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História Me apaixonei pela irmã do meu namorado! - Mais próximas.


Escrita por: ForeverCamrenS2

Notas do Autor


Oie! Minhas amoras.🍒🍒🍒🍒
Podem brigar que vcs estão no direito, mas eu tenho bons motivos pra me defender pelo atraso do capitulo, tive vários problemas... mas vamos deixar de conversa e vamos ao que interessa.
Capítulo está cheio de emoções, e este é definitivamente o mais comprido e o mais trabalhoso capítulo que fiz; então espero que vcs gostem.

Capítulo 15 - Mais próximas.


Fanfic / Fanfiction Me apaixonei pela irmã do meu namorado! - Mais próximas.

P.  O. V  Camila.


Já estávamos a duas horas seguindo aquela trilha, o suor que corria pelo meu rosto deixava um rastro até cair sobre minha camisa, minha respiração pesada por causa do esforço, me fazia parar seguidas vezes pelo caminho. Sinceramente se arrependimento matasse eu já tinha morrido, porque eu estava tão arrependida de fugir do rumo indicado que se pudesse voltar no tempo, eu faria tudo diferente .

(. . .)

Vasculhei minha bolsa em busca de água, por sorte ainda tinha uma garrafa térmica que estava bem no fundo. Tomei um gole bem generoso, mas não podia me dar o luxo de consumir tudo sozinha, havia outra pessoa comigo, que desde cedo não disse uma palavra, nem sobre as necessidades que sentia.

- Ei! Falei mostrando a garrafa.

Ela olhou, ficou meio desconfiada, olhou novamente demonstrando que estava cm orgulho de receber minha ajuda, mas a cede falou mais alto. Pegou a garrafa da minha mão e deu uma boa sugada no líquido que ainda estava gelado .

- OBRIGADA ! disse.

Eu fiquei bem surpresa com a pequena demonstração de educação dela, mas também entendia a sua postura.

(. . .)

- Lauren! Chamei .

Ela seguia retirando a mata fechada com o auxílio de um pedaço de madeira, parecia que não havia me ouvido.

- Lauren! Repeti...

Ela continuou concentrada, ou fingindo não me escutar.

(. . .)

- Lauren! Para! Gritei irritada.

- O que foi Camila? Ela falou gritando, enquanto me encarava com o rosto repleto de raiva.

- É melhor descansarmos um pouco, vc não acha? Eu não aguento dar mais nem um passo!

Lauren pareceu avaliar a situação, enquanto eu a encarava com um olhar de quem estava nitidamente implorando. Depois de horas andando até que enfim ela resolveu baixar a guarda. Em seguida sentou-se em um tronco de uma árvore caída, enquanto limpava o suor do rosto cm a camisa.

(. . .)

- Temos que pensar em como vamos fazer pra voltar. Disse tentando quebrar o silêncio.

- Voltar !sorriu debochando. -nunca ! Nós não vamos acertar chegar até onde saímos!

- Eu sei !SÓ estou tentando ajudar.. .

Ela faz cara de chateada , enquanto prendia o cabelo em um coque alto.

- E agora ? Perguntei.

(. . .)

HORAS MAIS CEDO.

- Sabia que eu até gostei de você ser minha dupla. Falei buscando um assunto para conversarmos, enquanto desviava das inúmeras possas de lamas que tinham pelo caminho.

- Ah ! É !não me diga . Falou enquanto procurava a seguinte pista, revirando uma pilha de folhas .

- Sério! Eu falo sério! Até que você é aproveitável! Comecei a sorrir.

- Vou fingir que não ouvi!

- Digo... quer dizer...útil!

- A fala sério Camila, você devia estar era me ajudando ao invés de ficar desperdiçando seu tempo com essas conversas inúteis pra puxar assunto.

- Então tá! Falei levantando as minhas mãos em sinal de rendição. – Não está mais aqui quem falou!

Começamos a procurar sem parar, parecia que aquela pista estava o mais longe , ou melhor o mais bem escondida.

(. . .)

- Iai! Nada ainda? Perguntou.

-Nada!

-Vamos continuar procurando.

E continuamos por mais uns dez minutos, o sol estava mais quente que o normal , eu e Lauren já havíamos consumido uma garrafa de água cada uma, e um pacote de biscoito. Minha camisa estava toda suada, se não fosse pelo protetor solar, óculos, boné, eu estaria literalmente frita.

