A: É besteira, mas leiam as notas iniciais <3
Pov’s Marcelina
Já havia acabado de tomar o sorvete. Ofereci ao Mário, mas ele não quis. Agora estávamos apenas conversando. O clima já tinha melhorado um pouco.
— Faltam 5 para às 20:00. — Ele disse olhando o relógio. — Quer ir?
— Na verdade não, mas preciso estar na casa da Maria Joaquina às 21:00. — Falei. — E ela não gosta de atrasos.
— Okay, vou só pagar a conta. — Ele se levantou e foi até o balcão.
Me levantei também e passei a mão na roupa, não sei o porquê.
— Quando vai lá em casa? — Diana me perguntou, se levantando também.
— Não sei, meu amor, mas prometo marcar um dia. — Falei.
— Então ta bom. — Ela falou e sorriu.
Mário voltou guardando a carteira na cintura e nós saímos da sorveteria.
Fomos conversando e rindo durante o caminho e não demoramos a chegar em minha casa, pois não é muito longe.
— Bom, está entregue. — Ele falou quando chegamos na porta.
Olhei para ele fixamente e sorri.
— Obrigada. — Falei.
Ficamos nos olhando por alguns segundos. Rapidamente, fiquei na ponta dos pés e tentei roubar um beijo. Mas ele se afastou.
— Acho que não posso tocar em você. — Ele falou e eu abaixei a cabeça.
— Ta. — Falei sem ter aonde enfiar a cabeça.
— Tenta não brigar com o Paulo, ta? — Ele pediu e eu assenti com a cabeça.
— O Paulo é ridículo. — Falei agora olhando para ele, que sorriu.
— Você é linda. — Falou e eu gelei.
— O-obrigada. — Gaguejei e ele riu.
— Vai, entra. — Ele falou.
Mais rapidamente ainda, roubei um selinho dele que se afastou, mas já era tarde.
— Teimosa. — Ele disse sorrindo.
— Eca. — Diana fez cara de nojo.
— Tchau, meu amor. — Falei dando u beijo da bochecha da Diana.
— Tchau. — Falei para Mário e pulei no colo dele em um abraço.
Ele me apertou pela cintura me transmitindo paz através do abraço.
— Eu não vou desistir de você. — Sussurrou em meu ouvido.
— E nem eu de você. — Falei.
Soltei ele, abri a porta e entrei em casa, e então fechei a porta.
Paulo não estava na sala, então subi direto para o meu quarto, mas quando abri a porta, o Paulo saiu do quarto dele.
— Já chegou? — Perguntou.
— Não, to lá ainda. — Respondi fria.
— Calma, maninha. — Ele falou e eu entrei no quarto e bati a porta, mas ouvi sendo aberta novamente.
Paulo se jogou na minha cama.
— O Mario te trouxe?
— Trouxe. — Respondi e tirei minha blusa, jogando em qualquer lugar.
— Posso fazer uma pergunta? — Ele pediu.
— Já fez.
— Gosta dele? — Perguntou e eu paralisei.
— Não é da sua conta. — Respondi e comecei a caçar uma blusa no meu guarda — closet.
— An. — Ouvi ele falar. — Vai sair de novo?
— Vou.
— Pra onde?
— Não interessa.
— Vai sozinha?
— Sim.
— Quer que eu te leve? — Ofereceu.
— Não.
Optei por uma blusinha cor de rosa sem estampa. Antes que pergunte, eu estou trocando apenas a blusa para não ter sovaqueira. Vi que Paulo se calou, mas não saiu do quarto. Comecei a caçar algum casaco, mas não achei.
— Ta procurando o quê? — Paulo perguntou.
— Um casaco, por quê?
— A Lia pegou todos para lavar. — Contou. — Disse que o inverno ta chegando e vamos precisar.
— Hum. — Falei. — Droga.
— Quer o meu? — Ofereceu.
Bem que eu queria poder dizer um outro “não” para ele, mas eu estava morrendo de frio e a casa da Majo parece ser feita de gelo. Tive que deixar o orgulho de lado e aceitar. Me levantei, fui até onde ele estava. Estendi a mão, mas olhando para o lado, só para não olhar pra ele. Vi, pelo canto de olho, que ele estava tirando o casaco, e em seguida me entregou. Estava quentinho.
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