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História Eu, você e os bilhetes de amor - Algo de errado não está certo


Escrita por: YOUGOT7JAMS

Notas do Autor


Olá, meus amores! ❤️✉️
Queria agradecer a quem me mandou bilhetinhos de amor no twitter. Suspeito que sejam de duas pessoas diferentes, mas uma delas não é exatamente... digamos, secreta. Você mesma, Giova Mello. Eu fiquei muito feliz com as cantadas, viu? Obrigada a quem mandou :)
Só passando aqui rapidinho mesmo pra postar esse capítulo.
Me perdoem se tiver erros, e boa leitura!

Capítulo 3 - Algo de errado não está certo


Fanfic / Fanfiction Eu, você e os bilhetes de amor - Algo de errado não está certo

A pressa é inimiga da perfeição. E de pressa eu tinha um bocado, bicho. Principalmente quando eu estava ali, tentando pescar o papel dobrado no meu bolso como se minha vida dependesse disso, com os dedos tremendo à beça vasculhando as calças jeans. O maldito bilhetinho parecia ter se enfiado numa dobra secreta do tecido.

Sem que eu me desse conta, porém, de repente lá estava ele, rodopiando entre meus dedos enquanto eu o desdobrava com impaciência. Não pensei duas vezes, e logo eu estava quase esfregando a folha amassada na fuça do sujeito.

— Esse bilhete... — balancei o troço diante de seu rosto, vendo-o franzir a testa. — Foi você que escreveu?

Respirei fundo ao vê-lo apanhar o papel, tentando ler as palavras rabiscadas nele. Aqueles segundos pareceram uma eternidade, tanto que eu até consegui admirar secretamente sua expressão concentrada enquanto lia o bilhete. Até que, com apenas uma resposta rápida e cruel, senti meu coração ser pisoteado com a força de um halterofilista em final de Olimpíada.

— Não.

Eu quase podia ouvir aquela trilha sonora exagerada de desenho animado soando na minha cabeça, representando o quanto eu estava decepcionado. Estava até esperando a bendita bigorna cair magicamente em cima da minha cabeça, mas ela não veio.

— Então... Quem foi? — perguntei num fio de voz. Minha autoconfiança foi parar lá no cafundó do Judas.

Yixing pareceu não entender o motivo de eu estar tão abatido, mas deu um sorrisinho mesmo assim, como se aquilo pudesse me animar.

— Foi o LuHan — explicou, apontando para as letras escritas à lápis. — Foi ele que fez a lista das comidas e bebidas da festa, já que meu coreano não é dos melhores.

Dei uma espiada marota na coisa, observando as palavras quase encobertas pelos dedos que seguravam o papel.

Macacos me mordam! Eu só podia ter nascido destinado a sofrer. Numa vida passada, devo ter dado a última martelada no prego de Jesus pra merecer isso.

Eu tinha pegado a folha errada! Que baita micão.

— Ah... — murmurei, sem graça, pensando em quais seriam minhas vantagens se eu saísse correndo e não voltasse nunca mais. — E por que você não pediu pra ele te ajudar? Vocês são melhores amigos, certo?

Ele coçou a cabeça, envergonhado.

— LuHan e Minseok estão no comitê de organização do Festival de Inverno. Eles têm apenas dois meses para resolver tudo, então não quero atrapalhá-los. — Ele segurou novamente em meu pulso, quase me arrastando até a lateral da quadra. — Sei que já pedi muito, e minha vó diz que é feio incomodar os outros, mas você pode me ajudar com o alongamento?

Endireitei meus óculos, uma mania estúpida que eu tinha para dissimular o nervosismo.

— A-alongamento?

— Abdominais e coisas do tipo.

Quis dar um peteleco em sua testa e dizer-lhe que abdominal não é um alongamento. No entanto, quando se tem um garoto bonito usando shorts soltinhos e querendo fazer alguns exercícios bem na sua frente, quem sou eu para destruir o sonho alheio?

E foi assim que acabei segurando seu tornozelo, deixando uma de suas pernas bem esticadas enquanto ele mantinha o corpo deitado no piso da quadra. Yixing tinha uma expressão de alívio, como se a posição fosse de certa forma confortável. Mesmo assim, ele não deixava de soltar alguns resmungos quando me pedia para empurrar um pouco mais para frente, sentindo as fibras de seus músculos se alongarem.

