Erza entrou na sala de aula com os cabelos ruivos balançando atrás de si. Ela vestia uma saia longuete que contornava sua coxas torneadas e grossas, a camisa social de botões branca era justa e mesmo que a jovem não quisesse dava de perceber os seios fartos que ela carregava embaixo da roupa, o blazer preto da cor da saia dava um ar de superioridade a ruiva que carregava seus livros no braço enquanto entrava na sala de aula.
Era o primeiro dia da faculdade de direito. Erza tinha se esforçado muito para entrar naquela universidade que era uma das melhores da cidade de Magnolia. A ruiva tinha nascido e crescido naquele lugar e queria mais para sua vida, era uma mulher justa e honesta e queria trabalhar para transformar o mundo em um lugar bom e junto com isso ganhar dinheiro para ter uma vida melhor. Não que a vida de Erza fosse ruim, mas estava cansada de ser sustentada pela mãe que trabalhava de empregada domestica na casa de patrões que não eram nada gentis com a progenitora da jovem.
O professor já estava na sala quando a garota entrou e se dirigiu o mais rápido que podia com seus saltos pretos até uma carteira. Sentou-se e logo o educador começou a aula. O professor Jellal era um homem jovem de mais ou menos 25 anos, seus cabelos eram azuis e ele tinha a pele branca e olhos verdes que eram realmente muito bonitos. Por baixo do terno preto se via que ele era musculoso e alto e a gravata vermelha combinava muito com os olhos do homem
- olá turma meu nome é Jellal Fernandes e eu sou o professor de vocês de direito penal, uma das matérias mais importantes da faculdade de direito. E para começar a nossa aula eu quero fazer uma pergunta a vocês e quero que cada um me responda sinceramente. - o educador disse se sentando na sua mesa e pegando a chamada e perguntando a cada aluno o porquê que eles tinham escolhido a faculdade de direito.
Muitas pessoas responderam que foram por causa do dinheiro, ou porque a família os obrigara e algumas pessoas falaram que queriam transformar o mundo em um lugar mais justo, quando chegou a vez de Erza, a ruiva disse
- eu quero fazer direito, porque a minha mãe trabalha como empregada e eu quero dar uma vida melhor a ela, e quero processar cada pessoa que fazer o que os patrões dela fazem com a minha mãe, porque ninguém merece se sentir inferiorizada como a minha mãe é.
O professor olhou sério para ela como fez com todos os alunos e continuou a fazer a sua pergunta e ao final de tudo falou
- aqueles que estão aqui por dinheiro ou por obrigação se retirem da minha aula, a sociedade não precisa de advogados, juízes e delegados como vocês, espero que encontrem um motivo real para ter uma profissão ou virem indigentes, se tiverem algo contra isso e me derem um bom motivo para ficar eu os deixo, mas se não, nunca mais farão direito em nenhuma faculdade. Alguém tem algo a dizer?
- acho injusto – Erza falou em um cochicho olhando para a mesa, mesmo que ela não se encaixasse em nenhum dos grupos que precisasse sair da aula.
- falou algo Senhorita Scarlet? – Jellal perguntou
- sim, eu disse que é injusto - a ruiva respondeu encarando o professor
- e por quê? - o homem perguntou
- porque o senhor não tem nada a ver com nossa inspirações, o que nos inspira a querermos fazer direito não lhe desrespeito e nós poderíamos ter mentido dizendo qualquer coisa para lhe agradar, mas fomos sinceros e isso conta muito no direito, além do mais quando se escolhe uma profissão é claro que se pensa no dinheiro e é meio absurdo julgar uma pessoa por querer um bom emprego - Erza respondeu
- senhorita Scarlet sua resposta tem sentido, mas essa causa não é sua, sua resposta não entrou em nenhum dos dois quesitos que eu disse então não entre em batalhas que o final acaba em sua derrota – Jellal falou
- o senhor perguntou se tinha alguém que tinha algo a dizer e eu falei, além do mais em todas as causas há uma possibilidade de vitória - a ruiva disse
- se quiser entrar nessa causa então pode, mas saíra junto com eles, seu argumento não foi convincente - o educador respondeu
- por que meu argumento não foi convincente? – Erza perguntou
- por que você disse que as inspirações de vocês não tem a ver comigo e claro que tem, se suas inspirações são o dinheiro e obrigação você tem mais chance de se tornar corrupto e não precisamos de pessoas assim - o professor disse
- todos têm chance de se tornar corruptos, e como eles foram sinceros ao dizer que fazem isso por dinheiro eles têm honestidade – Erza falou
- senhorita acha que sabe mais do que eu? - Jellal disse já perdendo a paciência com Erza
- não senhor - ela disse
- se acha que sim se retire da minha sala, estudei muitos anos para alguém em seu primeiro dia de aula me retrucar – Jellal disse
- me desculpe – Erza falou baixando o rosto
- obrigada, agora voltando a nossa aula, aqueles que eu pedi podem se retirar – Jellal falou e 15 pessoas saíram da sala.
Jellal sorriu para Erza discretamente com um ar de dominador, e a garota apenas o encarou, ela já tinha escutado a fama dele de exigente, mas não sabia que era tanto, ele tinha um olhar que parecia prendê-la e ela não gostava daquilo. Erza não gostava de homens machistas e dominadores e aquele parecia ser bem o caso de seu professor, e ela soube na hora quando a aula acabou que a jovem teria muitas discussões com aquele homem.
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