História Eu sou a LadyBug? - ZombieWalker

POV Mily — 4 p.m. — na calçada do colégio.

— Perceberam que a Alya não veio pra escola? — perguntou Nino. É tão fofo ver o Nino preocupado com a Alya.

— Ela deve ter ficado chocada com a notícia. — eu disse.

Todos assentiram.

— O que vocês vão fazer hoje à tarde? — Tomate perguntou.

— Aula de chinês, piano e estudar o resto da tarde. — disse Adrien virando os olhos.

— Tenho visita. — disse Nino.

— Tenho que estudar. Mas por que, Tomate? — perguntei curiosa.

— Queria ir ver o túmulo da Marinette, mas não sozinho. — ele disse triste.

— Tudo bem, eu vou com você. — eu disse dando um pequeno sorriso.

Uma limousine encostou na nossa frente.

— Tchau gente, até amanhã. — disse Adrien fazendo toques com os meninos e dando o típico beijo na minha bochecha. Ele entrou no carro e foi embora.

— Também vou. Tomate, que tal amanhã depois da aula? — sugeri e ele assentiu.

4:25 p.m. — POV Adrien — em seu quarto.

Eu estava comparando fotos da Marinette com as da Bug-Boo. Como eu nunca percebi que elas eram tão parecidas?

— Se eu soubesse antes teria dado mais atenção à ela, nunca teria ajudado o Nino com aquele encontro no zoológico... — ri — Com certeza o Ilustrador do Mal ia morrer. — respirei fundo — Por que você tinha que ir, Bug-Boo?

Plagg deitou na minha cabeça.

— Eu também queria ir ver o túmulo dela, Plagg. — eu disse afundando na cadeira da escrivaninha.

— Você podia tentar falar com seu pai. — Plagg disse.

— Ele não ia deixar. — eu disse.

— Não custa tentar. — ele disse e voou da minha cabeça até meu ombro.

Alguém bate na porta e Plagg se esconde.

— Pode entrar. — eu disse.

Era Nathalie.

— Sua aula de chinês começa em 5 minutos. — ela disse, como sempre, sem expressão.

— Beleza. — eu disse — Você pode, por favor, me dizer o que tenho na agenda pra amanhã?

— Claro. Sessão de fotos e esgrima. — ela leu no seu tablet.

— Não dá pra remarcar essa sessão de fotos? — perguntei com um sorriso de quem quer alguma coisa.

Ela mexeu por uns 5 segundos no tablet.

— Vou falar com seu pai. — ela disse agora olhando pra mim.

— Obrigado, Nathalie. — eu disse sorrindo.

— É só meu trabalho. — ela disse é saiu.

Plagg saiu se seu esconderijo.

— Ela é estranha. — ele disse. Ri.

— Estou acostumado com pessoas estranhas. — eu disse rindo.

6 p.m. — POV Mily — na sala, com minha tia.

Acho que não falei que morava com minha tia, né? Pois é, moro com minha tia Megan. Meus pais me mandaram pra Paris pra estudar.

Minha tia é ruiva e tem olhos azuis. Na verdade ela é mais irmã do que tia.

— Meg, eu queria ir ver o túmulo da LadyBug amanhã depois da aula, posso? — perguntei.

— Sozinha? — ela perguntou desviando a atenção de seu livro.

— Não, com o Nathaniel. — eu disse.

— Tá, você pode. — ela disse voltando a ler.

Ela confia muito no Tomate, confia tanto que se eu falasse que eu ia pular da torre Eiffel e que ele ia me segurar lá embaixo ela deixava eu ir.

— Beleza. — eu disse indo pro meu quarto.

— Ei, espera mocinha. — ela disse me fazendo voltar.

— Chora. — brinquei. Ela não costuma levar isso como falta de respeito.

— Você estudou mesmo? Ou dormiu de novo? — ela perguntou. Eu balancei a cabeça negativamente e ri, a resposta era óbvia — Tá respondido. Quero só ver a nota que você vai tirar nessa prova.

