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História Eu sempre a terei - Fotografias.


Escrita por: rayantunes

Capítulo 22 - Fotografias.


A pousada (que na verdade era um hotel de três andares) era acolhedora e a moça que nos atendeu era um amor. Pra minha sorte o nosso quarto ficava no terceiro andar e pra melhorar, descobri que poderíamos subir no terraço. Laurel me conhecia e sabia o porquê de eu querer subir lá. Só largamos as malas e colocamos o pijama antes de subir, ela me beijou e abriu a porta “vamos?” “vamos”.

Quando chegamos o céu estava perfeito e por estarmos próximas da praia, a poluição luminosa era pouca, então o céu estava perfeito. Nos sentamos na beirada do prédio e ficamos curtindo o vento gelado enquanto ouvíamos o barulho das ondas quebrando a praia. “Posso te contar uma coisa, Ana?” “ue amor, você sabe que pode. O que aconteceu?” “isso aconteceu há um bom tempo já, mas depois de tudo que a gente passou, eu me sinto confortável pra te contar isso”. Nisso ela respirou fundo e me contou tudo, parecia que ela estava jogando aquilo em cima de mim, pois parecia que fazia tempo que ela queria me contar. Ela contou que quando mais nova ela havia quase sido abusada por um primo, que até agora, ninguém além da melhor amiga dela sabia. Laurel disse que não contava pra ninguém, pois era passado, não gostava de ficar lembrando, mas que queria me deixar ciente de tudo que havia acontecido com ela.

Assim que ela terminou, eu só conseguia escutar o barulho do mar. “Ana, diz alguma coisa” “eu não sei ao certo o que dizer Laurel, desculpa. Mas eu admiro que tenha confiado em mim a ponto de contar algo que quase ninguém sabe” “eu te amo e só quero que você fique sabendo de tudo” “eu também te amo, quero que você conte comigo pra tudo, que sempre que precisar me chame e me conte o que for”. Ela me beijou, um beijo meio molhado e gelado, mas a sensação que eu tive ao beijá-la era de estar caindo, não era mais a mesma sensação de fogos de artifício. Me afastei e com a expressão confusa ela perguntou se eu estava bem. De repente minha mente se fechou e eu não sabia mais o que estava fazendo ali “eu não quero conhecer a família dela, isso vai levar nosso relacionamento a um nível mais sério” pensei comigo.

Minha respiração estava ofegante e meu olhar fixo no mar, eis que senti a mão da Laurel, passando pelo meu rosto e a voz dela foi voltando a fazer sentido. “Amor volta, não desliga não, por favor, fica comigo”. Ela estava olhando pra mim com o olhar mais calmo do mundo, afinal, essa era a milésima vez que isso acontecia e ela já estava acostumada. “Desculpa ter feito de novo” “relaxa, eu sei que não é de propósito, não queis descer? A gente pode colocar um filme e só aproveitar o restinho da noite” “pode ser”. Ela abriu um sorriso atencioso, como se quem dissesse “eu to aqui, pode contar comigo”.

Quando entramos no quarto, Laurel foi pro banheiro, disse que precisava tomar um banho antes de deitar. Assim que ela entrou, ela deixou a porta aberta e gritou “amor, vem tomar banho comigo”. Eu apenas ri e vi ela aparecendo na porta, sorrindo também “se você não vim e vou te seduzir ate você vim” e assim começou a fazer danças idiotas que me fizeram gargalhar. Tava tocando All About It do Hoodie Allen na TV do quarto e ela foi tirando a roupa enquanto dançava. Quando vi ela estava só de calcinha e parecia até ter se esquecido que eu estava ali vendo ela.

Decidi me juntar a ela e quando ela voltou do mundo na lua que ela tava ela riu, colocou as mãos na minha cintura e fez com que eu começasse a dançar junto com ela. Sem eu notar, ela começou a tirar minha roupa e me conduzir pro banheiro que pra minha surpresa tinha uma banheira em vez de um chuveiro. Ela tinha colocado varias velas e a banheira já estava cheia. Entramos e pra minha surpresa não transamos, ficamos lá conversando e rindo, ela tirou varias fotos nossa naquela banheira e uma mais ridícula que a outra.

A musica que estava tocando agora era Pode Ser da Banda do Mar, uma das bandas que a Laurel mais gostava, ela sabia todas as musicas de cor e salteado. Ela cantou a musica todinha olhando nos meus olhos. No final ela jogou o resto de espuma na minha cara e falou “sabia que estamos aqui há uma hora?” minha única reação foi rir e começar a me levantar, mas ela me segurou “quem disse que isso foi um aviso pra sairmos” “amor eu to cansada, tais muito sexy nessa meia luz das velas, mas eu to ficando com as mãos e com os pés enrugados” “to sexy é?” nisso a cara dela se tornou numa expressão de “ta querendo né”. Minha gargalhada foi inevitável, mas a deixei mesmo assim.

Quando ela enfim saiu do banheiro, eu já estava na cama escolhendo um filme para vermos. Depois de se vestir, ela me ajudou a escolher, mas a “ajuda” dela só fez com que demorássemos mais para escolher qual filme ver. Mas acabamos no de sempre: Star Wars. Eu sabia que estava cansada demais para uma maratona Star Wars, mas escolhi mesmo assim. Assim que as letras começaram a subir, já senti meus olhos se fechando e já escutava Laurel roncando no meu peito. Até roncando ela era linda. Antes de pegar no sono, registrei o momento, cada segundo dessa viagem ia ser registrado para que eu nunca me esquecesse os reais motivos de eu amar tanto a Laurel.



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