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História Eu sempre a terei - Sonhos.


Escrita por: rayantunes

Capítulo 29 - Sonhos.


Já era sexta à tarde, Laurel ia chegar hoje à noite para irmos logo cedo pra casa. Tubarão fica fora de mão pra Laurel, já que seria mais fácil que ela fosse direto pra minha casa, mas ela fez questão de vim para que pudéssemos passar uma noite juntas antes de irmos pra casa. Tarah ia viajar a noite, então eu e Laurel ficaríamos sozinhas “vê se não bagunça muito a casa hein, Ana” “para, a gente não vai fazer nada” “depois daquilo na sala eu não confio mais na tua palavra” disse rindo. “Okay, eu e Laurel não transamos a duas semanas e provavelmente vamos transar hoje, mas eu não ia falar isso para Tarah” pensei.

Laurel chegou às dez horas, quando abri a porta o sorriso camuflou o cansaço, mas assim que ela me abraçou e jogou o peso pra cima de mim, eu falei “amor, tais cansada né? Queis entrar e ir direto dormir?” “não, eu só to cansada das escadas. Por que você tinha que morar no terceiro andar de um prédio que não tem elevador?” soltei um riso, no fundo fiquei aliviada que ela não estava de fato cansada, pois sei que em casa não poderíamos transar. “Anda, entra, eu te ajudo com a mochila”. Assim que larguei a mochila dela do lado da minha cama, ela me puxou pela cintura e beijou meu pescoço “eu tava com saudade de você criaturinha” “eu também estava” nisso eu me virei e comecei a beijá-la e fui a colocando devagar na cama, mas logo ela parou de me beijar “amor, eu to naqueles dias” “merda” pensei comigo “justo hoje? Depois de duas semanas sem”. Sentei do lado dela e suspirei “ficou chateada amor?” “desculpa, é que eu tava esperando por hoje, faz duas semanas que não fazemos e me esqueci de olhar meu calendário” “eu não tenho culpa, Ana” “ei, eu sei, relaxa. Queis comer alguma coisa? Eu cozinho hoje” um sorriso enorme se abriu no rosto dela antes que ela dissesse sim.

Eu ia me arriscar fazendo strogonoff, que era o que a Laurel fazia de melhor na cozinha. “Vai fazer strogonoff pra especialista em strogonoff” “poxa amor, sem pressão vai” “desculpa, mas é engraçado, eu quase nunca te vejo cozinhar e quando você cozinha pra mim você faz justo strogonoff” “okay, sai, sai da cozinha” disse rindo. Ela levantou os braços, dando de ombros e saiu da cozinha rindo. Depois de alguns minutos, escutei musica vindo da sala, mas não fui olhar antes de terminar de cortar os ingredientes. Assim que terminei apareci na porta que dava pra sala e então ela sorriu “nossa playlist?” “sim, coloquei, pois ainda não a escutamos juntas”. Voltei pra cozinha e ela veio atrás “o que eu falei?” “juro que não falo mais nada” disse já começando a rir.

O strogonoff ficou pronto depois de muitas risadas e conversa e pra minha sorte ele não queimou. Mas meu principal medo era que Laurel não gostasse. Ela deu a primeira garfada, logo estreitei os olhos e fiquei a encarando “sabia que é falta de educação encarar os outros enquanto eles comem?” “desculpa, mas eu quero saber se você gostou” “quando eu terminar eu te falo” “porra Laurel” ela começou a rir e pegou minha mão “amor, te acalma, tu é uma ótima cozinheira” soltei um suspiro de alivio, se ela disse isso é por que estava bom.

Assim que terminamos e limpamos tudo, notamos que já eram três da manha “amor, a gente ia sair as sete e olha que horas já são” “meu deus, a gente precisa dormir, eu nem arrumei minhas coisas ainda” “vai dar tudo certo amor, calma” “mas e se eles não quererem que eu vá, eu nem avisei que ia” “okay, isso foi vacilo teu, era pra você ter avisado” “com as coisas da faculdade martelando na minha cabeça, eu nem me lembrei de fazer isso” “olha pra mim, arruma tuas coisas agora, tu nem vai precisar de muito, vamos amanha cedo e voltamos domingo bem cedo okay?” “ta bom” disse já indo pro quarto colocar minhas coisas em uma mochila.

