História Me apaixonei pela irmã do meu namorado! - Beijos e arco-íris

 POV  Lauren

Comecei a andar de um lado para o outro, a preocupação pela demora do meu irmão e da Camila estava me consumindo, na minha frente um Brad que me observava parecendo nervoso tanto quanto eu, mas eu queria ter informações o mais rápido possível do paradeiro dos dois.

- Lauren! Para! Você esta me deixando tonto! Praticamente me gritou, tentando ultrapassar o som da música. – Senta aqui. Ele apontou para o lugar vazio ao seu lado.

Mesmo o odiando, resolvi me sentar ao lado dele.

- Tu sabe de alguma coisa não sabe? O olhei tentando capitar qualquer sinal de mentira.

- Não sei de nada! – Ele sorriu de cantinho. – A não ser que você me faça confessar! Ele se inclinou para perto de mim.

- Nem que você fosse o último homem da terra! Falei. – Eu prefiro ligar para eles! Abri minha bolsa retirando meu celular.

- Não! Você vai atrapalhar! Ele me parou segurando minha mão ao meu aparelho.

- Você sabe de alguma coisa sim! Conta agora! Falei ríspida.

- Olha! Eu não costumo dedurar ninguém, mas acho que não vai ser legal você atrapalhar a noite intima dos dois. Ele disse com um largo sorriso no rosto, como se soubesse que aquilo me afetaria.

- Ah! Então é isso... Falei um pouco decepcionada, se a Camila aceitou sair com Austin para algo tão íntimo é porque ela não gosta de mim como eu gosto dela.

- O que foi? Tá chateada? Ele perguntou debochando. - Eu sei muito bem que você estava afim dela, mas que pena que ela não estava de você, então aproveita essa noite comigo. Ele pôs a mão na minha perna.

- Eu não ficaria com você nem que me pagassem! Retirei sua mão da minha perna. – Eu não me importo com o que você acha ou deixa de achar!

- Eu adoro esse seu jeitinho marrento. Ele se inclinou para minha frente. - Me dá uma chance vai?

- Garoto vê se me esquece! Me levantei. – Eu não estou nem aí, eu vou ligar! Peguei meu aparelho, discando o número da Camz.

Não demorou muito para ela atender, meu coração ficou acelerado pela ansiedade da notícia.

(...)

- Lauren! Falou chorando.

- Camz? O que foi? Você esta chorando? Falei espantada.

- Vem me buscar! Não me deixa perto do Austin!

- Aconteceu algo com vocês?

- Não! Por favor, Lauren vem me buscar! Por Favor, Lolo! Chorou mais uma vez.

- Eu vou! Me espera! ... Mas eu preciso do endereço! –

- Espera eu vou pedir! Ela demorou alguns minutos. Enquanto isso eu parei um táxi; Brad veio ao meu encontro, mas eu o deixei sem nenhuma explicação. Ela me deu o endereço, eu segui com o taxista, por sorte eu tinha bastante dinheiro daria para pagar a corrida de ida e volta.

(...)

Cheguei ao endereço que Camila havia me passado, para mim foi uma eternidade chegar até aqui, pois quando quem você ama está em perigo você quer a qualquer custo ajudar. O taxista foi parando gradualmente, por conta da fila de carros que estavam esperando uma vaga para estacionar, mas minha paciência não me deixou esperar para vê-lo conseguir.

- Tem certeza que estamos no lugar certo? Perguntei ao me assustar com o letreiro iluminado de frente para nós!

MOTEL SENSAÇÕES! Encontre prazer aqui.

Aquele letreiro foi suficiente pra me fazer entender o motivo de tal choro, por alguns momentos eu quis acreditar que aquilo não estivesse acontecendo com a Camz, principalmente porque se tratava do mais novo cafajeste do ano, e infelizmente ele era meu irmão.

(...)

Desço do carro, me direcionando ao Hall de entrada, haviam alguns funcionários que  estavam organizando cadeiras, limpando o chão, fui até a recepcionista, para ter informações sobre a Camila, pois havíamos marcado de nos encontrarmos lá. Antes que a recepcionista pudesse me responder, alguma coisa, senti um forte aperto por trás, era a Camila que   em um abraço forte e desesperado começou a chorar novamente.

