Rafa: Eu não estou drogado, já falei isso pro Souza, pro Pasquale e... Você.
Policial: Eu sou o Mendes. E você não está mesmo drogado? Você acabou de me falar que apanhou de duas mulheres, o que hoje em dia é normal.
Rafa: Não é normal, eu não conheço elas.
Mendes: Elas devem te conhecer e olhando pra você, deve ser muito bem. - Segurou o riso.
Rafa: Ta tirando onda com a minha cara, né? Não é possível.
Mendes: Fica calmo, rapaz. Me diga o que aconteceu.
Rafa: Eu já falei para os seus colegas que estava indo na casa da minha cunhada...
Mendes: O que estava indo fazer lá? - Sorriu malicioso.
Rafa: Eu ia ver como ela estava depois de uma briga com a irmã dela. Quando cheguei lá, eu toquei a campainha e ninguém saiu. Quando fui tocar de novo, essas duas loucas me bateram e me jogaram em algum canto. Me machuquei quando fui me levantar porque não vi onde coloquei o pé e estou aqui falando isso pela terceira vez e ninguém acredita em mim.
Mendes: Meu jovem, ta meio difícil de acreditar.
Rafa: E tem mais.
Mendes: Então me diga.
Rafa: Em uma noite que minha... Minha irmã estava bêbada, eu peguei o celular dela que não parava de tocar e fui ver o que era.
Policial: O que era? Não, espera. O assunto não era sua cunhada? Agora é sua irmã?
Rafa: Posso terminar? - Foi rude.
Mendes: Claro, prossiga.
Rafa: No celular dela tinha várias mensagens ameaçando a minha cunhada e eu tenho quase certeza que são essas duas loucas e não duvido que estão na casa da minha cunhada agora.
Mendes: Espera novamente, onde sua irmã entra nisso tudo?
Rafa: Eu não sou irmão da Alex de verdade.
Mendes: Então ta mentindo?
Rafa: Não! Não sou irmão de sangue, mas sou. A Alex namorou a minha cunhada.
Mendes: Meio óbvio. Ainda parece drogado.
Rafa: Mas o namoro já acabou.
Mendes: Então ela não é mais sua cunhada. - Se encostou na cadeira.
Rafa: Ainda sou ou era, não sei. Mas a questão é que eu namoro ou namorei a irmã da Francielle.
Mendes: Quem é Francielle?
Rafa: Minha cunhada, meio óbvio.
Mendes: Bastante confuso. Essa Francielle tem inimigos?
Rafa: Não que eu já tenha visto, mas ela sempre falou que muita gente não ia com a cara dela.
Mendes: Suponhamos que ela deve ser uma santa, um anjo.
Rafa: Longe disso, mas o motivo é outro.
Mendes: E qual é?
Rafa: Três anos atrás a Francielle estava envolvida em um acidente, duas pessoas morreram. Uma no local e outra no hospital. O que era a namorada e o amigo, os pais da namorada nunca culpou a Francielle por nada do que aconteceu. Já os pais do amigo e a irmã dele sim. Tinha a ex da ex dela e a melhor amiga da namorada que morreu. A Francielle sempre falou que eles não iam com a cara dela depois de tudo isso.
Mendes: Essa sua amiga não é fraca não. Espera, por algum acaso sua amiga é a Channel?
Rafa: Francielle Hopper Channel.
Mendes: Filha do Zack e da Ella? Irmã da Alana? - Assentiu. - São meus amigos.
Rafa: Essa aí mesmo. Meus sogros ou ex sogros e minha não sei qual status devo usar. Namorada ou ex. Já pode me ajudar? A filha deles pode ta correndo perigo.
Mendes: Não exagera, meu rapaz.
Rafa: Ok então, depois quero ver você dar a notícia pro Zack. Vai falar o que? Que o genro dele te avisou que a filha dele tava correndo perigo e você não ligou? Ou vai receber o agradecimento dele? Acho que você pode escolher.
Mendes: Tudo bem, vamos ver o que está acontecendo na casa dela e caso não estaja acontecendo nada lá, você vai passar alguns dias aqui comigo, entendido?
Rafa: Entendido.
[...]
Fran: Seja mulher uma vez na vida, Alex. Atira logo.
Gabis: Não faz isso.
Hanna: Vai, Alex.
Mendity: Anda logo com isso. Já perdi a paciência.
Alex: Parem de falar na minha cabeça, porra.
Hanna: É só você atirar e acabou. Não sei porque fica enrolando.
Alex: Eu vou atirar. - Levantou a arma e se virou. - Mas vai ser na Mendity.
Mendity: Eu sabia que ela ia fazer isso, que merda, Hanna.
Hanna: Da essa arma aqui. - Tentou tomar.
Alex: Não. E não chega perto eu atiro em você também. - Apontou para as duas.
Hanna: Você não tem coragem. Abaixa isso.
Alex: Acha mesmo?
Fran: Vocês não sabem fazer as coisas, era só apertar a porra do gatilho.
Alex: Cala a boca, Francielle.
Gabis: Eu preciso de ajuda. - Sua voz saiu falha.
Mendity: Você não preciosa de nada. Fica calada.
Gabis: Eu preciso... - Não terminou de falar e desmaiou.
Fran: Merda! Olha pra mim, Gabriela. - Ela não olhou. - Ajuda ela, Alex... Faça alguma coisa, caralho.
Hanna: Nem pense nisso, eu falei que ela ia sofrer e é isso que vai acontecer..
Fran: Seu problema não é comigo? Então acaba só comigo, desgraçada.
Hanna: Que linda, ela ta defendendo a namoradinha. Sabia que ela não era lésbica? Não, não, ela achava que não era.
Fran: Sabia sim, eu fui a primeira dela e fique você sabendo que ela mandou muito bem.
Mendity: Chega de conversa, ou você atira nela, Alex. Ou me da essa merda e eu faço isso.
Alex: Ou eu acabo com você.
Mendity: Você é frouxa, esse teatrinho de vocês duas se xingando não colou muito.
Alex: O suficiente pra pegar a arma.
Hanna: Eu confiei em você, amor.
Alex: Não me chama de amor. E foi um teatrinho mesmo e vocês... - Foi interrompida pela campainha.
Mendity: Ninguém abre a boca.
Fran: Pode entrar. - Gritou.
Hanna: Filha da puta, cala essa boca. - Correu para cobrir a boca de Francielle.
Mendity: Me da isso aqui. - Aproveitou a distração de Alex e pegou a arma de volta. - Vai ver quem é, Hanna... Melhor, vai você, Alex e se fizer alguma gracinha, sua amada já era.
Mendes: Abra a porta, eu estou ouvindo vozes.
Hanna: Quem é?
Mendes: É a policia.
Mendity: Merda.
Mendes: Vamos, abra a porta.
Hanna: Ouviu ela, Alex. Uma gracinha sua e ela morre. - Apontou a arma para a cabeça da Francielle.
Mendity: O mesmo pra você, Francielle. Só que no caso, você vai levar a culpa pela morte da outra irmã.
Hanna: Vai abrir a porta, Alex. E fala que está tudo bem e manda ele ir embora bem rápido.
Mendes: Já falei que é a polícia, abrem a porta.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.