História Eu Odeio Te Amar - O Começo da Rebelião

-Fique essa noite comigo Allen, por favor. Senti meu rosto esquentar com tal pedido, mas algo dentro de mim simplesmente não conseguia recusar.

-Cla-claro. Respondi inseguro. –Só vou pegar então minhas coisas para amanhã. Respondi correndo até em casa e pegando todo o necessário para o dia seguinte.

Entramos na casa de Tiedoll e não havia ninguém.

-Cadê o povo? Perguntei estranhando o silêncio anormal do local.

-Tiedoll deve chegar daqui a pouco, quanto ao Daisya eu não faço ideia. Respondeu dando de ombros enquanto pegava minha mochila e meu sobretudo colocando em cima de uma prateleira próxima a porta de entrada, junto com seu próprio.

-Oh... Entendi. Murmurei sentindo minhas mãos formigarem.

-Relaxa, não precisa ficar tão tenso, quer comer alguma coisa?

Assenti timidamente e acompanhei-o até a cozinha.

-Oh, que coisa rara alguém fez comida. Comentou analisando apreensivo as panelas em cima do fogão.

-Você tem habilidades na cozinha? Perguntei surpreso.

-Sim... Se eu não aprendesse a cozinhar provavelmente teria morrido intoxicado com a comida do velhote. Respondeu dando de ombros. –Apesar de que... Depois que o velhote adotou o Daisya nós passamos a revezar, mas quando ele começou a namorar meio que abandonou esse tipo de coisa. Completou parecendo irritado.

-Tem algo que você não saiba fazer? Perguntei revirando os olhos.

-Não. Respondeu abrindo um sorriso de canto desafiador.

-Por que será que eu não me surpreendi?

-Tsc. Vem vamos comer.

Almoçamos enquanto conversávamos sobre o número insano de quadros que havia na casa, ao terminarmos ajudei-o com a louça.

-Você gosta de morangos, Moyashi? Perguntou retirando um morango da geladeira.

-Sim, sim. Respondi enquanto observava Kanda lavar o morango e jogar o talinho no lixo.

-Você quer? Perguntou abrindo um sorrio malicioso. “O que ele está planejando?”.

-Sim, sim. Respondi na maior inocência encarando a fruta.

-Então vem pegar. Falou me lançando um olhar sensual antes de morder devagar um pedaço.

 “Esse cara gosta de me provocar né?”.

-Como você quiser.

Retribui o olhar antes de me aproximar e sem cerimônias morder o pedaço que estava para fora de sua boca tomando o cuidado de não cortar o contato visual.

-Você é muito corajoso. Sussurrou.

-E eu acabei de descobrir que é você quem fala demais. Sussurrei tomando seus lábios em um beijo calmo sendo retribuído de imediato.

-UHUM!

Nos separamos de sobressalto e olhamos em direção a porta encontrando Tiedoll, Daisya e Alma.

-Tsc. Vocês já chegaram?

 -Sinto em interrompê-los, mas eu quero usar a cozinha. Falou o velhote dando de ombros.

-Você acha mesmo que eu vou deixar você destruir a MINHA cozinha? O japonês questionou fuzilando-o com o olhar.

“Não, ri, não ri, não ri... QUANDO QUE EU IA IMAGINAR OUVIR ALGO ASSIM DO KANDA?”. Pensei me controlando ao máximo para não gargalhar.

-Tudo bem, então cozinhe isso para mim. Falou Tiedoll estendendo um papel para o Kanda que estralou a língua irritado, mas mesmo que contrariado pegou a receita.

-Então enquanto o Yuu cozinha o Allen vai jogar videogames com a gente. Falou Alma me puxando enquanto Daisya ria e Kanda o metralhava com o olhar.

Depois de passar uma tarde divertida jogando com Daisya, Alma e Kanda que mesmo contrariado se juntou a nós no final. Alma e Daisya disseram que tinham “coisas para fazer” juntos, trancados no quarto de Daisya...

“Muito suspeito”.

-Ei Moyashi, vamos subir também? Estou frustrado por não poder ver até onde a “brincadeira” do morango podia chegar. Sussurrou ao meu ouvido fazendo-me ficar arrepiado.

-Podemos fazer “brincadeiras” muito mais interessantes. Sussurrei sorrindo maliciosamente.

“O QUE FOI QUE EU FALEI?” Senti meu rosto esquentar.

-Oh... Gostei, vamos indo então. Falou pegando minha mão e guiando-me gentilmente até seu quarto.

Ao entrarmos no quarto, sentei na cama e encarei o moreno que me analisava com ternura "por que der repente estou tão nervoso?". Depois de alguns segundos Kanda trancou a porta do quarto e apagou a luz, senti minhas mãos começarem a suar e uma certa insegurança se fez presente. Observei o moreno se aproximar tentando controlar os batimentos cardíacos e a respiração.

 -Não precisa ficar tão nervoso Moyashi, não farei nada que você não queira. Falou assumindo uma postura séria, que me passou uma grande segurança.

-Eu sei. Respondi espontaneamente. -Por que ainda está tão longe? Perguntei notando o receio do moreno em se aproximar.

 -Estou com medo de não conseguir me segurar. Respondeu mordendo o lábio inferior.

 -E quem disse que eu quero que você se controle? Provoquei abrindo um sorriso malicioso que fez o moreno se surpreender.