- Camz? Perguntei confusa, tentando parece o mais racional possível. A moça da recepção, e outras pessoas estavam olhando aquela cena, como se duas garotas não pudessem se abraçar assim. - Camz! Ela me soltou, me permitindo virar de frente a ela, onde nos perdemos em mais um forte e demorado abraço.

- Eu sabia que você viria. Sussurrou perto do meu ouvido. -Você é a única amiga que eu tenho de verdade, Lolo.

Só quem não tem o amor correspondido sabe o quanto dói ouvir a palavra amigo saindo da boca de alguém que você queria, desejava mais que amizade.

- Desculpa mais vocês estão atrapalhando a entrada, o acesso a recepção! Fomos interrompidas pela doce voz da moça.

- Desculpa! Disse, saindo em seguida para fora daquele lugar que havia presenciado a pior noite da Camila.

Camz estava cabisbaixa, como se seu subconsciente estivesse a levando de volta aquela cena, ou aos momentos felizes que ela havia tido com meu irmão.

Ela nem percebeu que eu havia chamado um táxi. – Camila! Vamos? - tive que chamar sua atenção.

Seguíamos estrada afora, ela  com a cabeça encostada na janela do carro, e eu tentando ignorar todas as mensagens , ligações do Austin no meu celular.

- Camila o Austin está ligando muito, eu acho melhor atender! Falei quebrando o silêncio.

- Não atende! Para ele eu estou morta e vice- versa! Ela nem mudou a expressão que tinha no rosto.

E o telefone tocou mais uma vez, vibrando por entre minha roupa.

- Quer saber ! Eu vou atender sim! Ela precisa ouvir algumas coisas!

- Não Lauren ! Não. . .

(...)

- Oi! Digo .

- Lolo, por favor me diz se a Camila está com você , porque se ela não estiver, eu não sei o que eu faço! Ele parecia desesperado.

- Ela está sim! Só isso

- Deixa eu falar com ela!

- Você não vai falar com ela!

- Lauren, ela é minha namorada, não se meta.

- Pelo que parece é Ex!

- Lauren deixa de palhaçada! Passa o telefone pra Camila! Seu tom de voz era furioso.

- O QUE VOCE FEZ NÃO TEM PERDÃO! VOCE PODE FAZER O FAVOR DE SUMIR DA MINHA VIDA AUSTIN? – gritou Camila, me fazendo paralisar até mesmo o taxista se assustou.

- Ouviu né! Eu deveria quebrar a sua cara Austin, mas isso não vai ser agora. – falo brava e ríspida - eu vou levar ela embora e não ouse ligar de novo– desliguei o telefone, me arrependendo amargamente de o ter atendido.

Ao sentir sua reação, a única coisa que eu queria fazer era protege-la. Olhei para ela , como se meu olhar quisesse dizer que eu sou um ombro amigo, para ela  chorar suas magoas em mim. Não demorou muito para ela se encostar ao meu ombro, deixando as lagrimas caírem, molhando sua saia. Beijei seus cabelos, numa atitude instintiva, o susto foi de ambas as partes, que merda eu havia feito, ela se levantou, voltando sua atenção a paisagem através da janela do táxi.

Queria poder entender o que passava em seu coração, sua mente, queria poder dizer que ficaria tudo bem, que ela não precisava mais chorar, mas agora o melhor remédio é chorar e levar a alma. Queria poder dizer o que sentia, fazer com que meu amor a preenchesse, mas eu não  tinha garantia de ser correspondida.

POV  Camila

A proteção que a Lauren estava me dando era tão comovente, qualquer pessoa diria que eu tenho sorte por ter alguém como ela ao meu lado. Mas eu nnão  conseguia exergar isso, minha cabeça  parecia explodir com o turbilhão  de emoções  que eu havia sentido.

O frio daquela noite, a estrada deserta, o silêncio de todos os ocupantes daquele carro, não me davam opção para tentar não escutar a voz do meu pensamento, queria ocupar meu cérebro com muitas informações ao mesmo tempo, só para ficar ocupada processando todas elas.

No meio daquele breu de escuridão, algumas luzes me chamaram atenção, mas eu teria que esperar o táxi se aproximar para saber do que  se tratava.

Mais alguns minutos.

O letreiro bastante iluminado, mostrava o nome de um bar. FIVE MINUTES! Me apressei pensando numa maneira de estar naquele lugar.

- Para aqui! Falei para o taxista.

- Camz ! Aqui não é o sítio.

