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História Eu Odeio Te Amar - Dark Allen


Escrita por: Reymuro

Notas do Autor


Oiiiiiin gente! Eu sei que demorei mais de sete dias, não me matem tá?
Boa leitura para vocês!

Capítulo 13 - Dark Allen


Fanfic / Fanfiction Eu Odeio Te Amar - Dark Allen

 -Ah cara! Essa escola é um saco e as aulas são muito chatas! Resmungou Daisya enquanto se espreguiçava na cadeira depois do sinal de intervalo tocar.

-Concordo. Falei em meio a um suspiro cansado. –Aliás, parabéns pelo namoro, desejo-lhes toda a felicidade.

-Ah... Lenalee é? Perguntou retoricamente soltando uma risada nasal. –Obrigado.
Assenti com um sorriso e antes que pudéssemos começar outro assunto, uma voz irritantemente familiar nos interrompeu.

-Alleeeeeeeeeeen! Gritou Lavi animadamente entrando na sala.


-A Lena faltou hoje Lavi. Falei na esperança de que ele fosse embora por conta da ausência da dupla. “Que esperança tosca”.

-I daí? Isso não me proíbe de vir até a sala do primeiro ano ver meus amigos! Exclamou parecendo ofendido.

-Cadê o Alma? Perguntou Daisya encarando o ruivo, que abriu um sorriso malicioso.

-Foi na cantina com o Yuu. Respondeu mantendo o sorriso e me arrancando um suspiro irritado ao ouvir o nome do moreno babaca, lindo e que eu tanto odeio... “PERA LINDO? POR QUE EU PENSEI ISSO? “

-O que foi Allen? Perguntou Lavi me analisando.

-Nada. Respondi seco.

-Allen! Falou Lavi dando um pulo para trás.

-Ah cara o que você quer? Perguntei começando a me alterar.

-Você... Você não está comendo nada... Quem é você e o que fez com Allen Walker? Dramatizou fazendo uma careta horrorizada.

-Hoje eu não estou com fome... Respondi respirando fundo na tentativa de não perder o pouco de paciência que ainda me restava.

-É por isso que você será um eterno Moyashi. Ouvi a voz grave do Bakanda vindo da porta, me virei para encará-lo, e pela expressão que o Alma fez, minha cara não deve estar das melhores.

-Oh, que cara é essa Moyashi? Precisa ir no banheiro? Indagou zombeteiro com um sorriso sarcástico nos lábios que fez o meu sangue ferver.

-Errrr... A-Allen se acalma o Yuu está apenas brincando. Falou Alma apreensivo na tentativa falha de amenizar o clima que já estava pesadíssimo. 
-O Moyashi além de fraco agora perdeu a voz? Continuou provocando e eu estava a ponto de explodir.

“Calma Allen mantenha o controle”.

-Nem vou perder meu tempo pensando em respostas à altura, você não vale a pena. Usei o tom mais frio que eu pude, mas em seguida me arrependi, pois senti minha garganta queimar pelas palavras. “Eu não queria dizer isso”. Pensei enquanto observava atentamente o sorriso sarcástico do moreno morrer dando lugar a uma expressão fria e seu olhar... Descrevia culpado...

“Não, não, não pode ser.... Culpado? O Bakanda? Claro que não! Deve ser só coisa da minha cabeça”.

-Err... Allen? Yuu?

Alma estava completamente sem graça com a situação assim como Lavi e Daisya.

-Err... Vocês dois tem que parar de brigar.

Mas, nada do que eles dissessem iria dissipar o clima assustador e de enterro que se instalara entre nós dois.

-AAAAH! FALEM ALGUMA COISA! Gritou Alma impaciente, mas nenhum de nós teve qualquer reação, permanecemos em silêncio e ambos olhávamos para o chão.

-Acho que nada que nós dissermos vai mudar alguma coisa. Falou Daisya.

-Você é um idiota. Sussurrei mais para mim do que para os outros, mas com certeza fui ouvido.

-Gomenasai... Sussurrou uma palavra em um idioma desconhecido por mim, acho que é uma palavra japonesa assim como Moyashi, mas “Moyashi” eu já conhecia por conta de um filme.

-O que? Perguntei finalmente levantando a cabeça, mas me arrependi, pois dessa vez estava claro a culpa e a tristeza em seu olhar.

-Deixa pra lá. Falou se virando e saindo da sala em seguida, deixando eu e os outros confusos.

-Eu perdi alguma coisa? Perguntou Alma confuso.

-Acho que todos perdemos. Respondeu Daisya dando de ombros.

-Eu só tenho uma certeza. O Yuu e você estão estranhos, mais do que o normal. Falou Lavi me encarando.

-O-o que? Vocês estão imaginando coisas! Dei uma risadinha para disfarçar o nervosismo.

-Uhum... Vocês devem achar que somos cegos. Ironizou Lavi revirando os olhos impaciente.
 

“Lavi irritado? Isso sim é estranho”. Pensei surpreso com o tom de voz do ruivo e com o fato dele sair da sala com passos pesados.

-O que deu nele? Perguntei surpreso fazendo Alma suspirar e Daisya rir.

-Ele está revoltado com a vida. Alma. Deu de ombros

-Suspeito. Falei analisando o moreno.

-Bom, o sinal já vai tocar, eu vou indo.