- Ei ! Camila! Quer saber de uma coisa !

- Hum? Perguntei sem entender o que ela queria.

- Eu não estou a fim de continuar essa palhaçada, não precisamos seguir esse emaranhado de pistas, SÓ precisamos contornar o caminho e sair como vitoriosas assim que cruzarmos o então “Tesouro”. Ela falou nitidamente orgulhosa do que havia proposto.

- Não sei não!

- Nossa! Careta ! O que te impede? A sua consciência perfeita de alguém puro, que nunca cometeu nada de errado. Disse enquanto se aproximava .

- Não é isso! É SÓ que talvez não vá da certo, quem garante que contornar seja confiável? Tentei parecer firme no que dizia.

- Hum... entendo...

Ela chegou bem perto, enquanto me encarava dos pés a cabeça.

- Sabe o que eu acho ?

- Diga!

- Que vc é uma careta com todas as letras! Uma covarde que fica preocupada com o que os outros querem e não tem coragem pra fazer suas próprias vontades!

- você não me conhece.

- Nem preciso conhecer.

Ela colocou a mão no meu rosto

- Eu vou! Você vem? Falou enquanto dava dois tapinhas na minha cara.

- Eu...

Mal havia terminando de falar, ela já estava juntando as coisas na mochila. Passando por mim, e em seguida adentrando fora da trilha marcada pelas faixas.

- Vai! Vai mesmo! Você vai voltar eu sei! Adora pagar de Valente enquanto não tem nenhum pingo de coragem . Falei gritando pra que ela escutasse, enquanto a via sumir por entre as árvores.

Olhei mais um pouco para aquela situação, tentando avaliar se daria certo, mas seria pior se eu deixasse minha dupla ir sozinha.

Sai em disparada atrás da Lauren por sorte corri bastante a ponto de alcança- lá, ela estava bem distante considerando que ela estava apenas caminhando.

- Ei! Falei sem fôlego.

- Pensei que não viria. Disse com um risinho de canto na boca.

- Eu esta... va brin...cando. Falei ainda sem fôlego da corrida.

- Talvez você não seja tão covarde assim.

- É ...E agora?

- Vamos contornar as faixas!

- SÓ isso?

- Daqui a pouco penso em outra coisa.

(. . .)

Continuamos seguindo por entre a mata fechada, eu ia bem atrás , enquanto a Lauren vestia essa pose de corajosa. Entre uma subida e outra o cansaço bateu mais forte, tive que fazer uma parada.

- Lauren! Eu sinto muito mais eu tenho que parar pra beber água. Comecei a procurar pelo líquido dentro da minha mochila.

- Eu também vou!

Depois dessa parada pra se hidratar, continuamos nossa caminhada.

(. . .)

SÓ quem é louco não iria perceber que tinha algo errado acontecendo, porque para mim já havíamos passado várias vezes por aquele lugar, para mim nós estávamos andando em círculos.

- Lauren!

- O que foi Camila?

- Eu não quero ser chata , mas... eu acho que nós estamos andando em círculos.

- Não estamos é impressão sua.

- Mas...

"Deixa pra lá"

Acabei deixando essa ideia de lado, não queria deixar Lauren chateada. Mas ao entrarmos em um lugar muito parecido com aquele que já havíamos passado, resolvi deixar um laço de cabelo preso em uma árvore pequena só  por precaução . Após alguns minutos de mais caminhadas sem passar por aquele local acabei achando que fosse tudo coisa feita da minha cabeça.

- Parece, que alguém me deve desculpa. ..

- Sobre?

-Sobre mais cedo , sobre eu ser uma péssima guia.

- Não foi isso que eu disse!

- Sei. . .

- Eu SÓ achei que talvez estaríamos andando em círculos. ..

... Para... aí. ..

Olhei para a pequena árvore, retirando o laço em seguida.

- Eu estava certa! Olha aí deixei o laço como indicativo, nós realmente estamos andando em círculos, o que quer dizer que estamos perdidas! Falei histérica.

- Eu não acho que estamos perdidas, eu SÓ acho que talvez tenhamos nos enganado de caminho.

- Lauren! Já perdi as vezes de quantas vezes passamos por aqui!

