1. Spirit Fanfics >
  2. Eu sempre a terei >
  3. Tudo me leva a você.

História Eu sempre a terei - Tudo me leva a você.


Escrita por: rayantunes

Capítulo 20 - Tudo me leva a você.


Era três da manhã quando meu telefone tocou, era um numero desconhecido. Quando atendi, uma voz triste perguntava se era a Ana “sim é ela. Quem ta falando?” “oi Ana, é a mãe da Laurel” logo comecei a ficar nervosa. A mãe dela nunca me ligou “Ana, a Laurel ta no hospital” “como assim? Ela tava bem hoje mais cedo quando falei com ela” “ela teve um ataque de pânico, a garganta dela fechou e ela não conseguia respirar”. Merda, ela estava esperando que eu ligasse. Minha culpa, mais uma vez. “Mas ela ta bem?” “ela ta sim, mas desde que acordou não para de perguntar por você. Ela fica perguntando se você ligou, se você ainda ta viva, se você ta bem. Olha Ana, eu não quero me meter na sua vida, mas quando a vida da minha filha ta em jogo, eu posso me meter, eu não sei o que esta acontecendo com vocês, mas eu nunca vi minha filha tão mal por simplesmente amar alguém...” foi ai que eu me desliguei. Comecei a chorar feito criança pequena e ao prestei mais atenção no que ela dizia. “Em que hospital vocês estão?” perguntei interrompendo ela.

Desliguei o celular e comecei a arrumar minha mochila, não ia ficar mais um minuto longe da Laurel e se fosse preciso, ia dirigindo até lá. Tarah apareceu na minha porta perguntando aonde eu ia. “To indo ver a Laurel, ela ta no hospital, ela teve um ataque de pânico e a garganta dela fechou” “Ana, isso é sério?” “sim, muito sério, a mãe dela acabou de me ligar” “me explica isso direito” “olha eu to querendo sair o mais rápido daqui, se quer que eu explique, vai ter que ir comigo”. Ela acenou com a cabeça e foi arrumar a mochila. Escutei ela no telefone pedindo o carro de um amigo emprestado. Ele sabia de tudo que eu tinha passado e no que Tarah começou a explicar, notei a felicidade no tom de sua voz, pois ele provavelmente aceitou isso no segundo que ela começou a explicar.

Duas horas de viagem, uma pra eu dirigir e uma pra Tarah. A viagem não é cansativa, mas ela não queria que eu fosse dirigindo e eu não queria que só ela dirigisse. O caminho foi silencioso de palavras, mas a musica tocava num volume aceitável pra que conversássemos. Faltando alguns minutos pra trocarmos ela enfim falou algo “Ana?” “oi?” “você ta bem pra dirigir?” “sim, eu to” “tem certeza?” “relaxa, sério, eu to bem” “mas é que tua cara de quem vai chorar denuncia que você não esta bem”. Eu odiava quando ela fazia isso, em apenas alguns meses sendo minha colega de apartamento ela já me conhecia perfeitamente. E foi inevitável as lagrimas começarem a cair depois de ela perguntar isso. “Okay, eu vou parar no próximo posto pra você respirar um pouco”.

O posto que paramos não era dos melhores, o banheiro era horrível, mas pelo menos tinha conveniência, onde pude comprar uma água e chocolates. Ficamos mais de meia hora lá, o que, na minha mente, era a pior ciosa que poderíamos ter feito, pois estava nos atrasando. “Acho que a gente deve continuar, eu já to melhor, mas se quiser pode ir dirigindo” “okay, eu dirijo, não falta tanto assim pra chegarmos e é madrugada, não tem movimento”.

Quando a Tarah parou no estacionamento, fiquei sem saber se isso era o certo. “Ela esta aqui por minha causa” pensei comigo “se eu tivesse ligado pra ela, como a Tarah falou, talvez ela estivesse bem e dormindo na casa dela há essa hora. Eu sou muito estúpida por não ter feito isso”. O sentimento de culpa começou a me tomar, o pior dos sentimentos. No fundo eu sabia que o que eu estava pensando era verdade, mas eu também não queria acreditar que a Laurel me amava tanto a esse ponto. Isso me assustava muito, mesmo sabendo que muitas vezes que brigamos, no medo de perdê-la, eu passava mal também, mas não a ponto de parar num hospital. “Ana acorda. Terra chamando Ana” “oi? To acordada” “a gente precisa descer, ou tu vai desistir assim, do nada, me fazendo ter dirigido por duas horas e não subir nem pra dizer que ainda ta viva” “okay, não precisa joga na cara. Vamos”.

Antes de subir, liguei pra mãe da Laurel, pra avisar que tinha chegado e perguntar em que quarto ela estava. Quando entrei no quarto, ela estava deitada de lado, virada de costas pra porta. Não resisti e fui me deitando do lado dela. “Oi menina Laurel” aquilo saiu meio abafado com meu o choro, mas ela se virou e abriu um sorriso enorme, mas que também estava coberto por lagrimas. “Meu deus, ANA” ela colocou as mãos no meu rosto, como se quisesse ter certeza de que eu estava ali. “Eu te amo Laurel, desculpa se fiz você achar que não te amava mais, desculpa ter feito você achar que me traiu e desculpa ter pedido esse tempo idiota” “eu também te amo Ana, e não importa tudo isso que aconteceu, só importa que agora você ta aqui comigo”. Ela me beijou e aquele beijo fez meu mundo parar, essa sensação era maravilhosa, os lábios macios dela, molhados de lagrimas e salgados por causa delas também, esse momento era a melhor coisa que tinha me acontecido em dois meses.

Acabamos dormindo depois de algumas horas, a mãe da Laurel nos acordou meio dia e disse que Laurel ia ter alta no final da tarde. Eu disse que iria com ela pra casa, pois queria passar um tempo com ela depois desses dois meses separadas. A mãe da Laurel disse que a Tarah poderia ir junto, pois não queria que eu tivesse que voltar de ônibus pra casa.

De noite, quando já estávamos na casa dela, nos sentamos na varanda pra ver as estrelas, mas esquecemos do pequeno detalhe de que estava chovendo. Mesmo assim ficamos lá, vendo a chuva cair e sentindo o vento gelado de inverno. Passados uns minutos, ela se levantou e disse que já voltava. Quando sentou novamente do meu lado ela disse “fecha os olhos e me da sua mão”. O olhar dela brilhava como se ela estivesse feliz demais e eu, sorria curiosa do que ela queria me dar. Assim fiz e logo senti ela colocando um anel no meu dedo. Quando abri os olhos, ela estava sorrindo “eu queria ter te dado esse anel há dois meses quando fui na tua casa, mas aconteceu aquilo e eu não pude te dar. É só um anel de coquinho, mas sei lá, isso significa muito pra mim” “estamos então oficialmente namorando?” ela riu “acho que sim”. Aquele dia começou sendo o pior e acabou sendo o melhor, eu a olhava e me perguntava “como pude ficar dois meses longe dela?”. Eu a amo e tenho certeza de que nunca mais vou sair do lado dela.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...