Pov's Paulo
Estava na sala conversando com a Alicia e com a Valéria esperando os outros.
Sobre o grito da Majo: a Val e eu só conseguimos rir, enquanto Alicia quis ir ver o que tinha, mas a gente não deixou, dissemos que a Maria Joaquina é escandalosa disse jeito mesmo. Ela desistiu de ir, mas continuou desconfiada.
. – Então, Alicia, você tem namorado? – Valéria perguntou.
. – Não, não. – Ela respondeu.
. – Mas já namorou? – Valéria perguntou novamente.
. – Sim, já namorei um garoto de Londres por 5 meses. – Alicia respondeu.
. – E por que terminaram? – Valéria de novo.
. – Ah, não deu certo, então a gente decidiu terminar e sermos apenas amigos, mas fomos nós afastando e acabamos sem nos falar muito, sabe, só com “oi” e “tchau”. – Alicia explicou.
. – Ah. – Valéria terminou o interrogatório. – Mas eai, por que veio para o Brasil? – Ou não.
. – Na verdade nem minha irmã e nem eu sabemos, minha mãe disse que só sentia saudades de morar aqui e disse que aqui era bem melhor de se morar, sem contar que queria voltar a trabalhar na empresa que trabalha, e então viemos. – Contou.
. – Então vocês já moraram aqui antes? – Valéria questionou.
. – Sim, eu morei aqui até os 8 anos. – Alicia respondeu. – Mas não era exatamente aqui, nessa casa, era em outro lugar, essa casa aqui minha mãe mandou construir enquanto ainda estávamos em Londres.
. – Ata. – Val respondeu. – O que você gosta de ouvir? - Continuou o interrogatório.
. – Ah, eu gosto de ouvir músicas internacionais, mpb e principalmente rock, amo rock. – Alicia respondeu. – Mas eu adoro esses funk baixaria também, dá pra curtir. - Riu.
. – Paulo, ela se parece muito com a gente. – Valéria disse olhando para mim.
. – Concordo. – Respondi.
Vi Davi chegar ao primeiro degrau da escada com a toalha enrolada na cintura e uma cueca na mão e olhar para nós.
. – Amor, você escolheu a cueca errada! – Falou alto para Valéria ouvir e eu me segurei para não rir.
. – Como assim, amor? – Valéria se fez de desentendida.
. – Olha o tamanho do buraco que tem aqui. – Ele falou esticando a cueca para que Valéria pudesse ver e eu cerrei os lábios para não rir.
. – Já é o espaço certinho para o buraco do... – Tentei falar.
. – Paulo! – Valéria interrompeu. – Eu não vi isso aí não, amor.
. – Como que eu vou para a escola agora? – Questionou.
. – Vai sem cueca, amor, tem nada não. – Valéria respondeu cínica e eu quase soltei uma gargalhada.
Vi Davi voltar para o quarto bufando de raiva.
. – Paulo, você não vale um centavo. – Valéria falou rindo e eu ri mais ainda.
. – Foram vocês, não é? – Alicia questionou e eu assenti com a cabeça. – Que maldade. – Continuou e riu.
. – Mas isso foi muita maldade, Paulo. – Valéria falou. – Coitado do meu amorzinho.
. – Nem vem, você fez a Marce chorar. – Respondi.
. – Não acredito que foram vocês também. – Alicia falou. – O que mais vocês aprontaram?
. – Isso foi ideia da Valéria. – Falei.
. – É, mas os gritos da Majo foi porque o seu secador estava cheio de farinha de trigo. – Valéria se defendeu. – E a ideia foi do Paulo.
. – Quê? A pegadinha era para mim? – Alicia questionou e eu sorri.
. – Desculpa, amor, não podia deixar de aprontar contigo. – Falei.
. – Pois então se prepare! – Ela falou e fechou a cara. – Eu vou me vingar.
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