- Eu sei ! abri a porta do carro.- Quer descobrir ele comigo? estendi minha mão para ela, que foi agarrada com força.

Pagamos o táxi!

Passamos pelo gigante letreiro, haviam muitas motos, mas o som que saia de dentro daquele lugar me daria paz, uma paz a essa minha mente que estava em pane com tantos acontecimentos, tantas informações para digerir.

Demos nossos documentos  para comprovar maior idade. Ao entramos, fiquei surpreendida pela quantidade  de pessoas que estavam ali, os  jogos de luzes  rodeavam, pulsando, iluminando   toda a boate e a pista de dança.

- Nossa! Eu nem acredito que estou em lugar desses, porque aqui não é como as boates que eu frequento em Miami! Isso aqui é melhor. Olhei para a Lauren que parecia perdida no meio de tanta gente.

- É normal ficar tonta? Ela me perguntou com a mão na cabeça.

- Você nunca veio em uma boate?

- Tá na cara! Ela disse enquanto segurava firme em minha mão . Nos esprememos para passar por todas aquelas pessoas, até chegarmos no bar.

Sentei, sendo seguida por Lauren. Ela se sentou, observando bem o local.

- Então ... você não é tão indecifrável quanto achei que fosse! Gritei para ela escutar.

- É o que parece! Ela gritou. Aquele olhar que só ela sabia me dar , me enfeitiçava, não conseguia decifrar o que tinha por detrás daqueles olhos, eu posso sentir que essa noite vai ser especial, para nós duas.

-Obrigada por ter ido me ajudar ! Falo por fim.

- não precisa me agradecer camz, sempre que precisar vou estar aqui. – ela sorriu

De repente um homem alto e forte desses de porte atlético, veio se aproximando da Lauren, todo cheio de conversa para cima dela. Lauren estava nitidamente incomodada com a insistência do cara. Eu não estava mais suportando, vê aquele idiota  coagi-la dessa maneira.

- Ei ! Olhei para ele , mas ele não escutou. -Ei! Ele me olhou confuso. -Não está vendo que ela está acompanhada?

- Desculpa ! Não sabia que vocês eram um casal! Ele pareceu ficar transtornado saindo imediatamente de perto da gente, me senti bem defendendo a Lauren, pelo menos uma vez na vida.

- Garçom! Traz um isque!

- Beber? você quer beber? - ela soltou uma gargalhada- Você bebendo ...essa eu quero ver!

- Quer que tem ! Eu quero me divertir hoje à noite! Eu vou beber pela primeira vez! E você pode me acompanhar!

- Eu prefiro ficar no suco!

O garçom trouxe o copo com isque, tomei tudo em um gole só sentindo o líquido queimar minha garganta.

- Outro! Quero outro!

- Camila! Você não é acostumada a beber, é melhor pegar leve!

- Leve? Já estava meio alta! -   Leve, nunca mais! Eu vou ser outra pessoa. Falei engolindo mais um copo de isque!

- Eu quero aquele azulzinho ali! E o garçom trouxe mais uma.

- Mas eu gosto de você pelo que você é! Lauren segurou eu minha mão, nosso olhar se cruzou com uma sincronia incrível.

- Sua bebida, senhora! Disse o garçom nós tirando daquele momento.

- Vejo que já esta melhor - falou se levantando do banco.

- sim eu estou melhor e essa bebida é ótima vou querer outra- ela sorri .

- Que tal ir pra pista de dança comigo? Ela estendeu a mão.

- Só se for agora! Peguei em sua mão, descendo da cadeira.

P. O. V Lauren.

Camila já estava ficando bêbada, pois sua voz estava enrolada e muito engraçada. Ela continuou bebendo. Eu achei aquilo perigoso e decidi levar ela para a pista de dança, ela aceitou para meu alivio.

Entramos na pista de dança, a música alta que tocava, praticamente nos transportava a outro lugar, todas aquelas pessoas dançando, mas eu só tinha olhares para uma pessoa. Camila começou a dançar na minha frente de uma forma sexy e sensual, eu poderia dizer que ela estava nitidamente me provocando, e foi impossível não olhar para seu lindo corpo cheio de curvas.

- Nossa assim você me mata – falei acreditando que ela não pudesse escutar.

- O que disse?

-Nada! Fiquei nervosa.

