História Eu me lembro - Durante o fim

Seus lábios são macios. A sensação de sua boca na minha é tão incrível que elas se encaixam perfeitamente, como se tivéssemos sido feitos um para o outro. O beijo é suave e sem pressa. Não penso em nada. Minha mão que estava em seu rosto, agora está em meio a seu cabelo, enquanto que com a outra, seguro sua cintura, a qual puxo, deixando-a mais próxima de mim. Ela passa suas mãos, que estavam inertes ao lado de seu corpo, para meu pescoço, onde segura. Puxo mais seu corpo pra perto, até que ela envolve minha cintura com suas pernas, ficando assim, meio encima de mim. Agora, uma das mãos que estavam em meu pescoço está em meu cabelo, onde ela puxa e bagunça. O beijo fica mais intenso quando, aproveitando a posição em que nos encontramos, a deito no sofá, ficando assim por cima. Ela aperta mais suas pernas em minha cintura e eu mordo seu lábio inferior. Desço uma de minhas mãos para sua perna, onde passeia e aperta, enquanto passo o beijo de sua boca para seu pescoço, onde deixo uma trilha de mordiscadas que a arrepiam e a faz puxar mais meu cabelo. Quando volto minha atenção novamente pra sua boca... ela para o beijo abruptamente. 

Eu me pergunto o que fiz de errado. Será que beijo mal? Será que estou com mal hálito? Tenho certeza de que nossos dentes não bateram. 

Não tenho reação diante da reação dela.  

-Ai meu Deus, eu não acredito que a gente fez isso – ela fala ainda embaixo de mim. 

Continuo confuso diante de sua reação. 

-Por que não? Somos adultos e sentimos atração um pelo outro... – Falo e ela começa a rir. 

-N-Não, não é isso Baek – ela me interrompe entre o riso. 

-É o que então? – Pergunto ainda mais confuso. 

-É que... Meu Deus não acredito nisso... – Ela fala e não termina. Espero que ela continue. 

-Você beija muito bem aliás – ela me diz corando, e mais uma vez me encanto. 

Bom, aqui já é possível ver a merda sendo feita. 

Volto para o corredor em que eu e Suho estamos andando, fiquei tanto tempo fora de ar que acabo não percebendo quando ele me faz uma pergunta. 

-Quer comer alguma coisa na rua, antes de irmos para casa? – Ele me pergunta, e eu já sei que ele quem pagaria, caso eu aceitasse.  

-Não hyung, melhor irmos para casa mesmo. 

Quando chegamos a portaria, damos de cara com Tiffany, a melhor amiga de Tae. Ela parece surpresa ao nos ver, mais especificamente, ao me ver. Abaixo ainda mais meu capuz. Ela não precisa ver que eu estava chorando, senão tenho certeza que iria contar pra amiga. 

-Oh, olá – Diz Suho cumprimentando-a com uma reverencia. 

-Oi queridos, tudo bem? – Ela nos cumprimenta mantendo o olhar fixo em mim. Olhar que confesso, me deixa assustado as vezes. 

Tiffany é a melhor amiga de Taeyeon desde... acho que sempre. Elas estão praticamente o tempo todo juntas, inclusive, acho estranho elas não estarem juntas agora, mas não comento nada. 

-Olá Tiff – cumprimento como se não tivesse terminado com sua melhor amiga a menos de duas horas atrás. 

-Vocês estão indo embora agora? Achei que já tivessem ido.... – Ela pergunta. 

-Ah sim, é que tivemos um pequeno imprevisto – Suho responde dando uma olhada de lado, com certeza jogando a culpa desse “imprevisto” em mim.  

- Ah sim.... Eu vi os outros membros indo, não pensei que encontraríamos vocês aqui ainda. -  . Ela diz essa última parte olhando pra mim, e percebo que ela disse nós... 

Merda...Merda...Merda.... 

-Fany, vamos embora logo eu est... – Taeyeon aparece na portaria segurando sua mochila de lado, parecia procurar algo. Ela para de falar assim que levanta os olhos e me vê parado ali, ao lado de Tiffany. Se eu achei que estava mal, é por que não a tinha visto ainda. 

Seu rosto, que geralmente é tão claro, agora está vermelho, assim como seus olhos, que também estão inchados. Sinal de que chorou, e muito.  

Me sinto mal ao vê-la assim, mas é um alivio ver que eu não fui o único a sofrer com o término. 

-Ah... oi – Ela cumprimenta. Seu “oi” foi mais direcionado para Suho do que para mim, percebo, mas não me importo, até porque, estou com a cabeça abaixada para não precisar olhar em seus olhos. 

-Vamos Fanny, estou cansada, meu dia não foi muito bom. – Ela fala. Seu olhar não se recai nenhuma vez em mim, é como se eu não estivesse lá. 