Ela apareceu assim que terminei de arrumar “vamos dormir, vem, deixa isso ai” “eu já terminei, vamos dormir sim”. Mesmo já deitada com a cabeça de Laurel repousada no meu peito, eu não conseguia me sentir bem. “E se meus pais fizerem algo contra mim? E se eles mudaram tanto ao ponto de que nem me querem mais em casa?” pensei comigo. Minha cabeça estava funcionando contra eu mesma. Levantei depois de uma hora pra ter certeza de que Laurel não acordaria quando eu a tirasse de cima de mim. Fui pra sala e coloquei meus fones, coloquei no aleatório e sentei na varanda, logo começou a tocar Dream do Imagine Dragons. Olhando pro céu cheio de estrelas eu comecei a chorar e de imediato pus a musica pra repetir. Minha vida tem andado uma bagunça e eu na consigo mais sonhar, assim como a musica diz.

Acabei caindo no sono sentada na varanda, acordei com Laurel tentando me levar de volta pra cama “que horas são?” “cedo, mas você pode dormir mais um pouco antes de irmos” “não, deixa, eu durmo no carro amor” “tem certeza?” “tenho” disse a beijando “alias bom dia” “bom dia” ela respondeu com um sorriso preocupado. “Se você quiser a gente pode tomar um banho rápido e já sairmos, podemos tomar café em alguma lanchonete no caminho” “pode ser, mas você já tomou banho, tais com o cabelo molhado” “eu sei, mas sei lá, vai que você quisesse...” “desculpa amor, não to bem pra isso” ela se aproximou e me deu um beijo “tudo bem, eu vou descer e deixar as mochilas no carro enquanto você toma seu banho” “okay”.

Sai do banho e mal me sequei, eu só queria embarcar no carro de uma vez e ver o que me aguardava na casa dos meus pais. Laurel estava escorada no carro, me esperando “tais pronta?” fiz que sim com a cabeça “trancou certinho o ap?” “sim amor, podemos ir de uma vez” “você que manda, vamos então”. Já estávamos na BR quando pedi a ela que eu escolhesse a playlist dessa vez, ela deixou sem nem hesitar. Escolhi uma das playlists mais bads que eu tinha no celular e a coloquei num volume mais alto, logo ela baixou e pegou minha mão “amor, tens certeza que tais bem indo pra casa?” “não, não tenho, mas tendo em vista os vários meses que eu não vou lá, eu tenho que ir agora” “mas você sabe que não precisa ir agora, hoje mesmo. Você pode deixar pra ir semana que vem, eu vou contigo sem problemas” “sério? Mas você fica gastando gasolina pra isso...” “ei, olha pra mim, não te preocupa com isso, eu sou tua namorada, não me importo com isso, quando se trata do teu bem estar isso não importa, Ana” com isso, ela fez com que eu começasse a chorar. “Okay, na próxima lanchonete eu paro”.

Assim que ela parou, nenhuma das duas se mexeu, não tiramos o cinto, não abrimos a porta, simplesmente ficamos lá, olhando pra estrada. Depois de umas duas musicas, ela enfim falou “você precisa comer alguma coisa” “eu não quero comer” nisso ela tirou o cinto e se aproximou, colocando a mão no meu rosto, fazendo com que eu olhasse pra ela “amor, não faz assim, tu sabe que se tu não comer vai acabar passando mal. Desce comigo e come alguma coisa, por favor” ela disse isso com a cara de cachorro abandonado que ela fazia quando queria algo, eu não conseguia dizer não quando ela fazia isso “okay, eu desço”.

Pedi somente um sanduíche e um suco, o mesmo que Laurel. Assim que terminamos e voltamos ao carro ela perguntou novamente se eu tinha certeza que queria ir, disse que sim e com isso, voltamos pra estrada. Não faltava muito para chegarmos a Içara, no máximo uns vinte minutos, mas meu coração já estava querendo sair pela boca. Depois de um cochilo, acordei vendo que Laurel já estava fazendo o retorno e entrando pra pegar o caminho pra casa. Eu não conseguia me sentir bem com isso, mas respirei fundo e coloquei meus tênis “não quer mesmo voltar atrás amor?” “tenho, e não pergunta mais isso, se não eu to vendo que eu vou falar que quero voltar pra casa” “desculpa, não pergunto mais”.

Ela entrou na minha rua e logo eu avistei minha casa, minha cabeça começou a martelar infinitas possibilidades do que aconteceria assim que eu batesse na porta. Laurel encostou na frente da casa e notou minhas mãos tremendo “Ana, olha pra mim, não adianta você ficar nervosa, eles são teus pais, não vão te fazer nada e eu to aqui contigo”.



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