— Um 10. — eu disse mandando beijo em seguida.

— Claro. — ela disse irônica.

8:45 a.m. — na sala de aula.

Entrei e me sentei. Em seguida Tomate se sentou do meu lado.

— Oi Mily, oi Tikki. — ele disse.

— Oi. — dissemos juntas.

— Pronta pra prova de matemática? — ele perguntou sorrindo de canto já que ele sabe que tenho dificuldade nessa matéria.

— Não sei, a gente descobre na hora de fazer a prova. — eu disse. Ele riu.

— Bom dia, pessoal. Vou entregar as provas. — a professora disse. Nem tinha percebido que ela tinha chegado.

— Boa sorte. — disse Tomate.

— Vou precisar. — eu disse com um sorriso pra disfarçar a preocupação.

3:07 p.m. — na calçada — com todos do grupo menos a Alya.

— Então, como foram na prova? — perguntou Nino só pra puxar assunto mesmo.

— Mais ou menos. — disse Tomate.

— Foi de boas. — disse Adrien. Pra ser nerd só falta o óculos.

— Nada bem. — eu disse fazendo careta.

— É... Eu também não fui tão bem. — disse Nino.

Ficamos um tempo em silêncio.

— Gente, vocês ainda vão ver o túmulo da Marinette? — perguntou Adrien.

— Vamos sim, por quê? Quer vir com a gente? — perguntei.

— Na verdade sim. — ele disse com a mão na nuca.

Nino fez uma expressão surpresa.

— Mas teu chefe deixou? — Nino perguntou.

— Não sei, mas eu quero ir. — Adrien disse.

Eu e Tomate nos entreolhamos. Sabíamos que a gente ia entrar em uma enrascada.

— Okay. Mas vamos passar no meu apartamento primeiro. — eu disse.

— Tudo bem, encontro vocês no cemitério daqui meia hora. — Adrien disse.

Então seu carro encostou e ele entrou, indo embora em seguida.

— No que esse moleque tá pensando em fazer? — Nino perguntou preocupado.

— No que a Emily pensou quando aceitou fazer parte disso?! — Tomate perguntou nervoso. Eu ri.

— Fica de boas, não vai acontecer nada. Vamos! Tchau Nino. — eu disse puxando Tomate.

— Não vai acontecer nada?! Sério?! Por que eu fui escolher você como melhor amiga?! — Tomate perguntava sem parar. Eu estava morrendo de rir.

3:18 p.m. — POV Adrien — no carro — com Nathalie e "Gorila".

Estavam todos quietos e isso já estava me cansando.

— Nathalie. — chamei.

— Sim? — ela atendeu.

— Falou com meu pai? — perguntei esperançoso.

— Falei. A resposta foi negativa. — ela disse sem nem mesmo olhar pra mim.

— Tudo bem. Eu imaginei. — eu disse nada contente.

Logo chegamos em minha casa.

Entrei em meu quarto e liguei o chuveiro.

— O que tá fazendo? — pergunta Plagg.

— Eu vou de qualquer jeito. — eu disse — Plagg, mostrar as garras!

POV Mily — na sala do meu apartamento.

— Como foi na prova? — tia Meg me perguntou.

— Fui ótima. — eu disse.

Ela olhou pro Tomate como se perguntasse como eu fui e ele balançou a cabeça negativamente. Filho da mãe!

— Aff. Vamos, Tomate. — eu disse indo em direção à porta.

— Tchau, Meg. — ele disse me seguindo.

— Tchau, querido. Cuida dessa criatura pra mim. — ela disse.

Tomate riu e acenou saindo do apartamento.

— Traíra. — eu disse cruzando os braços.

— Mentirosa. — ele disse rindo.

3:33 p.m. — no portão do cemitério.

— Não gosto desse lugar. — eu disse com um pouco de frio na barriga.

Vi Adrien chegando. Ele segurava flores.

— Okay. Vamos. — disse Adrien.

