Dagur abriu os braços como se quisesse dar um abraço na Astrid - Voltei!
Astrid correu para ele e o abraçou - Quando você voltou?!
Dagur - Uns dias...
Astrid - Por que não me disse antes? Senti sua falta...
Dagur - Tinha que procurar por ela...
Astrid - Já revirou o arquipélago mais de seis vezes em toda a sua vida. Se ela estivesse aqui já teria a encontrado. Não é querendo mandar você embora, mas é melhor procurar em outros lugares. Distantes daqui.
Dagur - Eu sei... Mas não tem como eu ir. Além disso, o que seria de você sem mim? - se separou do abraço e pegou o machado da loira.
Astrid - Aí, não vale! Você pegou!
Dagur - Fazer o quê? - entregou o machado a ela e eles se sentaram num tronco.
Astrid - Soluço já estava desconfiando de você de novo... Sabe que ele não gosta quando procura pela sua irmã, não é?
Dagur - Sei disso também... Mas e vocês?
Astrid - Vocês quem?
Dagur - Você e o Soluço. Discutindo muito ainda?
Astrid - E tem como parar? Ele me irrita. Odeio ele!
Dagur - Dizem que onde tem ódio tem amor...
Astrid - Também dizem que eu posso matar um viking? Quer ser a prova viva? Ou... Morta?
Dagur - Prefiro ficar aqui. Mas você acabou de confessar que o ama. Você realmente pode matar um viking. E você sabe disso.
Astrid - E estou achando que você quer morrer.
Dagur - Só ache, baixinha... Só ache... Porque eu mesmo não quero, não!
Astrid - Para de me chamar assim!
Dagur - Mas você não é baixinha mesmo?
Astrid - Dagur...
Dagur - Oi...
Astrid - Vou cortar sua cabeça fora - sorriu ironicamente.
Dagur - Legal. Faz isso logo que sua amiga está vindo ali - apontou para a direção em que Cabeçaquente chegava.
Astrid se levantou apressadamente enquanto Dagur se escondia novamente.
Cabeçaquente - Por que demorou tanto?
Astrid - Perdi o machado - desviou o olhar.
Cabeçaquente cruzou os braços - Sério?
Astrid - Seríssimo. O que foi?
Cabeçaquente - Soluço está reclamando da demora.
Astrid - É só o que ele sabe fazer. Reclamar, reclamar e reclamar! Arg! Que viking mais irritante!
Cabeçaquente - Precisamos conversar sobre o seu temperamento...
Astrid - Ele provoca! - justificou enquanto começava a andar com a amiga.
Cabeçaquente - Não dê cabimento!
Astrid - Falar é fácil...
Cabeçaquente - Como dizem: "O que vem de cima não atinge!"
Astrid - Na verdade, o certo é de baixo. Além disso, se um raio cair na sua cabeça, ele te atinge, então... Nem essa versão nem a correta estão realmente corretas.
Cabeçaquente fez pouco caso - Que seja.
Andaram mais um pouco e encontraram os outros.
Soluço - Vocês foram extremamente lentas! Onde estava? - dirigiu a última frase para Astrid.
Astrid - Na floresta.
Soluço - Especifique.
Astrid - Nessa floresta. Tá bom assim?
Soluço - Não me provoque...
Astrid - Não estou. Mas se te atingiu... O que eu posso fazer?
Soluço - Me dizer o que tanto o seu amigo procura?
Astrid - É... Eu poderia. Mas não quero. É algo do DAGUR - enfatizou o nome dele.
Soluço - Eu insisto.
Astrid - Problema seu. Acabamos aqui? Tenho o que fazer.
Soluço apertou os punhos com raiva - Faça o que quiser por enquanto.
Astrid foi embora e todos esperaram uma reação de Soluço.
Perna-de-Peixe - Bem... Estou indo.
Melequento - Eu também - foram juntos enquanto os gêmeos os seguiram sem dizer nada.
Horus - Mestre, está bem?
Soluço socou uma árvore ao seu lado, assustando os pássaros e a fazendo balançar - IDIOTA! EU A ODEIO! A ODEIO!
Heather sussurrou para Horus - Eu quero ficar sozinha com ele. Dá licença.
Horus - Certo - e saiu.
Heather - Mestre... O senhor está bem? Sua mão está dolorida?
Soluço - Estaria melhor se a Astrid resolvesse colaborar! Aquela estúpida!
Heather olhou para baixo ao perceber que ele chamou a loira pelo nome - Você... A chamou pelo nome... Por que?
