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História Eu sou a Pierrot - Encontros


Escrita por: Bala_de_cereja

Notas do Autor


Capítulo mais tranquilo kkkk espero que gostem

Capítulo 4 - Encontros


Fanfic / Fanfiction Eu sou a Pierrot - Encontros


   Adentrei o teatro por entre grandes portas de madeira que rangiam conforme era aberta. No ambiente climatizado se encontrava um senhor que usava óculos e lia um livro sentando em um móvel de madeira escura. 
- Bom dia, gostaria de fazer o curso de teatro. - Disse, falhando a voz no final da frase.
    Ele colocou o marcador de páginas e fechou o livro. Sentou-se corretamente e abriu uma página no computador velho a sua frente.
- Pois bem, as aulas ocorrem três vezes por semana aqui neste local e sua matrícula dura 6 meses, sendo assim quando esse período acabar você terá de fazer a rematrícula caso queira continuar. - falou o moço olhando em meus olhos e me deixando um pouco constrangida e estranhada. Diferente de outras pessoas, ele não ria quando escutava minha voz ou olhava em meu rosto.


- Cer-to.- Falei ríspida


   Depois de fazer a matrícula e acertar a questão de mensalidade, saí do teatro e resolvi ir para uma cafeteria que ficava ali perto. Entrei nela de capuz, cobrindo o rosto mas ainda sim pude ouvir algumas risadinhas...
    Sentei-me  na mesa mais ao fundo e levantei a mão para chamar o garçom.


- Quero um cappuccino gelado por favor. - Disse ja pensando no gosto delicioso do cappuccino.
O garçom anotou meu pedindo rindo bastante.


- Um cappuccino! Hilário! Hahaha! Você é muito engraçada! Seu nome por favor? - Disse ele limpando algumas lágrimas.


- Deise.


Mais risadas...


    Já havia me acostumado com essa situação. Por um lado, você nem precisa fazer uma piada para a pessoa rir mas por outro você nunca será tratado a sério. Muitas coisas se tornaram difíceis pra mim. Como por exemplo, tive que dizer que queria morar sozinha aos meus pais por meio de carta, onde felizmente ainda é o único meio de comunicação que as pessoas não tratam como uma piada minha.
    O cappuccino chegou. O garçom gargalhou mais ao ouvir meu obrigada. Depois disso pediu que eu sempre voltasse lá para fazê-lo rir. 
    Cheguei em casa cansada e desanimada, o que já não é novidade. Alimentei meu peixinho, liguei a televisão, deitei no sofá e adormeci.
           ***
    Contendo minha ansiedade e excitação cheguei ao auditório para a primeira aula de teatro. A sala que teríamos aula era uma que ficava abaixo do palco. Adentrei a sala refrigerada e sentei em uma das várias cadeiras dispostas em círculo. Havia eu e mais duas pessoas, uma garoto com boné que mascava chiclete e uma menina de cabelos curtos ouvindo música em seus fones. Me pergunto se estou diante das minhas marionetes, isso se elas fizeram a matrícula.


Outras pessoas foram chegando até que uma em particular chamou a minha atenção e acho que dos demais alunos da sala. Uma garota, aparentemente, entrou na sala com uma máscara totalmente branca que mostrava apenas os olhos, usava um moletom com capuz que cobria seu cabelo. "Ela" tinha um jeitinho engraçado de andar e escolheu uma cadeira onde ainda não havia pessoas por perto. Quando se sentou, ouvi um berro de carneiro vindo "dela". Eu e as pessoas que estavam na sala rimos. "Ela" deve ser bem carismática. Sobravam apenas duas cadeiras e nos dois minutos seguintes eles chegaram e um deles era uma linda garota de pele rosada e cabelos cacheados nas pontas e loiros, ela era delicada, fofa e linda, todos também olharam pra ela, que foi encarada por alguns minutos mas fingiu não ligar.


Assim que o último aluno se sentou. A professora, que vestia um vestido longo e vermelho entrou na sala.


- Olá a todos, é bom saber que vieram. Eu sou a madame Mythe, e para começar queria que todos se apresentassem para os outros. Vamos! Levantem-se e troquem abraços e apertos de mão.


       ***
     Eu estava super insegura com essa situação. Achei que a máscara fosse evitar que as pessoas rissem logo de cara mas assim que sentei eles caíram na gargalhada. Estou um pouco chateada. Resolvi não dizer nada a ninguém por enquanto. 
    Enquanto apertava as mãos e dava abraços, observava o garoto de cabelos acizentados e sorridente. Com certeza ele deve ser a única pessoa com auto estima boa nesta sala.
    Depois de alguns abraços ele me abraçou e disse: entre risinhos: Prazer, Ningyo Meka, você é bem engraçada, acho que vamos ser bons amigos. Aquele elogio me deixou mais quente, era a primeira vez que alguém dizia que queria ser meu amigo e não apenas ouvir as minhas "piadas" e além disso sua aparência e seu cheiro me embriagaram.


- Seu nome? - Disse ele olhando meus olhos, ou a máscara.
- Deise. - Disse rapidamente. Ele riu.
- Meu deus você é hilária! Hahaha! Prazer Deise! - disse ele. Depois afagou minha cabeça e seguiu para a próxima pessoa, vamos dizer que e foi a única pessoa que troquei uma palavra até agora. Espero que isso seja bom...
       
 


Notas Finais


Vejo vocês no próximo capítulo! A história acabou de começar...


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