Quando ele se levantou, puxando a própria perna para trás, foi em meu ombro que ele se apoiou para não perder o equilíbrio. Com nossos corpos frente a frente e àquela distância quase mínima, minha respiração descompassada batia contra a sua clavícula exposta pela regata larga, mas ele não parecia se importar.

De início, segurei a respiração durante os trinta segundos em que ele permaneceu ali, seus dedos apertando meu ombro de leve, até recuperar todo o ar quando ele trocou para a perna esquerda. Por fim, acabei me dando conta de que aspirar o seu cheiro, mesmo com nossos rostos tão próximos, era melhor do que parecer desesperado como um peixe fora d’água.

O pior ainda estava por vir.

Seu movimento seguinte, após incontáveis exercícios onde o ajudei empurrando suas costas ou deixando seus braços bem esticados, foi deitar de costas no chão novamente. A tão temível abdominal estava por vir, e eu respirei fundo quando vi o garoto dar tapinhas nos próprios joelhos.

— Você pode segurar as minhas pernas? — perguntou, já as deixando dobradas e encostando a cabeça contra o piso gelado. — Não consigo fazer o exercício direito porque elas ficam subindo.

Se um cara bonito pede para você fazer uma joça dessa, meu irmão, fica impossível recusar.

— Assim? — murmurei, envergonhado, agachando à sua frente e praticamente envolvendo suas panturrilhas num abraço. Meus cabelos caíram sobre os olhos com o movimento súbito, mas os óculos permaneceram intactos. Amém, igreja!

Em resposta, Yixing levantou o tronco apenas o suficiente para me puxar mais para frente, grudando meu peito às suas canelas.

Sem dizer coisa alguma, o sujeito se deitou e iniciou seus movimentos, erguendo o corpo até completar uma abdominal completa. A parte ruim, que fazia meu coração dar indícios de problemas cardíacos e meu pulmão doer por prender a respiração, era quando ele se inclinava para perto, nossos rostos ficando a mínimos e perigosos centímetros um do outro. Por vezes, entre um movimento e outro, a pontinha de seu nariz roçava de leve no meu, fazendo uma onda de nervosismo me atingir por inteiro.

Quando a primeira série terminou, eu não sabia como ainda estava em condições de segurar suas pernas, que ele acabava levantando acidentalmente toda vez que impulsionava seu corpo.

— Que estranho... — ele comentou durante a pausa para o descanso. — Meu rosto está ardendo.

— É normal, já que você está se exercitando — expliquei, embora algo me dissesse que ele não estava se referindo à atividade física.

Mesmo com as mechas irritantes de cabelo sobre meus olhos, eu ainda conseguia vê-lo com perfeição. Seu rosto estava todo vermelho, as pontas dos fios escuros grudando na testa, e com seu peito subindo e descendo graças a respiração pesada.

A segunda série começou, e Yixing parecia se demorar por mais tempo do que o necessário quando nossos rostos se aproximavam, como se ele quisesse aproveitar os poucos segundos para buscar meus olhos por trás das lentes. Em um de seus movimentos, ele se deteve ali, com o corpo inclinado para perto do meu, só para afastar os cabelos dos meus olhos.

— Meu rosto está realmente quente, presidente — falou, daquele jeito tão ingênuo com o qual eu ainda estava aprendendo a lidar. — Sinta você mesmo.

E então, com a maior naturalidade do mundo, Yixing puxou uma de minhas mãos e a guiou até a lateral de seu rosto, para que eu pudesse sentir por conta própria a temperatura.

— É normal que você se sinta envergonhado — sussurrei, como um mantra, mais para mim mesmo do que para ele.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Envergonhado?

— É-é... Sabe, quando você fica perto demais de alguém e suas bochechas ficam vermelhas. Ou quando seu coração bate forte e você não consegue respirar direito.

Yixing adotou uma expressão pensativa, sorrindo como se tivesse encontrado a resposta para a origem do universo.

— O nome disso é asma.