- Tá! Não grita! Sim talvez estejamos perdidas...

- Eu disse!

- Calma Camila! Eu estou pensando em algo.

- Sério ? Do mesmo jeito dessa sua ideia de contornar a trilha, não é ?

- Ah ! passa na cara, eu agora sou uma inútil, será que eu não tenho direito de errar?

- Errar é uma coisa, agora isso aqui é muito arriscado, olha onde nos metemos ! Berrei nitidamente zangada.

- Olha aqui, eu não te obriguei a vir comigo!

- Não chegou a falar, mas era como se tivesse dito...  Lauren nos somos da mesma dupla, eu não podia te deixar ir sozinha.

- Eu não preciso de ninguém! Ela gritou tão alto que fez os pássaros no topo das árvores  se assustarem. 

- Eu pensei que fossemos amigas. Falei cabisbaixa.

- Eu não consigo ser amiga de uma pessoa tão falsa e mentirosa como você. Ela falou rispidamente , me encarando com nojo.

- Do que você está falando?

- Não se faça de sonsa, eu vi você traindo meu irmão, Camila.

Corri em sua direção, enquanto tentava olhar nos olhos dela. Mas ao mesmo tempo ela me empurrava me afastando para longe.

- Eu nunca traí o Austin, Lauren, eu não sei o que você achou que viu, mas eu nunca trairia seu irmão.

- Pois você teria pensando antes de sair beijando aquele garoto.  Ela me afastou novamente -  E no meio da escola pra qualquer um ver, até parece que você se importa! Lauren estava nitidamente nervosa.

- Que garoto ?

- Aquele ... Shawn... Ah! Não me importa.

Quando entendi do que se tratava no evitei, acabei caindo na gargalhada, porque o ciúmes dela me fez achar tudo muito engraçado agora, que sabia de quem se tratava.

- Ri, ri mesmo, eu devia ter contado tudo pro corno do meu irmão, mas eu sou tão idiota, fiquei com pena de você.

-Lauren,  calma... Me aproximei novamente dela - Eu só achei engraçado, porque o Shawn não simboliza nada pra mim, e seu irmão odeia ele tanto quanto eu, e eu nunca beijei ele, pelo contrário, eu fujo dele, ele sempre tenta me agarrar porque nunca superou que eu não o quero.

- Eu não sabia disso... Mas ...  não quero saber, você  faz o que quiser da sua vida.

(. . .)

Achei melhor não dizer mais nada, Lauren é muito orgulhosa, se eu retrucasse ela viria com mais argumentos. 

Apenas voltamos a caminhar na  trilha acima, enquanto a lembrança daquela nítida demonstração de ciúmes me rendia ainda boas risadas.

HORAS MAIS TARDE

(. . .)

- Eu não sei ... Camila! Eu estou cansada assim como você e eu não estou me reclamando, então para. Lauren esticou seu corpo,  alongando seus braços. 

- Eu sei que eu estou enchendo tua paciência, mas é que eu estou ficando preocupada. Uma hora dessas todos já chegaram e já devem estar preocupados.

- É eu sei, mas o que eu posso fazer? Ficar aqui parada, esperando alguém passar. Ela sentou em uma pedra grande próximo a estrada.

- Já está escurecendo. 

"Que merda! Agora ferrou tudo"

- SÓ percebeu isso agora? 

(. . .)

Continuamos andando já que não havia outra saída. De qualquer forma não podíamos mudar o que fizemos e muito menos fugir do tempo.

A caminhada continuava árdua , meus pés estavam tão cansados que qualquer água morna me faria parar e não levantar por um bom tempo. Lauren não, ela tinha um semblante forte de quem não desistiria fácil, eu admiro isso nela.

(. . .)

De súbito Lauren começou a caminhar em várias direções, o quê já me deixou bem preocupada.

- O que foi? Perguntei.

- Não escutou! Ela se pôs paralisar enquanto tentava escutar algo.

- o quê? Eu não estava entendendo nada 

- Me chamaram!

Ficamos em silêncio torcendo para escutar a voz novamente.

. . . Lauren! 

Alguém  gritava  bem distante dali.

Não podia acreditar chamaram mesmo ela, parece que aquele pesadelo estava tendo um fim.

- Estamos aqui! Ela começou a gritar de volta.

