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História Eu sempre a terei - O que diabos eu fiz?


Escrita por: rayantunes

Capítulo 26 - O que diabos eu fiz?


A semana que passou foi só de preparativos, fazendo ligações e mandando mensagens, convidando todos que eu podia. Já era sábado de manha, a Laurel ia chegar a qualquer momento já que eu infelizmente não tive como ir até a rodoviária pegar ela. “Ana, tu colocou tudo na geladeira?” “sim Soso, já falei isso pra você, ta tudo certo, é só nos arrumarmos e irmos” alguém tocou o interfone “quem será né?”. Ela abriu um sorriso enorme assim como eu. As duas desceram eufóricas em rever a Laurel, mas eu, claro, só estava eufórica pra mostrar pra Soso que eu estava feliz por ela já que eu já tinha passado duas semanas com a Laurel e minha saudade nem se comparava a dela.

Assim que o elevador abriu, ela estava na porta, nunca vi um sorriso tão grande no rosto de Laurel como hoje. Ela realmente estava feliz e eu adorava a ver assim. “LAUREL” “SOSO” as duas ficaram, sem exageros, pelo menos uns dez minutos abraçadas. Assim que ela soltou, me olhou e disse “também senti sua falta criaturinha” a beijei, sentindo novamente o mundo parar e só eu e ela “eu também senti a sua serhumaninho”. Soso logo interrompeu dizendo “okay, okay, depois vocês se pegam, se amam e se beijam, mas agora vamos subir”.

Soso queria ir cedo para praça, então fez Laurel largar as coisas dela e começar a arrumar tudo no cooler pra irmos de uma vez. Com tudo arrumado ela me olhou e falou “tem certeza que não se esqueceu de nada?” “tenho, vamos de uma vez Soso” “okay, avisa pro pessoal que a gente já vai estar na praça” “lá tem wifi, quando chegarmos eu aviso”. Eram dez minutos caminhando até a praça, então íamos revezar o cooler, mesmo que Laurel fazendo questão de levar sem precisar revezar.

Quando chegamos não tinha quase ninguém “por que viemos cedo mesmo?” “porque eu quero pegar o melhor lugar pra comemorar” “a praça inteira é boa, não precisamos de um lugar específico” “Laurel, faz tua namorada calar a boca, ela não entende nada mesmo né” Laurel riu, mas fez com que eu me calasse com um beijo “eu não me importaria que tu a mandasse calar minha boca mais vezes, Soso” Laurel sorriu e disse “ela não precisa falar isso, você pode me beijar a hora que quiser” “eu sei amor” cheguei perto do ouvido dela e então falei “mas assim tem mais emoção”.

O pessoal começou a chegar meia hora depois da gente e a praça já estava cheia depois de uma hora que meus amigos tinham chegado. Não sei como, mas Soso conseguiu falar com a organização do evento para que eles colocassem minhas musicas pra tocar, isso foi só o começo das surpresas. O sol já estava se pondo, eu já estava quase bêbada, assim como Laurel, eu não fazia a mínima ideia de onde meus amigos estavam, mas eis que do nada Soso apareceu no meio de nós duas “advinha o que eu consegui pra você?” “pra mim?” perguntei “sim Ana, pra você” dei de ombros sorrindo “não sei, fala ai” “maconha” me virei largando Laurel e surpresa disse “é sério que tu ainda lembra disso?” “é óbvio que eu ainda lembro, ainda mais quando o assunto é maconha”. Laurel estava me olhando séria “você vai experimentar amor?” “não tem problema né” “ta louca? Claro que não, eu quero fumar junto” “é por isso que eu te amo mulher” “ta lindas, vamos então?” “vamos claro”.

Depois de fumar em uma rodinha de pessoas totalmente desconhecidas, eu e Laurel fomos pro banheiro da padaria no final da rua. Ficamos meia hora na fila, mas quando enfim entramos, ela me olhou e disse “eu não aguento mais, tira a calça!” enquanto eu tirava, notei que uma musica tocava, mas não sei se ela de fato estava tocando ou era coisa da minha cabeça. A musica era Daddy Issues do The Neighbourhood e tudo que ela fazia, desde abaixar mais minha calça, até me chupar e me arranhar iam no ritmo da musica. Foi uma experiência única, mas do nada começou a tocar Basket Case do Green Day e eu estava sobe o controle da situação, já estava com a calça levantada e com a mão dentro da calça da Laurel. Ela me olhava como quem tivesse sangue nos olhos e então começou a gemer, mas antes de qualquer reação minha, ela me jogou contra a outra parede e começou e me beijar, puxando meu cabelo e colocando minha cabeça pra trás para que pudesse chupar meu pescoço. Mas eu escutei alguém batendo, e toda magia acabou e a musica sumiu.

