História Me apaixonei pela irmã do meu namorado! - Amigas?

P. V. O Camila

Olhei nos olhos dela surpresa,  ela parecia tão  surpresa quanto eu, apenas demos as mãos nos cumprimentando como total estranhas.

       - É... prazer! Disse recebendo  um sorriso amarelo da garota, tão falante a pouco tempo e agora estava completamente em silêncio.

- Prazer, que loucura. Ela pôs as mãos  sobre a cabeça respirando fundo, ainda tentando entender aquela confusão. 

 -Ela é  sua irmã, justo ela? Perguntei sorrindo tentando disfarçar minha cara de decepção. 

- Sim! Austin sorriu da situação - Eu sei que pra vocês duas isso agora é  muito estranho já  que se conheceram desta forma, mas enfim essa é a realidade. Ela perecia se divertir com o nosso encontro inusitado.

         - Eu sei, mas é  que ...  

Pausei minha fala, lembrando das sensações diferentes que eu tive ao lado da Lauren e saber que  ela é simplesmente  minha cunhada torna tudo mais estranho e confuso. - Tudo bem, ela ser sua irmã  não muda nada.

     Eu já  estava ficando  sem argumento, só   queria que alguém  me tirasse daquela estranha conversa.

- Camila, vamos para casa. Ouço  minha mãe me chamando próximo a entrada do pátio.

" Graças  a Deus "  Penso aliviada.

- Tenho que ir. Falo por fim dando um beijo apressado em Austin, enquanto rapidamente recebi um olhar enojado da morena a minha frente. 

- Até mais Lauren. Me aproximei com receio,  dando um rápido abraço nela. Depois que me despedi de todos, fui de encontro a minha mãe .

...

 Em casa era de se esperar que as broncas acontecessem , mas eu inventei uma história esfarrapada e meus pais acreditaram.

...

Quase não  peguei no sono, era desconfortável  tudo que passei com aquela garota que aliás  é  irmã  do meu namorado, achei que não criaria  nenhuma espécie de laço afetivo com aquela estranha e agora por obrigação familiar vou ter que vê-la como parte da minha família e ser amiga dela.

...

O novo dia se iniciando e eu ainda estou pensando nas circunstâncias infelizes que eu conheci minha cunhada e imaginando como vai ser encara-la na reunião mais tarde com a minha tia. Mas infelizmente não posso fugor, vou ter que encarar.

...

Na reunião.

[...]

 Estávamos na sala de espera da diretoria. Lauren estava calada, suas mãos inquietas,  vez ou outra nos olhávamos , mas nada além disso, lembrava uma conversa de verdade.

Minha tia chegou e imediatamente nos mandou entrar. A partir daí eu não sabia qual seria meu destino naquela escola.

...

- Pois bem, quem vai começar a explicação? Ela cruzou os braços sobre seu colo,  balançando freneticamente a sua cadeira, como um claro sinal de impaciência. 

Nos encarou seriamente segurando duas fichas na mão,  com certeza ela iria nos estraçalhar se uma de nós não confessasse. E eu como sua sobrinha,  talvez a pena fosse menos dolorida .

- Eu confesso! Gritei recebendo olhares assustados das duas - A culpa é  minha diretora. Falei rapidamente. 

- Hum?  Lauren me olhou surpresa.

- Eu chamei a Lauren para me ajudar a tentar tirar um gatinho que estava preso naquela na dispensa. Minha tia me encarou incrédula sobre a história - Quando a porta acidentalmente fechou,  nós não   sabíamos que a porta travaria e infelizmente estávamos sem telefone e o resto da história a senhora já sabe. A encarei de volta , dando um sorriso fofo de menina arrependida. Na certa ela iria fingir que acreditou nessa história,  ela não queria aborrecer minha mãe sobre esse assunto.

...

Depois de muita discussão,  a diretora nos liberou da punição. Alegando que foi apenas um acidente.

Assim que saímos de sua sala Lauren veio mostrar todo seu agradecimento para mim e como eu fui corajosa. "Até parece né?!"

- Garota o que você tem na cabeça? Ela me empurrou contra a parede - Fez isso porque descobriu que eu sou irmã  do Austin, seu namoradinho e quer dar uma de " namorada boazinha" ? Ela se aproximou de mim -  Isso não  vai colar, comigo não.

 Seja lá qual a visão que essa garota tem de mim eu precisava muda-la urgentemente. 

- Ei espera! Puxei seu braço , trazendo-a para mais perto de mim.  Ela olhou no fundo dos meus olhos, como se ficasse supresa com o toque que recebera -Eu só queria salvar a nossa pele, você  não  conhece eles como eu , as pessoas confiam em mim aqui , então  mentir não  é  bem mentir para mim mais.

- Pouco me importa! Ela chegou mais perto.

- Porque essa raiva toda? Perguntei, chegando diretamente  ao ponto que eu queria. - Querendo ou não  vamos nos ver agora por diante.

-  É  por isso mesmo. Ela saiu em disparada , sem me deixar falar. Era minha impressão ou ela estava com medo.

...

 Com o passar dos dias nossa interação só  piorou, eu tentei de tudo, chamei para almoçar,  sair , para participar de grupos, tentei fazer dupla com ela,  deixei recado no seu Whatsapp, pedi até ajuda para minhas amigas,  mas nada resolvia, ela simplesmente me ignorava pela escola inteira. Eu não podia descumprir a minha promessa a Austin, eu precisava ser amiga da Lauren.

...

Uma certa tarde no banheiro...

-Ai droga mestruei, e não  tem papel, nem absorvente. Ouvi passos, alguém estava entrando no banheiro.

- Ei... Falei na esperança de ser respondida. Seja quem você  for, você tem absorvente?

- Tenho! Uma garota respondeu rapidamente.

"Essa voz não me é estranha"...

- Pode me dar um? Falei prontamente - Você está salvando minha vida. Ela passou o absorvente por cima da porta .

- Muito obrigada... Falei agradecida àquela estranha.

- De nada! A garota ligou a torneira.

Me troquei rapidamente, recebendo o alivio que precisava. Quando saí do compartimento , levei um tremendo susto. 

         - O que vc quer? Ela pergunta seriamente sem me deixar dizer uma só palavra.

- Estou esperando  a garota que me deu o absorvente. Cruzei meus braços na altura do peito.

- Ah! Era pra você? Ela me deu um sorriso  amarelo.

- Então  foi você. Digo sorrindo.- O destino  é uma coisa engraçada, você tenta fugir dele, mas ele sempre acha um jeito  de te surpreender. Digo sarcasticamente.

- Ok, eu me rendo . Lauren sorriu de canto, enquanto levantava as mãos ao alto. - Imaginava que não  conseguiria mais te ignorar.

- Fala sério ? Pus -me a lavar minhas mãos. - Quem não  conseguiria mais te ignorar sou eu, tenho um coração  bom.

- Sério?  Ela  soltou uma gargalhada divertida - Você  vivia me perseguindo.

- Ah, isso é  verdade. Não segurei a risada – Eu posso parar, se você aceitar sair comigo no sábado, como duas amigas, para irmos ao shopping, você  vai gostar de passear comigo.

Depois de alguns “não “ dela e muita insistência da minha parte ela resolveu aceitar.

- Então  está  marcado. 13: 30 na frente da sua casa.