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História Eu tentei - Meu sonho


Escrita por: Eric_Elgae

Notas do Autor


Hello pessoas!
Então você se manifestam quando a desgraça acontece né? Hahaha

O capítulo de hoje estava enorme, então eu tive que dividir ele, principalmente por que se eu deixasse tudo junto vocês podiam embaralhar os sentimentos, e aí iam perder o fio da história rsrsrs

Hoje não preciso por nenhum aviso a mais... Apenas preparem o chocolate e alguns lenços ^^

Boa leitura, e nos vemos lá embaixo.

Capítulo 15 - Meu sonho


Fanfic / Fanfiction Eu tentei - Meu sonho

 

Saga permaneceu alguns segundos perplexo em frente ao computador.

-Não pode ser...

Saori se levantou e permaneceu ao lado de Saga. Ela ficou inexpressiva.

-Saori, isso é...

-Eu sei. Mas o que podemos fazer?

Eles se encaravam, Saga aturdido sacudia a cabeça a todo tempo.

-Preciso de água. Como isso passou despercebido...

Saori foi colocar água em um copo para Saga enquanto eu o encarava ansioso. Ele me encarava de um jeito inquisidor.

-Ikki... Isso foi longe demais, como...

-Saga, eu sei, acredite, eu não estou nada bem com isso. Mas nem condições de te chamar antes para contar isso eu tive, eu... Estava em choque. E ainda tem mais, sobre a Pandora eu...

Saga se levantou rapidamente e acabou trombando com Saori, que virou o copo em sua camisa.

-Há não... Desculpe-me Saga.

-Não... Foi, foi culpa minha Saori, me desculpe.

Rapidamente Saga tirou a camisa escura que usava, deixando o tronco a mostra, moldado por uma camiseta regata branca. Não pude deixar de notar que os braços dele eram super definidos, assim como o tórax. Debaixo da camada de roupa social, ele exibia um porte atlético de fazer inveja a qualquer educador físico.

-Eu devo ter uma camisa limpa na minha mala, deixei uma aqui em seu consultório quando retornei de viagem anteontem e acabei esquecendo de levá-la para casa...

-Sim, é verdade. Acho que a faxineira guardou por aqui... Vou falar com ela.

-Eu a acompanho.

Pelo jeito que se olharam pude perceber que eu não estava em bons lençóis.

-Um momento Ikki, já voltamos...

A porta estava apenas encostada. Eles saíram em silêncio, mas pude ouvir um burburinho à medida que se distanciavam.

Eu sabia, sabia que aquilo era... Um grande problema, e o fato de eu ter participado de tudo foi mais chocante ainda.

Ainda faltava falar sobre Pandora... E olha, eu tinha muito a falar.

Não demorou muito, Saga retornou a sala sozinho. Ele entrou me encarando de um jeito estranho.

-Não ia trocar de camisa?

-Já vou resolver isso. Mas estou em um impasse. Ikki, você percebe o que aconteceu aqui?

Ele de repente começou a mexer no celular. Sentou-se na ponta da mesa de Saori, ficando a minha frente. Franziu o cenho, mas continuou encarando o aparelho enquanto falava comigo.

-Eu sei que foi algo bárbaro, mas...

-Não Ikki. Não foi apenas bárbaro. Vamos recapitular o que houve, quero ouvir da sua boca. Pandora Heistein, uma das líderes das empresas Heistein e Yama também, resolveu sabotar as empresas Solo.

-Sim, você sabe...

-Quero que diga em voz alta e com suas palavras.

Saga parecia tão desinteressado pela minha presença que me senti irritado.

-Pandora contratou um funcionário das empresas Solo para espioná-los. O homem chamado Espartan era terceirizado e cuidava da segurança, ele implantou escutas que foram descobertas e por conta disso foi punido.

Saga revirou os olhos mostrando impaciência. Mas continuava atento ao celular.

-Punido?

-Pandora, os diretores Minos, Aiacos e Manthys, auxiliados por um homem chamado Lune e um anão chamado Markino, torturaram e mataram Espartan. Eu estava lá, testemunhei tudo e fui cúmplice na tortura. Mas eu não matei ninguém. Ajudei sim a me livrar dos corpos depois que Lune matou o tal Markino. Tudo foi filmado pelos superiores de Pandora, ocorreu uma transmissão ao vivo naquela noite. Satisfeito Saga? Era isso que queria que eu dissesse?

-Você disse isso ou confessou isso Ikki?