-Te vejo a noite? Perguntou Daisya.

-Sim, só vou resolver uns assuntos com o Lavi e a gente se encontra depois.

-Tudo bem, estarei te esperando. Falou Daisya dando uma piscadinha e Alma retribuiu com um sorriso e em seguida saiu da sala.

-Vocês são muito fofos. Sussurrei para Daisya que começou a rir.

-Concordo. 

-Mas, tomem cuidado... Vocês sabem como essa escola é.

-Não se preocupe, seremos cuidadosos. Se fossem desconfiar de algo, com certeza seria relacionado a você e ao Kanda... Cara é sério vocês dois estavam parecendo um casal brigando. Falou assumindo um tom sério.

-É... Ta complicado...

-Bom mudando de assunto, você vai voltar para casa junto conosco hoje? Como todas as atividades de clube e a obrigação do auditório estão suspensas por duas semanas eu tenho ido embora só com o Kanda... Está bem desagradável.

-Imagino. Revirei os olhos. –E sinto muito, mas eu já tenho um compromisso depois da aula.

-Hum... Você anda bem “ocupadinho” ultimamente, né?

-Eu voltei a trabalhar para a minha família. Estão me jogando um monte de trabalhos que suspostamente estavam acumulados no bar.

Menti, mas Daisya não pareceu se importar muito com o assunto, aposto que nem prestou atenção no que eu disse.

-Sei... Falou.

O resto das aulas foram chatas como sempre e assim que o sinal de saída tocou eu me despedi rapidamente de Daisya, saí o mais rápido que pude da escola e corri até o bar.

-Décimo Quarto! Veio ser explorado hoje de novo? Perguntou Skin Bolic.

-Oh! Que crueldade Skin, eu não vejo isso como exploração, mas sim, diversão.

Respondi sorrindo e o maior apenas rosnou em resposta. Andei até o bar onde Jasdevi discutiam sobre alguma coisa aleatória que eu não fiz questão de saber.

-Com licença meninos, desculpem interromper a briga muito importante de você, mas viram o Sheryl? Perguntei fazendo os gêmeos pararem a discussão.

-Porra! Que saco! Não aguento mais ver a sua cara! Nem discutir em paz eu posso mais. Falou Devit irritado dirigindo várias caretas para mim.

-Ownt, Devit finalmente está declarando seu amor por mim? Zombei colocando a mão sobre o peito e fazendo uma expressão de falsa emoção.

-Prefiro queimar na mármore do inferno e beijar a galinha do Jasdero do que amar você. Rosnou.

-Ai, que emocionante sua declaração. Falei enquanto fingia limpar uma lágrima. –Eu também te amo. Joguei um beijinho.

-Vai se foder! Ralhou indo em direção a cozinha com passos pesados enquanto Jasdero quase rolava no chão de tanto rir.

-É sempre hilário ver como você irrita o Devit.

-E é engraçado ver como ele é rancoroso. Falei dando de ombros. –Mesmo que eu não tenha nada a ver com isso.

-Esse problema é exclusivo com você e o Cross, ele não costuma guardar rancor por muito tempo. Comentou o loiro parando de rir.

-Você viu o Sheryl? Mudei de assunto.

-Ele está lá dentro no escritório conversando com o Cross.

-Ah que ótimo. Ironizei revirando os olhos. -Vou ter que esperar. Completei fazendo Jasdero rir.

-Que bom! Assim você nos ajuda a arrumar o bar. Falou o loiro me estendendo um copo para secar.

Suspirei e comecei a ajuda-lo.

Quando finalmente terminamos de arrumar a bancada do bar sinto alguém laçar a minha cintura e sussurrar no meu ouvido "Yo Shounnen".

-Oi Tyki. Falei me desvencilhando dos braços do moreno.

-Oh que frieza. Falou com um sorrisinho de canto.

-Precisamos conversar. Falei puxando o moreno pelo casaco que pareceu surpreso, mas não protestou. Ao chegarmos no vestiário o encarei sério.

-Oe, oe o que foi? Perguntou apreensivo.

-Você não está escondendo nada de mim? Perguntei impaciente.

-Não... Respondeu desviando o olhar para a porta. "Mentira".

-Tyki Mikk.  Falei vendo-o engolir em seco. -"Você sabe que não consegue esconder nada de mim né"? Perguntei sorrindo travessamente.

-Oh, usar minhas palavras contra mim? Que maldade.

-Sabe... Eu estava esperando você me contar, mas já que vocês não conseguem ser discretos eu não posso mais adiar essa conversa.

Assumi uma postura séria.

-Eu não contei nada, pois eu sei exatamente o que vai dizer. Falou dando de ombros. –Você está me julgando com esse olhar.

-Tyki! Você é professor, ele é aluno e o pior ambos são homens. Falei preocupado.

-Eu sei disso Shounnen. Falou em um suspiro. -Mas, não é como se nós tivéssemos tendo um caso ou coisa assim, afinal, eu fui rejeitado. Completou se jogando no sofá do vestiário.

-Oh... Por essa eu não esperava. Falei surpreso.

-Mas, eu não pretendo desistir. Declarou abrindo um sorriso malicioso.

-Tyki... Você vai ter problemas. Por que você e a Lenalee insistem em fazer coisas erradas? Perguntei preocupado.