-Tchau tchau - Se despede Suho. Não me mexo, nem falo nada, apenas abro passagem quando elas passam. 

Quando Tae passa por mim, sinto seu aroma doce, e duvido da minha capacidade de ficar bem. 

Solto a respiração que nem sabia que estava segurando. 

- Cara, que iceberg em - Suho quebra o silêncio. 

- Por que ela agiu assim? Achei que ainda fossemos ao menos permanecer amigos. - Digo, ainda meio inconformado com a forma com que ela me tratou. 

- Você achou o que? Que você ia terminar com ela, mas que continuariam amiguinhos, rindo aqui, rindo ali, se pegando de vez em quando... - Ele para de falar quando lhe mando um olhar nada amistoso. 

- Hyung, as vezes você não sabe a hora de parar de falar. 

Seguimos caminho para o dormitório com Suho dirigindo. O carro fica silencioso, já que nenhum dos dois fala nada. Nesse tempo, vou pensando no que fazer e em como iria passar por essa situação. 

Será que devo falar com ela? 

Mas e se eu for até ela mas ela me ignorar, como hoje? 

E se ela nunca mais olhar na minha cara? 

Será que seremos amigos?  

Colegas? 

Conhecidos... 

Parabéns Baekhyun, você se ferrou 

- Sabe, ficar ai, se lamentando pelo que já aconteceu não vai ajudar em nada sabia. - Suho quebra o silêncio. Considero suas palavras. 

- Hyung, será que algum dia ela vai me perdoar? - Pergunto, pegando-o de surpresa. Ele não responde, porque chegamos em casa. 

Moramos em um prédio já conhecido da empresa. É confortável. Subimos em silêncio, pelo menos até chegar ao apartamento. 

Assim que entro, sou tomado pelo intenso barulho causado pela conversa dos membros. Todos nos cumprimentam perguntando sobre como esta o nosso álbum, o qual, estávamos dando uma olhada antes... de tudo... 

- Credo, por que vocês estão tagarelando feito menininhas na puberdade? - Suho pergunta, arrancando a risada dos membros. 

Não interajo com ninguém, apenas sigo em frente para meu quarto. Ouço os outros me chamando e perguntando o que aconteceu, mas não paro e nem respondo, apenas entro em meu quarto. De lá consigo escutar as vozes deles, mas estou tão cansado que deito em minha cama e apago instantaneamente. 

Acordo com três batidas na porta, a pessoa que bateu não esperou resposta e apenas entrou. Assim que entra, reconheço a figura alta e desengonçada de Chanyeol.  

- Não ascenda a luz, acabei de acordar - Aviso. 

- Ah okay. Eu só queria saber como você esta...Han...Suho hyung contou o que aconteceu e... - Ele fala pausadamente, como se não soubesse o que falar. 

- E o que ele disse? - Pergunto. 

- Ah qual é Baek, nós dois somos melhores amigos, você não precisa fazer cena de homem conformado, você sabe que pode se abrir pra mim...er...comigo - Ele fala, e eu me lembro que realmente não precisoesconder o que estou sentindo do meu melhor amigo. Com um suspiro longo, respondo. 

- A gente terminou. 

- Huumm, não foi isso que Suho falou - Ele comenta em um sussurro. 

- Ele disse que você é quem terminou com ela, por causa de todas as coisas que aconteceram e estão acontecendo contra ela, que você só queria o melhor pra ela e blá blá blá. 

- É, talvez eu tenha realmente feito isso, qual o problema? - Disparo, já meio irritado com a forma com ele falou aquilo. 

- O problema meu amigo, é que você foi um idiota e burro fazendo isso. Qual o seu problema cara?  

Fico meio perplexo com o que ele diz e demoro um pouco pra responder. 

- É algum pecado eu pensar nela antes de mim? Eu querer que ela fique bem e fique feliz? Sério que eu vou ser o vilão da história toda? - Falo em ataque repentino de ira. Será que todos ao meu redor vãoficar me julgando e falando que fui idiota por fazer o que fiz. 

- Olha cara, não vejo problema nenhum você pensar nela primeiro, isso é fofo, sei lá, mas será que você não pensou que, talvez ela preferisse estar com você, mesmo passando pela barra que esta passando. Que talvez pra ela, você seja a primeira opção, acima de tudo... - Fico perplexo com suas palavras. De todas as pessoas no mundo, a que eu nunca pensei que me diria aquilo, era Chanyeol.  

Desde que eu e Tae começamos a nos envolver, Chan sempre me pareceu não gostar muito da situação. Talvez fosse ciúmes de amigo pelo fato de eu passar o tempo livre que tinha com ela, por estar sempre falando com ela. Ok, confesso que negligenciei um pouco nossa amizade desde que eu e ela começamos a namorar, mas qual o mal nisso. Ele também tem as cocotinhas dele, por que eu não posso ter a minha própria. 

