A ambulância chegou em um período de tempo recorde, e os responsáveis pelo menino agradeciam mentalmente por aquilo. Mark acompanhava tudo de pertinho para ter certeza de que o filho e o netinho ficariam bem e sua esposa Johannah, ocupava-se em sussurrar palavras doces e acariciar os cabelos do adolescente enquanto os paramédicos trabalhavam.
"Apronte nossa pequena e pegue um táxi pra me encontra no hospital... Eu te amo, nosso Lou vai ficar bem e prometo que nosso netinho também hm? Não fique triste"
"Sim, eu te amo... proteja-os por favor... vou tentar fazer contato com Anne e Des"
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Johannah arrumou a filha pequena rapidamente e correu para o hospital, indo direto pra secretaria onde obteve as informações sobre Louis. Olhava pros lados a todo tempo enquanto ninava a bebêzinha no colo, procurando os pais de Harry que tinham confirmado que viriam.
Ela rezava o tempo inteiro para que o filho e o netinho ficassem bem, não saberia como lidar com a perda de duas pessoas que amava com toda a força do coração. Sabia que devia estar sendo difícil para Mark, assim como estava sendo pra ela... Louis era o mundo dos dois, ele e Lottie eram o maior amor de todos.
“Johannah!” A moça se virou logo ao ouvir a voz de Anne chamando seu nome. A mais velha vinha vindo em alguns passos apressados, com o rosto manchado por algumas lagrimas e os olhos inchados. Abraçaram-se, tentando passar alguma tranquilidade uma para a outra e só se soltaram quando o mais velho perguntou a Johannah sobre Louis. “como ele esta?”
“Não sei... porque você esta assim?” Acariciou o rosto da amiga, usando as pontinhas dos dedos pra limpar as lagrimas grossas que escorriam, mostrando a tristeza que preenchia o coração do mais velha.
“Harry me odeia, não quer falar comigo... voltou pra casa mas eu não o deixei vir...ainda estamos muito assustados com o que aconteceu.”
“Deixe-o vir, An.”
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Louis tinha um sorriso que ia de bochecha a bochecha, a mãozinha pequena também não abandonava a barriguinha redonda e aquilo significava que o bebê estava bem. Os quatro mais velhos ali estavam aliviados e mais felizes, esperando o médico responsável pelo adolescente vir para atualiza-los sobre o estado do menor e do bebê.
Des e Anne preferiram não contar a Louis sobre a tentativa de suicídio de Harry pois sabiam que seria mais uma coisa para fazer doer no coração do adolescente, culpavam-se por terem deixado aquilo quase acontecer logo depois de terem internado o filho. Dois toques foram ouvidos, vindos diretamente da porta de madeira... Os quatro mais velhos sabiam quem era.
“O que você esta fazendo aqui?” Louis soltou-se da pequena barriga por algum tempo ao ver o namorado parado na porta, agarrou-se aos lençóis da cama hospitalar e tentou respirar do jeito que sua mãe havia o ensinado, enchendo os pulmões com a maior quantidade de ar que conseguisse segurar. Harry sentiu-se intimidado, podia sentir o olhar de Mark queimando-o as costas. “Porque você veio?”
“Vim me explicar” O moreno não esperava que fosse doer tanto... ser tratado com grosseria,doía. Esperava ouvir alguns gritos felizes e também alguns abraços e beijos do vindos do menor, mas tudo o que recebera foram lagrimas grossas, raiva, magoa e tristeza. Johannah pegou Anne que também chorava pelo braço, abraçando-a depois para saírem juntas do quarto.
“ Você quer que o papai fique aqui Lou?” Mark tinha a pequena Lottie nos braços, a menina inocente mostrava as gengivinhas rosadas quando sorria sem entender coisa alguma, usando o ombro do pai como mordedor. O mais velho mostrava-se preocupado, queria ter certeza de que estaria por perto caso o filho mais velho precisasse.
“Não, pai. Você, Des e Lottie podem sair... eu e Harry precisamos conversar um pouco sozinhos.” Mark concordou, deixando o quarto junto de Des após o consentimento do filho. “O que você quer explicar? Você sumiu quando eu mais precisei de você Harry.”
“Eu estava preso em uma merda de clinica de reabilitação, Louis! ok?!” O mais novo assustou-se com o grito, engasgado com a própria saliva e choro, tossiu, culpado por ter pensado coisas ruins do namorado que assim com ele sofria, assim como ele tinha seus problemas e medos. “Queria estar limpo, queria estar limpo pelo bebê, por você!”
“Boo bear...” O menino maior abriu os braços, aproximando-se devagar e logo Louis encaixou-se neles. Era quentinho, seguro e parecia completo agora com a barriguinha os impedindo de ficarem pertinho.
“Me desculpa por não ter ligado ou feito qualquer outra coisa... Eu não queria me aproximar estando como eu estava, porque queria proteger a você e ao bebê. Desculpe por ser o pior namorado e pai do mundo.”
“ Obrigado por fazer tudo isso por nós! Eu e o bebê estamos felizes...”
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Depois quando fora liberado do hospital Louis foi pra casa com seus pais, a irmãzinha e Harry, que tinha quase implorado aos pais para ficar junto do namorado por mais um pouquinho. Queria saber mais sobre o bebê, queria saber mais de como Louis estava e também queria entender como ele mesmo estava, como seria agora que ele e menor seriam pais.
“Essas são as coisas que o bebê tem, o meu pai e minha mãe compraram para mim” Harry sorriu ao ver Louis com vergonha, às bochechas branquinhas esquentaram-se e tomaram uma coloração rosada, o coração do mais velho falhou uma batida ao tocar as roupinhas todas estampadas com pequenos motivos infantis masculinhos.
“Vamos ter um menininho?” O moreno perguntou feliz, levando a roupinha pra perto do rosto, sentindo o cheirinho bom de sabão para bebês. A sensação era boa e muito assustadora ao mesmo tempo. Sua mão escorregou ate a barriguinha do menor e ele fez uns carinhos ali.
“Uhum... eu costumo chama-lo de Edward ... como você”
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