História Eu odeio amar Park Chanyeol - Encontros e desencontros

Eu murmuro seu nome e ficamos um tempo em silencio parados encarando um ao outro enquanto sentíamos o vento bater em nossos corpos. Eu o encarava fixamente sem saber o que dizer, queria sair correndo e me enfiar em um buraco, mas não podia fazer isso... 
Suspiro fundo e olho para baixo, esperando um pouco para ver se ele falava algo, mas não ele apenas ficou em silencio provavelmente também esperando que eu dissesse algo.
— Você... não deveria estar no treino de basquete no momento? — falo pausadamente o encarando 
— Eu sai mais cedo... 
— Porque? — Pergunto exitando um pouco. Minha voz saiu igual a de taquara rachada.
— Não importa.
"Claro que importa" era o que eu queria dizer mas, mais do que tudo, eu queria só acabar com aquele momento constrangedor. 
— Talvez importe... — Falo virando de costas para ele. Se eu ficasse mais um minuto o encarando eu não sei o que eu iria fazer.
— Vim atrás de você... Achei que eu não iria conseguir te ver mais tarde... Talvez você desse um jeito de fugir de mim... 
Eu solto um riso abafado e sem graça alguma, eu provavelmente iria fazer algo assim mesmo.
— É... Talvez eu fizesse isso...
Ouço o seu suspiro de longe e também uns dois passos em minha direção. Estava ficando cada vez mais nervoso.
— Baekkie você não respondeu minha pergunta na hora do almoço...
— Eu não sei o que responder... — 
O que ele queria que eu respondesse? Ele queria que eu virasse para ele e dissesse que eu o fico observando porque gosto dele? Não muito obrigado tenho uma reputação como Tsundere para manter — O que você quer que eu diga? 
— A verdade Baekkie...
— Chany olha me desculpa mas eu... — suspiro fundo e me viro de frente. Me assusto vendo que ele já estava muito perto de mim. Dou um passo para trás encostando na grade. — Eu não tenho nada para dizer.
Falo decidido e dando passos para o lado e me afastando cada vez mais dele. NÃO ISSO NÃO É CU DOCE. 
Olho para trás e vejo que ele estava parado me encarando com uma cara de perdido. 
— Você um dia vai criar coragem para dizer Baekkie? — Ele me pergunta sorrindo. Não entendia como ele podia sorrir em todas as situações possíveis.
— Um dia Chany... Quem sabe... — Falo e corando com a forma como ele me encarava vou indo em direção a porta. — Eu... Vou indo... nos vemos mais tarde no quarto. — Falo sorrindo. 
Quando saio do seu campo de visão começo a correr escada a baixo. Mas tinham muitos degraus naquele pedaço da escada então logo ouço ele gritar de onde estava.
— Baekkie! — Eu paro no degrau onde estava e o encaro — Eu... Eu estarei esperando este dia... — Ele fala com um sorriso enorme estampado no rosto e eu sorrio de volta voltando a correr escada abaixo.
Ainda correndo agora pelos corredores do térreo começo a pensar sobre o acontecido de pouco tempo atrás... Mas você é trouxa ou o que Baekhyun? O cara que você gosta veio atrás de você e você sai correndo? 
Bufo com este pensamento. Quando vejo já tinha chegado na quadra da faculdade e logo me vi saindo pela porta que dava para o estacionamento, precisava sair daquele lugar, respirar um pouco o ar da cidade. Assim pego um ônibus em direção ao Rio Han as seis horas da tarde. 
Aquele rio... Me deixava sempre calmo... Gostava de ir lá quando não tinha para onde ir. Ou seja exatamente a situação de agora. O ônibus para e eu desço. Ando um pouco até chegar  bem perto do rio, atravesso uma rua e logo me sento ali, já um pouco distante da rua. Olho para o rio e para o meu reflexo nele. 
— Aish... O que eu fiz para merecer isso? Sou tão trouxa assim? — Falo alto para mim mesmo. 
— Sim você é. Mas merecer o que? — Ouço uma voz conhecida atrás de mim e levo um susto. — Ah Baekkie desculpa se te assustei.
— Jongdae! Não foi nada... Eu estava... Digamos que, um pouco distraído.