Ela virou pra mim e veio me abraçando sorrindo com aquele sorriso tímido. Eu podia ver cada movimento seu como se estivesse dançando em câmera lenta. Eu também respondi aos seus movimentos, mas não com tanta graça como ela fazia.

- Eu amei esse lugar Lauren obrigada. – falou perto do meu ouvido e sorriu . Ao nos olharmos, parecia que  seu olhar tinha fogo, aquele mesmo olhar que me dava sempre que estávamos sozinhas, um olhar que tinha desejo, eu também respondi a altura. Nossos olhos se encontraram, ela sorriu de canto, maliciosamente como se me convidasse a um beijo.

- Sabe o que eu queria fazer agora! Falou novamente perto do meu ouvido. Aquele sussurro foi capaz de levar um arrepio que se espalhou pelo meu corpo, dos pés a cabeça.

- Não sei! Falei perto do seu ouvido, sentindo o cheiro de perfume perto da nuca.

- Isso! E ela fechou meus lábios com um beijo. Meu susto foi eminente, nunca pensei que ela faria isso ali no meio de todos. Ela sugou meus lábios com voracidade, como se estivesse com fome de mim; nos beijamos de forma lenta, acelerando a cada resposta que nosso beijo sincronizado acontecia. Com minha mão esquerda, apertei sua cintura puxando para mais perto de mim, sentindo seu corpo colar ao meu. Ela soltou nosso beijo, ainda com a boca entre aberta, me olhando como se quisesse mais daquilo.

Puxei ela novamente para perto de mim, tomando sua boca com mais vontade ainda, sugando seus lábios, entre os meus. Ela soltou novamente nosso beijo, pedindo ar. Foi quando ouvimos pessoas aplaudindo, ao olharmos em volta percebemos que éramos o motivo desses  aplausos, talvez as pessoas estavam admirando nossa coragem.

- Vamos sair daqui? Falei ofegante.

- Vamos ! Ela me olhou com desejo do jeito como eu sempre sonhei. Saí na frente, puxando – a pela mão, passando  por entre as pessoas que ali estavam.

Havia uma poltrona em um canto escuro do outro lado da pista, me dirigi até lá ainda puxando Camila pela mão, com esperança de encontrar o lugar vazio assim que atravessássemos a pista de dança . Por sorte estava vazio, me sentei e Camila sentou em cima das minhas pernas em seguida. O som da música, parecia tornar nossos olhares ainda mais profundos, como se soubéssemos o que a outra pensava.

- Será se eu estou sonhando? Falei, a encarando, nem precisei falar alto, ela leu meus lábios, como se quisesse calar minha boca com um beijo.

Ela levou sua mão esquerda até meu rosto, deslizando seus dedos macios através dos meus cabelos, aquele toque fez meus olhos fecharam.

- Isso é estar sonhando? Ela sussurou em meu ouvido. A encarei, fazendo não com a cabeça, sentindo meu corpo arrepiar novamente.

- E isso... Ela passou a língua por cima dos meus lábios, aquele momento eu só queria tê-la mais uma vez para mim, fechei seus lábios em um beijo, ainda mais intenso que os primeiros, sua língua explorava o céu da minha boca, enquanto a minha brigava dentro da sua implorando por  contato. Suas mãos deslizavam de cima abaixo sobre minha coxa exposta, completando aquela sensação de nossas línguas se tocando. Minha respiração ficou constante, forte e acelerada, enquanto meu coração batia descompensado.

Enfiei meus dados por entre sua nuca, puxando ela para trás, interrompendo nosso beijo só para ver seu rosto sua expressão ao me implorar com o olhar meus lábios mais uma vez. A puxei novamente para perto de mim, beijando- a ferozmente. Ela sentou em cima de mim, me dando a oportunidade de sentir seu corpo mais perto; acariciei sua costas com as duas mãos ao mesmo tempo, sentindo sua respiração ficar ainda mais acelerada. Desci as mesmas até sua bunda fazendo movimentos circulares, explorando cada canto daquela maravilha que só eu poderia tocar, ela soltou nosso beijo, me olhando mais uma vez surpresa, foi impossível não deseja-la ainda mais quando ela me deu mais um olhar malicioso de canto.

- Não faz isso! ... Ela pareceu está excitada.

- O que foi tá excitada? Ela me olhou, como se estivesse incrédula da minha coragem, mas mesmo assim demostrando ter gostado da minha coragem, eu respondi seu olhar com mais um beijo. Infelizmente ficaríamos assim a noite toda se pudéssemos, mas aquele torpedo do Brad, e o horário na tela do meu celular, me fez odiar o fato de como o tempo passa rápido quando estamos nos divertindo.