-Mas que diabos, eu confessei tudo. Não precisa disso para me fazer sentir pior, eu...

Saga levantou um dedo. Ele finalmente guardou o maldito celular e me encarou com um olhar que misturava pena, mas satisfação ao mesmo tempo.

Sério, aquele homem era muito difícil de lidar.

-Ikki, é importante que você esteja ciente da gravidade de seus atos. Mas após colocar tudo em palavras assim, diretas, tudo parece mais fácil de encarar não é?

-Não... É um tanto...

Saga se levantou abruptamente. Olhou-me mais uma vez e deu um sorriso estranho.

-Não se preocupe, vai ficar tudo bem. Já volto, Saori não pode ficar me esperando.

Ele saiu da sala rapidamente, da mesma forma que entrou. Fiquei irritado, mesmo, ele podia simplesmente esperar que eu terminasse de falar, mas não...

Quase dez minutos depois, ele e Saori entraram na sala. Saga terminava de abotoar o último botão de uma camisa branca.

-Desculpe a demora.

-Não por isso.

-O que decidiram?

Saga e Saori se encararam uma vez mais.

-Isso vai ficar entre nós, não é?

Saga me encarou de maneira fria.

-O sigilo médico-paciente me impede de chamar a polícia, mas meu senso de moralidade me obriga a acionar a justiça. Por hora, me limitarei ao que posso fazer: averiguar o que o levou a participar disto.

Senti-me aliviado. Pelo menos neles eu podia confiar.

-Não vai...

-Não posso envolver a polícia nisso, nem Saori. Você teria que contar tudo a polícia, e isso poderia gerar um processo contra Pandora e todos os envolvidos... Porém, precisaríamos de provas que não temos e provavelmente você seria preso. Não, deixemos isso para lá.

Eu me senti mais tranquilo de certa forma, mas ainda estava um tanto quanto incrédulo.

-Então...

-Já disse Ikki... Eu vou me limitar, ainda que contra a minha vontade.

E ele olhou Saori de forma atravessada nesse momento.

-Vamos focar no seu tratamento. E claro, como se sentiu com toda essa situação. Você quer me contar algo sobre Pandora?

-Sim.

Um telefone tocou naquele momento. Saga mexeu no bolso da calça e atendeu, sério.

-Ei. Está chegando?

-Quer fazer o favor de largar esse celular?

Saga me olhou fazendo uma careta de dúvida e abanou a mão como que a me falar para esperar. Resmungou algumas coisas, tamborilou os dedos na mesa e então suspirou.

-Não precisa, mesmo. Agradeço a disposição, mas acho que não preciso de ajuda. Mais tarde nos vemos, se quiser jantar comigo...

Saori não se sentou mais, ficou de pé andando de um lado a outro. Saga desligou.

-Era meu irmão. Eu pedi que ele viesse falar com você, sobre as impressões dele em relação a Pandora, mas não há necessidade disso. Você sabe que ela não é o tipo de pessoa que deve se envolver.

-Eu... Estou preocupado.

-Nós também, Ikki. Nós também.

-- -- --- -- --

Contei a Saga todas as minhas preocupações. Ele disse que o fato de eu ter ido tão longe apenas para saber mais sobre Pandora, mesmo com todos os indícios e avisos, mostrou mais dois traços preocupantes de transtorno de imagem: ir a extremos para obter carinho o apoio dos outros, a ponto de oferecer-se para fazer coisas desagradáveis era um deles.

Aleguei que não fiz isso para obter carinho nem apoio da Pandora, mas sim para seguir um conselho dele, queria descobrir mais dela. Saga me disse que eu ter seguido em frente mesmo com todos os alertas indicava que eu estava realmente afeiçoado a ela, e a ideia de perder essa “válvula de escape” no fundo me incomodava. De fato, era estar com Pandora e eu esquecia Seiya e a agonia que me tomava por estar longe dele. Quando realmente aceitei isso, Saga apontou o próximo aspecto: inconscientemente eu busquei um novo relacionamento como fonte de carinho e amparo, pois sentia que meu relacionamento com Seiya além de insuficiente para minhas expectativas estava prestes a se romper.

Claro, na minha cabeça.

Saga alegou ainda que eu me apegara por Pandora mais do que podia imaginar por que ela era diferente dos meus últimos casos. Além de obviamente eu estar me relacionando com uma mulher, ela não havia feito nada sexual comigo que fosse além do básico. Não havia nada além de lingeries, danças, óleos perfumados e motéis diferentes.

