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História Eu sempre a terei - Eu definitivamente a amo


Escrita por: rayantunes

Notas do Autor


Oi gente, é com grande pesar que venho postar o ultimo capitulo da história. Depois de mais de um ano a escrevendo eu decidi termina-la. Minha criatividade tinha voltado com tudo e eu queria continuar até não dar mais, porém, vou tentar melhora-la a partir do que esta aqui postado, fazendo melhoria nos primeiros capitulos,colocando o nome das personagens e etc. Espero que gostem do final.
Tenham uma ótima leitura.

Capítulo 56 - Eu definitivamente a amo


Enfim, depois de duas semanas, era o dia do casamento que agora eu sabia que era da prima da Maju. O casamento começaria ás quatro da tarde, então todos acabaram acordando cedo, pois Eloá e Cecilia iam passar o dia no salão. Já eu e a Maju íamos nos arrumas em casa mesmo. Almoçamos mega cedo, o que pra mim foi basicamente café da manhã de tão cedo que foi. Depois do almoço, a mãe da Maju e a Eloá saíram pra ir no salão e o pai dela foi dormir, dizendo que precisava estar bem disposto pra festar de noite.

Eu e Maju íamos ficar vendo filme na sala, pois só íamos tomar banho e no máximo ela iria se maquiar, então não tínhamos muito com o que nos preocupar. Escolhemos um filme qualquer, que nem nos interessava muito e ficamos conversando o tempo todo. Falamos sobre tudo (literalmente). Chegamos a conversar sobre a minha família e de como eu estava bem afastada deles. “Tu vai fazer dezenove anos, já tem um emprego, tá se encaminhando pra ter o próprio apartamento e sinceramente? Não acho que tenha que dar satisfação pra eles. Mas sei lá, tua madrinha sempre te apoiou, acho que pelo menos ela você deveria visitar” “tens razão, te prometo que depois do casamento nós duas vamos lá, tá bom?” “nossa, claro”.

Na metade do filme acabamos o tirando e colocando música e deitando no chão e assim continuamos filosofando sobre a vida. Ela começou a me dizer que quer ir pra Floripa depois do ensino médio, pois queria tentar entrar pra federal. “Poxa amor, eu super te apoio a ir, mas sabe que vais viver só da faculdade né? Ai vai ser meio puxado pra pagar um apartamento” “eu sei, por isso a mãe já disse que me ajuda com isso e eu também queria que tu fosse comigo” meu coração meio que parou “sério?” “porra Ana, é claro que é sério. Tu acha mesmo que eu vou aguentar ficar longe de ti e te ver, sei lá, uma vez por mês” “tá, tá bom, eu também não aguentaria mesmo”.

Acabamos conversando sobre coisas bem aleatórias, tentando adivinhar se ia ter alguma gafe no casamento. Rimos bastante quando ela falou que pensava na noite tendo o vestido preso em algum dos bancos e assim, ficando sem vestido. Mas a gente se ligou da hora e tivemos que subir pra começar a nos arrumar. Não que estivesse tão tarde, mas a gente queria mais tempo livre pra ficar lá na sala, então íamos tomar banho. “Amor, vamos tomar banho juntas? Economizar tempo, agua...” disse a Maju com uma carinha de quem queria muito isso. A gente já tinha feito isso antes, mas era sempre no intuito de transar, mas dessa vez eu tava vendo que íamos de fato só tomar banho. “Claro guria, pergunta idiota”. Ela sorriu e colocou Girls Like Girls pra tocar no celular e assim entramos cantando no chuveiro, o que foi mega engraçado.

Passamos mais de uma hora no banho, pois novamente começamos a conversar e perdemos a noção do tempo. Quando saímos, já era quase duas da tarde e agora sim, teríamos que começar a arrumas as roupas, que no caso era só passar nossas camisas. Mas obviamente nos jogamos na cama e continuamos conversando. Eu tava feliz demais com esse tempo só conversando com a Maju, pois de fato precisávamos daquilo. “Amor, tu vai querer se maquiar? Assim, se tu quiser, eu posso fazer a tua maquiagem tá?” “olha, ainda to com um pé atrás nisso, tu sabe que eu odeio me maquiar” “poxa, mas tu ficaria tão linda” “Maju, desfaz essa carinha, mas eu vou pensar no teu caso” ela abriu um enorme sorriso quando falei isso e me deu um beijo “tá bom, melhor que nada isso”.