 -Foi você quem pediu! E essa foi a última frase de Kanda antes de tomar meus lábios em um beijo intenso que eu correspondi de imediato. Sentir seus lábios sobre os meus era indescritivelmente maravilhoso, logo o moreno pediu passagem com a língua e eu cedi rapidamente aprofundando ainda mais o beijo, conforme nossas línguas travavam uma batalha cada vez mais intensa o beijo ia se tornando mais selvagem. Aos poucos o moreno desceu as mãos das minhas costas para a minha bunda e eu subi as minhas para seus cabelos que eu livrei facilmente do elástico deixando-o solto e envolvendo-o com minhas mãos, ao fazer isso senti Kanda me levantar facilmente e logo me vi sentado em seu colo, devo admitir que sentir o calor dele em meio aqueles beijos começou a me excitar. Nos separamos um pouco ofegantes pela a falta de ar, mas logo o moreno baixou seus beijos para o meu pescoço onde senti ele dar leves chupões me proporcionando novas sensações maravilhosas e acabei soltando um suspiro um tanto alto enquanto tentava me impedir de gemer, mas o moreno parece ter ouvido, pois sorriu maliciosamente em meio as carícias, mas logo voltou a me beijar de uma forma selvagem e incrível. Ele me deitou na cama fazendo um arrepio percorrer meu corpo quando senti suas mãos quentes tocarem minha barriga por debaixo da camisa. Enquanto Kanda ousava cada vez mais as carícias eu mantive uma de minhas mãos enroscada em seu cabelo e com a outra acariciava sua nuca, quando novamente o ar se fez necessário o moreno se afastou um pouco e retirou minha camisa e me fitou surpreso.

 -O-o que foi? Perguntei ofegante e começando a ficar constrangido com os olhares intensos.

 -É uma surpresa muito agradável descobrir que você tem um tanquinho Moyashi. Falou passando a língua nos lábios, enquanto eu apenas senti meu rosto ruborizar.

"Não faço aulas de educação física, mas para trabalhar para os Noah deve se ter pelo menos um bom físico".

-Não precisa se envergonhar, eu gosto de você de qualquer jeito. Sussurrou ao se aproximar de minha orelha e em seguida fui pego desprevenido por uma leve mordida no lóbulo da orelha que me fez novamente soltar um suspiro audível. O moreno se afastou de novo para dessa vez tirar a própria camisa revelando um abdômen bem definido e seus músculos esculturais.

-Não me canso de ver isso. Sussurrei me sentando e passando involuntariamente as mãos pelo abdômen do moreno, completamente encantado com tal visão explorei tudo o que eu pude antes do Kanda me empurrar de volta e ficar por cima de mim voltando a me beijar com desejo. Conforme uma das mãos do moreno apertava uma de minhas nádegas e a outra uma de minhas coxas eu comecei a sentir algo despertar em meu baixo ventre, mesmo explorando meu corpo com as mãos em momento algum o moreno parou de me beijar, depois de mais alguns toques  ele começou a descer os beijos pelo meu pescoço onde deu mais um chupão. Beijou minha clavícula e foi formando uma trilha de beijos até meu mamilo esquerdo onde começou a lamber enquanto estimulava o direito com uma de suas mãos, me fazendo perder o pouco de sanidade que ainda me restava.

 -Mmmm... Ka-Kanda...

Não consegui conter os gemidos devido à enorme quantidade de prazer que estava me sendo proporcionada. Notei um sorriso por parte do moreno quando gemi o nome dele, mais alguns segundos e eu comecei a sentir a calça me incomodar e o moreno parece ter percebido, pois logo retomou a trilha de beijos e parou no cós da calça que ele ficou observando com um grande sorriso malicioso antes de retirar minha calça com facilidade.

 -Oh, isso é definitivamente interessante. Sibilou mantendo o sorriso enquanto analisava o volume em minha cueca, fazendo-me recuperar a sanidade e quase morrer de vergonha. –Não se preocupe você não é o único que está assim. Sussurrou tomando meus lábios novamente, mas senti uma grande necessidade de retirar as últimas peças de roupas Kanda, e assim em um ato louco e insano de coragem, interrompi o beijo e o encarei com olhos transbordando luxúria. Recebi um olhar surpreso em resposta. Aproveitei para fazer algo ainda mais inesperado que foi explorar com as mãos e beijar seu tórax, descendo uma trilha de beijos até sua calça que eu ousei abrir o zíper com a boca enquanto lhe lançava olhares desafiadores na esperança de que o mesmo entendesse o recado.

-Você é muito corajoso Moyashi. Rosnou entredentes fechando os olhos por alguns segundos antes de soltar um longo suspiro enquanto eu retirava lentamente sua calça e admito que me surpreendi ao notar o tamanho do volume em sua cueca "parece melhor do que eu esperava" Pensei enquanto admirava tal "visão proibida". –Eu já estou chegando ao meu limite Moyashi... Você...

-Shh. O impedi de prosseguir colocando meu indicador sobre sua boca e com a outra mão pressionei sua ereção. -Eu quero... Confio em você, me faça sentir coisas que eu nunca senti antes, me leve a loucura Kanda Yuu. Sussurrei de maneira sensual notando um sorriso de canto quase que imperceptível se formar, mas desaparecer em seguida, pois me vi sendo pressionado no colchão enquanto Kanda me beijava com uma intensidade arrebatadora. Ele habilmente nos despiu completamente em meio ao beijo e eu novamente perdi a razão quando o moreno me abraçou de forma possessiva em meio ao beijo colando completamente nossos corpos fazendo com que nossas ereções se chocassem.

