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História Eu sempre a terei - Eu estou aprendendo sobre você.


Escrita por: rayantunes

Notas do Autor


Peço desculpa por estar tendo capitulos tão monótonos, ao menos pra mim eles estão. Queria chegar logo no show, mas minha cabeça borbulha ideias e a história deles tem muita coisa pra ser contada e pretendo não pular mais tanto tempo como eu pulava antes, se não gostarem desse formato, peço perdão.

Capítulo 34 - Eu estou aprendendo sobre você.


Sábado enfim chegou e com ele a felicidade veio junto, mas logo a ansiedade para saber o que Laurel tinha para me contar, corrompeu minha felicidade. Peguei meu celular e logo vi que tinha mensagem dela “bom dia amor” mandada há duas horas. Não a respondi, pois vi que estava atrasada, já que iria mais cedo. Ao abrir a porta, notei que Tarah continuava roncando no quarto, então me esforcei ao maximo para não acordá-la. A água tinha enfim voltado, então pude tomar meu precioso banho de cinco minutos tranquila.

Não tive tempo pro café, foi um banho rápido, pegar a mochila e ir, mas antes deixei um bilhete para Tarah “me liga assim que acordar, se eu não te atender retorno quando der pra te mandar a localização da Soso”. Ela não era de olhar o celular assim que acordava e post-it era uma coisa da qual ela sempre via, então optei por usá-lo para que ela não deixasse de fazer isso.

Quando cheguei à rodoviária, mandei mensagem para Laurel, falando que passaria na casa da Soso primeiro, assim que estivesse a caminho do parque eu a avisaria. Meu estomago doía e logo lembrei “não tomei café”, mas me recusava a comer qualquer coisa que fosse, sempre que eu estava ansiosa eu não comia e lembro bem de Laurel brigando comigo nos primeiro encontros, quando eu não comia nada, mal ela sabe que era por conta disso.

No caminho, minha cabeça começou a criar várias paranóias, foi onde vi que pra parar de pensar naquilo, eu tinha que chamar a Soso, que é a pessoa que eu conheço que mais sabe o que a Laurel quer da vida ou o que ela pensa. ”Oi Soso, tu sabe o que aconteceu com a Laurel?” “oi Ana, depende. Do que você ta falando?” “ela me disse que tinha uma coisa pra contar, que poderia envolver eu e ela” “ah, isso” “você pode me informar o que é? Eu to surtando sem saber nem do que se trata” “olha Ana, ela quer falar pra ti, mas só te afirmo que é exagero dela falar que vocês duas estão envolvidas, acho que ela falou isso por outros motivos e não por vocês ou você ser o problema em si” “okay, eu acho que entendi” “o que eu quero dizer é que tu não precisa se preocupar ta? Ta tudo bem com vocês e te dou certeza que não aconteceu nada” “ta bom então, daqui a pouco eu chego ai Soso, vou deixa minha mochila ai antes de ir pro parque me encontrar com ela” “ta bom, quando chegar na portaria me manda mensagem”.

Acabei cochilando enquanto escutava The XX e acordei meio sem saber onde estava achando que já tinha parado na rodoviária, mas estava do lado dela, parada num semáforo. Assim que desci e peguei minha mochila, pensei em ir direto pro parque em vez de ir pra casa da Soso, mas precisava de um abraço dela antes de tudo. O encontro foi bem rápido, ela pegou minha mochila, me abraçou e disse que ia ficar tudo bem e entrou novamente.

Assim que cheguei no parque, mandei mensagem pra Laurel, ela respondeu dizendo que estava perto dos trilhos. Fui andando num passo apertado e rápido, querendo a ver logo depois de tanto tempo sem a ver. Assim que cheguei perto dos trilhos, a vi sentada e vi que ela estava usando a minha flanela e logo um sorriso surgiu em meu rosto, a essa altura, meus passos voltaram a ficar lentos e meu coração começou a acelerar. Coloquei a mão no ombro dela e ela nem se mexeu, apenas encostou o rosto perto da minha mão e logo senti minha mão começando a molhar e notei que ela estava chorando.

“Amor? Ei, eu to aqui agora, o que aconteceu?” disse sentando do lado dela e a abraçando. Ela não disse nada, apenas chorou por uns cinco minutos “amor? Conta pra mim o que aconteceu, por favor, só assim eu vou poder te ajudar” “meus pais” ela disse com a cabeça ainda encostada no meu ombro molhado “o que têm eles?” “eles brigaram de novo” ela fez uma pausa e se afastou no meu ombro, fez isso para que pudesse me olhar nos olhos. Antes que ela continuasse, limpei as lagrimas do rosto dela e falei que ela poderia ter calma pra contar, que não precisava ter pressa, mas ela logo falou “eles vão se separar” “poxa amor, tais assim por causa disso? Achei que você já estivesse...” ela me interrompeu “não, eu estou, mas meu pai jogou na minha cara que nunca me aceitou. Pra falar a verdade ele disse isso pra minha mãe, dizendo que ela não me educou corretamente quando eu era criança e por isso eu me tornei isso”. Fiquei sem ter o que dizer, já que Theo nunca tinha demonstrado tal coisa. Eu apenas abracei Laurel e deixei que ela chorasse o quanto conseguisse.

Depois de uma meia hora, depois que Laurel conseguiu parar de soluçar, nos levantamos e fomos caminhando lentamente para a parada do ônibus. Contei algumas coisas para ela que a fizeram rir e isso me deixou orgulhosa, pois sei que a fazer rir depois de ter chorado é quase impossível. Assim que chegamos na parada e sentamos, ela escorou a cabeça no meu ombro e segurou minha mão “eu não sei o que eu seria sem você” “não é pra me gabar, mas também não sei viu” ela sorriu num esforço de dizer que aquilo de fato foi engraçado. “A Tarah vai vim?” “meu deus, a Tara, obrigada por me lembrar amor” soltei a mão dela e logo procurei meu celular, mas nisso nosso ônibus chegou e me atrapalhei mais ainda para pegar o dinheiro da passagem e meu celular, logo, Laurel começou a rir e por mais constrangida que eu estivesse, fiquei feliz de ser atrapalhada e a fazer rir.

“Eu pago pra você entra de uma vez antes que o ônibus vá sem a gente” “okay, okay”. Entrei sem questioná-la. Assim que sentamos no fundo no ônibus, consegui pegar meu celular e mandar uma mensagem pra Tarah “desculpa ter meio que te esquecido, agradeça a Laurel por ter lembrado da localização que eu tenho que te mandar” voltei a colocar o celular no bolso e Laurel se aninhou no meu braço, encostando a cabeça no meu ombro. A flanela que ela estava usando ficava meio grande nela e eu amava isso, ainda mais no estado frágil que ela estava, dava vontade de colocá-la em um potinho e protegê-la de todo mal que há no mundo.



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