Mas agora, ele me falar isso, e ainda em defesa dela. É, eu achei muito estranho. 

- O que deu em você pra defender ela assim? - Pergunto curioso. 

- Ah é que...é o que eu realmente acho sabe -  Ele responde de forma evasiva, mas deixo pra lá, não estou muito afim de discutir com meu melhor amigo. 

- Mas eu vim saber de você Baek, de como você esta com toda essa situação. 

- Ham... não sei, acho que estou entre mal e altamente depressivo, algo no meio. - Respondo 

- Então tem uma coisa que vai te deixar ainda pior - Que delicia, o que poderia ser pior - Amanhã vamos ter de ir na empresa pra um evento -  Conta meu amigo. 

- Ta idai? Sempre fazemos isso. - Rebato 

- Idai que, todos os artistas da empresa vão ir, e quando falo todos, são TODOS - ele diz a ultima palavra mais alta, como se pra entonar o que disse. E é ai que junto 1+1 e defino que ela também vai estar lá. 

Legal em. 

- Crianças, mamãe já preparou o jantar! - Escuto Suho gritar da sala, o que me faz rir. Pelo menos eu tenho os membros pra me animar. 

... 

Branco. Liso. Alto. 

Bela descrição do teto do meu quarto, o qual, estou olhando fixamente a mais de vinte minutos, que foi quando eu acordei. 

Tenho que me levantar para me arrumar e ir para empresa, mas me falta coragem. 

Antes a ideia de passar algumas horas, talvez o dia em companhia de Tae me agradaria muito. Talvez eu já estivesse de pé, tomado banho, pronto, acampado já dentro do carro para ir o mais rápido possível encontra-la. 

Mas agora. Parece que eu estou amarrado a 100kg de pedra que não me deixa levantar. 

Pensar nisso não me motivou muito a levantar, só me fez lembrar, mais uma vez, do passado. 

Era setembro do ano anterior. A empresa havia preparado um pequeno evento para comemorar o debut de seu novo grupo, Red Velvet, e claramente, fomos convidados. 

Chegamos na empresa todos juntos (EXO), logo pela manhã, até porque, a gente não queria perder o café da manhã. Assim que entrei na empresa, fui a procura dela, parecia até um viciado procurando droga. Nesse caso, eu sou o viciado e ela a minha droga. 

Foi um pouco difícil encontra-la, com seu pequeno tamanho e aquele cabelo escuro, igual a praticamente o da maioria das mulheres do salão. Mas assim que a vejo, a reconheço na hora. Ela esta vestindo um vestido claro, liso e sem estampa, de longe parece renda, com a gola em V que deixa boa parte de sua clavícula a mostra, ele tem as mangas compridas, mas por ser de um material fino não é muito quente, ele não é comprido e nem muito curto, tem uma faixa lilás que passa pela sua cintura, o que deixa o visual meigo e fofo, por ser de manhã, sua maquiagem não esta pesada, só o básico, com um toque do delineador nos olhos. Resumindo. Ela estava linda. 

Ela não me vê chegando, então aproveito para chegar devagar por trás e a surpreendo com um abraço, o qual ela não se assusta, pelo contrário. Ela se vira com o seu típico sorriso lindo e me abraça. Envolvo sua cintura com meus braços e a aperto mais contra mim. Já fazia algum tempo desde que nos vimos, já que estávamos ambos em turnê. 

-  Huummm flores - Ela diz com os olhos fechados, como se apreciasse o cheiro de algo, no caso, o meu cheiro. 

- Senti sua falta - Digo de forma manhosa e sem desfazer o contato. 

- E eu a sua - Ela responde quebrando o contado e se afastando para me observar de longe. 

- Uau, gatinho em - Ela fala me direcionando uma piscada. 

Diferente dela, estou usando roupas escuras. Estou com uma calça jeans preta com um rasgo na coxa e no joelho e uma camisa cinza, também de mangas cumpridas. 

- Desse jeito fico com vergonha - Falo com uma falsa timidez e ela ri. 

- Ugh vocês me dão nojinho - Tiffany aparece para estragar o clima, mais uma vez. As vezes acho que essa mulher é lésbica, só pode. 

- Bom te ver também Tiff - Digo como se não tivesse pensado o que pensei. 

- Já veio sequestrar minha amiga é? - Ela pergunta com um olhar interrogador. 

- Olha, não tinha pensado em fazer isso, mas obrigado pela ideia. - Falo isso, pego na mão de Tae e puxo, levando-a dali. 

- Aigo, pra onde a gente está indo? - Tae me pergunta entre risos. 

- Isso é um sequestro, totalmente passivo - Falo por entre o barulho do salão e continuo puxando-a. Não tenho um lugar ideal pra ir, só continuo andando, até chegar no lugar ideal. 