 -Huuum...

Novamente não consegui conter o gemido e visivelmente isso o agradava.

Estava tão atordoado com tais sensações incríveis que não notei quando o moreno havia parado de me beijar, apenas senti algo úmido e quente em meu pênis que me fez abrir os olhos e olhar para baixo encontrando o Kanda que me chupava com vontade. Mesmo sentindo uma imensa vergonha, o prazer era maior fazendo-me delirar. Tombei a cabeça para trás tentando controlar os gemidos involuntários, e conforme o moreno aumentava o ritmo mais próximo de chegar ao ápice eu ficava. Segurei seus cabelos fazendo-o ir ainda mais rápido.

 -Yu-Yuu... Ah... Ah... E-eu, eu v-vou... Mmmm... Aaah... Arqueei as costas quando senti que não poderia mais me segurar e me desfiz na boca do outro que demorou alguns segundos antes de levantar a cabeça e voltar a me beijar fazendo-me sentir meu próprio gosto.

-A-Allen... Eu já estou no meu limite... Sussurrou ofegante entre os beijos.

-Tu-tudo... Bem... Estou pronto... Respondi ofegante.

Kanda esticou o braço até o criado mudo e retirou um pequeno cilindro da gaveta que deduzi ser de lubrificante. “Oh, então ele tem coisas desse tipo?”. Observei ele despejar um pouco do líquido em seus dedos e em seguida me beijou fervorosamente, senti um enorme desconforto quando ele introduziu em mim o primeiro dedo, mas não liguei muito focando minha atenção no beijo. Dei um gemido consideravelmente mais alto quando senti o segundo dedo ser introduzido e o moreno  começar a fazer movimentos de tesoura, mas logo o que era desconforto se tornou prazer e instintivamente comecei a rebolar procurando mais contato, porém ele retirou seus dedos de dentro de mim, fazendo-me soltar um gemido em protesto, mas logo prendi minha atenção nos movimentos do moreno retirando a própria cueca e...

 “Wow, realmente é melhor do que eu imaginava”. Pensei enquanto babava pela visão de um Kanda nu e minha reação parece tê-lo agradado. Observava completamente excitado o moreno despejando lubrificante em sua ereção, quando terminou e se aproximou encarei seu olhar sério, porém verdadeiro que me passou uma segurança que eu jamais sentira antes.

“Pela primeira vez na vida acho que não irei me arrepender de uma escolha que fiz”. Pensei enquanto retribuía o olhar intenso. “Eu te amo”. Pensei quando novamente Kanda selou nossos lábios em um beijo mais calmo que os anteriores, quando nos separamos o moreno se posicionou no meio de minhas pernas e me encarou em um pedido de permissão silencioso que eu respondi assentindo de leve.

-Prometo que não vou te machucar. Sussurrou.

-Eu sei.

Senti ele forçar seu pênis em minha entrada, mesmo com todo o controle que o Kanda estava tendo era realmente incômodo e depois de ver o enorme esforço do moreno para não me machucar, fechei os olhos e tentei relaxar para facilitar, mas... Estava doendo para caralho... Apertei o lençol com todas as minhas forças e trinquei os dentes na tentativa de conter os gemidos de dor que teimavam em sair contra a minha vontade. O moreno beijou meu pescoço e ombros na tentativa de me distrair, mas não adiantou muito. Quando ele havia colocado todo dentro de mim, ficou imóvel e me encarava apreensivo com a respiração descompassada, aos poucos a dor incômoda foi aliviando e uma onda de prazer se fez presente, comecei a rebolar em busca de mais contato dando a permissão que o outro estava esperando pacientemente e logo, Kanda começou a se mover lentamente, enquanto eu tentava a todo custo continuar contendo meus gemidos. Conforme ele ia aumentando o ritmo mais difícil ficava controlar a voz e ao sentir minha próstata ser acertada, não consegui mais conter os gemidos e toda e qualquer mínima sanidade que eu ainda tivesse foi completamente embora. Ele acertava múltiplas vezes propositalmente o mesmo lugar fazendo-me quase gritar de prazer. Naquele momento nenhum de nós poderíamos nos importar menos com os outros na casa.

-A-ah, ah, Yuu... Ah. Gemia o nome dele inconscientemente, e quanto mais próximos do ápice ficávamos mais incrível eu me sentia.

-Ah... A-Allen e-eu...

-Mmmmm... Y-Yuu e-eu também...

Chegamos juntos ao ápice. Sujei ambos os abdomens com minha essência enquanto, sentia meu interior ser preenchido me levando a uma loucura deliciosa e a um êxtase extremo, em seguida o moreno desabou ao meu lado e depois de sair de dentro de mim puxou-me para deitar em seu peito.

-Eu te amo muito, Allen. Sussurrou aos meus ouvidos fazendo uma felicidade incontrolável explodir dentro de mim.

Selei nossos lábios em um beijo calmo tentando transmitir todos os meus sentimentos por ele, amor, ódio, amizade, paixão, ternura, respeito, admiração, tentei passar tudo mesmo.

-Eu também te amo, Yuu. Sussurrei quando nos separamos dando o sorriso mais sincero que eu tinha, e notei um leve rubor aparecer na face do moreno.