Fui obrigado a gargalhar bem alto. Ver que o garoto não entendera a graça da coisa só me fez rir mais ainda, segurando meus óculos para que eles não caíssem.

No fim das contas, ele acabou rindo comigo, mesmo não tendo entendido ainda o que diabos era tão engraçado. Quando a terceira e última série de abdominais começou, eu já estava me sentindo mais à vontade de estar tocando diretamente sua pele, envolvendo meus braços ao redor de suas pernas.

Apesar disso, eu ainda respirava fundo e fechava meus olhos quando seu rosto se aproximava, nossas respirações mornas parecendo se perder uma na outra quando encostávamos os nossos narizes. Era apenas a pontinha, num toque quase superficial, mas era estranhamente bom. Mesmo com nossos lábios perigosamente próximos, Yixing não cruzou a distância entre eles.

Foi quando percebi que talvez – apenas talvez – eu desejasse aquilo.

Talvez eu quisesse ser beijado por Zhang Yixing.

 

✉️

 

ABSdeNutella: Cada dia fico mais surpreso com a crueldade do ser humano.

Revirei os olhos, já imaginando sobre o que seria todo aquele drama. O garoto com quem eu falava há anos, e que eu desconfiava ser da minha sala, costumava se interessar mais por comida do que por pessoas. A não ser que o assunto fosse seu melhor amigo, por quem ele tinha sérios probleminhas.

Eu jamais perguntava o nome dos estudantes que se confessavam para mim ou pediam por conselhos. Era quase como uma regra implícita. Se eu não revelava a minha identidade, não podia exigir conhecer a deles. O gozado é que, sem se dar conta, o maluco acabou falando o próprio sobrenome durante uma de nossas conversas. Tive que aguentar o pentelho fazendo o maior escarcéu, dando um chilique doido por ter revelado parte do seu nome, mas no fim tudo se resolveu com um “prometo não contar a ninguém” e alguns conselhos para manter a matraca fechada nas horas certas.

Apesar de existirem vários Byun no nosso colégio, nem todos eles eram viciados em coxinha. E talvez seja por isso, e também pela minha desconfiança anterior, que eu tenha chegado à conclusão de que aquele guri era ninguém mais, ninguém menos, que Byun Baekhyun. O que, consequentemente, me levou a crer que MestreYoda só podia ser Park Chanyeol.

Uma história meio doida, sem eira nem beira, onde os dois sofriam do mesmo mal: eram ambos completamente apaixonados um pelo outro, mas eram lerdos pra burro e jamais perceberiam isso sozinhos.

Se tudo desse certo, em breve eu seria capaz de fazê-los perceberem que o sentimento é recíproco.

TheCounselor: Por quê? Quem foi cruel com você?

Eu não estava nem minimamente interessado no troço, mas o meu papel era fingir que sim. Afinal, depois de tantos anos o aconselhando, era como se fôssemos amigos.

ABSdeNutella: Briguei com uma garota hoje na escola por causa de uma coxinha. Me senti horrível por ela... Pela coxinha, não pela menina. Amassei meu salgado todo.

Bingo! Ali estava a prova mais do que concreta de que eu estava certo.

TheCounselor: Uau, que coisa terrível. Ela não tem coração?

Enviei um coração partido, esperando que ele entendesse minha ironia. Para variar, minhas piadas não eram boas nem nas redes sociais.

ABSdeNutella: Exatamente! Que alívio. Finalmente alguém que me entende.

Com toda certeza, pensei.

TheCounselor: Fez bem. Coxinhas primeiro, garotas depois.

Mas aquela não era de fato a minha opinião, e seu status mudou de online para offline quando, minutos mais tarde, eu voltei a ser o mais careta possível e o aconselhei a tratar melhor as garotas.

Foi quando MestreYoda – o sujeitinho de quase dois metros chamado Chanyeol – resolveu dar as caras. Ora bolas! Aqueles dois eram sintonizados até na hora de encher o saco. Amor verdadeiro, não há dúvidas.

MestreYoda: Ei, cara!

MestreYoda: Conselheiroooo!

Suspirei, derrotado. Era o fim da picada.

MestreYoda: Pensei num plano infalível para seduzir o meu melhor amigo. É o melhor plano do universo, você vai ver!

