História Eu sempre a terei - Um recomeço.

O pai e a mãe da Maju tinham ido em um só carro pra casa do arroio, então ligamos e perguntamos se poderíamos usar o outro para irmos pra lá. A Maju disse que queria passar a virada do ano sozinha em casa, mas os pais dela não tinham concordado, então iam fazer duas viagens, uma pra levar as coisas na casa e outra só pra buscar ela. Eles fizeram isso no intuito de deixá-la um pouco sozinha e assim ela pudesse suprir a necessidade de passar o ano novo só. Pois bem, a necessidade passou e agora eu iria com ela pra Ararangua.

No caminho, a Maju não quis saber como havia sido minha conversa com a Laurel, ela simplesmente ignorou isso e fomos conversando sobre a vida e coisas do tipo. Mas em um momento do caminho ficou tudo em silencio e eu enfim falei “a gente terminou” ela soltou um suspiro e disse “eu sei, por isso não queria tocar no assunto” eu abaixei o volume do som pra que pudéssemos conversar, mas o silencio reinou nos primeiros minutos. “Eu quero seguir a vida contigo, sabes disso né?” disse tirando os olhos da estrada por uns segundos pra ver se ela estava prestando atenção em mim “eu sei Ana, mas vai ser complicado manter isso, tu mesma já provou isso com o teu relacionamento com a Laurel, não deu certo com toda distancia e tu sabe que ano que vem eu estarei fazendo curso técnico todo dia na SACT e assim eu não terei nem finais de semana livre, pois focarei em estudar” “desculpa, eu sei” “pois é, sabe disso e mesmo assim ta insistindo em mim, na gente”.

A conversa se encerrou ali e fomos em completo silencio ate a casa dela, lá, os pais dela me receberam muito bem, mas eles me conheciam muito bem também e logo já perguntaram se algo tinha acontecido “ta tudo bem, eu só não tive um dia bom, obrigada por estarem me acolhendo, isso significa muito pra mim”. Eles apenas sorriram e me deixaram ir pro quarto da Maju com ela. Deitei do lado dela e ficamos deitadas de barriga pra cima olhando pó nada do teto do quarto dela. “Não sei se isso é certo Ana” “é” “poxa, nem conversar a gente ta conseguindo” me virei de lado pra poder olhar pra ela enquanto falava “Maju, para, eu to fazendo uma escolha e se for pra escolher entre um relacionamento de anos que já tava uma merda e onde não tinha mais amor, por um relacionamento que eu nem sei se vai dar certo, mas que tem amor, eu obviamente escolherei o que tem amor”. Ela não respondeu e continuava de barriga pra cima, mas percebi uma lagrima escorrendo “merda” pensei.

Me sentei do lado dela e sequei a lagrima que estava chegando perto do pescoço “amor, sabe que eu to contigo agora e não largo mais né? Não tem mais volta” “mas eu to com medo Ana, eu to com medo de você ir embora, de você decidir nunca mais voltar pra mim e me abandonar igual todo mundo fez” “ei, abre o olho, olha pra mim agora” no que ela abriu o olho, estendi minha mão direita a ela, fechei a mão e deixei o dedo mindinho “eu prometo que eu nunca vou ir embora, nunca” ela sorriu e estendeu a mão, apertando meu dedo e falando “promessa de dedinho não se quebra” “mas eu nunca vou quebrar, eu prometo”. Ela se levantou e me abraçou, seu coração batia forte junto ao meu e não demorou para que ambos começassem a bater no mesmo ritmo, ambas com medo, mas ambas se amando.

Depois da nossa conversa, notamos que já estava anoitecendo e decidimos dormir, já que no dia seguinte ficaríamos acordadas até tarde, pois iríamos pra beira mar ver os fogos. Acabei sendo acordada no meio dia do outro dia, com a mãe da Maju me acordando “Ana, estamos indo almoçar em um restaurante no centro, se quiser ir junto ainda da tempo de se arrumar e ir” “ah, não, eu me viro com o que tiver de comida aqui, to muito cansada e prefiro ficar aqui” “tudo bem, a Maju ta lá no quiosque e disse que se você fosse ficar, era pra eu pedir pra você ir lá com ela” “okay, obrigada por avisar”. Me levantei e fui direto pra rua ver a Maju, ela estava de olhos fechados e sentindo o vento meio abafado no rosto, achei aquilo a cena mais linda do mundo e me arrependi de não ter pego meu celular antes de sair da casa.

