Pov’s Paulo
Não demoramos muito para chegar à escola. Além de ser perto, ainda fomos correndo (correndo se entende, nós andamos rápido), então chegamos 07:00 em ponto.
Firmino se aposentou, mas o Morales, como forma de agradecimento, ampliou aquele pequeno quarto em que ele dormia. Não ficou enorme, afinal, é dentro da escola, mas foi adicionado uma cozinha, um banheiro e um quarto, deixando aquele cômodo que servia para tudo como a sala, para receber visitas. A escola também foi ampliada. Agora já não é mais apenas o ensino fundamental, tem também os 3 anos do ensino médio, mas separados do ensino fundamental. Nós estudamos no 2° andar. Foi ótimo o Morales ter feito isso, seria horrível ter que deixar aquela escola, e provavelmente nem todo mundo ia para a mesma escola, então íamos nos separar. Mas deixa eu continuar o que ia falar: o Firmino se aposentou, mas ele trabalhou a vida inteira, não conseguiria ficar parado dentro de casa, então resolveu ficar de porteiro, o que a gente adorou, porque assim não temos problemas em chegar em cima da hora ou atrasados.
. – Se atrasaram mais uma vez, não é mesmo? – Firmino comentou.
. – Foi mal aí, Firmino, é que se arrumou todo mundo junto, aí não deu muito certo, tá ligado? – Falei.
. – Tô ligado. – Respondeu e nós rimos. – E você deve ser uma das alunas novas, imagino. – Completou estendendo a mão para Alicia.
. – Sim, sou sim. – Alicia sorriu e apertou a mão de Firmino. - Alicia Gusman.
. – Pois então seja muito bem vinda. – Firmino respondeu. – Eu sou o Firmino.
Eles soltaram as mãos.
. – Olha, eu acho bom vocês entraram logo, a aula já deve ter começado. - Firmino falou.
Entramos e subimos as escadas que ficam ao lado do portão (você passa pelo portão e virando a esquerda você dá de cara com a escada, entendeu?).
Chegamos ao pátio e vimos todos os alunos conversando, o que queria dizer que nenhuma das aulas havia começado.
. – Nós vamos colocar as mochilas nas salas ou faremos isso quando as aulas começarem? – Bibi perguntou.
. – É melhor colocarmos logo. – Mário falou.
. – É, vamos logo. – Cirilo falou.
. – Meninas, eu preciso fazer a minha maquiagem. – Majo choramingou e então percebi que ela estava tapando o rosto.
. – Você é linda de qualquer jeito, amor. – Cirilo falou.
. – Eca. – Reclamei.
. – Não me ilude, Cirilo. – Majo falou sem tirar as mãos do rosto.
. – Eu sabia que a fofura era só no início. – Falei.
. – Cala a boca, Paulo, isso é culpa sua. – Ela falou.
. – Nem vem, a Alicia falou que podia zuar, lembra? – Me defendi.
. – Agora a culpa é minha? – Alicia perguntou.
. – Tecnicamente sim. – Falei.
. – Hoje não é mesmo o seu dia de sorte, Majo. – Valéria comentou. – Primeiro caiu na pegadinha que era para a Alicia e depois caiu na que era para a Margarida...
. – O quê? Aquela farinha no secador também foi culpa sua? – Majo interrompeu Valéria. – PAULO GUERRA, VOCÊ VAI SE VER COMIGO!
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