História Eu sempre vou voltar pra casa - Me espere

Hinata fechou o livro com cuidado com as mãozinhas pálidas e pequenas, que contrastava com a capa laranja forte do livro. A morena, com todo cuidado, guardou o livro na bolsa de couro.Tudo em silêncio. A tarde era maravilhosa, e o silencio promovia sua beleza. O por do sol chegava lentamente, e junto com ele, se mesclavam ao céu azul brilhante nuvens roxas e Rosas delicadas, parecia uma pintura aos olhos de Hinata.
o sol inundava a praça e dava vida as árvores, enchiam de alegria os pulmões poderosos dos passarinhos e deixava um toque de melodia no Jardim. Então, quando o sol iluminava o banco de madeira que Hinata costumava sentar, ela Sabia que havia dado a hora, e ai, costumava batucar os dedos na perna ou os bater.
Os olhos brilhantes e calmos, as bochechas coradas. O corpo magro dentro daqueles casacos felpudos e grossos, os cabelos agora no ombro em um movimento lento junto com a brisa passageira. Inundavam o corpo da garota com felicidade e calma.
As mãos, primeiras vítimas da pequena corrente fria, agora pareciam tomar um choque de calor. Era a mão dele. Macia. Gelada. Quando ela se virou, o Moreno de olhos ônix desviou o olhar e retirou a mão calmamente, arrancando um dos melhores e mais calmos sorrisos da morena. Fora singelo e os labios rosados não deixaram o sorriso.
Sasuke revirou os olhos e retirou da própria bolsa cheia de fivelas um livro Verde.
Leu até não mais, e Hinata ora se esgueirava para espiar as ilustrações abstratas da biografia. Sasuke as lia com frequência. Quando o Uchiha pareceu cansar do livro, o deixou em um canto do livro e trocou um selinho rápido e amorangado, nome que Hinata dera de acordo com o gosto, e trocaram carícias inocentes. Se encararam por segundos até Hinata se pronunciar, cercando as mãos dele com as dela, as bochechas coradinhas.
-Quando vai voltar? Sinto sua falta.
-Me espere pequena.
Ele beijou a testa dela e a deixou ali, naquela pequena praça, onde se encontravam secretamente com medo e outras pessoas os virem. Hinata sorriu boba e acenou para o garoto, que enfiou as mãos no bolso, sem olhar pra trás. Já bastava ve-la. Não era digno.
Esperar.
Hinata apenas não queria cansar de esperar.