A Maju acabou cochilando depois disso e eu fiquei acordada mexendo no Tumblr com ela deitada de costas pra mim. Infelizmente acabei perdendo a hora e escutei as gurias chegando “puta merda, já são duas e vinte, eu preciso acordar a Maju antes que subam e deem uma bronca na gente” pensei comigo. “Maju, amor, acorda que a gente tá meio atrasadas já” vi ela se mexendo então sabia que já tinha acordado, então me levantei e coloquei a calça do terno, já aproveitando que estava só de cueca. “Meninas, vocês já começaram a se arrumar?” era a mãe da Maju do outro lado da porta e me deu um leve desespero vendo que a Maju mal tinha se levantado. Fui até a porta e a abri “oi, então, a Maju acabou cochilando, mas ela já vai levantar” “tá bom, a gente vai sair três horas no mínimo, então se apressem” “pode deixar”.

Consegui me arrumar em cinco minutos, afinal, só precisava me vestir. A Maju acabou demorando mais ou menos isso também, mas decidiu fazer uma maquiagem básica, então demorou uns quinze minutos a mais. Descemos descalças e cada uma com seu calçado na mão. Eu ia comer algo antes de ir, pois não comia desde de manhã, já a Maju mesmo morrendo de fome teria que esperar, pois já estava de dentes escovados e maquiagem feita. Depois que comi, ficamos esperando uns dez minutos até que eles terminassem de se arrumar e descessem. “Vamos? Tá todo mundo pronto?” perguntou o pai da Maju “tá sim, vamos pra não chegarmos atrasados” “Ana, queis ir num carro com a Maju?” “não seria mais gasto de gasolina?” “seria, mas caso alguém queira voltar mais cedo, ai estamos em dois carros, pode ser?” “pode sim”.

O local do casamento era lindo demais, era tipo num campo, mas era tudo bem chique e sei lá, rustico ao mesmo tempo, eu não sei explicar. Nos sentamos onde foi indicado por uma moça muito educada e ficamos conversando até a cerimonia começar. A música não era a clichê que sempre tocava e por mais que eu não fizesse a mínima ideia de qual fosse, ficou muito melhor que a de sempre. As madrinhas estavam todas de vermelho, num vestido curto lindo pra caralho e os padrinhos estavam de terno preto. Quando a noiva entrou, puta merda, que vestido. Ele era mega colado na parte de cima e solto o suficiente só pra andar na parte de baixo. Ela de fato estava linda.

“O casamento tá lindo, mas sinceramente? Quando a gente se casar vai ser bem mais fodastico” disse pra Maju quando estávamos nos sentando novamente. Eu não sou muito fã de casamentos por conta de tudo que rola, eu acho isso muito chato, mas estava lá pela Maju, mas assim que me virei, vi que ele também estava meio sem saco. Fiquei a admirando até que ela também olhou pra mim e sorriu. Aquele sorriso me desmonta de uma maneira eu caralho, se daqui uns cinco anos eu não casar com ela, eu me mato, na moral. Coloquei meu braço por cima dos ombros dela e voltei a prestar atenção na cerimônia que demorou mais uns vinte minutos pra terminar.

Já estávamos do lado de fora do local, esperando pra tirar algumas fotos com a noiva. Eu fiquei só olhando, pois não me sentia à vontade de estar em fotos tão importantes. Depois de todas as fotos, segui o carro dos pais da Maju até onde seria a janta “mano, até que enfim vamos comer, eu já não aguentava mais, meu estomago chega a estar doendo” “também, tais sem comer desde de manhã, já era de se imaginar” “amor” “fala” “tu quer mesmo se casar?” tirei os olhos da estrada pois uns segundos pra ver se ela de fato falava sério, e ela estava “quero, por que?” “sei lá, pareceu brincadeira quando falasse isso lá” tirei uma das mão do volante e peguei a mão dela “Maju, eu quero me casar contigo, mas eu não quero desse jeito, quero que seja alguma coisa só nossa sabe?” não tive resposta dela, até porque tínhamos chegado no restaurante. Assim que estacionei, a beijei e disse que a amava, ela sorriu e me beijou de volta.

A janta demorou um pouco pra ser servida, afinal, tínhamos que esperar os noivos, mas assim que foi servida, meu deus, a Maju atacou como se não comece a dez dias. A janta tava deliciosa e eu me comi até não dar mais também. “Eu to estourando” disse a Maju depois do segundo prato “claro olha o tanto que comece” disse a mãe dela num tom meio sério demais. “Maju, vai comigo no banheiro?” “vou, claro”. Ao nos levantarmos a mãe dela nos olhou estranho, mas pelo jeito confiou que não íamos fazer nada. A Maju de fato só queria lavar as mãos, mas depois que fez, me abraçou “eu também não quero que seja assim, coisa grande, quero que seja uma coisa só nossa” “ainda bem que tu me entende” disse fechando os olhos e sentindo o coração dela bater junto ao meu. “Tu é o amo da minha vida e, de novo, eu te prometo nunca ir embora, por nada nessa vida, okay?” ela só assentiu com a cabeça e disse que deveríamos voltar.