Eu e Tomate assentimos e todos entramos no cemitério.

Ficamos um tempo procurando o túmulo da Marinette, mas quando achamos eu quase morri de chorar. Foi tipo "está aí. Ela morreu, viu?", mesmo sabendo foi um baque.

Adrien colocou as flores em cima da lápide. As lágrimas eram visíveis em seu rosto.

Ao longe vi uma garota que apareceu do nada. Ela estava cheia de teias de aranha, usava um vestido branco respingado de sangue e segurava flores. Ela chegou mais perto.

— Meu Deus. — eu disse baixo.

Então ela estendeu o braço e transformou Tomate em um zumbi.

— NÃO! — gritei.

— Vem! — disse Adrien me puxando.

Adrien me soltou e correu pra algum lugar que não sei exatamente onde é. E corri pra trás de um arbusto.

Tikki voa ficando de frente pra mim.

— Transformar? — ela pergunta. Sorri.

— Tikki, transformar! — eu disse.

Então, como LadyBug, corri ao encontro da menina fantasma.

Ela já tinha uma horda de uns 20 zumbis.

— Por que está fazendo isso, menina fantasma? — perguntei mantendo uma certa distância dela e fazendo um escudo com o yo-yô.

— Não sou a "menina fantasma", sou a ZombieWalker. E vou vingar a morte da minha amiga. — ela diz e estende o braço pra me transformar, só que desvio.

— Alya! — eu pensei alto.

Cat Noir chega do meu lado.

— Cat! Ela é a Alya e quer vingar a morte da LadyBug! — eu disse.

— Tá bem, agora deixe isso com um super herói de verdade. — ele disse me empurrando pro lado.

— Beleza, captura o akuma sozinho então. — eu disse enfrentando ele.

Acho que ele me xingou em pensamento.

— Vamos logo. — ele disse nervoso.

Sorri internamente e o segui.

Ela provavelmente estava indo para prefeitura, já que foi o prefeito akumatizado que matou a LadyBug. E estávamos indo pra lá.

Quando chegamos a única coisa que víamos eram zumbis. Eles estavam tentando derrubar a porta da prefeitura.

Eu e Cat Noir começamos a atacar os zumbis e conseguimos derrubar quase todos. Então os que sobraram nos prenderam em uma prisão com barras de ferro que eu não sei de onde surgiu.

— Talismã! — eu gritei e um aspirador de pó caiu em minhas mãos.

— Aspire as flores, é lá que está o akuma. Faça isso assim que eu nos tirar daqui. — disse Cat Noir.

— Me dê os seus miraculous! — disse ZombieWalker com a mão estendida.

— Acho que não. — disse Cat Noir — Cataclismo!

Ele colocou a mão na grade e ela despedaçou, então eu liguei o aspirador que puxou as flores pra dentro dele. Em seguida eu coloquei o aspirador na função inversa e peguei as flores.

— NÃO! — ZombieWalker gritou.

— Tarde demais. — eu disse rasgando as flores fazendo o akuma sair. Capturei o akuma, joguei o talismã pra cima e tudo voltou ao normal.

Cat Noir me puxa pra um canto. Levei o maior susto.

— Escuta aqui, você só é útil pra capturar akumas. — ele estava alterado — Tirando isso, você é uma inutil. Eu não preciso de você. E outra coisa: você jamais vai ser como LadyBug!

Eu comecei a chorar.

— Eu não preciso ser sua LadyBug, só estou aqui pra te ajudar, seu ingrato! — eu disse — Eu nunca pensei que você fosse assim, Cat Noir. Se eu soubesse nunca teria aceitado esse miraculous.

— Assim como? — ele perguntou.

— Falso! Duas caras! Bonzinho pra Paris e um idiota estressadinho comigo! — gritei.

Meu miraculous apitou e eu acabei me transformando de volta. 

Soltei meu pulso de sua mão e saí correndo.

POV Adrien

— Mily? — murmurei.