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História Eu não queria - Shh... eu te amo.


Escrita por: princesstommo23

Notas do Autor


Oizinho :)

Capítulo 3 - Shh... eu te amo.


“ E aí, como foi? Está tudo bem?” Johannah pergunta ansiosa por noticias quando vê o filho e o marido conversando na sala. Louis apenas gesticula com a cabeça, aproximando-se da figura materna, depositando depois a cabeça em seu ombro. Quando os dois finalmente se abraçam, o adolescente volta chorar apavorado, A mulher suspira, procurando nos olhos do marido respostas pelo choro do filho, mas só recebe um olhar frio e suspiros cansados.

“Não foi por pressão... eu te conheço Louis, você é meu filho...” Johannah sentiu o filho se encolher em seus braços e abaixar a cabeça, evitando olhar pra Mark. Ele então desfaz o abraço que partilhava com o menor e tira a franja castanha dos olhos azulados do adolescente, vendo ali as lagrimas brotando novamente.

“O que o seu pai quer dizer com isso, bebê?” Louis respira fundo e prende o fôlego antes de encarar os pais.

E-eu e Harry...” Mordeu o lábio inferior, preocupado... Deveria conta-los o ‘segredo’? Fechou os olhos e deixou com que algumas lágrimas caíssem enquanto tomava coragem de contar tudo para os pais. “Hazzy e eu usamos algumas drogas e bebemos às vezes... por isso estávamos assim na minha primeira vez.” Johannah imediatamente se afasta do filho e vai pra perto do marido que não parece tão surpreso quanto ele. Porque tudo isso tinha que acontecer? Sempre deram o melhor de si pra educar e criar Louis e agora tinham os corações cheios de dor. Mereciam?

“Vá pro seu quarto, amanha cedo tem aula...” A moça disse rígida, usando o dorso das mãos pra limpar as bochechas molhadas pelo choro de decepção e o menino se sentia pior do que já estava antes por ter feito sua mãe chorar.

~

Passaram-se quase oito semanas desde que Louis contou aos pais sobre a gravidez. A barriguinha pequena começava a aparecer e tomar uma forma mais redonda, parara de beber e também deixara as drogas, mas o problema agora era não conseguir comer.

Johannah o forçava a sentar a mesa e ela só o deixava sair quando o prato que o fosse servido estivesse limpo, odiava ser rígida com o filho, pois sabia que Louis estava se esforçado pra ser o melhor papai do mundo pro bebêzinho que crescia em sua barriga e aquilo o deixava triste. Talvez toda aquela depressão fosse porque Harry não fazia contato há semanas... Não atendia ao telefone, não ligava e a mais velha sabia que o adolescente sofria muito com tudo aquilo, por não ter o namorado e pai de seu bebê presente quando ele mais precisava.

“Bebê” Johannah entra no quarto do filho e o vê deitado sobre a cama, encarando o celular provavelmente esperando Styles mandar uma mensagem, ou ligar “Bebê você precisa comer alguma coisa...” O adolescente apenas gesticula um ‘não’ com a cabeça e depois enterra a mesma nos travesseiros coloridos, a mãe do garoto então se senta no colchão e faz um carinho nas costas do menino grávido “Meu amor, o que vai te fazer se sentir melhor?”

Ela sente o filho mais velho soluçar e depois ouve o barulho do choro sentido, morde o lábio inferior e fecha os olhos antes de deitar a cabeça nas costas de Louis.

“ Eu quero o Harry, mamãe” choramingou como uma criança.  A morena deu continuidade ao carinho nas costas do filho, esperando que aquilo diminuísse um pouco a dor do menino.

“Vai se sentir melhor se eu conversar com Anne?” Considerou o silencio como um sim. “mas tem uma condição, você desce e come um pouco do que eu fiz para o almoço, pode ser?” O menor levantou-se sem pensar duas vezes, deixou o celular sobre o criado mudo e desceu. A mais velha acompanhava o filho com os olhos, observando-o arrastar-se pela casa até a mesa onde ficou por quase quarenta minutos, sem tocar na comida que tinha no prato.

“Lou, você precisa comer” Chamou a atenção do filho com certo nervosismo dessa vez. “Eu não vou falar de novo! Assim você vai morrer e vai matar o bebê também!”

“ Talvez eu não o queira mais...” A mais velha olhou o filho sem mostrar nenhuma expressão no rosto bonito,estava morrendo de raiva.

“Eu sei que te criei pra ser melhor do que isso, Louis” O adolescente engoliu a saliva desnecessária que tampava sua garganta, impedindo de respirar porque estava nervoso e sabia que tinha dito coisas erradas. “Eu não acredito que você mataria alguém inocente só porque Harry não liga pra você... isso é inaceitável.” Algumas lágrimas voltaram a manchar o rosto branquinho do adolescente mas a mais velha já não ligava mais “Eu sinto vergonha de você agora, porque não te criei pra ser fraco... isso não tem perdão”

~

O tempo passava, a barriga do adolescente crescia, Johannah e Louis quase não se falavam e Harry continuava ‘sumido’. O menino agora estava com cinco meses e meio de gravidez, tinha parado de ir à escola e sentia-se cada vez mais sozinho por não ter ninguém pra conversar, a não ser o seu pai.

“ Papai ...” O mais velho virou-se logo ao ouvir o filho gemer, parou imediatamente o que estava fazendo e foi até a ele, assustando-o ao vê-lo cheio de agonia, aparentava estar sentindo muita dor. “O senhor pode me levar para o hospital?” Quando Johannah ouviu a palavra ‘hospital’ desviou a atenção da pequena menina para o filho mais velho, preocupada.

“Onde doi?” Mark pergunta tentando manter-se o mais calmo possível para não assustar o filho, O rosto deLouis expressa pura dor e ele geme baixo quando sente a dor afiada atingir suas costas.

“Minha barriga“ O pai do menino apenas gesticula um ‘ok’ com a cabeça, tirando logo o celular do bolso para chamar uma ambulância. Louis estava assustado e temendo pela vida do bebê. Não sabia o que estava acontecendo e tinha medo de que pudesse estar perdendo seu filho – sim, era um menino. Johannah correu pela sala, carregando a menina de cinco meses nos braços e ajoelhando-se rapidamente no chão como podia pra dar algum suporte ao filho. Os dedos finos acariciavam o rosto do Adolescente branquinho que ardia em febre e suava por causa da dor e o menino olhava-o com remorso nos olhos.

“Mãe, me perdoa... me perdoa por ser um filho ruim.” Louis desabafou antes de esconder a cabeça nos ombros da mãe e chorar tudo o que tinha guardado a algum tempo dentro de seu coração. A moça ocupou-se esfregando alguns círculos nas costas do filho, tentando fazer a dor passar enquanto carregava a menininha, que olhava inocente e curiosa para a cena, sem entender absolutamente nada.

shh... eu te amo

 



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