- Aqui! Comecei a gritar junto.

Então em uma tentativa de alcançar quem quer que estivesse nos chamando Lauren começou a correr em direção a voz, até que ...

- Lauren! Gritei a plenos pulmões  com aquela cena. Por um momento vi Lauren correr e de repente ela tinha sumido como se tivesse sido engolida pelo chão.

Corri em disparada até chegar me deparar com um buraco, onde Lauren estava suja por causa da terra e das folhas que haviam ali.

- Lauren! Me ajoelhei próximo ao buraco. Tá tudo bem? Você  se machucou?

- Eu não sei ... Ai! Ela gemeu de dor assim que tentou se mover -  Meu pé !

- Ai meu Deus o que eu faço? Como vou tirar você daí? 

- Procura algo pra que eu suba pode ser alguma corda!

Saí procurando loucamente, mas não conseguia encontrar nada, o melhor que achei foi um cipó de uma árvore  que parecia ser bem forte .

- Lauren, nada de corda mas acho que isso resolve . Joguei o cipó  dentro do buraco que parecia ter uns 3 metros de altura.

Ela tentou uma, duas, três e mais outras vezes, mas todas lhe rendia muito esforço, muito cansaço e muitas dores.

- Camila, eu estou ficando cansada, e meu pé doe muito. Falou chorosa.

Já estava escurecendo rápido, em poucos minutos estaríamos no escuro. Por sorte tinha uma pequena lanterna pra possíveis emergências.

- Camila, você precisa ir atrás de alguém pra me ajudar. 

- Eu não consigo, Lauren! Você é a forte aqui, eu sou muito medrosa e andar no escuro...

- Pega sua lanterna e tenta procurar por alguém por onde conseguimos ouvir a voz! Você vai conseguir! Faz por mim! Gritou ela.

- Tá ok, eu vou . 

- Você vai conseguir!

Saí dali sem nenhuma confiança, nem esperança, mas faria isso pela Lauren, era minha vez de tomar as rédeas da situação.


P. O. V - Professora


Todos os alunos já haviam chegado, até mesmo a equipe vencedora que foi a primeira a terminar o circuito. Mas faltava uma dupla de alunas pra completar a prova.

O que me preocupava não era a prova, mas sim o fato de duas alunas que estavam sobre minha supervisão não estarem aqui com todos os outros alunos.

Após alguns minutos minha ansiedade e nervosismo me fazia querer ir atrás das duas a qualquer custo. Comecei a arrumar minhas coisas, principalmente lanterna por causa da noite que estava chegando.

- O que a senhora vai fazer? Perguntou um aluno que veio em minha direção.

- Eu vou atrás delas, não vou deixar minhas alunas sozinhas perdidas. Coloquei minha mochila nas costas - E se tiver acontecido algo?

-Precisamos da senhora, os outros alunos também estão preocupados.

Eu percebi por aquele aluno como os demais estavam preocupados. Em um sinal alarmante todos vieram até mim. Inclusive o guia.

- Professora, acho melhor a senhora permanecer aqui, eu já chamei os outros funcionários da reserva para começarmos as buscas, nós vamos acha-las.

- É que eu não estou conseguindo ficar em paz, minhas alunas estão por aí e eu não posso imaginar se acontecer algo com elas.

- Eu sei, mas estes alunos também precisam de você. 

- E se montarmos equipes, podemos ajudar na busca, nos dividimos em duplas e vamos ajudar os outros guias. Disse Laura minha aluna.

- Acho melhor não. Falou o guia - Não queremos mais nenhum aluno perdido .

Depois de minutos de espera, os outros guias chegaram.

(. . .)

- Viemos o mais rápido. Já acharam as garotas?.

- Ainda não. Falou o guia Bruno.

- Precisaremos dos nomes e de fotos das duas garotas. Falou a mulher.

-- Tudo bem. Falei

- Professora, nós vamos achar as meninas. Disse Bruno saindo com seu grupo para a mata fechada .

-- Tomara. Disse.


P. O. V – Bruno.


Após sairmos da área de encontro com a professora e os alunos ainda muito preocupados, eu e minha equipe saímos em busca das meninas.

Todos estavam equipados para caso situações como essas acontecessem, mas nunca em 5 anos de trabalho, algo assim havia acontecido.