No fim, aquele foi o pior plano que já ouvi em toda a minha vida.

 

✉️

 

Ser o professor de álgebra do meu admirador quase-secreto parecia ser o pior dos pesadelos. Parecia, até eu descobrir que ficar encarregado de ser o dicionário ambulante do sujeito era ainda pior.

Tudo começou quando ele disse alguma coisa maluca, que só fazia sentido na sua cabeça, e eu acabei soltando o famoso “vai catar coquinho, Yixing.” O problema é que o garoto achou o troço um barato. Ficou todo animado quando perguntou o que a expressão significava, seus olhos praticamente brilhando pelo mundo recém-descoberto. Fiquei tentado a dizer que garotos heterossexuais como ele não deveriam dizer aquelas gírias meio tiradas do fundo do baú, e que ele perderia toda aquela pose de cabra-macho conquistada naqueles anos de um ensino médio glorioso. Para variar, não falei coisa alguma, e no dia seguinte Yixing já estava lá, berrando “Vai se catar, cotoquinho!” pelos corredores como se fosse a coisa mais legal do mundo.

Eu é que não iria contar a ele que a frase estava um pouco errada. Que o salafrário descobrisse sozinho.

Não era a minha intenção virar seu dicionário pessoal, nem de longe, mas antes que eu me desse conta já estava explicando com todo o cuidado do mundo o que ripa na chulipa significava. Às vezes, o desalmado até usava as palavras novas que aprendia para escrever os bilhetinhos, o que só deixava claro o quanto meu vocabulário antiquado soava patético. E, também, deixava mais do que óbvia a identidade do autor das benditas cartas.

Numa manhã de sexta-feira, as famosas borboletas no estômago pareciam agitadíssimas, ansiosas para saber quais absurdos ele teria escrito no bilhete daquele dia. Como sempre, abri o armário daquele jeito meio desconfiado, esperando que algum papelzinho escorregasse até meus pés. Olhei para baixo, vendo que nada havia caído. Quando revirei meus materiais à procura de alguma folha suspeita escondida entre os livros ou presa nas laterais do cubículo de metal, não encontrei nada.

Fiquei um tanto cabisbaixo, admito. Não estava no melhor humor quando caminhei até a sala, mas ainda assim consegui me animar um pouco quando Baekhyun – o garoto da coxinha – aceitou numa boa me ajudar a comprar as comidas da festa do Yixing. “Numa boa”, também conhecido como “Me paga um pacote de Doritos e tá tudo certo, parça”.

No final das contas, apenas alguns minutinhos antes da aula começar, lá estava eu perambulando pelo refeitório em busca de um pacote daqueles salgadinhos que o moleque tanto gostava. Todos aqueles cinco centavos de troco que já recusei nessa vida, agora pensava seriamente em pegar de volta. Porque, apesar de o baixinho guloso ter me livrado do trabalho de correr atrás da metade dos itens da lista – e também de procurar por mais algumas guloseimas decentes no supermercado –, gastar parte do meu dinheiro naquele troço fedido não parecia valer a pena.

Por fim, acabei voltando pelo corredor principal carregando o troço fedido numa sacolinha, passando novamente pela seção de armários próximos ao meu. O sinal que anunciava o início das aulas já havia tocado, e o colégio estava bastante silencioso. Exceto, é claro, por uma voz um tanto desesperada, soando bem perto dali.

— Me devolve isso, Yifan — alguém reclamou, e não precisava ser nenhum gênio para reconhecer o sotaque chinês de Yixing, que parecia ficar ainda mais carregado quando ele ficava nervoso. — É sério, cara. Eu estou atrasado.

Como o bom bisbilhoteiro que sou, fiquei ali espiando, escondido atrás de uma fileira de armários vermelhos.

O garoto alto, provavelmente outro chinês do time de basquete, ergueu um dos braços acima de sua cabeça, tentando deixar o objeto em sua mão inalcançável.

— Qual é, Zhang! Você não vai mesmo me contar? — perguntou, balançando um pedaço de papel no ar. — Se você disser quem é a garota, posso até te ajudar a desenrolar.

Mesmo à distância, era possível ver seus olhos duplicarem de tamanho.