“Quem diria que algum dia eu iria me entregar assim para uma pessoa? e pior a pessoa que eu considerava meu rival... O mundo realmente dá voltas...”.

“Mas, apesar de tudo eu o amo tanto...”

Adormeci com tais pensamentos e sentindo uma felicidade indescritível que eu jamais havia sentido antes.

“Eu só quero ele”.

P.O.V Lavi

Segurei a tampa da caixa e notei que minhas mãos tremiam muito. “Que saco! Estou parecendo uma criança”. Senti Tyki colocar uma das mãos em meu ombro, respirei profundamente tomando coragem e rapidamente tirei a tampa...

Havia um envelope pardo e uma pequena sacola de pano amarrada com um barbante surrado. Desviei meu olhar para Tyki que apenas assentiu me encorajando. Dentro do envelope encontrei vários papéis e uma carta que me chamou atenção ao ler o remetente e destinatário.

-Ty-Tyki i-isso é...

Deixei a carta cair no chão devido ao medo que me acometeu.

-Lavi, se acalma. Falou o moreno me puxando contra si com um braço enquanto pegava a carta do chão com a mão livre.

–“De: Sophie Bookman. Para: Lavi Bookman Júnior”. Sibilou o moreno. –Quer que eu leia?

-Po-por favor... Gaguejei sentindo um enorme aperto no peito derivado do medo de ler a carta.

-“Lavi, meu filho, fruto de todo o meu amor com o Kazu. Se você está lendo essa carta eu tenho duas certezas, seu avô morreu e a situação é relacionada a Ordem Negra e provavelmente está crítica. Como filha do Bookman e estudante da Ordem Negra eu fui obrigada a juntar inúmeras informações comprometedoras da Ordem, várias se perderam durante a minha fuga, mas as mais importantes eu consegui salvar e guardar... Sinceramente eu gostaria que você nunca lesse essa carta e menos ainda que você precisasse de tais documentos, mas como eu conheço a teimosia do meu pai tenho certeza de que ele transformará você, mesmo contra a minha vontade, no herdeiro dos Bookman e te colocará para estudar na Ordem Negra.

De acordo com meus estudos essa instituição tem poucas chances de mudar, mas se o movimento rebelde realmente crescer então esses documentos que eu guardei são essenciais.

 Bom, o meu tempo está acabando e eu não quero gastar mais papel com um assunto tão triste quanto o da Ordem Negra, sei que você fará as escolhas certas. Sobre o seu nascimento eu quero que você saiba que eu não morri no parto, tenho certeza que será isso que irão lhe contar... Lavi, meu Lavi, meu raio de sol escarlate, seu nascimento iluminou minha vida... Eu vi você nascer e te acompanhei até o segundo mês de vida. Ouvir você pronunciar a primeira palavra, foi uma das coisas mais felizes que já aconteceram na minha vida, mas eu não vou ficar viva por muito tempo, pois estou muito doente. Hoje é o nascimento do Yuu, espero que vocês se deem bem de verdade... Sei que vocês terão uma vida difícil, mas se apoiem! Se vocês tiverem um ao outro tenho certeza que conseguirão seguir em frente apesar de todo o sofrimento.

Em breve estrei me juntando ao Kazu, mas saiba que nós amamos muito você e estaremos sempre ao seu lado. Você foi a notícia mais feliz que já recebemos em nossas vidas, por isso, queremos a sua felicidade e saiba que você não teve culpa de nada! As escolhas e decisões que nós tomamos foram tomadas apenas por nós e mais ninguém. Lembro-me de quando nós brigamos para escolher seu nome... Seu pai queria Deak, mas depois de debatermos muito nós finalmente decidimos por Lavi. Lembro-me também de quando decidimos sacrificar tudo para que você pudesse viver. Lavi nós vivemos por você, mas foi uma escolha inteiramente nossa, a única coisa que pedimos a você é que viva feliz, que tenha uma vida alegre, que aproveite cada dia seu ao máximo! Que faça suas próprias escolhas sejam elas certas ou erradas a vista da sociedade, que encontre um amor verdadeiro, a única coisa em que nós pensávamos quando fugimos era na sua felicidade.

Antes de me despedir eu gostaria de me desculpar por não poder ver você crescer e não poder estar ao seu lado nos momentos difíceis, mas eu te prometo que tanto eu quanto o Kazu SEMPRE estaremos em seu coração e te observando. Me desculpa meu filho, eu te amo muito mesmo e o Kazu também!

Beijos da sua mãe que tanto te ama.

~Sophie”

Quando Tyki terminou de ler a única coisa que eu conseguia fazer era chorar e soluçar como uma criança. Eu não sei o motivo exato das minhas lágrimas, pois enquanto eu sentia um peso ser retirado das minhas costas, um vazio em meu peito apareceu repentinamente. Qual o motivo de tais lágrimas? Tristeza? Saudades? Gratidão? Medo? Angústia? Felicidade? Raiva? Não conseguia distinguir meus sentimentos, só sabia que por serem tantos eles transbordavam de forma incontrolável por meus olhos e Tyki a todo momento estava ao meu lado me abraçando e dando todo o apoio. Mesmo que silenciosamente eu sabia tudo o que ele queria me dizer e o motivo de ele estar ali, ele é bem mais que o suficiente para mim, não poderia nunca pedir ou imaginar um parceiro melhor.

