Rafa: Faça alguma coisa.
Mendes: Estou esperando alguém abrir a maldita da porta, pode esperar?
Rafa: Ouviu a voz da Francielle pelo menos?
Mendes: Não faço ideia de qual das vozes é a dela. Ta pensando que sou o que? Mágico?
Rafa: Francielle é a que mandou você entrar. E não é o mágico que descobre as coisas.
Mendes: Tanto faz. Como vou saber que é ela mesmo?
Rafa: Eu estou falando que é a voz dela. Fala de novo. - Mendes não se negou e apertou a campainha outra vez.
Mendes: É a polícia, abrem a porta.
Alex: Já vai. - Alex gritou e logo abriu a porta. - No que posso ajudar? Rafael?
Mendes: Francielle?
Alex: Ow, não. Eu sou a Alex.
Rafa: Alex?! - Tentou olhar dentro da casa.
Mendes: A irmã dele. A gente pode entrar? Seu irmão me falou algumas coisas e eu preciso conferir.
Rafa: Sai da frente, Alex. - Tentou entrar outra vez.
Alex: Sabe o que é... - Olhou para Rafael e depois para o policial. - Espera, meu irmão?
Rafa: Deixa a gente entrar e falar com a Francielle.
Alex: Você ta todo machucado, o que andou fazendo... Maninho?
Rafa: Alex, pelo amor de Deus. Para de falar feito uma matraca e deixa a gente entrar.
Alex: Já viu as horas? Isso são horas pra visita, Rafael? Ainda mais acompanhado da polícia? Nada contra.
Mendes: Posso falar com a dona da casa?
Alex: Não vai dar, ela ta dormindo desde a hora que acabou a briga com a irmã dela. Acontece.
Rafa: Eu ouvi a voz dela.
Mendes: É, ele ouviu a voz dela.
Alex: Estão ouvindo demais. Agora eu vou voltar pra dentro. - Mendes foi mais rápido quando Alex foi fechar a porta.
Mendes: Eu ouvi vozes diferentes. Com quem estava falando?
Alex: É a TV. Acho que não tem problema assistir um filme essa hora. Ou tem?
Rafa: Você sabe que não mente muito bem, não é? Está sendo péssima nesse exato momento.
Alex: Não enche, Rafael. Volta pra casa e cuida desses machucados.
Rafa: Eu quero entrar, saía da minha frente.
Alex: Já falei que não é hora e a Francielle está dormindo.
Rafa: Me deixa ver... - Rafael olhou para seu peito, onde Alex o segurava.
Alex: Vai pra casa, já falei.
Mendes: É um direito seu não querer a gente aí dentro, mas me responda uma coisa, senhorita.
Alex: Sim.
Mendes: O que seria isso? - Apontou para sua perna. - Então?
Alex: Não sei, deve ser alguma coisa da rua. - Olhou para dentro rapidamente, mas nenhum dos dois percebeu.
Mendes: Ok, tenha uma boa noite.
Alex: Vai pra casa, sério. - Fechou a porta com pressa.
Rafa: Sério? Só isso?
Mendes: Venha comigo. - Saiu puxando Rafael para dentro do carro outra vez.
Rafa: Não, eu quero entrar lá dentro.
Mendes: Só fica quieto? É difícil fazer isso?
Rafa: Não quero ficar quieto. Quero entrar lá dentro.
Mendes: Sabia que você é chato?
Rafa: Sabia, mas eu não ligo.
Mendes: Ainda bem que sabe. - Deu partida, saíndo da frente da casa de Francielle.
Rafa: Não acredito que vamos embora sem fazer nada. - Colocou sua cabeça contra o painel do carro.
Mendes: Só olha. - Parou o carro na rua de trás e pegou seu rádio. - Central, aqui é o policial Mendes. Estou com um suposto sequestro com vítima ferida.
- Aqui é da central. Estou vendo a sua localização e o reforço já está a caminho.
Mendes: Preciso de ambulâncias também.
- Certo. Está a caminho também.
Mendes: Uma última coisa. Sirenes desligadas, não quero assustar os suspeitos e muito menos quero que acabe com uma tragédia.
- Entendido, Mendes.
Mendes: O mais rápido possível. - Desligou o rádio, pegou sua arma para verificar suas balas. - Se isso não for nada, estamos perdidos.
Rafa: Eu sei que tem alguma coisa lá. Eu conheço bem as duas. Já faz meses que nenhuma das duas se quer se olhavam. Imagine a Alex ficar a noite toda aí.
Mendes: Já ouviu falar em recaídas? Já tive várias. Sério, eu espero mesmo que esteja acontecendo algo lá dentro.
Rafa: Por que pediu reforço se você nem acredita em mim?
Mendes: Aquelas manchas no roupa dela não eram nada da rua. Tive quase certeza que era sangue.
Rafael se preocupou ainda mais. Começou a pensar em um jeito de entrar lá dentro, mesmo sem ajuda.
Fran: Nem deixou o policial entrar, que feio, Alex
Hanna: Ótimo trabalho, amor.
Mendity: Senta. - Apontou com a arma.