-Não se preocupe comigo, mas... Quem é você para nos julgar? Você não está apaixonado por um homem?

Senti meu sangue ferver com essa pergunta.

-Não ouse repetir isso. Rosnei fazendo-o rir.

-Essa reação só prova que é verdade.

-Amor, paixão... São sentimentos desnecessários que eu devo admitir que tinha esquecido de como eu havia feito para me desligar dessas emoções, MAS eu com certeza irei arrancar tais sentimentos de mim definitivamente.

Usei o tom mais frio que eu pude fazendo o sorriso de Tyki morrer e uma expressão séria mesclada com preocupação apareceu em seu rosto.

-Allen... Não diga tais coisas.

-Eu digo, pois eu vou fazer! Foi o segundo maior erro da minha vida ter me apaixonado por ele. Falei sentindo um aperto horrível em meu peito.

O moreno se levantou e andou até mim em silêncio.

-O que você vai... 

*Plaft*

Senti meu rosto arder.

-NUNCA MAIS REPITA ISSO!

Não tive tempo de ficar com raiva, pois o Tyki acabara de se exaltar, e isso NUNCA acontecia.

-SE APAIXONAR NÃO É UM ERRO! E A CULPA NÃO FOI SUA PELA MORTE DOS MEUS IRMÃOS! SERÁ QUE DA PARA COLOCAR ISSO NA CABEÇA DE UMA VEZ? O moreno continuou gritando e eu permanecia estático, sem reação, incapaz de pensar claramente por conta do susto e da surpresa pela reação de Tyki.

-O que você querem?! A voz de Tyki ecoou por todo o ambiente que só agora eu havia notado que estava em completo silêncio. Me virei lentamente para olhar em direção a porta e quase todos estavam nos fitando assustados.

-Tyki... Foi você que estava gritando? Perguntou Wisely cautelosamente.

-É óbvio que era ele. Falou Devit. –Palmas para o Décimo Quarto, irritar ele não é fácil.

-Isso sim é um acontecimento raro. O fim do mundo chegou? Perguntou Jasdero apreensivo.

-Allen o que você fez? Perguntou Sheryl assustado.

-Vocês me cansam. Falou Tyki irritado saindo da sala com passos pesados e uma expressão medonha.

-Acho que o Décimo Quarto merece um prêmio por conseguir tirar o Tyki do sério. Falou Wisely.

-É sério, Allen o que você fez? Sheryl insistiu na pergunta, mas eu permanecia sem reação. As palavras de Tyki simplesmente martelavam de forma dolorosa na minha cabeça.

-Ele não parece bem. Falou Jasdero.

-Bem feito. Zombou Devit. –Tomara que morra.

-Se o Tyki gritou o assunto com certeza é grave. Falou Wisely.

-Acho que ele não vai responder nada. Falou Devit.

-Acho que ele nem está nos ouvindo. Disse Jasdero.

Senti alguém colocar uma das mãos sob meu ombro, o que serviu para me "acordar".

-Você está bem? Perguntou Sheryl.

-Ah... Sim... Só estou... Surpreso. Falei pausadamente e com dificuldades.

-Imagino. Eu conheço o Tyki desde que nasceu e as vezes em que ele aumentou o tom de voz dessa forma eu posso contar nos dedos. Falou Sheryl.

-Então ele não é o "prazer" por acaso. Comentei arrancando uma risada nasal de Shreyl.

-É. Os gêmeos disseram que você estava me procurando, o que foi?

-Você pode passar umas informações para o Conde?

-Claro, mas... Nós não temos que ficar com ele até o suposto ataque dos "Moore"? Por que não fala diretamente com ele? Perguntou desconfiado.

-Porque eu provavelmente não poderei participar da "diversão" contra os cachorrinhos dos Moore.

-Oh... Conseguiu algo sobre os Lancaster? Perguntou com um sorriso travesso.

-Pode apostar que consegui. Respondi retribuindo o sorriso.
 

Contei tudo o que havia acontecido na noite anterior para Sheryl, fazendo-o gargalhar.

-Então ela tentou contar com a ajuda daquele imprestável do Luka? Risível, não dá para acreditar na seriedade dessa mulher. Ela realmente aceitou sua ajuda? Hahahahaha eu não sei se ela é ingênua ou idiota. Talvez seja as duas coisas.

Sheryl ria tanto que eu estava desconfiado de que ele ia passar mal.

-Bom é isso, hoje eu vou voltar ao cassino para aprofundar mais a minha "aliança" com os Lancaster...

-Tudo bem, eu vou falar com o Conde e amanhã mesmo e irei te trazer o plano. Falou Sheryl se levantando.

-Ok... Eu vou indo. Despedi-me de Sheryl e saí da boate pensando nas palavras de Tyki.
 

"Não foi minha culpa aquele acidente? Então de quem foi?"
"A quem eu estou tentando enganar? Não foi culpa de ninguém, mas então... Por que eu fui castigado por isso? Por que eu tenho essa maldita cicatriz?"
"Por que todo mundo sempre me abandona?"

 

Fui caminhando com tais pensamentos perturbadores e nem notei quando já estava parado na frente de casa. Suspirei pesadamente e encarei por alguns segundos a casa de Tiedoll antes de dar mais um suspiro e entrar.
Assim que fechei a porta ouvi Anitta tossindo, corri até a cozinha e a encontrei sentada no chão com uma das mãos sobre a boca tossindo descontroladamente.