- Bruno! Falou Verônica uma dos guias do parque.

- Oi!

-Vamos nós separar, como conhecemos o parque bem, acho melhor seguirmos individualmente .

- É melhor, assim ganhamos mais tempo.

Então seguimos individualmente. Eu fui rumo ao oeste, seguindo cuidadosamente com minha lanterna, pois não conseguia confiar na mata fechada e nos animais que ela poderia esconder .

Fui subindo por entre a mata, sempre chamando o nome das meninas para não perder a chance de encontrá-las.

- Camila! Lauren!...

Uma vez ou outra conseguia escutar os outros guias chamando o nome das meninas em direções opostas. 

(. . .)

Já estava andando a quase 20 minutos, eu realmente estava cansado , daqui a uns dez minutos nos reuniríamos para planejar outra rota.

Decidi andar mais um pouco, em outra direção, quando aquela luz bem longe me chamou atenção .

Saí em disparada, ao que tudo indica aquela luz não podia ser dos meus colegas. Um som de passos por causa das folhas secas no chão era ouvido bem distante.

- Camila! Lauren! Continuei correndo. Mas estava confuso, vi essa luz passar tão rapidamente que comecei a achar que estava vendo coisas.

- Que droga ! Olhei a hora em meu celular -  30 minutos está na hora de voltar.

Estava receoso de voltar, queria continuar procurando , mas tinha que cumprir o combinado ou uma confusão poderia ser feita.

Já estava dando meia volta quando aquela voz bem distante me chamou atenção.

- Aqui ! Aqui! 

No começo achei que fosse os outros guias mais a voz ia ficando mais nítida  e forte.


P. O. V   Camila

Já fazia 7 minutos que eu havia deixado Lauren sozinha , minutos esses que estavam me deixando maluca de ansiedade. Estava com medo do lugar onde ela estava, da dor que ela sentia, talvez ela tivesse quebrado o pé, mas eu iria até o fim pra conseguir ajuda, mesmo estando com medo disso durar a noite toda ou um dia inteiro.

Mas algo a mais me preocupava, como faria pra voltar aonde a Lauren estava ? Eu não tenho memória fotográfica boa, com essa escuridão e minha lanterna fraquinha era impossível lembrar do caminho.

Eu tinha que achar algo que me fizesse voltar, ou pelo menos que marca-se o caminho. Comecei a vasculhar dentro da bolsa, por sorte havia levado meu estojo, e nele tinha meu corretivo , a idéia é marcar as árvores com setas usando meu corretivo. E foi isso que fiz, cada árvore grande que eu passava fazia uma seta apontando para a direção que eu havia saído.

Já estava cansada o bastante pra cair ali e desmaiar, me incomodava a sede que eu sentia, há  4 horas que não bebia nada.

Pintando uma árvore que estava me rendendo um trabalho extra já que meu corretivo estava no fim; eu vi uma aranha enorme , não pensei duas vezes antes de correr, parece infantil mais eu tenho fobia de aranha.

Correndo da aranha eu podia jurar que alguém havia me chamado, mas com o medo que eu tenho, não quero nem achar que possa ser uma alma penada por aí. Continuei seguindo meu caminho, sempre marcando as árvores , embora meu corretivo não quisesse colaborar.

- Mais que merda, não acaba ainda, por favor corretivo...

Comecei a sacudi- lo pra lá e pra cá, até que começou a funcionar com mais fluidez.

De longe eu podia jurar que havia visto uma luz, mas a minha dúvida me dava medo.

- Será?

A luz foi se distanciando.

(. . .)

Escutei meu nome.

- Camila! Lauren!

- Meu Deus é alguém. Saí correndo em disparada. Tão pouco me importei com a marcacão, tropecei em algumas pedras, aposto que ficarei sem unha no dedão do pé, mas pela Lauren vale a pena.

- Meu Deus a luz tá se distanciando.

Comecei a balançar minha lanterna e a gritar.

- Aqui!

Mas correr e falar não é meu forte, então balancei minha lanterna rapidamente. Até que a luz parou.

- É minha chance!

Aos poucos me aproximei daquela pessoa que podia não ser boa, mas nessa altura qualquer ajuda é bem vinda.