— Percebi. Mas ainda não respondeu minha pergunta. — Ele me encara fixamente e logo se senta ao meu lado.
— Longa história. Mas.... resumindo sabe o Chanyeol? 
— Tem como não saber? A faculdade inteira conheçe o garoto — fala com um sorriso no rosto, que aumenta ainda mais depois de me encarar um pouco. — Ah é... E o que tem ele? Fiquei sabendo que é seu colega de quarto. — Fala me olhando com um sorriso malicioso.
— Kim Jongdae não me encara assim não. Não aconteceu nada apenas um.... "Mal entendido" — falo fazendo aspas com os dedos— entre nós dois.... Nada de mais. E outra coisa não tem porque me olhar assim não viu? SOMOS AMIGOS.— Falo engolindo em seco e dando ênfase aos "AMIGOS".
— Aí aí Baekkie... Você e seu orgulho... Toma cuidado com isso viu? — Ele fala me encarando e apontando um dedo em minha direção.
— Não sou tão orgulhoso assim. — Rebato olhando para o lado e cruzando os braços.
— E não aceitar que gosta de alguém se chama como? — ele fala e eu o encaro soltando um suspiro. Não adiantava tentar ir contra ele, então me dou por vencido. — Se chama fazer papel de trouxa!
— Como você pode me conhecer tão bem? — Pergunto sorrindo para ele.
— Muitos anos te aturando não é mesmo? Sendo seu amigo de infância o mínimo que eu posso fazer é te conhecer bem. — Ele fala rindo e eu sorrio também. A presença dele sempre quebrava qualquer clima tenso.
— É... Igualmente. O tanto que você me aturou eu tive que te aturar também, não se esqueça disso. — Falo o encarando e rindo. 
— Ah sim, sim, quem está falando é Baekhyun, o maior causador de encrencas e problemas da face da terra — Ele fala fazendo um gesto com a mão e rindo alto.
— Não exagera também. 
— Quando se trata de você Baekkie. Eu nunca exagero.
— Idiota... — Falo dando um tapa fraco em seu braço musculoso e vendo ele rir — Mas afinal o que veio fazer aqui Jongdae?
— Ah é... Eu estava só de passagem... Nada de mais... — Ele sorriu meio amarelo. Alguma coisa ele estava escondendo de mim.
— Olha aqui, eu te conheço. Pode ir falando a verdade. — Falo de forma autoritária.
— Tá bom, tá bom. — Ele fala suspirando fundo — Eu sai com o Minseok.
— E por que raios você está aqui conversando comigo, e não pegando aquele cara gostoso? — pergunto mesmo. 
— Porque a gente estava se pegando agora pouco, mas aí um colega la dele, que eu não faço ideia do nome — Deve ser o Kyungsoo — ligou para ele e disse que eles tinham que fazer um trabalho importante para amanhã. E você sabe como o Minseok é em relação a trabalho. Ele saiu correndo na mesma hora — Ele fala revirando os olhos. Rio dele e de sua expressão. — Não ri não! Eu estava tão feliz ali, depois de tanto tempo correndo atrás finalmente consegui fazer o Minseok cair na minha e de repente. Tada! Somos atrapalhados pela faculdade. A faça me o favor!
— Veja pelo lado bom... Vocês pelo menos estavam se pegando... — Sorrio malicioso e ele esboça um sorriso também.
— É realmente.
Nós dois paramos de falar. Já que estavamos sentados, eu aproveito e deito no seu colo. Olho para cima e logo fecho os olhos.
— O que você pensa que está fazendo? — Ele pergunta brincando.
— Só me deixa aqui, estou precisando disso. — Falo rindo e ouço seu riso também.
— Aí Baekkie... Você sabe muito bem que a única forma de resolver esse problema é ir atrás dele, não sabe? — Ele fala e eu abro os olhos — Você não vê por exemplo... Eu e o Minseok, para conseguir algo eu tive que correr muito atrás.
— Eu sei, eu sei... É só que você tem muito mais coragem para esse tipo de coisa. 
— Corajoso eu? Você não lembra de quando a gente era criança não? Você mais do que ninguém sabe que eu sempre fui meio tímido para qualquer coisa.
— Mas você cresceu e melhorou nesse quesito. Eu continuo me escondendo de tudo sempre que me encontro em situações assim. — Falo suspirando. — Assim tudo para mim só vai dar errado, e...