-ANITTA! O que foi? Corri até a morena preocupado.

-Coff A-A coff-coff Allen. A morena respirou profundamente tentando parar de tossir.
 

Eu peguei rapidamente um copo de água para ela que bebeu em um fôlego só, soltando um suspiro em seguida.

-Está tudo bem? Precisa ir ao hospital? Perguntei sentindo uma preocupação sufocante.

-Estou ótima... Ela não pôde terminar, pois voltou a tossir e só parou quando havia sangue em sua mão.

-Anitta... Você está tossindo sangue? Vamos ao hospital agora mesmo! Falei com a voz trêmula.

-Não se preocupe querido. Eu estou bem. Falou dando um longo suspiro antes de se levantar.

-Bem? Não acredito nisso nem um pouquinho.

-Allen, não se preocupe. Você vai sair hoje?

-Eu pretendia, mas depois disso acho que não vou mais. Falei analisando a morena e notei que estava pálida.

-Não se preocupe comigo... Eu só não quero que você volte muito tarde, você ainda é adolescente eu fico preocupada com você voltando de madrugada.

-Ok.

Observei Anitta pelo resto do dia ainda considerando ficar em casa, mas ela parecia normal. Quando deu a hora eu me arrumei, e saí de casa depois de perguntar umas quinze vezes para a Anitta se ela realmente estava bem em ficar sozinha na décima quinta vez ela quase que me expulsou de casa.
Ao chegar no cassino, fui conversar com a Catherine e contei que já estava começando a "moldar" a situação para o plano idiota dela que não funcionaria nem com os mais imbecis.
A loira ficou muito feliz, e nós ficamos conversando aleatoriedades até que alguém chamou ela.

"Me aproximar foi fácil demais". Pensei enquanto andava em direção as mesas de pôquer. Foi aí que avistei uma silhueta familiar. Me aproximei para ter certeza de quem era.

-Road? O que faz aqui?

-Ah Allen! Achei que não ia te encontrar.

-O que faz aqui? Insisti na pergunta e um sorriso travesso se formou nos lábios da morena que apontou para uma menina loira que conversava animadamente com o barman.

-Oh... Ela é a filha mais nova da Catherine né? Perguntei entendo a situação.

-Pois é... O Conde mandou eu vir aqui hoje por conta do seu "plano".

-Já entendi... Não precisa se preocupar... Bom divirta-se com a sua nova "amiga". Falei me afastando para retomar meu caminho para as mesas de pôquer.
 

Perdi a noção do tempo enquanto jogava e consegui uma quantia considerável de dinheiro, quando saí o céu já estava começando a clarear.
 

"Merda a Anitta vai reclamar muito". Pensei enquanto caminhava de volta para casa, pois hoje eu havia esquecido de ligar para o motorista por conta da preocupação com Anitta.
As ruas estavam desertas e soprava uma brisa agradável, o céu estava uma mistura de laranja, rosa e azul escuro. "Muito belo." Não sei quanto tempo eu fiquei admirando aquela bela visão, mas uma voz grave me trouxe de volta para a realidade.

-Olha se não é o pirralho que roubou todo o meu dinheiro. Falou um homem alto de cabelos morenos e olhos castanhos.

-Não me culpe se você é um mau perdedor. Rebati friamente.

-Você roubou! E agora eu vou pegar de volta meu dinheiro.

-Tenta a sorte grandão. Provoquei com um sorriso sarcástico nos lábios, mas já estava com uma de minhas mãos na faca que o Conde me deu.

-Você tem a língua bem afiada para uma menininha.
 

O nível de adrenalina no meu sangue começou a subir de uma forma insana.

-Oh... E você perdeu todo o seu dinheiro para essa "menininha". Provoquei vendo o homem quase explodir de ódio.

-Você que pediu, pirralho! Rosnou pulando na minha direção com um canivete, eu desviei sem muitos problemas e tirei a faca do casaco usando-a habilmente para me defender das investidas do maior, até que ele conseguiu me derrubar e ficou por cima de mim forçando seus braços contra os meus tentando esfaquear o meu rosto "esse cara é muito mais forte". 

-O que foi florzinha? É tão fraca que não consegue se defender? Ele usou ainda mais força e eu senti a ponta do canivete encostar na minha bochecha e conforme ele aumentava a força a faca cortava lentamente meu rosto deixando uma ardência terrível, mas eu me recuso a morrer aqui.

-Se você se comportar eu não te mato, apenas faço mais uma cicatriz feia como essa no seu olho esquerdo. Repugnante! Eclamou cuspindo em meu rosto.

"Ah esse cara não vai se safar".

Dei uma joelhada em seu saco fazendo-o urrar de dor e recuar o suficiente para que o socasse e assim conseguisse me afastar.

-Seu pirralho dos infernos! Gritou levantando com as pernas bambas.

-Não se preocupe eu não vou fugir. Falei correndo em direção a ele que tentou me esfaquear em um ataque frontal, mas eu esquivei e torci seu pulso fazendo-o largar o canivete e sem piedade nenhuma eu esfaqueei suas costelas o fazendo gritar de dor e cair no chão, puxei a faca ensanguentada violentamente e comecei a bater no mais velho que gemia de dor.

