História Eu realmente senti sua falta - Paulicia - Capítulo 12 - Você é um estorvo na minha vida!

Pov Alícia

Quando vi minha mãe meu mundo caiu, ela chorava tanto que só percebeu a nossa presença quando Marina a abraçou. Nós três ficamos abraçadas por um tempo até que meus avós vieram ao nosso encontro. Paulo e os outros apenas olhavam tudo, emocionados. 

- Vocês duas nunca mais faça isso ouviram? - minha mãe dizia beijando nosso rosto.  Marina apenas ria, como sempre.

Alguns minutos depois Marcelina e o resto do pessoal estavam vindo aos poucos nos abraçar, eles meio que montaram uma fila para fazer isso. Até que o final da fila acabou e o Henrique não tinha vindo falar comigo, mesmo com a relação um pouco estremecida ele deveria ter feito o papel de namorado.

- Ué, cadê o Henrique? - eu perguntei olhando em volta e não vendo ele. 

- Ele foi no banheiro a uns dez minutos, amiga. - disse Valéria.

- Oi, estou aqui. - disse ele me olhando de cima a baixo, isso já me irritou - Você tá bem, né? - ele prosseguiu fazendo cara de deboche.

- Claro que não, né mané? Ela ficou desesperada atrás da irmã, ficou horas na floresta atrás da Marina e você pergunta se ela ainda está bem? Alícia, como você ficou com um babaca desse? - disse Paulo, revoltado.

Os avós e a mãe da morena pegaram Marina e saíram dali, vendo que coisa esquentaria. 

- Babaca é você, quem você pensa que é pra falar desse jeito comigo? - Henrique perguntou, abismado.

- Chega os dois! - eu gritei fazendo todos olharem para mim. - Essa briguinha está insuportável! Aliás, Henrique a gente precisa conversar.

- Tá Alícia, qualquer hora nós conversamos, não estou com cabeça e também isso não é lugar, nem hora para ter uma DR. - ele falou já dando para trás.

- Nós vamos conversar agora, Henriques. E já que você não quer me escutar por bem, vai me escutar por mal. Eu quero terminar com você. - o garoto que já estava saindo do pátio de provas, voltou rapidamente. 

Todos guincharam algum tipo de palavrão com a minha declaração, menos Paulo, claro, ele tinha um sorriso tão grande que dava para ver todos os seus dentes.

- Você o que? 

- Eu quero terminar com você. - eu disse decidida.

- Nós só terminamos quando EU falar que terminamos. - ele disse, alguém do fundo gritou "aí que clichê", mas o maior ignorou. - E eu estou terminando com você agora.

- Você é um dos meus maiores arrependimentos. Seu puto. - no momento em que eu disse isso me arrependi. 

Henrique automaticamente avancou em mim, ele tinha raiva nos olhos, estava vermelho. Ele segurou em meu braço com força, fazendo com que eu não conseguisse me soltar dele. Alguns meninos já estavam tentando tirar ele de perto de mim, mas era tudo em vão, as meninas se afastaram assustadas.

- Eu sou o que, Alícia? - ele falou 

- Você é um puto! - nesse momento ele me soltou com tanta força que eu caí. Davi, que tinha chegado algumas horas antes me ajudou a levantar.

- E você é um estorvo na minha vida!  - ele cuspiu essas palavras na minha cara. - Eu fiquei com você só por que você era a mais bonitinha daquela sala, eu nunca ficaria com você, uma maria - macho como você. Talvez seja por isso que todos te abandonem, da mesma forma em que seu pai fez. - se essa palavras doeram? Sim, doeram, mas eu apenas avancei nele e chutei o "coleguinha" dele, logo depois peguei uma vassoura e o empurrei até o banheiro químico tinha por ali, onde vou deixar ele nas próximas horas trancado, até meu avô tomar alguma providência. Depois que tranquei Henrique no banheiro, Paulo foi lá e chutou o mesmo, o fazendo tombar, admito foi uma cena linda de se ver.

A única coisa que quero agora, é esquecer esse menino.

NOTAS FINAIS