Sim, eu vira os vídeos em que ela praticava sadomasoquismo. Eu vi vídeos em que ela penetrava mulheres e homens com consolos.

Eu vi vídeos em que ela humilhava, pisava e torturava os parceiros sexuais. Mas apenas vi, comigo a coisa era diferente.

Por isso Saga afirmou que eu tinha criado um laço mais forte com ela do que conseguia enxergar. Mas ele bateu na tecla: eu deveria romper com isso o quanto antes ou eu sairia dessa situação com ela gravemente ferido.

Dessa vez eu nem podia teimar, por que depois de tudo...

Saga e Saori se despediram de mim, iríamos nos encontrar no dia seguinte a noite na festa dos sócios de Saori. Saga me passou um exercício de desenho e escrita para ser feito antes da festa, para que eu me preparasse para o provável encontro com Seiya.

Fui embora aliviado por ter desabafado. Mas preocupado e considerando tudo que deveria fazer dali pra frente.

Pesei na balança os prós e contras.

E tomei minha decisão.

-- -- --- -- --

-Você só pode estar brincando.

-Não estou brincando. Preciso ficar um tempo sem te ver.

-Mas por que isso agora? Não estamos nos dando bem?

-Estamos. Muito. Mas eu estou resolvendo um problema. Preciso ficar sozinho, pra... Pensar com clareza.

Pandora me olhava indignada.

-Eu não aceito isso Ikki. Ninguém nunca me disse algo parecido.

-Ninguém nunca te disse que precisava ficar sozinho?

-Ninguém nunca recusou minha companhia. As pessoas correm atrás de mim. Raramente eu vou atrás, convido para estar junto comigo ou coisa do tipo.

-Pandora, não faça escândalo. Não somos namorados e nem isso é um término ou coisa do tipo.

Ela arregalou os olhos, a cor violeta brilhou de forma insana.

-Oras, seu...

-Eu preciso ficar sozinho e vou fazer isso. Não me procure por um tempo, se não quiser ficar chateada. Quando eu puder, vou atrás de você. Se ainda quiser me ver, então nós...

Mas ela simplesmente me encarou, como no dia em que derrubara o grandalhão no bar. Erguendo o rosto com altivez, ela se virou e saiu sem dizer nada.

-Ei... Pandora, espera...

-Vai se arrepender por isso. Ninguém me diz que vai deixar de me ver... Ninguém.

E assim ela se foi. Pelo menos por algum tempo.

Um tempo bem menor do que eu imaginava.

-- -- --- -- --

Nem fui trabalhar no dia seguinte. Minha ansiedade estava a mil, mal dormi direito. Acabei cochilando a tarde, depois de ter feitos os exercícios que Saga mandou. Ainda falei com Shun antes de sair, e fiquei um bom tempo fazendo com que ele risse. June iria acompanhá-lo a festa, e ele disse que me daria detalhes quando chegássemos lá. Provoquei-o, mas pedi conselhos sobre roupa. Por fim, acabei decidindo por uma camisa azul marinho com as mangas dobradas, uma calça branca e sapatos pretos. Após me encarar no espelho, me senti mais confiante.

Eu estava bem. E bonito. E preparado para o que quer que acontecesse.

A festa seria literalmente uma bagunça. Saori organizava uma dessas a cada quatro meses para que todos pudessem interagir e se divertir, ainda que fossem obrigados a comparecer. Ninguém se importava com isso na verdade. A bebida, comida, música e diversão rolavam soltas.

Dessa vez iríamos para um sítio a meia hora do centro da cidade. Eu dirigi tranquilo, e confesso que me esqueci da Pandora desde a hora que nos despedimos, por que estava focado em Seiya e em mim. Cantei uma musica qualquer no rádio, e quando cheguei já tinham começado a bagunça, pois o barulho podia ser ouvido de longe.

Estacionei em uma ruazinha deserta. Como sempre, Saori escolhia casas e espaços enormes para fazer essas festas. A casa deveria ter uns três andares, estava toda iluminada e tinha muito mais gente do que das ultimas vezes.

Fui passando entre as pessoas buscando por algum conhecido. O clima era pura descontração. Andei pelo térreo e não vi ninguém conhecido. No primeiro andar, tive sorte. Bastou sair das escadas, trombei com Hyoga.

-Olha por onde anda. E eu achei que a festa não era a fantasia.