-Lembre-se de nunca mais mexer com um Noah. Falei em meio aos socos e só parei de bater quando o homem já estava inconsciente. 

"Merda... Eu exagerei, descontei toda a minha frustração nele, mas esse cara também procurou". Pensei enquanto discava ofegante o número do Conde no meu celular.

-Alô. Ouvi uma voz sonolenta atender o telefone.

-Conde sou eu o Allen, preciso da sua ajuda, eu acabei de espancar um cara e o deixei gravemente ferido. Falei as palavras rapidamente, atropelando algumas letras.

-Passe as coordenadas agora.

Expliquei onde eu estava.

-Chegarei aí em 3 minutos. Falou e em seguida desligou o telefone, guardei o telefone no bolso e fiquei esperando o Conde ao lado do homem desmaiado enquanto sentia meu próprio sangue escorrer pela minha bochecha. 
Exatamente três minutos depois o Conde chega junto de Jasdevi e Wisely.

-Oh... Você fez um excelente trabalho Décimo Quarto. Falou Jasdero analisando o homem desmaiado e ensanguentado.

-Coloquem-no no carro. Ordenou o Conde antes de vir até mim. -O que aconteceu? Perguntou calmo.

-Esse cara perdeu para mim no pôquer hoje e veio atrás de mim na intenção de me matar e pegar o dinheiro de volta, eu apenas me defendi. Tá certo que eu posso ter exagerado um pouquinho, mas foi legítima defesa. Me expliquei dando de ombros.

-Entendo... Vejo que ele te machucou. Falou analisando o enorme corte em minha bochecha que por sinal estava ardendo demais.

-É só um corte, não se preocupe. Falei tampando o machucado com uma das mãos.

-De qualquer forma você fez bem, agora vai para casa que eu cuido do resto. Sorriu calorosamente e se virou para os outros que haviam acabado de colocar o homem dentro de um dos carros.

-Parabéns Décimo Quarto você finalmente fez algo que presta. Falou Devit.

-Você não é tão inútil quanto parece. Falou Wisely.
 

"Isso é o mais próximo de um elogio que eu conseguirei desses dois". Pensei revirando os olhos e entrei em um dos carros que me deixou em casa. Antes de passar pela porta olhei para o céu e os primeiros raios de sol já apareciam.
"Tomara que a Anitta esteja dormindo, eu não estou afim de me explicar por conta desse corte". Pensei enquanto girava lentamente a maçaneta da porta. Entrei silenciosamente e andei tomando cuidado redobrado até com a respiração.

-Isso por um acaso são horas, aprendiz idiota?

Congelei ao ouvir a voz de Cross atrás de mim.

-Ah... Hahahaha...

Dei uma risadinha nervosa.

-Bom dia mestre! Me virei com um sorriso radiante que murchou ao ver a expressão séria do ruivo.

-A onde você estava? E que porra de corte é esse no seu rosto? Resolveu virar delinquente?

Assumi uma postura séria diante das perguntas que em minha opinião eram ridículas.

-Estava trabalhando, não te interessa onde eu consegui esse corte e se eu resolver virar delinquente não é problema seu. Respondi friamente e joguei uma parte do dinheiro que eu havia ganhado em cima do sofá.

-Você anda bem rebelde ultimamente.

-Eu já disse que isso não tem nada a ver com você então cuide da sua vida, agora se me permite eu quero ir tomar um banho e dormir. Falei virando e andando em direção a cozinha.

-Não estou gostando da sua atitude, Allen.

-E quem disse que eu me importo? 

O ruivo não falou mais nada e eu subi as escadas cuidadosamente para não acordar Anitta, mas assim que abri a porta do banheiro congelei de novo ao ouvir a voz da morena.

-Quando eu falei em chegar mais cedo eu não quis dizer de manhã. Ironizou.

-Bom dia Anitta. Falei me virando com um sorriso nervoso para a morena que estava com uma expressão decepcionada, mas ao me analisar se tornou uma expressão preocupada.

-Que corte é esse Allen? O que aconteceu? Questionou se aproximando de mim e analisando o corte.

-Não se preocupe Anitta, não é nada. Falei tampando o machucado que ainda ardia.

-Allen... Você se meteu em briga? Perguntou perdendo a calma.

-Vamos fazer assim, você deixa eu tomar banho e a gente conversa, ok?

 A morena deu um suspiro triste e assentiu antes de andar até a escada.
Entrei no banheiro e tranquei a porta dando um longo suspiro. "Já vi que hoje vai ser um dia muito ruim". Pensei enquanto me despia.
Entrei no box e liguei o chuveiro em temperatura média e nem sei quanto tempo eu fiquei debaixo d'água apenas perdido em meus pensamentos, quando saí do banho parei em frente ao espelho do banheiro e fui analisar o corte. 
-É maior do que eu esperava. Sibilei passando os dedos em cima do ferimento. -Espero que não fiquei cicatriz. 
Me enrolei na toalha e fui para o quarto, vesti o uniforme da escola e em seguida desci para a cozinha onde Anitta e... Cross estavam sentados conversando bem baixinho.

-Com licença, está acontecendo um apocalipse e eu não sei? Perguntei estranhando a cena.

Eles pararam de falar e me encararam de forma estranha.

