri e assenti, confiando na palavra de Grace. Realmente, Grace Campbell era uma ótima pessoa, e uma ótima amiga. 

-Vai comer essa uva verde, Am? - Grace apontou para a última e amassada uva que havia no meu pote de papel colorido.

Arrastei o pote para Grace e a vi jogar a uva para cima, confiante de que iria pegá-la com a boca, e ela o fez. Antes, eu podia não saber, mas me aproximar de Grace Campbell foi uma das melhores coisas que eu podia fazer.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! :)


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