-Fantasia?

-É, senão por que motivo você viria vestido de Barbie?

-Muito engraçado, Ikki. Há.

Ficamos ali nos provocando, e Hyoga me levou até uma sala em que tocava uma música eletrônica super alta. Luzes coloridas piscavam o tempo todo. Logo menos pude ver uma mesa cheia, e todos estavam ali.

Saori ria de algo ao lado de Shina, Marin e Seiya. Shiryu estava conversando algo com Shun, que estava ao lado de uma June que não parava de mexer o corpo, e encarava meu irmão, ansiosa. Hyoga sorriu ao chegarmos ali.

-Olhem quem eu achei perdido por aí.

-Ikki!

Seiya se levantou e me deu um abraço apertado. Senti um cheiro forte de álcool assim que ele me envolveu. Por um segundo me permiti ser abraçado.

Ele cheirava tão bem, o seu corpo morno no meu me tirou da terra por alguns instantes. Processei tudo isso em segundos, e o afastei fazendo graça.

-Sai pra lá Seiya, não sou a Saori não.

Todos riram, inclusive a Saori que me encarava de maneira analítica. Mas como sempre, disfarcei bem. Ele nem se importou com isso e continuou falando após passar uma mão sobre os meus ombros.

-Gente, não liguem por mau humor dele. Hoje é dia de festa e eu juro que vou fazer você se soltar ou não me chamo mais Seiya.

Ri, mais afetado pelo clima do que podia imaginar. Como eu queria esquecer os últimos acontecimentos, acho que desliguei a parte do meu cérebro responsável pelas lembranças.

Muito contra a vontade, me desvencilhei do Seiya e fui sentar perto da June. Ele voltou pra junto de Saori e das outras, e começou a mexer com Shiryu, que ficava o afastando sem sucesso, para logo depois ser abraçado e cutucado de novo.

-Acho que ele está mais empolgado do que deveria.

-Oi?

-O Seiya. Desde que chegou aqui não para de beber e falar besteira. Vocês são praticamente santos de aguentar isso. É sempre assim?

-Olha June... Posso te dizer que é sim. Pior as vezes. O Seiya é completamente...

-Sem noção?

Rimos juntos, e finalmente Shun conversou comigo. June estava claramente aborrecida com ele.

-Ikki! Desculpa, nem vi você direito.

-Tudo bem Shun. Antes de tudo, por que você não vai dançar um pouco...

Fiz sinal com a cabeça pro lado de June e ele entendeu. Sem graça, ele a convidou para ir pra pista, e ela após fazer um charme, pegou a mão dele e praticamente o carregou para a pista.

Eu peguei um copo de qualquer coisa colorida com álcool e comecei a beber devagar. Fiquei observando todos na mesa. O clima ameno foi realmente contagiante e todos estavam tranquilos e a vontade.

-Há não. Chega. Meninas, querem alguma coisa?

Shiryu se soltou de Seiya, que fez uma careta e mostrou a língua pra ele. As mulheres riram, e pediram algumas coisas. Shiryu pediu que Hyoga o ajudasse, e os dois escaparam da mesa claramente aliviados por uns instantes de folga. Seiya voltou sua atenção para Saori e as outras, e começou a encher o saco.

Claro, era culpa da bebida. Mas pelo olhar de Marin em direção a ele, logo alguém ia acabar apanhando. Tentando me aproveitar um pouco da situação e amenizar as coisas, mexi com ele.

-Seiya, por que não vai dançar? Sei que você adora esse tipo de música, e as meninas precisam de um tempo sozinhas.

-Sozinhas pra que? O que elas tem que fazer sozinhas?

-Conversar, coisas de mulher. Vai, vai dançar um pouco. E chega de beber...

-Háaaaa, me deixa Ikki. Eu quero...

Ele parou por alguns segundos e ficou com cara de bobo olhando pra Shina. Não entendi muito bem, mas Marin e Saori estavam com uma expressão muito zangada naquele instante.

-Vem, eu vou com você pra pista. Você não falou que ia mudar de nome se não fizesse eu me soltar hoje?

-Falei?

-Falou sim. Vem, anda logo, vamos dançar antes que eu mude de ideia.

Eu que devia estar bêbado mesmo, por que agir daquele jeito era totalmente diferente do meu comportamento habitual. Até o Seiya, muito bêbado, conseguiu estranhar por um segundo.

-É... Tá bom, vou te ensinar a ser menos duro.