“Eu sou feliz mãe, pai, de verdade obrigado. Graças a vocês eu tenho uma boa vida!”.

Depois de algum tempo quando finalmente parei de chorar resolvi abrir a pequena sacolinha ainda soluçando. Ao abrir encontrei dois anéis e um pequeno papelzinho que dizia “Essas são as alianças que eu e o Kazu usávamos. Espero que você as dê para alguém que realmente ama assim como eu e o seu pai nos amávamos”. Li silenciosamente e guardei novamente as alianças junto com o papel na sacolinha e sorri de canto ao notar o olhar curioso do Tyki.

-O que tem na sacola?

-Apenas um presente da minha mãe. Respondi dando de ombros enquanto sorria internamente e limpava as lágrimas.

-Ah?! Fala sério! O que é? Não me deixa curioso!

“Pai, mãe eu já sei para quem eu vou dar uma das alianças.”

P.O.V Lenalee

-Obrigada Alma. Agradeci juntando meu material e saindo da sala apressadamente em seguida.

Andei quase correndo pelos corredores até chegar a uma porta dupla de madeira que se encontrava aberta. Timidamente apareci na entrada onde alguns professores me olhavam com curiosidade.

-Com licença, eu gostaria de tirar algumas dúvidas com o professor Bak Chang de história, ele está aí? Perguntei para a professora Kloud que estava próxima a porta.

-Ele acabou de sair. Acho que se você correr consegue pegar ele no estacionamento. Respondeu dando de ombros.

-Obrigada. Agradeci e sem pensar duas vezes corri o mais rápido que eu pude até o estacionamento, onde de fato, eu o encontrei.

-Bak espera! Chamei e o loiro se virou surpreso.

-Le-Lenalee? O que foi?

-Nós precisamos conversar. Falei determinada.

-Você não tem aula agora? Deixa isso para depois.

“Tentando fugir? Não creio”.

-Eu tenho 100% de presença e minhas notas andam mais do que satisfatórias! Não vou ser reprovada por matar algumas aulas. Respondi dando de ombros.

-Não posso permitir, como seu professor, que faça isso.

-Uma vez que não estamos mais dentro do prédio escolar eu não acho que a nossa relação seja essa. Retruquei abrindo um enorme sorriso inocente e notei um semblante contrariado no loiro.

-Ta, ta entra logo no carro. Deu-se por vencido parecendo irritado.

Ficamos todo o tempo em silêncio e reconheci o percurso que estávamos fazendo como sendo o que leva até um parque bonitinho perto da minha casa.

Ao chegarmos o loiro comprou bebidas quentes, pois o vento estava bem gelado.

-O que queria conversar, Lenalee? Perguntou quando nos sentamos em um banco de madeira perto do enorme lago que havia no meio do parque.

-Eu não consigo acreditar no que você me falou ontem. Declarei encarando-o.

P.O.V Bak

-Eu não consigo acreditar no que você me falou ontem.

Senti meu coração falhar uma batida ao ouvir tais palavras.

-Cada palavras que eu disse é verdade. Sibilei sentindo as palavras amargarem em minha boca.

“Não quero falar essas coisas”.

-Então... Com isso você quer dizer que tudo o que você me disse era mentira? Perguntou escondendo o rosto com a franja.

“Não, não, eu não quero me afastar de você, Lenalee, você é a única que eu amo”. Pensei, mas não tive coragem de falar.

-Sim. Minha voz saiu um pouco mais grave do que eu esperava.

-MENTIRA! EU VEJO NOS SEUS OLHOS! Aumentou o tom de voz. –Só não entendo o porquê de você estar fazendo isso!

 Mágoa e tristeza brilhavam em seus olhos fazendo meu peito doer.

-Lenalee eu...

Tentei, mas fui interrompido pela morena que me lançou um olhar tão sério que um arrepio percorreu meu corpo.

-Olha nos meus olhos e fala que não me ama!

Falou autoritária segurando meu rosto forçando-me a encará-la, mas não consegui, tinha medo de cruzar o olhar com o dela. As palavras simplesmente ficaram travadas na minha garganta. –Foi o que pensei... Bom não entendo seus motivos então vou te dar um pouco de espaço, mas não pense que eu desisti. Falou se levantando com uma determinação incrível. –Eu vou indo, tenha uma boa tarde professor.

Observei a morena se afastar saltitante.

“O que eu estou fazendo?”

“Se afastar realmente significa protege-la?”

“Só parece que eu estou fugindo... Como sempre...”.

“Por que eu tenho que ser tão covarde?”.

P.O.V Link

“Tsc. Que saco aquele maldito do Kanda Yuu interferiu no meu trabalho”. Pensei enquanto encarava o céu nublado e sentia o vento frio em meu rosto, estava encostado na parede atrás da escola enquanto as turmas estavam em aula.

“Bom não que eu me importe muito, meu único motivo de estar aqui é pelos meus irmãos”.

“Tewak, Madarao, Tokusa, Kiredori, Goushi...”.

-É uma surpresa vê-lo novamente Link. Ouvi uma voz grave e conhecida.

-Já faz um tempo Madarao. Falei sem me importar em encará-lo.

-Eu pensei que você fosse fugir para sempre, não entendo por que voltou se era livre. Rosnou.

-Vocês simplesmente me interpretaram de forma errada. Retruquei dando de ombros.