-Aqui está o seu café. O sermão fica para mais tarde se não você vai se atrasar. Falou Anitta me estendendo uma sacola.
"Tem algo muito estranho acontecendo". Pensei enquanto pegava a sacola.

-Então tá... Tchau. Falei saindo de casa.
 

P.O.V Anitta
 

Depois que o Allen saiu olhei para o Cross preocupada.

-Por favor, não conte para o Allen... Ele não merece isso. Pedi.

-Mas, ele vai descobrir mais cedo ou mais tarde não?

-É verdade, mas eu pretendo adiar o quanto for possível... Sem contar que ele está passando por um período difícil. Seria muito bom ter a sua ajuda. Falei me sentando ao lado do ruivo que estava pensativo.

-O pirralho me odeia, como você espera que eu te ajude com ele? Perguntou em meio a um suspiro.

-Ele não te odeia Cross e se você realmente não o vê como um fardo e gosta dele tente se aproximar. Eu te ajudo com essa parte. Falei dando um sorriso fraco.

-Se é isso que você quer tudo bem então. Declarou dando-se por vencido.

-Ótimo! Comemorei ficando animada e pude jurar que vi um sorriso sincero se formar nos lábios do ruivo.

-Porém mais importante do que qualquer outra coisa... Eu acho que NÓS deveríamos ir conversar com o Conde. Eu me lembro muito bem quando o Allen ficou desse jeito... Foi a pior época da vida dele e da minha.

Eu vi medo e incerteza nos olhos de Cross.

-Eu concordo. Também me lembro do estado em que ambos ficaram com a morte do Mana e do Neah.

-Vamos então? Eu ia falar com o Conde coisas sobre a empresa hoje de qualquer jeito, podemos aproveitar logo. Falou o ruivo se levantando.

-Ok, eu vou me arrumar. Falei, mas senti uma tontura repentina e se não fosse o ruivo eu com certeza cairia no chão.

-Eu te levo lá pra cima tá? Falou me pegando no colo com facilidade.
 

P.V.O Allen
 

Cheguei na escola poucos minutos depois do sinal tocar por muito pouco eu não fico do lado de fora. Parei ofegante em frente a sala de aula. "Hoje não é meu dia". Pensei enquanto recuperava o fôlego e ao entrar na sala eu tive a certeza de que hoje realmente não é o meu dia. Estavam todos usando roupas de esportes e o professor estava sentado em cima da mesa.

-Oh chegou a florzinha! Trouxe a dispensa? Perguntou Sokaro com um sorriso perverso nos lábios.

"Merda esqueci". Respirei profundamente e entrei na sala de cabeça erguida.

-Se você acha que as dispensas são um meio de fugir de você, está muito enganado, Sokaro. Enfrentei-o e andei calmamente até meu assento notando que o professor havia ficado sem palavras.

-A florzinha agora tem espinhos? Zombou.

-Saiba que existem muitas flores letais. Rebati.

-Isso é uma ameaça, pirralho? Perguntou ficando irritado ao notar que a turma do segundo ano estava na porta em silêncio apenas assistindo ao "show".

-Interprete como quiser, não pretendo perder mais do meu tempo discutindo com uma pessoa cuja a inteligência se assemelha a uma porta. Falei abrindo um sorriso sarcástico.

-Você está mexendo com fogo pirralho!

-Fogo? Você? Heh com certeza eu não tenho medo de me queimar. Zombei vendo que finalmente o professor já estava no limite. -O que foi, professor? Ficou sem palavras? Está com raivinha, por que não consegue nem mesmo ter uma discussão inteligente com outra pessoa?

Provoquei, notando que alguns olhavam para mim assustados, outros surpresos e outros intimidados. "Com certeza minha expressão não está das melhores".

-Moleque abusado, mais respeito comigo. Ralhou entredentes e com os punhos cerrados.

-Respeito? Por que eu deveria ter? Você não mostra nem um pingo de respeito comigo, eu sempre achei que essa palavra nem mesmo existisse para você já que o seu vocabulário é bem precário. Falei seco.

-JÁ CHEGA! VOCÊ VEM COMIGO! E O RESTO DE VOCÊS VÃO PARA A QUADRA AGORA! Gritou fazendo todos correrem para fora com exceção dos meus amigos. -Eu mandei todos irem por que ainda estão aqui? Perguntou para o grupo parado na porta.

-Nós não temos a intenção de sair de perto do nosso amigo. Falou Alma dando de ombros.

-Pode nos dizer para onde vai levá-lo? Perguntou Lavi "gentilmente".

-Você não tem o direito de arrastá-lo para lugar nenhum. Falou Kanda....

"Pera... Kanda? Me defendendo? Realmente deve estar havendo um apocalipse e esqueceram de me contar".

-Você não nos respeita, tudo o que ele fez foi dizer verdades na sua cara. Falou Daisya com um sorriso zombeteiro.

-Se você está irritadinho não desconte nos alunos. Falou Road.

-CALADOS! EU ESTOU USANDO MEUS DIREITOS COMO PROFESSOR ENTÃO VOCÊS VÃO PARA A QUADRA AGORA QUE EU VOU LEVAR O PIRRALHO PARA A DIRETORIA!

-Por qual motivo? Só por ele ter dito verdades na sua cara? Isso não faz o menor sentido. Falou Lavi.