— Por que eu gostaria de desenrolar uma garota?

Yixing não era nenhum nanico perto do tal Yifan. Inclusive, se quisesse, podia alcançar o bilhete com um salto, mas ele provavelmente achou que não valia o esforço. Ou simplesmente pensou que conseguiria convencê-lo apenas pedindo com educação. O sujeito tinha mania de achar que todo mundo era bonzinho.

— Vai, fala sério. Quem é a garota?

O grandalhão abaixou ligeiramente o braço após perceber que não havia qualquer investida.

Yixing balançou a cabeça negativamente, recusando-se a responder.

— O grande Zhang tá paquerando pela primeira vez! — o moleque mais alto gritou, mas ele não estava se direcionando a ele, ou a qualquer alma penada que se dignasse a ouvi-lo. Aquelas palavras eram para mim. — Vamos lá, presidente. Diga pra ele nos contar quem é a menina de sorte!

Eu não sabia quando havia saído do meu esconderijo para observar um pouco mais de perto, mas o fato é que eu estava ali, apenas alguns metros atrás deles.

— E-eu...

Estava quase me aproveitando do meu cargo no conselho estudantil para repreender o cara por estar falando tão alto no corredor, mesmo que seu tom de voz não fosse de nenhum modo grosseiro. Ele parecia ser do tipo simpático, embora sua expressão sempre dissesse “podia estar em casa dormindo, mas sem querer vim parar aqui”.

Algo me dizia para entrar no jogo e arrancar de Yixing alguma confissão sobre os bilhetes, mas provavelmente era tudo obra do capetinha no meu ombro esquerdo tentando dar uma de esperto. O garoto parecia desesperado, tentando se preparar psicologicamente antes de ter sua paixonite exposta, e foi isso que me fez ter uma reação mais estúpida do que qualquer outra que já tive na vida.

Quando Yifan abaixou o braço, distraído, cruzei a distância entre nós com uma rapidez impressionante. Demorei mais que o normal para sair do útero, então era de se esperar que um preguiçoso como eu jamais fosse se atrever a correr desse jeito, muito menos na direção de um pau de sebo tão descomunal como aquele. Mas eis que eu puxei o papelzinho de suas mãos, agarrando-o com incrível facilidade, e – sebo nas canelas, meu chapa! – corri dali como o diabo corre da cruz.

Amassei o papel entre os dedos, correndo como se minha vida dependesse daquilo. Eu não era rápido, e o ar já começava a faltar antes que eu chegasse ao pátio, então não me surpreendi de ver Yixing correndo ao meu lado. Ele era muito mais rápido, e logo era a mão dele que segurava a minha para me forçar a ir mais depressa, fugindo em direção aos portões.

Não fugíamos de ninguém, no final das contas, e sabíamos disso. Wu Yifan não era nenhum rebelde sem causa para vir atrás de nós por um mísero papel rasgado. Mas isso não era importante. Porque, para mim, o incrível não era ter salvado o bilhete ou qualquer outra coisa do gênero.

O incrível era correr com Yixing.

Quando paramos a poucos metros do muro do colégio, o garoto não soltou a minha mão, e eu finalmente me permiti sentir o nervosismo adolescente que fazia meu coração bater esquisito. Esperava que ele não visse minhas bochechas coradas. Mas, bem... Eu sempre podia culpar a corrida.

— O que você tá fazendo? — ele perguntou, acomodando nossas mãos para que pudéssemos entrelaçar os dedos.

Toquei a parede áspera do muro, me sentindo estranhamente feliz na nossa pequena aventura.

— Uma coisa que nunca fiz antes.

Yixing podia não compreender a situação completamente, mas ele sorriu de um jeito tão bonito, que fui obrigado a sorrir de volta.

Afinal, ir contra as regras pela primeira vez na vida não me parecia uma ideia tão ruim.


Notas Finais


Nha, olha esse Junmyeon todo animado porque vai matar aula pela primeira vez ❤️
Vou terminar de responder os comentários do último assim que meu irmão ceder o notebook, hehe

Para quem quiser me matar, me beijar ou pedir conselhos: https://twitter.com/YOUGOT7JAMS

Beijos e abraços ~


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