-Forma errada? Você nos abandonou. Tewak e Kiredori ficaram arrasados enquanto eu Goushi e Tokusa ficamos desamparados! VOCÊ FUGIU E AINDA TEM A CORAGEM DE APARECER DIANTE DE NÓS NOVAMENTE, HOWARD LINK? Gritou e eu pude perceber toda a fúria e mágoa que ele sentia de mim.

-Não estou atrás do perdão de vocês, mas vim aqui terminar aquilo que não pude há alguns anos.

-Você é patético, se pensa que pode nos tirar desse caminho.

-Se é o que você acha... Não quero discutir com você Madarao.

-Seu idiota... Não apareça na frente da Tewak e do Kiredori, entendeu?

-Não irei prometer nada. Respondi ainda encarando o céu.

-Tchi. Babaca.

E essa foi a última palavra que ouvi de Madarao, em seguida só pude ouvir seus passos pesados se distanciando.

“Um dia vocês vão entender que tudo o que eu fiz foi para protegê-los”.

P.O.V Komui

Depois da “negociação” com o Conde me arrastei até em casa e encontrei Lenalee na cozinha.

-Cheguei, Lenalee. Sibilei notando que sua expressão havia melhorado.

-Ah, bem-vindo de volta! Desculpa por ter te ignorado ontem, fiz seu prato preferido hoje. Respondeu com um enorme sorriso que fez com que meus problemas der repente parecessem pequenos.

“Como eu me arrependo de não ter fugido com a Lenalee quando tive a chance. Provavelmente hoje teríamos uma vida mais tranquila, Lenalee teria outros amigos e provavelmente menos problemáticos. Eu teria um emprego mais simples... Mas, talvez, apenas talvez a nossa vida fosse melhor”. Pensei enquanto observava a menor terminar de cozinhar.

-Ei, Lenalee, você gosta de morar aqui? Não sente saudades da China? Perguntei quando terminamos de comer e notei uma leve melancolia aparecer em sua face.

-Para falar a verdade... Eu não me lembro da China e tão pouco do rosto de nossos pais. Eu não sou infeliz vivendo aqui, tenho amigos, você e um lugar para chamar de lar. Acho que não tenho o direito de pedir mais nada. Respondeu parecendo insegura.

“Essa era a resposta que eu menos queria ouvir”. Pensei dando um alto suspiro fazendo a menor me fitar curiosa.

-Lena... A situação vai ficar cada vez mais perigosa você está realmente disposta a colocar a sua vida em risco? Perguntei sério.

-Como assim? Perguntou assumindo uma postura séria provavelmente por conta da minha reação.

-Você sabe que eu sempre planejei mudar a Ordem, certo?

-Sim... Respondeu confusa.

-Esse plano infelizmente deu errado e como punição por eu ter tentado mudar demais você foi...

Cerrei os punhos e retirei os óculos na tentativa de aliviar umas pontadas chatas na cabeça.

 –Bom, como mudar não adiantará a única solução é derrubar a Agência Central... Eu me uni com o Conde do Milênio e nós pretendemos colocar nosso plano em ação amanhã mesmo. Você está disposta a aguentar isso? Perguntei temendo a resposta.

-Sim! Respondeu determinada. –Eu vou ficar do seu lado irmão! E não pretendo desistir dos meus amigos e nem dos meus propósitos, se você quer dizer que a minha vida estará em risco, eu não me importo! Não vou fugir, vou lutar com você e se viermos a falhar pelo menos estaremos juntos. Finalizou com um sorriso encorajador.

-Lenalee...

Apesar de sentir um forte aperto no peito também sabia que ela não era mais uma criança e força-la a fazer algo que ela não quer por medo meu... Seria muito egoísmo. A morena se aproximou e me abraçou como se dissesse silenciosamente “confie em mim como eu confio em você”.

No dia seguinte fomos juntos para a Ordem e antes de nos separarmos Lenalee deu um leve aperto na manga de meu casaco e me lançou um olhar que dizia explicitamente “coragem”. Em seguida a morena correu até o Allen, Daisya, Kanda e Alma que passavam pelo o corredor.

P.O.V Kanda

Fui abrindo os olhos lentamente encontrando o albino dormindo serenamente em meus braços.

“Me sinto tão bem... Ainda não acredito que eu realmente me apaixonei por esse Moyashi... E que agora ele está nos meus braços. Eu não poderia estar mais feliz e juro que não deixarei tirar essa felicidade de mim, moverei o inferno se for preciso, mas protegerei o Allen com tudo o que eu tenho e não tenho”. Pensei enquanto abraçava-o.

-Fica comigo para sempre, Allen? Sussurrei involuntariamente depositando suavemente um beijo em sua testa.

-Com certeza. Fui surpreendido pela resposta e por impulso me afastei um pouco para encará-lo encontrando aquelas belas orbes prateadas que transbordavam seriedade e sinceridade fazendo meu coração palpitar.

-Vo-você ouviu?

-Claro você não é o único a acordar antes do despertador. Declarou com uma expressão divertida e tudo o que eu consegui fazer foi virar o rosto ao senti-lo começar a esquentar. –Você não tem ideia de como eu me divirto com essas suas reações, e fico feliz em saber que eu sou o único que pode vê-las. Sussurrou e eu senti meu rosto arder de tão quente.

–Pfff... Bom dia. Em seguida senti o albino se aproximar e depositar levemente um beijo na minha bochecha.