Soluço - Por que eu daria satisfações a você?! Ah, dá um tempo, garota! - disse e foi andando na direção oposta dos outros.
Heather - Ainda o farei me amar - comentou enquanto andava de cabeça baixa.
Quando Soluço entrou em sua casa, já de noite, encontrou com o seu pai.
Stoico - E o gel?
Soluço - Entreguei ao Bocão.
Stoico - Parece nervoso. O que aconteceu?
Soluço - Hofferson. Como sempre.
Stoico - Tem que parar de pegar no pé da garota.
Bocão se intrometeu quando entrou na casa sem bater - Ela ainda vai se afastar de você.
Soluço - Não permitirei! - exclamou enquanto procurava algo alcoólico.
Bocão - Por que? Por amor? Vai sentir saudades? - riu junto com o chefe.
Soluço encontrou o que procurava - Estou morrendo de rir... - abriu a garrafa e tomou um gole.
Stoico - Já vai beber de novo, filho?
Soluço - Me deixem.
Bocão - Só me diga... Se você não a deixará ir porque vai ficar com saudades, então por que é? - riu enquanto pegava uma bebida para acompanhar Soluço.
Soluço - Ela ainda é a melhor caçadora do grupo. Sem contar comigo, lógico - bebeu mais uma vez.
Stoico - Já pensou em perguntar por que ela te odeia?
Soluço - Não me interesso. Ela vai ter que me aturar.
Bocão - Daqui a pouco estarão casando de tanto que brigam...
Soluço - Casar? Com ela? - deu outro gole - O que eu ganharia em troca?
Bocão - A melhor guerreira viking como esposa. Além disso, você poderia se informar melhor do Dagur - bebeu direto da garrafa novamente.
Stoico - Descobriu algo hoje? Eu o vi andando por Berk mais cedo...
Soluço - Astrid irá abrir a boca, - fez o mesmo que Bocão - querendo ou não.
Bocão - E o que pretende fazer? Sabe como ela é difícil.
Soluço - Irei fazê-la contar tudo o que ela souber. Mais cedo ou mais tarde, - bebeu- é questão de tempo.
Stoico - Não temos tanto tempo assim. Dagur não tem um passado dos melhores. Não sabemos o que ele pode estar fazendo agora.
Bocão - Tem certeza que aquela garota sabe alguma coisa?
Soluço - Eu sei, pai. Tenho sim, Bocão. Ela admitiu hoje.
Stoico - O que ela disse?
Soluço - Ela disse que poderia falar sobre isso, mas que era assunto dele e que ela não queria comentar.
Bocão - Essa menina é perigosa... Deveria tomar mais cuidado - deu um gole.
Soluço - Eu posso ser mais. A coloquei em seu devido lugar hoje.
Stoico - O que você fez, Soluço?
Soluço - Nada de mais... Apenas dei dois tapas em sua cara.
Stoico - Se vierem me reclamar depois, você assumirá a responsabilidade.
Soluço bebeu e acabou com a garrafa - Que seja. Estou quase chegando onde eu quero. Não vou parar agora.
Stoico - Você quem sabe... Não deixe a menina ir embora... Ela é uma ótima guerreira e não podemos perder mais uma como da última vez.
Bocão - Ela era realmente incrível...
Soluço - Não vejo diferença sem ela. Continua a mesma coisa.
Stoico - Eu penso o contrário. Vou dormir. O dia foi cheio hoje - subiu as escadas.
Soluço - O que aconteceu?
Bocão - Problemas de rotina... Quando vai assumir o lugar do seu pai, hein? Ele precisa de uma aposentadoria...
Soluço - Quando ficar mais velho. Tenho muito o que aproveitar por enquanto.
Bocão - Sei como pretende aproveitar... Não vá fazer com a Astrid o que fez com ela.
Soluço - Por Thor... Eu não gostava dela, e eu odeio a Astrid... Se eu for fazer algo... Será bem pior.
Bocão - Você é um monstro, Soluço, - terminou de beber sua garrafa - um monstro.
Soluço - Obrigado - sorriu.
Bocão - Vou dormir. Faça o mesmo - Soluço assentiu.
Depois que Bocão saiu, Soluço ficou pensando nela... Estaria o passado se repetindo com a Astrid?
Soluço falou para si mesmo - Será que eu...? Não, não... Eu odeio a Astrid demais para isso. Sem contar que eu não tenho "sentimentos positivos", seja lá o que isso for, a três anos. Eles não podem voltar agora. Eles não vão voltar agora.
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