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História Eu sempre a terei - Eu não a amo.


Escrita por: rayantunes

Notas do Autor


Oi gente, minha inspiração voltou com tudo e espero postar com mais frequência de agora em diante.
Espero que gostem desse novo capitulo.

Capítulo 55 - Eu não a amo.


Acordei perto das seis da manhã e notei que estava meio nublado pela pouca luz que entrava pela janela. Olhei pro lado e vi a Maju dormindo do jeito mais deselegante possível, boca aberta e babando, mas admito que me apaixonei mais ainda por ela quando a vi assim. Comecei a mexer no cabelo dela na intensão de dormir de novo, mas acabei a acordando “que horas são?” ela perguntou com a voz meio pesada ainda “cedo, bem cedo, pode voltar a dormir”. Ela se virou pra mim e ficamos com os rostos próximos um do outro, tanto que eu conseguia sentir a respiração pesada dela. Em vez de voltarmos a dormir, começamos a conversar. O aniversário de dezesseis dela era daqui um mês (quase exatamente um mês) e ela já estava fazendo planos pra ele “eu queria fazer algo diferente dessa vez sabe?” “mas diferente como?” “sei lá, normalmente eu sempre faço uma festinha aqui em casa ou saio com meus amigos, queria que dessa vez fosse diferente”. Continuamos conversando até escutarmos alguém andando pela casa e notarmos que já era oito da manhã.

Os pais dela não falaram nada sobre eu ter dormido com a Maju, o que foi muito bom, pois assim nós sabíamos que eu poderia fazer isso mais vezes. “Vocês vão no centro agora de manhã certo?” “era o que a gente tava planejando, agora mesmo que acordamos cedo da mais tempo pra achar um terno” “ótimo, então vocês duas vão me fazer um favor, passem no mercado e comprem as coisas dessa lista” “a gente pode fazer isso na volta?” “claro e se quiserem, acordem a Eloá e levem ela também” “tá bom”. Sorri e subi novamente pra chamar a Maju.

Saímos depois de tomar café e sem a Eloá, pois tive pena de acorda-la pra ir conosco e nos ver escolhendo terno pra mim. A Maju tava animada em fazer isso e meu coração ficava cada vez mais quente a vendo desse jeito, mas acabei me distraindo com meu celular quando chegou notificação do Snapchat e eu fui dar uma olhada e vi que era da Laurel. Sem notar eu parei de andar e a Maju me perguntou o que eu tinha visto no celular. “Lembra que eu te falei que não ia conversar com a Laurel, mas ela tinha me dito que quando quisesse iria me chamar? Então, só tem uma coisa que não te contei, ela me deixou uma carta dizendo que me traiu e desde então eu to com raiva dela e querendo matar ela. Enfim, foi ela que mandou snap” “porra, abre o snap então, vai que ela tá querendo dar a cara a tapa” eu adoro o jeito vingativo da Maju e de como ela me apoia nessas coisas.

O snap era uma foto de paisagem com o geofltro de Criciúma. Eu quis tacar meu celular na parede, mas me controlei e disse que fossemos achar um terno e depois a gente ia conversar com a Laurel “nós? Tipo, eu e tu? As duas?” perguntou a Maju meio sem graça “desculpa, mas é que eu to com tanta raiva dela que eu preciso que tu vá comigo pra eu não pular no pescoço dela” “okay, como quiser, mas vamos focar no terno tá bom? Que quero uma namorada lacradora no casamento” ela me fez rir com aquilo e assim continuamos andando.

Escolher um terno era mais difícil do que eu imaginava, ainda mais quando eu queria ir de all star, então o terno era obrigada a combinar com ele. Pra minha sorte a Maju tem um ótimo olhar quando se trata disso e depois de umas cinco lojas e mais de trinta ternos provados ela achou o perfeito. Azul marinho tão escuro que facilmente se confundia com o preto, uma camisa branca, gravata borboleta da cor do terno e um suspensório preto. “Tais perfeita com esse, com toda certeza vai ser esse!”. Na hora de pagar, a Maju disse que ia ser presente dos pais dela e eu fiquei mega feliz.

Saímos da loja contentes e eu nem sabia mais quem era Laurel, mas a simples decisão de ir no shopping tomar açaí ia me fazer lembrar dela de novo. Assim que estávamos subindo pela escada rolante e chegamos na praça de alimentação eu a vi sentada num dos pilares com tomada. A Maju logo pegou no meu braço e falou “sem barraco, sem escândalo, vai lá e somente conversa com ela okay?” a beijei na testa e assenti.

“Oi Laurel, posso sentar?” “ah, oi Ana” ela pareceu surpresa de me ver, mas mesmo assim sentei. “Então? A Maju tá contigo?” “tá sim, só não quis vim até aqui” “ah” “olha só, eu quer entender porque tu me deixou uma carta me falando aquilo em vez de me falar na cara igual eu fiz” “desculpa, eu tava com raiva de ti, mas queria resolver isso” “olha, eu to com raiva de ti, mas fui adulta o suficiente de vim até aqui e conversar cara a cara contigo” “tá, me desculpa, eu fiz isso sem pensar okay?” “mano eu não vou te desculpar nunca, na moral” “é, imaginei” “na real eu nem preciso continuar essa conversa né”. Ela estava com uma cara de decepcionada e assim que fui me levantar, ela segurou meu braço “eu sinto tua falta, Ana” “eu também sinto Laurel, mas pelo teu tom de voz, a gente não sente essa falta do mesmo jeito”. Sai dali antes que ela começasse a chorar, eu não tinha psicológico pra isso, mesmo não a amando mais, ela foi minha primeira namorada de verdade, ela me fez feliz e tudo mais, mas eu não posso continuar assim, ela é passado agora e eu to feliz com a Maju.

Acabamos deixando o açaí pra outra hora e só saímos do shopping sem dizer nada. A Maju só falou quando estávamos quase saindo do túnel, pois queria saber se íamos no bistek que já estava na nossa frente ou no althoff que é perto da casa dela. Acabei falando pra irmos no althoff já que teríamos que carregar bastante bolsa e lá era mais perto.

Quando chegamos, pedi pra que ela chamasse a Eloá pra ajudar ela a guardar as coisas e subi. Depois de uns minutos a Maju apareceu e eu estava jogada na cama dela. Ela sabe que eu tenho psicológico fraco e algumas coisas me abalam de verdade mesmo, então ela simplesmente deitou do meu lado e me abraçou e nisso eu desabei. “Chora, coloca tudo pra fora, eu to aqui pra ti tá bom? Quando tu quiser tu pode falar pra mim, e vou estar aqui”.

Eu devo ter chorado por uns quinze minutos e assim que parei, olhei pra Maju e ela estava sorrindo e com aquele sorriso ela falou que me amava. Me levantei e a abracei “desculpa por isso, eu te amo e eu não queria estar chorando por causa da Laurel” “tudo bem, tu não precisa pedir desculpa okay? Tu sabe que eu sempre busco te entender e eu acho que dessa vez eu te entendo” “eu te amo, é sério” “eu também te amo, Ana” nisso eu me afastei e a beijei, mas ela se afastou rindo “eca, tua cara tá toda molhada e acho que não tem só lagrima ai” ela me fez rir bastante dizendo aquilo e me fez sentir a guria mais importante de todo mundo. Poxa, ela nem precisava estar passando por isso, mas ela de fato me ama e tá sempre tentando. Eu tenho uma puta sorte mesmo.



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