Depois de um tempo, a pista abriu e os noivos foram dançar. Foi uma dança fora da tradição que depois envolveu basicamente toda a família, eu amei aquilo. Quando acabou e começou a tocar uns funk (pois a noiva e o noivo eram novos e amavam esse tipo de música) a Maju me carregou pro meio da pista e me fez dançar, meio que por obrigação, pois sabia que eu não danço. Mas depois de tanto funk, foi passando pras músicas internacionais e do nada começou a tocar Sam Smith, a Maju me olhou e começou a rir, mas eu fiz reverencia e lhe estendi a mão, pra que ela dançasse comigo. A música era Stay With Me e porra, o tempo literalmente parou enquanto ela tocava com a Maju tendo o rosto perto do meu enquanto dançava. Mas quando acabou e as eletrônicas voltaram, ela me olhou com os olhos cheios de lagrimas e me beijou. Foi um beijo longo e intenso, mas definitivamente me levou pra outro estagio, outro mundo e sei lá, outra dimensão.

Acabamos sentada no sofá que tinha no banheiro, pois a Maju estava com dor nos pés devido ao salto quinze que ela tava usando. Depois de uns minutos a mãe dela entrou no banheiro “a gente já vai indo pra casa, teu pai vai ficar ai, mas disse que um dos teu tios vai levar ele pra casa. Vocês vão agora também?” “vamos mais tarde, só to com dor no pé mesmo, mas logo já vou voltar lá” “okay então, não voltem tão tarde!” “pode deixar mãe”. Assim que ela saiu, a Maju disse que voltássemos logo, pois ela queria aproveitar mais antes de termos que ir “deixa que eu levo te salto então” “guria, eu vou colocar ele de novo” “corajosa você” “não é coragem, eu fico da tua altura com ele” rimos disso e logo voltamos e quando chegamos no salão vimos que estavam todos meio loucos, já que começaram a dar shots de vodca. Eu e a Maju acabamos sentadas conversando com uma prima dela que eu já conhecia há muito tempo. Ela nos deus vários conselhos, sobre como e se eu deveria ir ver meus pais. Eu de fato me sinto muito mais em família aqui e não na minha real família.

Era quase cinco da manhã quando a Maju pediu pra irmos embora, mesmo que nenhuma de nós estivéssemos com sono, ela só queria ir por estar tarde mesmo. Assim que entramos no carro e ela tirou o salto, sugeri que fossemos pro morro da tv ver o nascer do sol “nossa, isso é uma ótimo ideia” “então vamos?” claro”. Liguei o rádio e sai do estacionamento, com a Maju empolgada e umas música bem nada a ver tocando “posso colocar meu celular por favor?” disse ela rindo “eu te imploro que faça isso” respondi rindo enquanto tocada um sertanejo mega antigo.

Subimos ao som de Melanie Martinez e ambas cantando a plenos pulmões. A Maju mesmo até interpretava as músicas e poxa, como eu amava isso. Vi o quão incrível era uma simples subida ao morro da tv, que dava no máximo dez minutos de onde estávamos, e tudo porque a Maju estava comigo. Ela fazia meu mundo brilhar e fez ainda mais quando parei no topo do morro, olhei pra ela e ao som de Carousel ela me olhou também, com um sorriso de orelha a orelha, foi como se eu sempre a tivesse, desde sempre eu sempre a tive e aquilo foi a melhor sensação que ela poderia ter me proporcionado.

Sentamos no capo do carro e ficamos esperando o nascer do sol em silencio, escutando os pássaros começando a cantar, as arvores se movendo lentamente com o vento fraco que tinha e aquilo tudo me fez sentir uma paz interior difícil de se explicar. Quando o sol começou a nascer eu olhei pra Maju e os olhos dela brilhavam como se aquilo fosse a coisa mais magnifica que ela já tivesse visto na vida dela. Ela me olhou de volta e me beijou, apenas um beijo simples, mas que fez aquele momento ser mais precioso ainda.

Assim que o sol nasceu, decidimos ir a uma padaria que tinha perto da casa dela “eu to morta da fome, é uma boa a gente parar lá pra não fazermos barulho quando chegarmos em casa” “okay então”. Fomos ouvindo somente o zunido do vento entrando no carro, mas pelos olhos fechado das Maju, ela tava em paz com aquilo e eu nunca a vi tão em paz assim, nem mesmo quando dormia e poxa, foi ai que eu vi que a gente é uma só quando juntas e quando juntas a gente é um instante infinito que ninguém vai fazer parar ou vai quebrar. Foi então que eu disse a mim mesma “tu nunca vai abandonar a Maju e vai sempre fazer com que momentos infinitos como esses sempre existam”.



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