 "Ei! Princesa, melhor vocês virem, seu papai e sua mamãe , já estão vindo!"

- Camila! Soltei seu beijo- Temos que ir agora!

- Ah! Não aqui tá tão bom... voltou a me beijar.

- É sério ! Soltei seu beijo novamente.- O Brad mandou mensagem avisando que meus pais estão indo pra casa!

- Ah! Desde quando ele tem seu número! Desde quando você fala com ele. Falou zangada.

Comecei a sorrir.

- Vai  pode sorri mesmo.

- Você sabe que eu não gosto dele, e você fica  tao fofa com ciúmes! Mas temos que ir é sério. Ela levantou, me permitindo sair também, pagamos nossas bebidas antes de sair. Aquele nervosismo estava nos deixando mais ágeis. Não demorou muito estávamos dentro do táxi novamente. Nem preciso falar que nós nos agarramos ali novamente.

Chegamos rapidamente em casa, o tempo praticamente voou naquele táxi. Pague a corrida, recebendo olhares curiosos do taxista. Camila me deu a mão, para começarmos a correr através da entrada do sítio. Corremos rapidamente, por sorte não haviam cachorros se não nossa entrada seria anunciada com muitos latidos.

- Porra! Xinguei. – A chave eu não tenho a chave! Falei preocupada.

- Calma agente dá um jeito. Ela segurou em minhas mãos , me olhando com ternura.- Para aí! Ela saiu em disparada ao lado de fora que dava vista a nossa varanda.- a porta da varanda está aberta! Podemos subir pela arvore! Vai dar certo.

- Nossa! Quando foi que essa Camila apareceu ? Falei impressionada com a coragem dela.

- Ela sempre esteve aqui! SÓ precisava de alguém especial para faze-la aparecer! Ela me olhou novamente com desejo. Foi quando aquele barulho nos fez acelerar nossa subida.

Não consegui evitar olhar pra cima, eu precisava ver por onda me seguraria, a calcinha de bolinhas da Camz acabou me rendendo algumas risadas, não consegui me conter.

- Qual a garça ? Ela perguntou  curiosa, quase alcançando o suporte da varanda.

- Nada! Falei tentando me conter . 

(...)

Chegamos a varanda . Graças a Deus conseguimos fazer tudo sozinhas, por sorte não ficaria devendo nenhum favor aquele idiota do Brad, ele é bastante esperto sabia que precisaríamos de ajuda para entrar em casa.

Me joguei em cima da pilha de travesseiros que estavam no tapete felpudo do quarto , sendo seguida por Camila que se deitou perto de mim. Enquanto nos acalmávamos de todo esse esforço, sentimos gradualmente nossos corações desacelerarem. Camila segurou em minha mão, voltando seu corpo para mim.

Mas a imagem da calcinha de bolinhas acabou vindo a tona na minha mente, me fazendo cair na gargalhada.

- O que foi? Estou ficando curiosa.

- Bela calcinha. .. a olhei com um olhar divertido.

- Sua safada! Ela praticamente gritou, pulando em cima de mim.

- Shiiii! Você quer acordar a galera é! Falei a repreedendo.

- Tem um jeito melhor de calar a minha boca. Ela se inclinou em cima de mim, fechando minha boca com mais um beijo.

* Deus , alguém precisa nos parar* Eu estava com medo do que poderia acontecer, tudo o que acorreu com a gente essa noite fluía magicamente, nossos beijos, nossos olhares, tudo acontecia de uma forma tão natural, que quem olhasse para nós diria que a muito tempo nos relacionávamos.

Ela soltou meu beijo, descendo de cima de mim, e voltando a deitar no chão ao meu lado. Por um momento éramos só nós duas e o som da nossa respiração. A brisa fria da madrugada que entrava nos causando frio, fez com que ela me abraçasse de maneira instintiva. Por mim ficaríamos assim para sempre.

Não demorou muito até o cansaço bater, fui sentindo ela adormecer. Tudo o que aconteceu foi além das minhas expectativas, era como se aquilo relmente não estivesse acontecendo. Eu so espero que ela não se esqueça disso, espero que tenha sido tão mágico  para ela, quanto foi para mim.