Assim que voltamos pra praça, todo mundo estava dançando e pulando ao som de Lean On do Major Lazer, a musica era meio antiga, mas é o pik nik, quando estamos lá nada importa. Eu e Laurel dançávamos e nos beijávamos ao mesmo tempo e isso tudo, na minha cabeça, estava acontecendo em câmera lenta. Se esse não era o melhor momento da minha vida, eu sinceramente não sei quando será.

Acordei no susto, as três da manha, olhei pros lados e vi duas meninas deitadas, uma se virou e vi que era Soso, então a outra devia ser Laurel “gente, onde eu to?” “tais na casa da Soso, amor” “quem me trouxe?” ela começou a fazer carinho no meu cabelo “amor, é tarde, deita de novo” “foi você que me trouxe né?” disse voltando a deitar “amanhã de manha a gente conversa, já que amanha você tem que arrumar suas coisas pra voltar pra Tubarão” “mas eu quero saber agora” meus olhos mal paravam abertos, mas eu queria saber. Ela me deu um beijo e me deu boa noite.

Já era manha quando Laurel me acordou com um beijo “bom dia bela adormecida” “que horas são? Meu deus fecha essa janela Laurel” “vemos que alguém acordou às três da tarde e de mau humor” ela disse isso com uma serenidade na voz que nem sei explicar se isso me passou calmaria ou me assustou. “Tuas malas já estão arrumadas, mas quero que você levante pra ver se não vai passar mal” Soso entrou no quarto com um pano e um balde e Laurel a olhou com desaprovação “que foi? Melhor prevenir né?”. Laurel me ajudou a levantar, mas acabei aguentando até chegar no banheiro. Assim que parei de vomitar, pedi pra que ela explicasse o que havia acontecido que por sinal, foi uma péssima escolha.

“Olha só amor, não vai sentir vergonha das coisas que eu for falar viu?” “okay, fala” “ta bom, olha, depois que voltamos do banheiro tu começou a beber demais e pra tua sorte eu notei e parei de beber. Depois que todos os nossos amigos foram embora, não tínhamos mais o que fazer na praça, mas você queria ficar lá dançando, mas assim, não tinha nenhuma musica. Tu caiu umas três vezes na areia do parquinho das crianças, e to pra entender por que te deixei ir pra lá, deve ser o teu olhar de cachorro abandonado. Depois de você ter caído a terceira vez, pedi pra Soso me ajudar a te carregar, já que tu não se aguentava mais de pé. Nossa sorte que a namorada da Soso ainda estava lá, se não o cooler ia ser abandonado na praça. Enfim, quando chegamos tu fez birra pra não tomar banho, não me deixava tirar sua roupa e então te coloquei no chuveiro de roupa mesmo, mas ai tu me olhou com cara de quem ia chorar e me pediu pra tirar. Depois disso, você acabou pegando no sono no meio da cama e como eu e Soso não tínhamos mais forçar pra te tirar dali, dormimos do seu lado mesmo. Por mais vergonhoso que tenha sido tudo isso, foi uma das melhores noites da minha vida” “meu deus” foram as únicas palavras que saíram da minha boca antes de voltar a vomitar.

Depois de mais meia hora no banheiro, eu enfim consegui comer e não passar mal e assim, Soso disse que nos levava à rodoviária. “Amor, tu lembrou de comprar a passagem pra Tubarão?” “MERDA, esqueci” “ainda bem que eu sabia que tu ia esquecer” “Laurel, ainda bem que tu me conhece. Te amo mulher”. Ela me beijou e pegamos minhas coisas para descermos. O final de semana foi agitado, mas eu tinha me divertido demais e com toda certeza isso seria motivo de conversa entre meu grupo de amigos enquanto não nos víssemos novamente. 



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