Pov’s Valéria
. – Conta! – Alicia insistiu.
. – Ta bom, vou contar. – Falei.
Flashback On:
. – Seus cachinhos são tão lindinhos. – Débora falou.
. – Valeu. – Davi sorriu sem graça.
. – Que cê acha de sair para dar um passeio comigo depois que acabar o jogo? – Débora convidou.
. – Quem você pensa que é para dar em cima do MEU namorado? – Falei dando ênfase no “meu”.
. – Ah, tava aqui sem dona, eu resolvi fazer alguma coisa. – Ela falou cínica. – Um galã desse não pode ficar sozinho.
. – Mas você é muito cara de pau mesmo. – Falei sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas de raiva. – Agora você vai ver o que é bom para tosse.
Acertei um tapa bem no meio na cara dela. Eu estava com tanta raiva que o tapa fez ela cambalear, mas a vagabunda voltou com tudo e acertou outro tapa do mesmo nível na minha cara.
. – Sua puta! – Xinguei com raiva e acertei outro tapa nela.
. – Cadela! – Ela gritou fazendo o mesmo.
O pau comia na quadra e o Davi só gritava “parem, parem” e “calma, amor”, mas eu nem ligava, a única coisa que queria era arrebentar a cara da Débora.
A essa altura todos que estavam presentes ali, tanto na quadra quanto na plateia, olhavam para a gente. Vi as meninas vindo em nossa direção, mas não selei a briga. Vi que o meninos vieram também, só que estavam mais rápido e mais pertos. Duvidei que fosse para me ajudar.
. – Davi, Mário, Paulo, segurem a Valéria que a gente segura a Débora. – Cirilo falou e então ele, Jorge e Daniel seguraram Débora, assim como Davi, Mário e Paulo me seguraram, depois é claro, de eu acertar mais um tapa na cara da vadia.
. – Opa, opa, opa! – Falou uma loira oxigenada da voz irritante que chegou com mais duas garotas loiras oxigenadas. – Nós não vamos deixar essa girl horrorosa bater na nossa best friend não. – Completou e acertou um tapa na minha cara.
Não pude me defender porque os meninos estavam segurando minhas mãos para trás. Eu pretendia xingar ela de tudo quanto é nome, mas a Majo chegou antes por trás e puxou ela pelo cabelo, colocando a cabeça dela em seu ombro e sussurrando em seu ouvido:
. – Sabe, minha querida Chris... – Começou. – Geralmente eu odeio me meter em encrenca, aliás todo mundo sabe que eu sou a mais exemplar e popular do colégio, mas ninguém mexe com as minhas amigas e sai impune, ninguém!
E então Majo empurrou a Chris para frente ainda segurando em seu cabelo por trás, e Bibi que estava na frente, acertou uma bolacha na cara da Chris que virou o rosto e fez uma careta, e então Bibi acertou outra bolacha, e outra, e outra, e mais uma, e só então sorriu. Majo e Bibi levaram a garota para longe dali e eu não pude mais ver. Mas eu tinha visão de Marcelina e Carmen, que já haviam deixar a cara de Rana vermelha de tanta bofetada.
. – Toma isso, vagabunda! – Gritava Marcelina que batia repetidamente na cara da garota que agora já estava com o pano fino do look rasgado.
. – Galera, não vai ter jeito não, deixa elas se pegarem. – Paulo falou me soltando, assim como Mário e Davi também me soltaram me dando a chance de acertar um tapa na cara de Débora, que quando foi solta, agarrou em meus cabelos e puxou com o que ela achava ser toda força do mundo, mas geralmente as patricinhas são fraquinhas, então foi fácil para mim arrancar alguns fios de cabelo dela.
Caímos no chão e lá ficamos. Uma hora eu ficava por cima e outra hora eu ficava por baixo.
Flashback Off.
. – Aí a diretora chegou, os seguranças separou a briga, a plateia parou de gritar “uuu” e tals. Nem sei o que aconteceu com a Lívia. – Falei. – O que aconteceu com ela, Carmen e Marce?
. – Dois seguranças seguraram a gente e ela correu. – Carmen falou.
. – E vocês não levaram nem uma advertência? – Alicia questionou.
. – Ficamos duas semanas de suspensão e os meninos ficaram três dias. – Falei.
. – Nossa. – Alicia riu.
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