“Queria me ver?” “ah, bom dia Ana” disse ela abrindo um sorriso meio sem jeito “eu queria sim, vem aqui” fui caminhando e olhando naqueles olhos castanhos que estavam ainda mais lindos com o sol que estava alto. Ao chegar perto dela, ela se levantou e colocou uma das mãos no meu pescoço “não fala nada” e me beijou. Assim que ela me beijou, eu senti o fogo dela, foi como se um prédio inteiro estivesse sendo incendiado. A mão dela desceu pra minha cintura e ela me puxou pra perto “a gente ta sozinha em casa, vamos lá pra dentro” e nisso foi me guiando. Nós ainda não tínhamos parado de se beijar, o que fez com que tropeçássemos umas quatro vezes até chegar no quarto dela. Ela me jogou na cama e tirou a camiseta, revelando aquele corpo que eu estava com saudade de ver. Mas antes de continuar ela fez questão de colocar uma musica, era There for you do Troye Sivan com Martin Garrix. “Agora sim” e assim continuou.

Ela me beijava como se nunca tivesse me beijado antes, suas mãos trilhavam um caminhos do meu corpo onde eu sentia exatamente cada parte estremecer e a força com que ela fazia isso, tava me excitando cada vez mais. Ela continuou nesse foguinho de só me provocar por um bom tempo, até que eu não agüentei mais, puxei o cabelo dela e falei em seu ouvido “me fode de uma vez”. Ela sorriu do jeito mais malicioso possível e tirou minha camisa “não precisa pedir duas vezes”. Nisso ela foi descendo e tirou minha calça, se ajoelhou no chão, aproveitando que minhas pernas estavam pra fora da cama e soltou um “relaxa Ana” pois notou que minha pernas estavam tensas demais. No que ela falou isso eu senti seu dedo penetrando e porra, pareceu que ela havia penetrado na minha alma! Ela começou a me chupar enquanto me fudia e caralho, aquilo foi a melhor coisa que eu já tinha sentindo, era como se eu nunca tivesse transado com mais ninguém, como se meu corpo sempre pertencesse a ela.

Depois de um tempo, que eu explicar quanto foi, eu implorei pra que ela parasse. “Porra Ana tu gozou umas cinco vezes” a cara de espanto misturado com felicidade dela, fez com que eu ganhasse meu dia “pois é, tu consegue fazer isso comigo Maria Julia!” foi ai que abri de fato os olhos e olhei ao redor, o dia não parecia mais tão dia assim, então perguntei que horas eram e assim que ela pegou o celular ela levou a mão a boca “Ana, já são quatro e meia, meu deus, meus pais já devem ter voltado e como assim nem vieram aqui ver o que a gente tava fazendo?”. Ela saiu do quarto e eu a esperei, ainda nua. Ela voltou depois de um minuto “nossa, eles ainda não voltaram” disse soltando um suspiro de alivio. “Vou tomar um banho e depois a gente já se arruma pra de noite pode ser?” “mas ta cedo” “eu sei, mas assim a gente pode aproveitar e filosofar mais um pouco”.

Já estávamos todos na beira mar. Era onze e cinquenta e sete e a Maju estava sentada próxima de mim, de braços dados comigo. Ela me olhou, na pouca luz que lá tinha e disse que me amava, eu apenas sorri e dei um beijo na testa dela, os pais dela ficaram olhando como quem quisesse muito que tivéssemos nos beijado e eu fiquei envergonhada e acabei na fazendo. Quando menos esperávamos, os fogos começaram e já estávamos ambas de pé. Coloquei as mãos no rosto da Maju e aproximei minha boca do seu ouvido, pra que ela me escutasse e não esquecesse do que eu iria dizer “eu te juro que eu vou fazer esse ano o melhor ano da tua vida! Eu te amo” e a beijei.