Gabriel
LEIA A NOTA ACIMA, É IMPORTANTE!
" Eu cheguei ao fim da linha. Daqui eu já não vou a lugar algum."
Narração.
Eu conheci o pecado. Eu matei. Sofri. Amei e fui amada. Mais a verdade e que meu final, finalmente está próximo.
...
- Gi? Quer ajuda no jantar? - Perguntei de prontidão parando na frente de minha irmã.
Ela balançou a cabeça negativamente e me encarou diferente.
- Fico feliz de estar aqui maninho. É até estranho... Você chegar antes da bella. - Ela disse cortando as batatas.
Eu suspirei e busquei uma cerveja na geladeira.
- É... Ela anda um tanta afastada de mim. - Disse suspirando fortemente.
Gio riu.
- Com toda razão. Você quase não dava atenção pra mesma. Acredita que é o primeiro jantar, que te vejo presente aqui em casa? - Ela disse com a voz carregada de decepção. - Ela tem toda razão de se afastar!
- Não fica assim Giovanna. É que você sabe que depois que larguei a carreira de cantor, tudo ficou complicado. Tive que assumir a empresa do papai e hoje, ela é uma das empresas que mais lucra. Então trabalho redobrado. - Disse tentando me explicar.
Ela me olhou sarcasticamente e largou o que estava fazendo.
- É? Então como você arruma tempo pra sua amante, se você tem tanto trabalho?! E Não adianta negar. - Ela soltou sem pensar.
- O que? quem te falou isso?! - disse assustado.
Gio ficou em silêncio por algum tempo. Antes de ter a coragem de me encarar.
- Como eu soube?! Eu já desconfiava... aí então sem querer eu peguei você entrando em um hotel com a vadia da sua secretaria. Reconheceria você de longe! Mas fiquei calada, por que você é meu irmão - Ela parou na minha frente e botou o dedo no meu peito. - Mas a minha vontade, era ter contado pra Isabella. Ter gritado pra minha melhor amiga, o quão canalha o meu irmão é. Mas não. Eu me calei. Mas sabe o que me dói?
Eu abaxei a minha cabeça.
- O que?! - Perguntei envergonhado.
- Você não ter respeitado a Isabella. De não ter dado valor, a uma grande mulher que ela é! Quero te lembrar que a 11 anos atrás, ela te perdoou por uma " falsa " traição. Te deu uma segunda chance e olha só o que fez com ela? Não estava satisfeito? PEDIA O DIVÓRCIO. - Ela gritou, visivelmente com raiva.
- Você não entende! - Disse balançando a cabeça negativamente.
- Verdade! Eu NUNCA vou entender isso. Nunca! - Ela disse me encarando. - Mas... aqui não é o lugar, nem hora. De se discutir isso.
Ela se afastou de mim e voltou a cortar os legumes.
- Quando você descobriu? - Perguntei nervoso.
Ela continuava séria.
- Não importa. O que importa é que você quebrou a minha confiança em você. Eu só estava esperando o momento pra dizer isso. Não sou eu que vai te jugar, nem nada. O destino é quem vai jogar as consequências na sua mesa. - Ela se virou pra mim. - Agora, por favor. Saia da minha cozinha e se junte aos meus convidados na sala. Preciso me acalmar.
Eu olhei uma última vez pra ela e suspirei vendo o quanto eu havia magoado minha irmã. O quanto aquela história, estava indo longe demais.
Saí de sua cozinha desolado e no meio do caminho, encontrei douguinha.
- Ei dude... tá tudo bem? - Ele perguntou, me olhando com as sobrancelhas arqueadas. - Caralho parece que viu um fantasma.
Concordei com a cabeça.
- Tá sim. Tá tudo bem. Só não tô me sentindo legal, vai passar. - Disse o encarando.
- Espero que passe mesmo, por que tua mulher e filha chegaram e por Deus se eu não fosse casado com a tua irmã e se não fosse tua mulher, eu agarrava. - Ele falou em um tom de brincadeira e eu travei.
- Vai se fuder viado. - Disse e ele riu, abrindo passagem pra mim chegar até a sala.
