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História Eu não gosto de ninguém - Five


Escrita por: _lanabrd

Notas do Autor


Desculpa a demora de atualizar, é que meu notebook quebrou e eu tive que me virar pra conseguir fazer outro capítulo tão bom quanto o que perdi, mas ainda assim não consegui. Desculpem.

Capítulo 5 - Five


Depois do Lorenzo me convencer a não desistir de você, eu me mantive focado em pensar em algo para fazer com que a Carol não tivesse mais nada para nos ameaçar.

-"Ela gosta de você, use isso como arma.”- Lorenzo falava como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. E talvez fosse mesmo.

Tomei um banho e vesti uma roupa bonita o suficiente para me achar atraente mesmo com olheiras profundas. Meu cabelo despenteado, meus olhos sem brilho algum, meus lábios ressecados e meu coração despedaçado. Ainda assim conseguia estar atraente. Peguei meu celular e marquei de ir a lanchonete com a Carol. Seria tudo ou nada.

Chegando no local vi que pontualidade era uma coisa que a menina não prezava, automaticamente me lembrei de você e do quanto era pontual. Um sorriso brotou em meus lábios e me aprofundei tanto em suas lembranças que nem notei a hora em que a garçonete colocou uma xícara de café em minha mesa, algo como cortesia do lugar. Tive que suportar esperar durante uns quarenta minutos pela Carol. Ela estava tão atrasada que chegava a me deixar furioso. Para mim o quanto mais rápido eu acabasse com aquilo mais rápido eu poderia voltar para seus braços.

Quando a menina em questão chegou ela estava arrumada também, talvez na vista de alguém pudesse ser até atraente, mas não na minha. Seu perfume insuportável irritou minhas narinas fazendo com que uma onda de espirros incessantes fosse dado por mim. Depois do décimo espirro seguido consegui me recompor, a menina pediu um sonho e uma xícara de capuccino. Ficou a maioria do tempo no celular, como se eu nem ao menos estivesse ali.

Quando finalmente o pedido dela chegou, ela bloqueou o celular e se voltou para a comida, ignorando-me novamente e comendo como se eu não estivesse ali. Quando terminado ela limpou os cantos da boca com um guardanapo e pela primeira vez naquele dia voltou o olhar a mim.

-"Então, o que você quer?”- Ela estalou a língua quando me ouviu suspirar pesadamente e deixou um sorrisinho besta escapar pelos lábios cobertos de batom vermelho. -"Se for me implorar pra apagar as fotos nem precisa, você sabe que não apagarei.”- Deixei um sorriso brincar em meus lábios enquanto negava com a cabeça e ela me olhou curiosa.

-"Você fica muito atraente com esse batom.”- Passei a mão pelo rosto da garota a minha frente o alisando. Se tinha que fingir, pelo menos iria fazer de forma convincente. -"Depois que terminei com o Arthur, percebi que estava perdendo tempo com ele. Que a verdadeira beldade esteve sempre a minha frente.”- A menina sorriu tímida e corou ao me ouvir. Estava aí uma reação que eu não esperava.

Ela ficou alisando minha mão enquanto eu tinha que fingir que gostava dela. Aquilo era ridiculamente insuportável. Se não fosse para te ver novamente, para te ter novamente, eu já teria desistido a muito tempo. Depois de alguns minutos e de ter visto ela colocar a senha no celular umas cinco vezes eu já sabia qual era. 1958, ano do nascimento do meu cantor favorito, Cazuza. Não tinha noção porque era aquela senha, mas pouco me importava, poderia ser apenas coincidência.

Esperei a hora certa e pedi um copo de café para garçonete, que não tardou em me atender rápido. Dei um gole profundo e senti todo o gosto do líquido. Respirei profundamente e me preparei pro que faria a seguir. Desci a xícara lentamente até a mesa e em momento algum desviei meus olhos dos da Carol, eu sabia o que tinha de ser feito e não pestanejei em fazer. Derrubei a xícara na mesa fazendo com que o líquido caísse na saia branca da garota, que se levantou rapidamente. Peguei uns guardanapos e dei a menina, que tentou falhamente se limpar.

-"Me desculpe, é que você é tão linda que não consegui desviar minha atenção de seus olhos.”- Ela sorriu e novamente ficou corada. Me disse que iria no banheiro e eu tornei a me sentar.

Peguei o celular que graças aos céus tinha sido deixado em cima da mesa e coloquei a senha. A Carol não era uma má pessoa, chegava a ser besta, fui no álbum da câmera e apaguei todas as fotos minhas e do Arthur que possuía lá, vasculhei os outros álbuns e não achei nada. Bloqueei o celular e coloquei no lugar que foi deixado. Ela era tão besta que dava pena. A menina voltou minutos depois com a saia quase nada limpa e um sorriso besta dançando nos lábios. Ela pegou o celular e eu tremi ao achar que ela tinha visto algo, mas logo a vi escrevendo alguma coisa e constatei que estava enviando uma mensagem.

Tive que permanecer ali por longos minutos para pelo menos fingir que realmente era minha intenção estar naquele encontro. A menina não sorria como antes, um sorriso irônico, de quem tinha armado algo, dançava de forma inquietante em seus lábios. Não me importei e resolvi que era hora de ir embora. Já do lado de fora da lanchonete estendi a mão em cumprimento. Ela me puxou e selou nossos lábios, algo besta, que seria esquecido por mim a parti de hoje. Só que ela voltou seu olhar a alguém que estava parado nos observando e novamente seu sorriso irônico brincou em seus lábios.

-”Arthur, eu posso explicar.”- corri até você que apenas se afastou não deixando que eu te tocasse.

-”Você é um covarde.”- Você cuspia as palavras secamente enquanto lágrimas brotavam em seus olhos. -”Se você me deixou pra ficar com ela, pelo menos tivesse coragem de me contar.”- A essa altura não eram só as suas lágrimas que escorriam, mas as minhas também. Eu balbuciava pedidos de desculpa, enquanto sentia minhas pernas falharem. -”Eu estava que nem um tolo me martirizando, achando que fiz algo de errado.”- Seus olhos que antes não encaravam os meus, voltaram a me fitar. Me perdi durante milésimos de segundos no azul dos teus olhos e senti um calafrio em minha espinha. -”Eu te odeio Peter.”-

Não segurei minhas forças e cai no chão ajoelhado, como assim você me odiava? Eu só tentei dar o melhor de mim. Só tentei fazer algo certo pra te ter de novo comigo. Minhas lágrimas não se seguraram mais e desceram tantas que cogitei na possibilidade de ficar desidratado.

-”Arthur por favor não faz isso comigo, eu vou na sua casa hoje. Se você não abrir a porta eu vou ficar te chamando mesmo que seja a noite toda. Eu vou te dizer toda a verdade.”- Seus olhos novamente fitaram os meus e mesmo sem brilho algum neles havia uma intensidade.

-”Não quero que me veja, não quero que me chame, não quero que me diga.”- Abri a boca para contestar, mas novamente você voltou a falar. -”Não quero que reclame. Eu espero que você entenda bem.”- Depois disso você me deixou lá ajoelhado chorando e gritando o seu nome diversas vezes. Enquanto caminhava seu olhar nem uma vez voltou para trás e naquele momento eu tive certeza que tinha te perdido.


Notas Finais


Sobre a fic: Está terminando. Acho que só terá o próximo capítulo, com um lemon bem safadinho, digno dos dois.🌚
Aceito críticas construtivas!


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