Pov’s Katy
Acordei e vi que já não estava mais caída no tapete da minha sala, eu estava deitada na minha cama. Olhei para o lado e vi meu pai me fitando. Fechei a cara e me sentei na cama de cabeça baixa.
. – Sua mãe foi preparar um lanche para você, já deve estar vindo. – Ele quebrou o gelo e eu não respondi nada. – Está se sentindo bem? – Outra vez fiquei calada.
Minha mãe entrou pela porta com uma bandeja nas mãos. Ela ia colocar em cima da cama me dando a visão de um sanduíche, acho que de presunto e queijo, e um suco que acho que era de laranja, mas eu rejeitei:
. – Eu não estou a fim de comer.
. – Mas você precisa se alim... – Minha mãe tentou insistir.
. – Mas eu não quero! – Falei num tom mais alto, ainda com a cabeça baixa.
. – Tudo bem, então vou deixar aqui no seu criado-mudo para quando você quiser. – Ela falou colocando a bandeja no criado-mudo.
. – Quero ficar sozinha. – Falei sem levantar a cabeça.
. – Tudo bem. – Ela falou. – Mas tarde voltamos para ver como você está. – Continuou. – Vamos Inácio.
Meu pai se levantou, eles saíram do meu quarto e eles fecharam a porta, me deixando sozinha no meu quarto.
Me toquei que minha cabeça estava latejando de dor. Coloquei a mão do lado esquerdo e fechei os olhos como se aquilo fosse adiantar alguma coisa. Tirei o cobertor de cima das minhas pernas, levantei, fui até a minha penteadeira e peguei um comprimido da cartela que estava ali em cima, voltei para cama, sentei e peguei uma garrafinha de água que eu deixava no criado mudo. Coloquei o comprimido na boca, abri a garrafinha e bebi um pouco da água, engolindo o comprimido junto. (A: Para quem não sabe tomar um comprimido, está aí uma aula bem detalhada) (Katy: Cala boca, autora!) (A: Aff, ta.)
Peguei meu celular para olhar a hora, eram 05:30. Deitei na cama, puxei o cobertor para cima de mim e me distraí em meus pensamentos.
Eu não posso de jeito nenhum voltar para os Estados Unidos sem me vingar daquela garota sem noção que roubou o Paulo de mim! Tenho certeza que foi por causa daquela cadela que o Paulo terminou comigo! Mas isso não vai ficar assim, ah, mas não vai mesmo.
Duas horas depois...
Pov’s Narradora
Eram 05:30 da manhã e turma precisaria acordar mais cedo para não se atrasar para a escola.
“It is too late say sorry
Cause’m”
(A: Se estiver escrito errado podem falar, não falo o inglês nem básico, quanto mais fluente.)
O celular de Valéria despertou numa altura absurda e a turma, que acordou reclamando, já sabia que era o celular de Valéria, pois cada uma tinha uma música diferente.
. – Aff, Val, desliga o megafone, credo. – Bibi.
. – É, Valéria, desliga essa caixa de som. – Maria Joaquina.
. – Desliga logo essa porcaria, aff. - Mário.
. – Calma, Mário. – Marcelina falou sentando na cama. – Temos que levantar, gente, precisamos nos arrumar mais cedo hoje, pois estamos em grupo e se usarmos o horário de rotina vamos acabar nos atrasando.
. – É, pessoal, é verdade, acordem logo. – Davi falou.
. – E a dona do celular que não se manifesta para desligar essa caralha, hein? – Foi a vez de Kokimoto levantar da cama.
Davi pegou o celular de Valéria que estava ao lado dela e desligou a música.
. – Amor, acorda. – Davi balançou Valéria, mas ela não acordava de jeito nenhum. – Val, acorda.
. – Deixa que eu acordo ela. – Maria Joaquina falou se levantando e indo em direção ao colchão que Valéria dormia em um sono profundo.
Se abaixou, passou a mão pelo cabelo solto de Valéria e:
. – Valéria, acorda! – Gritou.
. – Maria Joaquina! – Davi repreendeu.
. – QUEM MORREU?! – Valéria acordou assustada.
. – Meu sono de beleza morreu por causa desse seu carro de som sombrio. – Maria Joaquina respondeu e a turma riu.
. – Vamos, gente, acordem o resto dos mortos e levantem logo. – Davi falou para o pessoal. – Levanta, amorzinho. – Completou dando um selinho na amada.
. – Não tem outra alternativa mesmo, não é? – Valéria reclamou se levantando. – Eu tomo banho primeiro! – Falou correndo para o banheiro que tinha no quarto mesmo.
. – A não, Valéria, você demora muito, deveria ser a última. – Maria Joaquina reclamou.
. – Bem que você podia ir tomar banho com ela, daí matava dois coelhos com uma flechada só, né, Davi? – Kokimoto falou.
. – A única flechada que eu vou dar vai ser no meio da sua testa, Kokimoto! – Valéria gritou de dentro do banheiro.
Pov’s Paulo
Meu celular havia despertado tocando a música Serpente da Pitty, minha crush. Não demorei para acordar, tenho sono leve. Geralmente acordo de cara fechada, mas hoje foi diferente, eu estava de bem com a vida. Levantei, desliguei o celular, fui até a mochila, cacei meu carregador dentro dela, fui até a tomada que tinha a cima do criado mudo da Alicia e coloquei meu celular para carregar. Voltei para a mochila, peguei minha toalha preta e fui até o banheiro.
Me despi e entrei no chuveiro, e só então lembrei que tinha esquecido a escova e pasta de dentes para fazer as higienes matinais, mas depois eu faço isso.
Tomei um banho rápido, hoje não estava em condições de demorar, como geralmente eu faço, e saí do banho com a toalha enrolada na cintura, encontrando uma cena surpreendedora: Alicia mexendo no meu celular.
. – Nossa, que cena linda! – Ironizei. – Quem deu permissão para a senhorita mexer no meu celular?
. – Eu me auto permiti. – Ela disse ainda mexendo no celular. – Eu jurava que você era do tipo que tinha uma senha infernal no celular, Paulo Guerra.
. – Eu tinha, mas formatei recentemente, porque a Marcelina bloqueou ele. – Falei. – E depois dessa eu vou colocar uma senha tão desgraçada que nem o capeta vai descobrir. – Continuei.
. – An. – Ela falou ainda olhando o celular. – Adorei sua galeria de fotos, principalmente o seu álbum com a Ka... – Ela parou quando olhou para mim e viu que eu estava só de toalha.
Alicia fixou os olhos no meu corpo molhado e eu sorri malicioso.
. – Esqueci de levar o uniforme para o banheiro. – Falei tirando ela de seus pensamentos, seja lá quais foram eles.
Ela se levantou a cama após colocar o celular de volta na escrivaninha.
. – Você quer que eu saia para você se vestir? – Ela perguntou e eu comecei a andar em sua direção.
. – Não, pode ficar aí. – Falei agora um pouco próximo demais dela, e ela voltou a atenção para o meu corpo. – Gostou?
. – Se veste logo, vai. – Ela pulou na cama, deitando de barriga para baixo e pegou o celular de volta. – Não vou olhar.
Eu ri da situação e fui até minha mochila pegar meu uniforme.
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