Assim que botei os pés na sala. Eu suspirei encarando Isabella. Ela estava maravilhosa.
Vestia um vestido da cor bege, que moldava o seu corpo, até um pouco abaixo do joelho. Seu cabelo longo e moreno, estava solto e dava um ar sexy a mesma. Ela estava incrível.
Ela e minha mãe, conversavam normalmente e eu a observava de longe.
O que eu estava fazendo da minha vida?! Como eu poderia estar com Larissa, sendo que tinha aquela mulher ao meu lado? E se eu contasse a verdade? O real motivo? Isabella ia aceitar? Ia me compreender?
Eu me sentia sujo, toda vez que olhava pra ela. Me sentia pensado, só de sentir o dela perfume pela sala. Minha cabeça latejou e eu me encostei na pilastra que havia ali. Precisava beber! Era o único jeito de me acalmar.
Virei o corredor do apartamento e segui até uma sala particular da mesma.
Busquei uma garrafa de whisky e um copo com gelo e me sentei num sofá que havia ali. Não achei que resolveria, mas preferia estar bêbado, do que encarar os fatos.
Refletir. Era tudo o que eu precisava. Pensar nas drogas dos meus erros. No que me levou até aqui? Até quando isso vai continuar?! Quando vai descomplicar?
Às vezes a gente só percebe que o mundo está desmoronando. No último segundo. Quando a maldita bomba está prestes a explodir. Quando já não tem mais jeito ou quando um copo de whisky não resolve mais o problema.
A porta foi aberta de modo de vagar e calmo e eu nem precisei contestar e impedir a passagem da pessoa.
Era minha mãe.
Ela andou a passos lentos pela sala, até chegar em mim. Eu suspirei. Quando ela se sentou ao meu lado.
- Não quer se juntar a sala conosco? - Dona Ane me olhou e eu busquei sua mão.
- Tô bem. Eu só precisava descansar um pouco, eu vou voltar pra lá. Juro. - mexi em meus cabelos com mão livre. Estava nervoso. - Conversou com a morena?
Ela sorriu, apertando minha mão.
- Sim! Isabella está maravilhosa, como sempre. Um pouco distante, mas ainda sim, a calma e o respeito que ela se dirige a mim é de se admirar. - ela falou com os olhos brilhando e eu suspirei.
- Eh mãe eu tive a sorte grande...- a minha voz brandou.
- Realmente você teve meu filho. - ela acariciou meu rosto. - estou percebendo que anda triste, com o rosto abatido. Aconteceu algo? - Ela perguntou.
O pior era que eu não poderia negar que andava abatido ou mesmo cabisbaixo. Minha mãe me conhecia como ninguém, isso era nítido.
- Sabe mãe. - eu beberisquei o whisky. - as coisas não estão muito legais com a Isabella... passamos por algumas brigas, ela mesma deixou as férias de lado e decidiu trabalhar, praticamente não me atende e eu mandei tantas mensagens que minha mão chegou a doer... não consigo mais enxergar a minha morena, eu a amo, mas não é mais a mesma coisa. Parece que ela esconde algo de mim, me olha diferente, e eu estou pirando com isso...
O problema era que eu também escondia algo dela! E eu nem ao menos podia questionar a mesma. O culpado daquilo tudo era eu.
- Oh meu filho... está tudo bem. Mãe está aqui com você... é só uma fase, todo casamento passa por isso. Até mesmo eu e o seu pai passamos. Você sabe que a vida de médica não é nada fácil... nunca foi, talvez seja só falta de tempo. Isabella deve estar muito cansada só isso, ela começou esse ano. Isso vai passar.
Ela me puxou pro seu colo e fez um carinho em meu cabelo.
- Eu sinto que estou a perdendo mãe. Como se uma sensação ruim, me aperta-se o coração! Eu não sei, eu sinceramente espero que esteja correta. Que seja só o cansaço, Isabella é meu tudo! Mesmo não merecendo a mulher que eu tenho... E se ela se for, eu vou junto. Eu não vou aguentar. Não de novo.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.