-Bom dia. Respondi finalmente voltando meu olhar para o menor e sem perceber dei um sorriso de canto involuntário que parece ter agradado o Moyashi.

-É sempre uma surpresa te ver sorrindo. Declarou abrindo o sorriso mais lindo que eu já tinha visto.

Ficamos mais um tempo na cama abraçados e trocando carícias, enquanto não dava a hora de levantar. Ao ouvirmos o despertador levantamos e por incrível que pareça eu estava de muito bom-humor.

Depois de nos arrumarmos descemos para tomar café da manhã e na sala encontramos Alma sacudindo Daisya.

-Daisyaaaaaaa mais que infeeernooooo sempre é esse estresse para você acordaaaar, acorda logooooooo. Alma suplicava enquanto sacudia o namorado que parecia morto.

-Mais na cama “tava” tãaao quentinho, vamos voltar para lá Almaaa. Falou manhoso com a voz sonolenta e arrastando as palavras.

-Oh, olha o Yuu e o Allen. Falou Alma finalmente notando as nossas presenças e em um pulo Daisya parecia o mais desperto do ambiente.

-Ooooh! A noite de vocês foi bem quente, hein? Brincou dando um sorriso malicioso para o Moyashi que ficou mais vermelho que um pimentão.

-Se tocar nesse assunto de novo eu vou contar AQUILO para o Alma. Ameacei com um sorriso sarcástico fazendo o moreno se encolher.

-Ok, ok calma não está mais aqui quem falou.

-Vocês estão bem animados hoje. Falou Tiedoll parado na escada.

-O que faz acordado velhote? Hoje você não está de folga? Perguntou Daisya.

-É tocante ver que você se preocupa comigo Daisya, mas o Komui convocou uma reunião de emergência com todos os professores. E é até bom, pois com o barulho que vocês estão fazendo é impossível dormir. Finalizou dando de ombros.

-O que você está fazendo com a minha Mugen? Perguntei notando a espada em suas mãos.

-Vou levar para botar óleo.

“Essa resposta foi planejada. Está na cara que é mentira”.

-É desnecessário, a minha Mugen está em perfeito estado.

-Aff, eu vou levar ela comigo e ponto final.

“Tem algo muito estranho acontecendo aqui”.

-Se alguma coisa acontecer com a minha Mugen, vou transformar a sua vida em um inferno, velhote. Rosnei.

-Claro, claro. Vamos logo tomar café da manhã.

 Depois de tomarmos o desjejum o velhote nos deu carona.

-Vão indo na frente. Falou Tiedoll ao estacionar o carro.

-Ok. Falou Daisya puxando Alma e Allen.

“Esse desgraçado faz essas coisas de propósito”. Pensei saindo do carro contrariado.

Quando estávamos andando pelos corredores estranhamente vazios em direção a sala do Daisya e do Moyashi ouvimos uma voz feminina e familiar se aproximando.

-Bom dia, rapazes!

-Bom dia, Lenalee. Falou Allen dando um abraço na morena.

 “Tsc.”

-Está melhor Lena? Perguntou Alma. Notei que a morena estava usando um salto vermelho.

“Por que será que ela mudou o sapato?”. “Hoje está tudo muito estranho”.

-Sim, muito obrigada Alma. Agradeceu com um enorme sorriso.

Quando deu a hora de começar as aulas Alma e eu fomos até a nossa sala onde encontramos Lavi observando a leve garoa pela janela com um olhar perdido. Alma e eu nos entreolhamos preocupados antes de nos aproximarmos.

-Lavi, está tudo bem? Perguntou Alma.

-Hã? Ah sim...

“Nada convincente essa resposta”.

-Então por que esse olhar de cachorro perdido? Perguntou sentando-se ao lado dele enquanto eu me sentei na mesa a frente.

-Não é nada gente, é sério. Respondeu dando de ombros.

Mas, antes que pudéssemos insistir mais um pouco fomos interrompidos pelo alto-falante.

*Por Ordem da Agência Central todas as atividades da escola estão suspensas por uma semana, os alunos com exceção de Allen Walker, Kanda Yuu, Daisya Barry, Lavi Bookman Júnior, Lenalee Lee, Road Kamelot, Chaoji Hans, Alma Karma, Arystar Krory, Elíade, Mei-ling, Emilia e Timothy Hearst e Suman Dark estão liberados e só devem voltar a escola daqui a uma semana. Os demais devem seguir agora mesmo para o auditório* Ao ouvir o comunicado de Komui. Lavi, Alma e eu nos entreolhamos apreensivos.

-Tenho um péssimo pressentimento sobre isso.

Alma estava nervoso.

-Eu também. Respondi vendo a empolgação de alguns alunos e o desespero de outros. –Hoje o dia está muito estranho. Comentei enquanto observava os alunos saírem.

-Bom... Vamos logo acabar com isso. Falou Lavi.

Ao chegarmos no auditório olhei instintivamente para o Allen que me encarou confuso, mas logo desviei o olhar para o palco do auditório onde encontrei Komui e muitos professores inclusive Tiedoll que segurava a Mugen e Marie...

“Por que todos estão armados?”. Pensei enquanto analisava cada um deles e instintivamente fiquei em alerta.

-Vocês dois, não ousem abaixar a guarda. Sussurrei alertando Lavi e Alma que assentiram positivamente.