Alex: Não quero.
Mendity: Senta logo. Você disse que ia matar essa vadia e não fez isso. Não vou mais acreditar em você. Ainda mais que apontou essa merda pra mim.
Alex: Me obriga, sua vadia safada.
Mendity: Como é? Acho que não ouvi direito.
Alex: V.A.D.I.A S.A.F.A.D.A. Entendeu?
Fran: Esqueceu do vaca, cachorra, piranha, puta, sem vergonha, ridícula, palhaça, péssima na cama...
Mendity: Pra mim já chega. - Apontou e atirou em Francielle. - Vai pro inferno.
Alex: NÃO... - Alex estava paralisada no começo, pareceu recobrar sua consciência e correu até Francielle.
Hanna: Merda. Merda. Merda.
Alex: Fran, abre os olhos por favor... - Enquanto chorava desesperadamente, começou a soltar os pés de Francielle. - Por favor, amor... Não me deixa, por favor, por favor, abre os olhos, amor.
Hanna: Não chama ela de amor. - Puxou Alex para longe de Francielle.
Mendity: Que cena patética. Vou até chorar.
Alex: SUA DESGRAÇADA, EU VOU TE MATAR. - Se levantou irritada.
Mendity: Opa, opa. Parada bem aí. - Mirou em sua cabeça. - Ela pediu por isso e a próxima é você.
Alex: Então vai logo, atira, sua vadia. - Colou sua testa no cano da arma.
Mendity: Se quiser se juntar com a sua ex vadia, por mim tudo bem.
Alex: Vai em frente. Me mata. Quero morrer junto com o amor da minha vida.
Hanna: Não, não, não, não. - Tirou Alex da mira de Mendity, ficando em sua frente.
Mendity: Sai da frente, Hanna.
Hanna: Eu não vou deixar você fazer isso. O plano não era esse.
Mendity: Ela vai morrer e se você não sair da frente, você vai junto.
Hanna: Você não seria louca, eu estou com você nessa.
Mendity: Não parece, sai da frente.
Hanna: Você faz o que quiser com as outras duas, com a Alex não.
Mendity: Alex sim, vou mostrar quem é a vadia safada daqui.
Alex: É você, sua ridícula escrota.
Mendity: Morre. - Atirou mais uma vez.
Hanna: NÃO. - Alex e Hanna caíram no chão juntas.
Mendity: Eu mandei você sair da frente, Hanna. Como você foi burra. Agora ta aí, você deveria seguir o plano. Era só acabar com elas e ir embora, mas não, você foi burra, sua idiota. Agora me deixou sozinha... - Mendity olhou para sua mão e depois para o chão. - Merda, eu to sozinha... Caralho.
Mendes: A CASA ESTÁ CERCADA, SAÍAM COM AS MÃOS PARA CIMA.
Mendity: VÃO PRO INFERNO.
Mendes: SAÍAM COM AS MÃOS PRA CIMA, VOCÊS NÃO TEM PRA ONDE IR.
Mendity: SE ALGUÉM ENTRAR, EU MATO TODO MUNDO.
Mendes: VAMOS CONVERSAR.
Mendity: NÃO TEM PORRA NENHUMA DE CONVERSA, SE ALGUÉM ENTRAR, TODAS VÃO MORRER.
Mendes: FICA CALMA, NINGUÉM PRECISA MORRER.
Mendity: Eu preciso sair daqui... - Olhou em volta. - Como vou sair daqui?
Hanna: Não tem mais saída...
Mendity: Você está viva... Você ta viva? - Soltou a arma ao se ajoelhar do lado da Hanna.
Hanna: Você... Atirou em mim, Mendity. Estávamos juntas... Nessa.
Mendity: A culpa foi sua, não era pra ficar na frente dela.
Hanna: Eu... Amava ela. - Suas lágrimas começaram a escorrer.
Mendity: Não, você não amava ela, nunca amou de verdade.
Hanna: Eu amava sim.... Sempre amei... E agora você matou ela... Você matou a vadia... Da Francielle e vai levar a culpa... Por matar a Gabriela.
Mendity: Mas foi você.
Hanna: Olha pra mim, Mendity... Você atirou em mim... Vai ser culpada por isso também.
Mendity: Eu não vou levar a culpa disso tudo sozinha, você não vai morrer.
Hanna: Tenho sangue saindo por todo lado... Esse é o meu fim.
Mendity: Você não vai morrer.
Hanna: Não vou... Nós vamos. No final todas morremos. - Mendity abriu a boca depois que Hanna a baleou. - Esse era o único final pra gente.
Mendity: Você... - Levou sua mão até o lugar sangrando. - Você atirou... Atirou em mim.
Hanna: Conseguimos... A gente conseguiu... A vadia... Já... Era.
Souza: VAMOS, VAMOS... VAMOS ENTRAR AGORA. SE PROTEJAM DE QUALQUER COISA, OUVIMOS DOIS TIROS E MAIS UM QUANDO SÓ O MENDES ESTAVA AQUI, VAMOS ENTRAR AGORA. E OLHOS BEM ABERTOS EM TUDO.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.