Que surpresa eu tive quando vi o guia Bruno, ele pareceu ficar bem mais surpreso que eu. Estava nitidamente aliviado em me ver.

- Aí meu Deus ! Bruno! Comecei a chorar assim que o vi. Ele me abraçou, estava com uma expressão assustada, como se temesse o pior .

- Camila! Você está bem , vai ficar tudo bem. Cadê sua amiga?

- Ela tá presa em um buraco, eu acho que ela quebrou o pé!

- Um buraco?

- Sim! E bem fundo, não consegui tira-lá. Falei ainda chorando.

- Eu sei, que você está cansada , mas precisa me mostrar o caminho.

- Por sorte eu marquei o caminho.

- Que ótimo! Ótimo trabalho Camila!

Subimos novamente, as setas brancas nas árvores iam nos dando a direção certa, enquanto as seguiamos eu ia sendo parabenizada pelo guia.

(. . .)

- Chegamos. Fale desesperada para ver como a Lauren estava .

- Lauren! Gritei.

- Aqui! Conseguiu ajuda?

-Eu estou aqui! Bruno apareceu .

- Que bom te ver Bruno. Falou Lauren.

-Você conseguiu Carreta!

- Eu nem consigo acreditar.

- Ela foi muito corajosa, as noite nessas matas são muito perigosas.

- É,  eu sei, tenho sorte de ter uma amiga como ela. Falou enquanto me olhava docilmente

Bruno desceu no buraco que ela havia caído, fez os primeiros socorros. Depois colocou Lauren para fora, após escalou para fora também.

- Como não sabemos o estado do pé da Lauren, vou carrega- lá, vc leva minhas coisas Camila?

- Está bem. Claro!

- Pegue a lanterna e vá nos guiando na frente.

Então segui na frente os guiando , enquanto Bruno carregava Lauren nas costas . Uma vez ou outra ela sentia dor, pois Bruno fazia algumas paradas pra descansar do peso de estar carregando alguém.

(. . .)

Até que enfim, consegui ver as luzes da entrada do parque, fiquei meio receosa com o que iria encontrar, mas dessa vez, não tinha polícia nem nossos pais , nem mesmo a diretora da escola, somente a professora, os nossos colegas e os guias.

Assim que surgimos da mata fechada, todos correram em nossa direção.

Todos falavam ao mesmo tempo, nos fazendo perguntas sem parar, como uma coletiva de imprensa.

- Gente ! Vamos deixar as meninas descansar. Falou a professora.

Então fomos colocadas em macas da ambulâncias da reserva. Após limpar meu rosto, beber água, e Lauren ser cuidada, começaram o meu interrogamento.

- Camila, eu sei que você está cansada, mas como você pode ver, não estamos com maiores responsáveis por aqui.

- É eu sei.

- Eu conversei com os outros alunos, e entramos em uma conclusão de que ninguém vai saber do que houve aqui. É um jeito que eu achei de protege- los e de me proteger também , pois com o que aconteceu hoje eu praticamente vou ser demitida.

- Nossa ! Desculpa professora .

- Não precisa pedir desculpa, o melhor pra mim é o bem estar de vocês.

- Professora, eu não vou contar nada, pode ficar tranquila. Segurei em suas mãos -  A senhora é uma das melhores professoras que nós temos, não seria justo.

- Mas, agora quero saber o que houve, quero saber tudo, precisamos explicar o motivo do machucado da Lauren.

Contei tudo para ela como aconteceu, ela ficou bem chateada com a nossa atitude, pois tudo isso foi por nossa causa, mas ela também se culpou pois não deveria ter proposto essa ideia.

Após alguns minutos , todos nós já estávamos nos preparando para ir embora. Lauren foi diretamente na ambulância, com a professora que à acompanharia no hospital, enquanto os pais dela chegassem, eu queria ir também, mas na ambulância so permitiam uma pessoa com o paciente.

Enfim saímos, ainda bem que essa noite havia acabado, só  o que eu queria era chegar em casa, comer, tomar um bom banho e ter notícias da Lauren. Só  o que eu sei é que lá no fundo eu sinto que nós estamos bem mais próximas depois desse dia.


Notas Finais


Bem capítulo Bem extenso para compensar os dias de atraso.
Gente me contem o que acharam, se atigiu as expetativas de vcs.
Bjs minhas amoras, e até o próximo.


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