História Eu te odeio! - Mudanças (introdução)

Meu nome é Victor Collins.

E nesse momento, estou de castigo. Peguei o carro do meu pai sem permissão para ir ver minha namorada, que mora muito longe.

E para completar a confusão, na volta, acabei batendo o carro em uma árvore. Tenho que admitir que bebi um pouco, e para piorar, o pai dela nos pegou nos beijando na cama. Que saco! Nem sequer tínhamos começado a nos despir.

Amanhã será o primeiro dia de aula. Sério, que droga! Devia ter pelo menos mais um mês de férias. Ainda nem fui a tantas festas.

Eu vou cursar o terceiro ano e, em novembro, farei 18 anos.

Não sou burro, apenas estou um ano atrasado. Além disso, nunca repeti de ano. No entanto, quando eu era criança, estava viajando para outro país com meu pai.

Sempre estudei na mesma escola, Alfa, desde os meus oito anos, se não me engano. Praticamente conheço todo mundo lá, inclusive as faxineiras, que são muito legais, diga-se de passagem. Elas já me ajudaram em algumas encrencas.

De repente, meu celular começa a vibrar e tocar minha música favorita. É minha namorada. Já estava com muita saudade, mesmo tendo nos visto ontem.

Ela é linda, com cabelos pretos ondulados que chegam a encostar na bunda. E que bunda! Mesmo não sendo muito grande, adoro apertá-la. Ela é morena e tem uma boca carnuda muito sedutora. Enfim, ela é perfeita.

-Que saudades de você aqui comigo. A gente deveria terminar o que mal começamos.

Diz ela, com uma voz sedutora e safada, que só ela sabe fazer.

-Como? O chato do meu pai me proibiu de sair de casa. Ele até colocou a empregada como vigia. Essa mulher chata fica me vigiando pela casa. Aff!

De repente, ela começa a falar coisas obscenas com sua voz safada, e eu, é claro, começo a ficar extremamente excitado. Vou abaixando a minha mão, abro o zíper da minha calça e toco meu pênis, que já está duro, por baixo da cueca, enquanto ela continua a falar suas palavras provocantes.

-Vou mudar de escola e vou morar em outro lugar.

-O quê?

Quando ela diz isso do nada, fico muito triste e, ao mesmo tempo, furioso. Ela só pode estar brincando, sério! Não entendo por que ela fez isso, me excitou e agora diz isso.

Apenas imaginar que terei que viajar para poder tocá-la me deixa ainda mais triste.

-Você está brincando, né? Por que você iria embora? Você não pode me deixar. Como vamos nos ver?

-Pega um avião!

Diz ela, sem jeito.

-Mas é sério isso?

-Sim, Victor!

-Não, amor, não pode ser. Fale com seus pais ou venha morar comigo.

-Você não tem onde cair morto, seu besta.

Diz ela, dando uma risadinha.

-O que tem? A gente dá um jeito.

-NÃO! ela grita. Já está tudo pronto, e no final do ano eu posso ir aí te ver, ou você pode vir me visitar.

-Tá bom, mas saiba que eu te amo muito, muito mesmo.

-Legal, obrigado eu também. Victor, eu tenho que desligar, minha mãe está me chamando, tchau.

-O quê? Eu falei que eu te amo e você diz obrigado?

Quando percebo, estou falando sozinho. Isso tudo me deu uma raiva, como assim, cara? Eu recebo um "obrigado"? Quem fala "obrigado" como resposta para um "eu te amo"?

Foda-se, ela deve ter ficado surpresa ou até mesmo com vergonha. Eu tenho de falar com ela direito sobre isso.

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Já é noite, então decido ir dormir. Tiro minha calça e coloco um calção bem folgado. Estou muito cansado e não tenho mais nada para fazer, a não ser esperar meu pai chegar, assistir TV ou ficar olhando para o teto.

Mas só de pensar no primeiro dia de aula, isso já me deixa um pouco animado. E lembro que verei todos os meus amigos antigos, mesmo os vendo todos os dias. Rio sem perceber.

Por exemplo, meu melhor amigo é meu vizinho. Vejo ele praticamente todos os dias.

Mas lembro que nem todos são meus amigos naquela escola, como o Eduardo Mitchell.

O cara chato. Ele sempre estudou comigo. Parece um vampiro de tão branco. Sempre estamos brigando, mas o que posso fazer? Um dia ele vai se dar mal.

Quando, de repente, em meus pensamentos aleatórios, acabo dormindo. Acabo tendo pensamentos estranhos, coisas que só eu penso. Às vezes, tenho sonhos sufocantes, se você nunca teve, um dia terá.

Trriiiiiiiiiiiii...

Acordo com o alarme despertando. Aleluia! Estava tendo um pesadelo, parecia que estava fugindo de algo.

Então, hoje é o primeiro dia de aula. Vamos lá!

Continua...