-Vocês foram chamados aqui por quebrarem as regras da escola, por isso peço que escutem tudo atentamente até o fim. Começou Fou dando a fala para Komui em seguida.

-Allen Walker está sendo acusado de não seguir as crenças católicas e se relacionar com alguém do mesmo sexo.

“O que?” Allen me olhou assustado. “O que significa isso?”

-Alma Karma está sendo acusado por se relacionar com alguém do mesmo sexo, não seguir o catolicismo e pelos pecados de sua família.

-Arystar Krory está sendo acusado pelos crimes de seus antepassados, por não seguir o cristianismo e por se relacionar de forma pecaminosa com uma colega.

-Chaoji Hans está sendo acusado de não seguir o catolicismo e de assassinato da sua própria família.

-Daisya Barry está sendo acusado de trair Deus com suas ações relacionadas a sua família e por se relacionar com alguém do mesmo sexo.

-Elíade, acusada de não seguir o cristianismo e se relacionar de forma pecaminosa e impura com um de seus colegas.

-Emília Hearts acusada de não ter guardado a castidade e ter relacionamentos impuros com conhecidos e desconhecidos. 

-Kanda Yuu, acusado de não seguir o catolicismo, de se relacionar com alguém do mesmo sexo e pelos pecados de sua família.

“A onde essa cara quer chegar?”.

-Lavi Bookman Júnior, acusado por ter roubado documentos confidenciais da Ordem, por não seguir o catolicismo e pior por se relacionar com um professor do mesmo sexo.

-Lenalee Lee, acusada de não seguir o catolicismo e por se comportar de forma indecente perto de um professor.

-Mei-ling acusada de não seguir o cristianismo e influenciar as pessoas contra os dogmas de Deus, além de se relacionar com alguém do mesmo sexo.

-Road Kamelot, acusada por traição.

-Suman Dark, acusado por cometer atos pecaminosos fora da escola e de traição a Agência Central.

-E por fim, Timothy Hearst, acusado de ter cometido um pecado gravíssimo que ofende diretamente a palavra de Deus. Essas são as acusações dos alunos, agora vamos as dos professores.

“Certamente tem alguma coisa muito errada aqui... O que eles estão planejando?” Pensei estranhando tudo isso. “Qual o objetivo deles?”

-Kloud Nyne e Sokaro Winters, acusados de adultério.

-Tyki Mikk, acusado de se relacionar com um aluno do mesmo sexo e ofender Deus.

-Cross Marian, acusado de ofender Deus, de adultério e se relacionar com alguém do mesmo sexo.

-Froi Tiedoll, acusado de ter acolhido um filho de pecadores e com isso ter ido contra uma das vontades de Deus.

-Noise Marie, acusado de ir contra as vontades de Deus devido sua deficiência.

-Miranda Lotto, acusada de heresia.

-Reever, acusado de se relacionar com alguém do mesmo sexo e de não seguir todas as vontades de Deus.

-Bak e Fou Chang acusados de ir contra o legado de sua família e de traição a Agência Central.

-Renny Epstain, acusada de ir contra o legado de sua família e de traição a Agência Central.

-E por fim Komui Lee, acusado de se relacionar com alguém do mesmo sexo, não seguir o catolicismo, fazer o contrário das vontades de Deus e de trair a Agência Central.

-O motivo de eu ter lhes chamado até aqui e ter contado tudo isso, é que as aulas foram suspensas por isso. Eu, diretor Komui Lee, comuniquei a Central tudo isso. Eles ficaram furiosos e disseram que as aulas estariam suspensas para que eles acabassem com os pagãos, ou seja, todos nós aqui estamos correndo risco de vida, então vocês alunos tem a chance de se juntarem a nós para tentar derrubar a Central e acabar com esse legado negro de uma vez por todas ou simplesmente se esconder em casa e rezar para não serem pegos. Aqueles que querem cooperar, deem um passo a frente. Concluiu Komui.

“Oh, isso significa que finalmente conseguirei a minha vingança? Não posso perder essa chance.” Pensei dando um passo à frente ao mesmo tempo que Lenalee, logo todos haviam se manifestado.

-É bom saber que todos querem cooperar, juntos somos mais fortes! Falou Komui. –O plano é o seguinte...

P.O.V Le Vellie

-Inspetor! É uma emergência! Me virei para encarar um dos CORVOS.

-O que foi?

-Komui Lee revelou parar a Agência Central o número de pecadores e seus crimes! A Central ordenou que as aulas fossem suspensas por uma semana e está rolando o rumor de que ele tem apoio dos Noah’s.

-Como? Senti meu sangue ferver.

“O Komui REALMENTE ousa me desafiar?”.

–Chame todos o CORVOS disponíveis e reúna-os imediatamente. Ordenei.

-Sim, senhor!

-O que pretende com isso, Inspetor? Perguntou Link.

-Você finalmente irá me mostrar suas habilidades, Inspetor Howard Link! Reúna imediatamente os CORVOS dessa unidade, eu tenho uma missão especial para vocês.

“Esses malditos vão finalmente conhecer a minha ira”.

-Com todo o respeito, posso perguntar do que se trata tal missão? Questionou o loiro.

-Você irão sequestrar Allen Walker e Lavi Bookman Júnior. Respondi com um sorriso sombrio.

“É a vez dos filhotes conhecerem o verdadeiro terror....”

Continuaaaa....