-Eu não pedi a opinião de vocês, vamos logo pirralho!

-Não quero. Respondi sem nem mesmo me mexer.

-Tudo bem então você vem por mau! Falou se aproximando.

-Tome muito cuidado com o que vai fazer, posso muito bem falar que você me agrediu. Falei com um sorriso travesso fazendo o moreno parar de andar e olhar para o corte em meu rosto.

-Você não presta, pirralho. Rosnou.

-Você não viu nada. Ameacei aumentando o sorriso.

O professor apenas bufou em resposta e saiu na sala esbarrando em Kanda propositalmente. Road me lançou um olhar divertido e se retirou fazendo o silêncio reinar na sala. Os meninos se entreolhavam mas, não diziam nada.

-Allen... O que foi isso? Lavi foi o primeiro a se pronunciar.

-Isso o quê?

-Você nunca havia enfrentado o professor... Falou Daisya.

-Aliás você nunca agiu desse jeito com ninguém. Falou Alma.

-Você está nos escondendo algo Moyashi.

-Primeiro não precisam agir como se me conhecessem especialmente você Bakanda. E segundo não é da conta de vocês então não se intrometam.

Falei friamente pegando minha mochila e saindo da sala sem nem ao menos encará-los, pois eu tinha certeza que eles estariam surpresos com minhas atitudes e algo simplesmente me bloqueava de olhar para o Kanda, eu sentia que se eu o encarase algo dentro de mim ia doer.
Fui para o terraço matar aula e fiquei aliviado ao ver que ninguém tinha vindo atrás de mim.
"A onde será que a Lenalee está?" Pensei ao me sentar no banco do terraço. "Ela não é de faltar... Acho que vou ligar para ela. Estou preocupado". Pensei enquanto encarava o céu ridiculamente azul.
O dia se passou lentamente e eu não tive a menor paciência de assistir as aulas, por isso resolvi ficar o resto do dia no terraço dormindo. Quando acordei já estava perto da hora de ir embora. Eu desci lentamente as escadas e ao chegar na entrada da escola dei graças Deus pelo portão estar aberto, assim que eu estava passando pelas grade, senti alguém colocar uma das mãos sob meu ombro. Parei e girei nos calcanhares para ficar de frente para pessoa que estava me impedindo e admito ter ficado surpreso ao ver que era Kanda. O moreno estava com a respiração um pouco irregular. "Ele correu?".

-O que você quer? Perguntei inexpressivo olhando para o chão.

-O que está acontecendo com você?

-Não é da sua conta!

-Olha só Moyashi se eu estou perguntando é porque eu me importo com você! 

-MENTIROSO! EU OUVI MUITO BEM AS PALAVRAS QUE VOCÊ ME DISSE DAQUELA VEZ! Gritei perdendo completamente a calma. "É incrível como esse cara consegue me desestabilizar com tão poucas palavras".

-E-eu...

O moreno parecia atordoado.

-Eu não quero ouvir o que você tem a dizer, então eu vou indo! Falei dando as costas para Kanda antes de sair correndo.

Só parei de correr quando cheguei no bar. Entrei no local pelos fundos e me encostei a porta ofegante. Quando recuperei o fôlego entrei no salão principal e encontrei Cross e Sheryl conversando.
"Eu tenho visto o Cross bem mais do que eu queria ultimamente." Pensei enquanto me aproximava.

-Licença, Sheryl o que tem para mim? Perguntei fazendo com que o moreno e o ruivo trocassem olhares.

-Aqui está. Falou tirando um pequeno papel do bolso e me entregando.

-Obrigado. Falei me retirando em seguida.
 

Ao chegar em casa estava tudo silencioso demais, deduzi então que eu estava sozinho. Anitta havia deixado comida em cima do fogão, eu comi, tomei um banho e fui para o quarto aproveitando para ler as instruções no papel.
 

*Papel ON*

Excelente trabalho Décimo Quarto, quero que você marque com a Catherine e a família dela no depósito da rua 55. Diga a ela que o Conde estará lá, o resto será com os outros Noah's. Sua parte será somente avisá-la.

*Papel OFF*

 

-COMO É QUE É? Gritei amassando o papel.

"Por que? Eu com certeza irei tirar satisfações!" Pensei enquanto rasgava o papel com toda a minha raiva.
Peguei o telefone e disquei o número do Conde que não tardou a atender.

-Alô.

-Conde, por que me tirou do caso Lancaster?

-Oh isso... Você já fez tudo o que precisava. E eu acho que você precisa descansar, então não insista.

-Por que me tirou do caso Lancaster? Repeti a pergunta ouvindo um suspiro do outro lado.

-É o seguinte Allen, o Cross e a Anitta me fizeram uma visita hoje e me puseram a par da situação, eu não sabia o que estava acontecendo com você e agora que sei não acho saudável que você continue trabalhando nesse ramo pelo menos por enquanto. Se quiser continuar, trabalhe no bar. Falou sério.

-EU NÃO ACREDITO NISSO! Gritei. -A ÚNICA DIVERSÃO QUE EU TENHO VOCÊS ARRANCARAM DE MIM, MUITO OBRIGADO! Completei desligando o celular e jogando-o no chão com raiva.

-Merda. Sibilei irritado.
 