Como as portas na empresa nunca estão trancadas, entramos no estúdio de gravação, nosso velho conhecido. Assim que estamos dentro da sala, fecho a porta e a tranco, não quero ser interrompido. 

- Ai meu Deus, isso é realmente um sequestro - Taeyeon fala entre risos, o que me contagia.  

- Então, o que você quer fazer agora que estamos aqui? - Pergunto me aproximando dela a passos curtos, o que a faz ir um pouco para trás. 

- Ham... cantar? - Ela diz ruborizada. Não aguento e rio, ou melhor, gargalho diante de sua reação. 

- Okay, o que você quer ouvir? - Pergunto chegando mais perto, dessa vez ela continua parada onde esta. 

- Só a sua voz já é como uma música pra mim - Ela diz isso e chega mais perto, e mais perto e mais... Não sabia que estávamos tão separados assim. 

Agora ela está perto, bem perto. Aproveito essa proximidade levo minha mão até uma das mechas rebeldes de seu cabelo e em seguida até seu pescoço onde a engancho. Taeyeon passa seus braços ao redor de meu pescoço e fica nas pontas dos pés, ficando assim, na altura dos meus olhos. Encosto minha testa na sua e parece que vejo tudo o que ela pensa apenas olhando através de seus olhos. 

Levo minhas mãos até sua cintura e a puxo de leve, só para aproxima-la, ela aproveita o impulso e me beija. No começo ela é delicada e lenta, apreciando cada contato com meus lábios. Durante o beijo, eu a levo de encontro até a mesa da sala e a apoio nela, sem quebrar o contato. Ela sobe suas mãos de meu pescoço para meu cabelo, o que me faz apertar sua cintura e aprofundar mais o beijo. Ela para ou poucopara respirar e me encara nos olhos de um jeito firme que parece até que quer dizer algo, mas ela não diz nada, só leva uma de suas mãos até meu rosto, onde alisa delicadamente  me fazendo estremecer.Minhas mão descem até suas coxas, onde a levanto e a coloco sobre a mesa. Minhas mãos continuam em suas pernas, onde aperto, o que a faz morder o lábio e me puxar para outro beijo. Agora tudo estamais intenso. Nossa atração é mais intensa, meus sentimentos são mais intensos. Ela envolve minha cintura com suas pernas e faz pressão, o que nos aproxima  mais. Minhas mãos estão em sua cintura e eu aperto. Ela leva seus lábios até meu pescoço e sinto uma chupada. 

-Isso vai deixar marca – Sussurro em seu ouvido. 

-É isso que eu quero – Ela sussurra de volta.  

Volto a beija-la e minhas mãos voltam para suas pernas, onde se demoram. As levo ate  debaixo do tecido, não muito encima é claro, mas até onde haja carne o suficiente para apertar. Ela estremece e crava suas unhas na região do meu pescoço. Mais uma marca pra coleção. Quando a situação começa a ficar perigosa, escutamos um barulho alto, o que significa que a festa está começando. No susto, acabamos nos separando e quebrando o contato. Agora meu corpo parece só, sem ela me envolvendo. 

Quem nos ver nesse estado, com certeza vai pensar que fizemos algo, mas calma lá, que sabemos nos controlar. Eu acho. 

Continuo de frente para ela que continua sentada encima da mesa, mas agora parece acanhada. Começo a rir da situação em que nos encontramos agora. 

-Por que alguma coisa sempre nos atrapalha – Falo parecendo meio inconformado, mas na verdade, estou até um pouco agradecido por termos nos assustado, foi bom, se não íamos acabarfazendo merda. 

-Vai ver é um sinal de que ainda não é a hora – Ela fala com um olhar de conformação. Me aproximo dela e levo minhas mãos até seu rosto e com meu polegar, faço movimentos circulares naregião abaixo de seu olhos, os quais, encaro seriamente.  

O que eu sinto toda vez que a vejo daquele jeito, como mulher, como "minha", só Deus sabe. As vezes tenho vontade de a colocar em um potinho e guarda-la para mim, assim nada e ninguém poderia faze-lasofrer ou infeliz. Nesse momento eu percebi que faria de tudo para vê-la feliz, independente do que fosse.  

Volto para hoje, um ano depois, e me lembrar do que sentia e pensava naquela época mais uma vez não ajudou muito. Vamos acrescentar ai, mas uns 200kg para a pedra que não me deixa levantar. 

Pego meu celular e vejo que horas são. Se eu não levantar agora, meu manager vai dar um jeito de fazer isso. Levanto e vou direto para o banheiro para tomar um banho. Sempre gostei da sensação da água logo pela manhã, e o banho serviu também para me ajudar a refrescar a mente e me dar vergonha na cara. 

Saio do banheiro e vou procurar uma roupa no armário. Meu celular toca e a pessoa que está me ligando é alguém a qual não esperava um ligação, ainda mais hoje...