— Ah Baekkie! Qual é! — Ele fala me interrompendo — Você sempre odiou mimimi e agora está aí fazendo draminha. Vamos parar com isso não?! — Ele fala em um tom autoritário.
Eu apenas faço que sim com a cabeça me aconchegando melhor em seu colo. Ia falar algo quando sinto o celular vibrar no meu bolso. Pego e vejo um número desconhecido. Atendo. 

*Ligação on*

— Alô?
— Alô? Baekkie? Oi é o Jongin. Tô ligando do fixo do quarto do Luhan.
— Olá... Entendi...
— O Luhan tá passando mal e o Sehun saiu para beber com uns amigos... Só você sabe lidar com essa criatura... — Ele fala isso é eu arregalo os olhos 
— É sério isso Jongin? Sério mesmo? Você me ligou para pedir para eu bancar a babá? 
Bufo e ele ri do outro lado da ligação.
— Se preferir chamo o Chanyeol para te fazer companhia... 
— NÃO — Berro por impulso — não precisa... 
— Baekkie, pelo amor, larga de cu doce e passa um tempo com o garoto! 
— Jongin.... Fica quieto.
— Grosso.
— Sou mesmo e você sabe. — falo fazendo um sorriso satisfeito 
— Vou pedir para o Chany ficar aqui durante algum tempo até você chegar... Eu tenho um compromisso...
— Por algum acaso você quer contar para o seu amigo curioso, o qual é esse compromisso?
— Não.
— Depois eu que sou grosso.
— Tchau Baekkie! 

*Ligação off*

— Filho da p*** desligou na minha cara! — Falo incrédulo, apertando o celular na mão.
— O que aconteceu? — Jongdae me pergunta meio perdido.
— Nada de mais, é só que eu tenho que voltar para a faculdade e bancar a babá do Luhan... — Faço uma pausa e continuo, suspirando fundo — junto com o Chanyeol.
— Isso é ruim por....? — Ele me olha sorrindo 
Tem um silêncio... Eu de repente me levanto.
— Nada... Você mesmo disse que eu tenho que ser menos orgulhoso em ralação ao Chanyeol não é mesmo.... ?— Falo me virando de costas e começando a andar, ainda meio inseguro. Logo ouço seus passos atrás de mim.
— Ei! Eu te deixo lá na faculdade... Estou de moto.
Eu paro e o encaro tombando a minha cabeça para o lado. 
— E aonde está a moto? — Pergunto o encarando. Não ia desperdiçar carona. E nem o dinheiro do ônibus.
— Bem ali — Ele fala apontando para o outro lado da rua. 
Começamos a andar em direção a onde ela estava estacionada. Logo ele me dá um capacete e põe o dele. 
— Acho melhor você segurar em mim Baekkie. — Ele fala e eu faço uma careta, mas logo concordo. 
Subimos na moto e seguro sua cintura. Quando vi já estávamos em movimento. Sentia o vento batendo no meu corpo. O vento da noite em Seul é tão bom.... 
Pensando isso eu fico meio distraído, e é quando ele faz uma curva fechada e por impulso eu seguro mais forte a sua cintura escondendo minha cabeça em suas costas. 
Que situação constrangedora, qualquer um que nos visse ali pensaria coisas erradas.
A faculdade não era muito longe, então ele logo estaciona e eu desço. 
— Obrigado pela carona — Digo tirando, e o entregando o capacete.
— Não a de que. Agora vai atrás do Chanyeol. — Ele fala sorrindo e eu mostro o dedo do meio para ele, dando as costas e entrando na faculdade. 
Sem pressa alguma eu subo as escadas para o terceiro andar, onde ficava o quarto do Luhan e do Sehun. Chego olho para os lados. Estava escuro e eu sou meio míope não enchergo muito, fica ainda pior no escuro. Mas eu vejo uma porta abrindo e uma luz acesa, uma pessoa sai bufando pela porta, essa eu logo reconheço, como o Chanyeol.
— Chany...?
— Graças! Ainda bem que você chegou Baekkie, se eu ficasse sozinho mais um minuto com essa criatura eu acho que eu o matava. — Ele fala se aproximando e eu rio.