Nem olhei para Saori, por que sabia que ela deveria estar com aquela cara de análise pra mim. Mas ali não estava acontecendo nada demais.

Para quem visse de fora, eram apenas dois amigos dançando em uma festa. Simples.

Para mim, era um sonho se realizando. Um daqueles sonhos que você nem se permite ter por que tem medo de nunca acontecer.

Fomos pro meio da pista e o Seiya não parava quieto. Eu ria com o jeito esquisito dele, se remexendo de qualquer jeito, claramente fazendo graça pra que eu risse. Ele subia, descia, rebolava, ia de um lado a outro, me empurrava, me puxava e tentava de todo modo me fazer pagar mico como ele.

Demorou um pouco até que ele ficasse cansado. Por sorte, isso aconteceu bem na hora em que as luzes quase se apagaram totalmente e uma música lenta e tranquila começou a soar. Todos que estavam frenéticos pararam e tomaram um par para dançar. Eu já ia sair da pista com o Seiya, quando ele me surpreendeu.

Segurando a minha mão quando eu o chamei para sair, ele me puxou de volta, e a milímetros do meu rosto ele sussurrou cansado:

-Há, dança comigo essa vai...

Eu honestamente senti como se o mundo parasse naquele instante. Eu sabia que ele estava bêbado, mal parava de piscar, e com certeza nem se lembraria daquilo depois.

Mas o que mais eu podia fazer? Engoli em seco e me deixei ser puxado.

Ele era um pouco mais baixo que eu, portanto de forma relutante, pousei os braços ao redor de sua cintura. Ele riu aproximando mais o corpo do meu e logo jogou os braços ao redor do meu pescoço.

-Um casal perfeito, não acha?

Minha resposta foi um riso nervoso, enquanto ele sorria. Começamos a nos mover para lá e para cá, e ele exibiu do nada uma expressão maliciosa.

-Que cara é essa, Seiya?

-Nada... Sabia que você...

Céus, o mundo podia parar ali pra mim.

-... Está lindo hoje?

-Como é?

-Você tá lindo hoje, Ikki. Um gato.

Eu gaguejei, mas foi sem querer.

-Eu... Eu...

-Sabe que até me bateu uma curiosidade aqui?

Fechei a cara. Precisava me manter mais sóbrio do que ele, obviamente aquilo era efeito da bebida.

-De que diabos você está falando?

Eu sempre achei aquela descrição de novela e livros românticos estúpida e irreal, mas naquele momento eu senti o quanto de verdade ela possuía.

Minhas pernas ficaram bambas. Seiya aproximou o rosto do meu e sussurrou no meu ouvido:

-Ikki, eu posso te beijar?

O mundo parou naquele momento pra mim, enquanto o hálito morno e alcoolizado dele batia na minha pele, e a voz fina me causou um arrepio nas costas inteiras. Eu pensei um zilhão de coisas enquanto tentava processar que o cara que eu amava estava ali, nos meus braços, me pedindo um beijo.

Mas ao mesmo tempo eu considerava todos os contras da situação.

Se eu o beijasse, iria ficar mais apaixonado do que nunca. Mas sairia machucado, afinal eu sabia que aquilo era culpa do álcool. Não havia nenhum outro motivo além da bebida para o Seiya do nada querer me beijar. Ele era meu amigo, e nada mais. Mas se eu não o beijasse ali, quando iria ter outra chance como aquela?

Com toda a certeza Saori deveria estar de olho em nós, o que ela iria dizer? E os outros, se nos vissem... Aos beijos no meio de uma dança lenta?

Acreditem quando eu digo que queria beijá-lo... Mas eu tinha medo do que pudesse acontecer depois.

E se ele se lembrasse e resolvesse se afastar?

E se algo desse errado entre nós dois?

O beijo era mais arriscado do que tudo, não tinha consequências positivas que cobrissem as negativas...

Tudo isso passou pela minha cabeça naquele instante.

E eu fraquejei.


Notas Finais


Link da imagem do capítulo: http://www.deviantart.com/browse/all/fanart/digital/other/?view_mode=2&order=14&q=Saint+Seiya+Yaoi

Juro que eu tentei (badunts) achar uma imagem dos dois próximos assim sem armadura, mas não consegui ;(

Poxa, finalmente um momento de alegria pro pobre Ikki. Aposto que ele vai tatuar a data desse dia hahaha

Nos vemos em breve, breve mesmo...

Beijos e abraços e até mais!


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