Quando começou a escurecer eu me arrumei e desci na intenção de ficar o mínimo possível em casa, mas quando entrei na sala encontrei Anitta que acabara de chegar.

A onde vai Allen?

-Aproveitar meu último dia de diversão. Respondi seco.

-Não diga isso Allen, é para o seu bem!

-EU NÃO PEDI PARA VOCÊS FAZEREM ISSO! EU ODEIO QUEM MENTE PARA MIM! Gritei irado a saí correndo ignorando os gritos de protesto da morena.

Quando cheguei no cassino passei as informações para Catherine que ficou toda animada e disse que eu era o salvador dela. "Que mulher ingênua, burra, idiota... Não tenho adjetivos o suficiente para definir ela". Pensei enquanto andava até as mesas de pôquer.

Passei o resto da noite jogando pôquer e consegui ganhar dinheiro o suficiente para não precisar jogar por um ano. Quando saí do cassino ainda estava escuro.

"Aff eu podia ficar mais tempo". Pensei enquanto caminhava lentamente pelas ruas escuras e desertas de Londres.

-Ei boneca! 

Ouvi um grupo de homens me chamando, mas os ignorei e continuei andando.

-Que isso princesa, não fuja da gente. Falaram se aproximando.

-Ih não é princesa! É um cara. Falou um dos homens.

-Não tem problema, é lindo vai ele mesmo! Disse o outro e logo eu me vi cercado.

"Porra, que dia de merda! Pode piorar? É óbvio que pode".

Dei um longo suspiro enquanto os homens diziam coisas sem nexo.
"Um, dois, três, quatro... Acho que eu consigo bater nos quatro mesmo desarmado". Pensei analisando cada um deles e deduzi que dois estavam bêbados. "Ótimo isso facilita".

Eles estavam cada vez mais próximos até que um deles tocou na minha bunda e o outro na minha cintura. "É agora". Soquei o diafragma do que estava a minha frente fazendo-o cair no chão sem ar, dei uma cotovelada na têmpora do que estava a minha esquerda e dei um chute giratório no que estava atrás de mim, mas acabei levando um soco do que estava a minha direita, cambaleei para trás e notei que o filho da puta é lutador de boxe. "Merda nunca pode ser fácil demais". Pensei cuspindo sangue, pois o soco havia cortado meu lábio.

-Para uma princesa até que você bate forte. Falou o que havia levado o chute enquanto se levantava, quanto aos outros dois que estavam bêbados permaneceram no chão olhando sabe-se lá para onde.

O lutador veio para cima de mim e com muita dificuldade eu consegui desviar de alguns golpes dele, mas a cada um que ele acertava mais tonto eu ficava, até que minha visão ficou vermelha e meu supercílio ardia, eu não consegui revidar nem uma vez e eu já sentia o meu rosto todo ensanguentado. "É melhor eu desistir, esse cara é bem mais forte do que eu". Meus pensamentos foram interrompidos por uma joelhada no estômago me fazendo cuspir mais sangue, eu caí no chão e respirava com dificuldades, minha visão estava turva.

-Essa é a punição por você não colaborar conosco boneca. Falou o maior se aproximando.

Fechei os olhos na esperança de que acabasse logo, mas ao invés de sentir mais dor eu apenas ouvi os homens gritando de dor.
Abri os olhos rapidamente e levantei um pouco a cabeça. Fiquei extremamente surpreso ao ver Kanda parado no meio dos homens caídos, três estavam inconscientes e o único que estava desperto encarava Kanda assustado.

-Tsc. Nunca mais mexam com o MEU Moyashi. Rosnou para o homem caído no chão que chorava provavelmente de dor já que pelo o que me parece o braço dele está quebrado.
Kanda veio até mim e me pegou no colo, eu não tive forças para protestar, falar, pensar ou formar qualquer linha de raciocínio no momento, eu só tinha três certezas naquele momento eu estava com dor, vou levar um sermão da Anitta e eu nunca me senti tão seguro na minha vida. O Kanda me acalmou e eu quase esqueci da dor e de tudo... E o perfume dele é maravilhoso.
Ao chegarmos em casa vi Anitta sentada na calçada e ao nos avistar a morena ficou de pé com um pulo.

-Allen! o que houve? Por que esses machucados?

A morena estava desesperada.

-....... Eu.... Respondo.... Depois. Falei com dificuldades e a morena entendeu que eu estava com muita dor.

Kanda me colocou no sofá.

-Obrigada Kanda, de verdade... Se não fosse você... Eu nem quero pensar no que aconteceria com o meu menino. Falou Anitta aliviada e o moreno apenas assentiu em resposta.

-Já pode ir, eu cuido do Allen. Falou mas, assim que o moreno se virou para ir embora eu segurei a manga de sua camisa fazendo-o se virar surpreso.
-Não.... Vá.... Pedi em um sopro fazendo Anitta e Kanda se entreolharem surpresos e confusos, mas ambos permaneceram em silêncio por uns minutos.

-Você pode dormir aqui sem problemas Kanda. Falou a morena.

-Você tem certeza Moyashi? Perguntou apreensivo.

-Eu já... Falei que.... Meu nome.... É Allen.
 

Continua....


Notas Finais


E então o que acharam? Deixem suas opiniões nos comentários, é sempre bom saber o que vocês pensam!
~Kissus de moranguinho e até o próximo capítulo :**


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