— Luhan não é tão difícil assim de lidar minha gente.... — falo já ao deu lado seguindo em direção a porta com luz. — Só precisa de muita paciência...
Entramos e eu vejo Luhan de cara feia e braços cruzados olhando para o teto e bufando.
— Luhan.... ? — Ele me encara e logo me abre um sorriso desesperado. 
— Baekkie! Ainda bem que você chegou, não aguentava mais esse cara aí! — Ele fala apontando para Chany que estava encostado no batente da porta, revirando os olhos.
— Eu sinceramente não vou perguntar o porquê vocês estão assim... — Falo olhando alternadamente para os dois, que só desviam o olhar um do outro. — O que você tem Luhan? 
— Nada.... — ele fala, mas logo começa a tossir forte. Achei que ele ia cuspir o pulmão para fora! — Ele e o Jongin não me deixaram sair e ir atrás do Sehun... — Ele fala emburrado.
— Também! Já viu seu estado? — Pergunto como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Mas claramente não era para ele...
— Mas Baekkie! Eu não estou tão mal! Eu posso sim sair  — ele fala se levantando. — viu? — mas logo ele cai na cama em outra crise de tosse.
— Luhan! Para de ser teimoso! — falo o encarando — Você está mal! Não deu para perceber ainda? 
— Eu não me importo! Meu Sehun está lá fora me fazendo de corno! — Ele fala com os olhos marejados apontando para porta. 
— Que se dane o Sehun! Ele é mais importante que a sua saúde? Ele é seu colega de quarto, quando ele voltar você dá um jeito nisso! — Ele me fuzila com o olhar, mas eu continuo impassível.
— Ele pode não ser tão importante quanto a minha saúde. Mas eu me importo com a minha dignidade  — coisa que sinceramente ele não tem. — e ela está claramente ferida. Eu quero levantar e ir atrás dele antes dele acabar com ela de vez! 
— E me diz como você vai fazer isso se sequer consegue ficar de pé? Vai fazer alguma merda grande, vai se arrepender, e aí vem correndo, chorando, pedindo colo. — ele abre a boca para dizer algo. Mas logo fecha. Abre de novo e deita na cama de novo. 
— Eu sou tão ruim assim? O que que eu fiz para ser traído dessa forma? Se ele gosta de mim ele não deveria estar aqui, cuidando de mim? — Ele pergunta brincando com os dedos. Eu até teria dó, mas isso era teatrinho dele.
— Luhan você sabe muito bem o que você fez... Você traiu ele primeiro.... Talvez a forma dele de reagir seja traindo você de volta... E venhamos e convenhamos, os dois já fizeram isso um milhão de vezes. E no final vocês sempre voltam a se amar lindamente, como se nada tivesse acontecido. — falo revirando os olhos. — então vamos parar de teatrinho e se recompor, está bem? 
— Mas...
— Cala a boca. Nada de mas... Respira, inspira e não pira. Quando você estiver melhor você come quem você quiser para se vingar do Sehun, mas agora você vai ficar aí deitado e quieto, porque se não eu saio porque aquela porta e te abandono. — Falo autoritário. Ele apenas revirou os olhos e balançou a cabeça concordando com o que eu tinha dito. Se ele não estivesse doente, teria feito um escândalo. Ou seja, vou aproveitar que ele está doente e fazer ele me obedecer. — Ótimo... Por acaso você tem uma ideia do que você tem? Digo além da tosse.
— Isso... Ah sim... É um ataque de asma. — Ele fala bufando, e tossindo também. 
— E cadê o seu remédio, bombinha seja lá o que for?
— Ali... — ele fala apontando para uma mesa. Logo visualizo o objeto. Eu ia levantar para pegar, mas Chanyeol foi mais rápido. Ele entrega na minha mão e eu sussurro um obrigado.
— Pronto aqui está seu.... — faço uma pausa observando o objeto em minha mão — remédio...?
Ele tira da minha mão espira aquele negócio estranho... Prende a respiração e logo solta em um suspiro.
— Baekkie... — Ele começa e eu o encaro. — Porque você é tão trouxa? Você tem um homem que gosta de você e ainda sim foge dele. — fala olhando para Chanyeol. Eu começo a me desesperar. Hoje era o dia do: "vamos jogar na cara do Baekhyun que ele é trouxa" por acaso?
— Eu... Amm... — estava envergonhado. Sentia os olhos de Chanyeol sobre mim.
— Não precisa falar nada. Só esse seu rubor já me responde tudo — ele diz com um sorriso sacana no rosto. — Aí aí... Nunca vi ser humano tão virgem quanto você Baekkie...
Ele fala isso é eu taco um travesseiro nele. Não estava mais rosado. Estava igual a um pimentão.
— Larga de ser idiota Luhan! Nem doente você se controla não? — pergunto e ele ri abraçando o travesseiro que eu tinha jogado nele. 
— Não... — Ele fala rindo. — inclusive, último comentário e depois desse vocês dois, vazem do meu quarto para eu dormir. — ele diz tossindo — Só se comam logo. — Ele fala revirando os olhos e eu quase pulo em cima dele, mas Chanyeol segura meus braços e vai me arrastando para longe aos poucos.
— VAI SE FUDER LUHAN! — falo berrando. Fiquei irritado? Óbvio. Afinal como eu vou olhar para o Chanyeol agora? Aishh. 
Me vejo fora do quarto, e também vejo o maior fechando a porta. Viro de costas e passo a andar rápido, mas logo ouço os passos apressados dele atrás de mim. Ele se põem do meu lado, mas ao contrário do que eu esperava ele não falou nada, apenas continuou andando ao meu lado até chegarmos no quarto. 
Entramos e a primeira coisa que faço é correr em direção ao banheiro. Tranco a porta. 
Porra Baekhyun! Como você consegue ser tão idiota? Fazer tanto cu doce? Sinceramente! O que você espera conseguir assim? Todo mundo manda você de jogar no garoto, e o que você faz? Você dá as costas. Faz draminha! Aishh, você mesmo odeia draminha! 
Vou pensando isso enquanto tiro minha roupa e ligo o chuveiro. Espero a água esquentar e entro. Ponho a cabeça em baixo da água.
— Eu odeio esse sentimento.... 
Falo suspirando. A água que caia nas minhas costas não era aliviante. Eu sentia como se cada gota que caia sobre o meu corpo, aumentasse o peso em meus ombros. 
Sento no chão. A três meses atrás, essa porra toda não estaria acontecendo... 
Mas agora já é tarde de mais para pensar nisso...
Saio do banho. Quando ia começar a me vestir, eu reparo em um desastre.... Esqueci a roupa lá fora... não é possível. Que desgraça mais vai acontecer hoje? 
Me pergunto enrolando a toalha na minha cintura e destrancando a porta. Vejo Chanyeol deitado na cama destraido no celular. Saio tentando não fazer barulho e vou até o armário. Pego uma box preta e visto rapidamente. Suspiro fundo e ponho minha calça e minha camisa. Olho para trás e me deparo com o maior me encarando. Jogo a toalha nele.
— Pervertido!!! — falo e ele ri.
— Desculpa! Olhei sem querer. Eu juro! Não me bate! — ele fala fazendo uma cruz com os braços, e me fazendo rir, nem sei como.
— Aham... Sei... — Falo revirando os olhos e rindo. — depois dessa vou até dormir...— Digo dando as costas e pulando na minha cama. — Boa noite Chany.
— Boa noite Baekkie...
Tudo ficou em silêncio e finalmente esse dia horrível... Acabou. 
Ou não. 
Insônia. Era só o que me faltava. 
FAZEM 2 HORAS QUE EU NÃO CONSIGO DORMIR.
Suspiro fundo e me levanto com o meu travesseiro na mão. Taco do lado do de Chanyeol que acorda assustado.
— Insônia de novo Baeekie?
Balanço a cabeça positivamente e ele abre espaço para mim. Me deito. 
— Obrigado.
— Não a de que. Agora vê se dorme. — Ele fala e eu me viro de costas para ele. 
E é aí que sinto suas mãos passando pela minha cintura. Ele abraça minhas costas e né puxa para mais perto de si. Sinto todos os pelos do meu corpo se arrepiarem. Sentia sua respiração no meu pescoço, e seu corpo contra o meu me esquentando.
E foi finalmente nessa situação, que eu consegui dormir.