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História Eu Vou Proteger Você - Hiatus - Capítulo VI


Escrita por: ruoyeer

Notas do Autor


Oie, ainda estou bem chateada por estar repostando tudo novamente, e ainda mais por terem prejudicado quem já lia a fanfic desde junho.
Desculpe.

Aqueles que chegaram recentemente, Obrigada fico feliz que esteja aqui e espero que goste da história.

Vou tentar chegar o mais rápido possível no último capítulo postado...

Obrigada

Podem comentar o que acharam (os novos 😊😂) eu ficaria feliz💕

Beijos.

Capítulo 6 - Capítulo VI


Fanfic / Fanfiction Eu Vou Proteger Você - Hiatus - Capítulo VI

      Sinto que sou mais um jogado ao relento no mundo; densas nuvens pairam sobre minha vida. Eu não consigo me sentir parte de algo nesse mundo; não sei se posso ser importante para alguém. Sim, eu já estive em duas famílias e nas duas senti minha presença não sendo tão importante assim. Lembrando vagamente sobre a primeira; eles não tiveram tanta importância na formação que tenho hoje mas eu tenho em mente que eles se importavam comigo diferentemente da segunda família; se é que posso chamar assim.
          Certo dia em minha casa dois amigos do meu pai foram nos visitar contando entusiasmados sobre a tal viajem que faríamos para outra cidade. Me lembro vagamente da afirmação do meu pai ao dizer  "quando voltarmos você pode pedir tudo que quiser filho; nós vamos ser ricos…" e essa foi uma das coisas que ele prometeu "quando voltarmos", porém não voltou. Naquela mesma semana o entusiasmo do meu pai se fixou de vez no seu rosto; eu tinha onze anos e percebi que uma pessoa não estava feliz como ele. Minha mãe não confiava no que estava acontecendo e naquela mesma semana ela repetirá várias vezes para o marido "você não deve ir procurá-los, o que você quer com aquela família? Esqueça esse maldito dinheiro" ela gritava da última vez que os vi discutindo. Eu não entendia nada sobre "aquela familia", "dinheiro" e o que meus pais tinham haver com aquilo? Continuo sem entender.
         No dia da viajem minha mãe insistiu que eu não fosse com eles; e deveria ficar na casa de tios que moravam próximo a nós, não consegui entender o por que de eles estarem viajando sem mim… minha mãe não me deixava com outras pessoas por motivo algum e onde eles fossem eu iria junto; porém a última vez não foi assim. Ela me levou a casa dos meus tios com uma preocupação quase visível nos olhos e enquanto se despedia de mim, jurou me amar e que não se preocupasse, ela voltaria para me proteger. "Proteger"? Por que eu precisava de proteção? São perguntas sem respostas que o garoto tímido que eu era não me pronunciaria a perguntar. Seus olhos eram carregados de escuridão e ela parecia querer me esconder ali naquela casa como se durante a viajem alguém fosse me tirar deles a qualquer custo. Ao ir para o carro naquele final de tarde sonolento do dia 22 de janeiro senti seus olhos em mim, olhou para meus tios e disse " ninguém; não deixe ninguém tirá-lo daqui, se eles vierem não deixe levá-lo " e essa foi suas últimas palavras que ainda continuo sem respostas. Desde aquele dia minha vida se tornou o inferno, sim quase tão ameaçador quanto o inferno de Dante… talvez o inferno de Dante não me causasse tanto temor quanto viver sob aquela casa.
     
          Naquela noite senti o peso da dor. Sim dor… dor… era tudo que eu sentia ao receber a notícia. Meus pais morreram no acidente com o carro e a única explicação que recebi era que outro carro em direção oposta bateu neles em uma rodovia perigosa; o carro perdeu o controle e saiu da pista. O acharam naquela mesma noite abaixo da ribanceira ao canteiro; provavelmente o carro deu várias voltas antes de parar no final do penhasco.
            Senti meu chão se desfazer quando me encontrei sozinho sem meus pais no mundo que ainda não havia descoberto que era tão obscuro a ponto de me fazer passar pelas piores dores até aqui. Minha mãe disse que iria me proteger… eu só queria que ela tivesse cumprido sua promessa. Desde então passei a viver com eles - meus tios - nos mudamos para outra cidade e logo começaram a acontecer… estava sob responsabilidade deles e eles prometeram aos meus pais cuidar de mim, porém a medida que o tempo passava minha pele ficava cada vez mais marcada.

"- você é um imprestável…-gritava e me batia novamente com a borracha dura do seu cinto; fazendo com que a fivela marcasse minha coxa- garoto idiota!!! Você não sabe fazer nada? - eu soluçava no canto apenas sem responder a menor das sílabas - Seokjin, olhe para mim… olhe!!!- e mais uma vez sua mão contra meu rosto num estalo sofrido; puxou meus braços para trás enquanto eu chorava continuamente… estava ali desde os onze e continuava sem entender o por que do ódio daquelas pessoas por mim. A mulher fazia pouco caso da minha existência naquela casa e sua vida era um tanto confortável me fazendo trabalhar nos serviços domésticos como algum tipo de escravo.

"me levou ao quarto escuro e me trancou lá dentro horas a fio por pura maldade e desejo de me ver chorar e pedir clemência enquanto ele sorria em deboche dos meus soluços.

-vem aqui garoto…- me puxou com força- o que eu disse sobre sair de casa sem minha permissão? Hum? - irônico…- Você mentiu e o que acontece quando você mentir? - tirou o cigarro calmamente de sua boca ainda aceso  - tire a camisa!…-ordenou; então com o cigarro em mãos e o lado aceso virado para meu corpo, senti a ponta do cigarro queimar minha pele e a dor percorrer meu corpo… desabei...o medo e o temor tomaram conta de mim aquilo foi tudo para meu corpo cair ao chão desacordado. Desde então cada agressão, cada olhar foi para o meu temor aumentar ainda mais quando perdia a consciência  e o desmaio vinha naturalmente.

               Se havia alguém naquela casa que me amava esse alguém era meu irmão. Não; meus pais não tiveram outro filho. Kim taehyung era meu irmão de juramento, taehyung era filho dos meus tios e por isso sofria menos punições que eu, mas aquilo não o agradava nem um pouco. Várias e várias vezes taehyung chorou ao me ver calado com marcas no corpo ao soluços e se alguém ali tinha coração era taehyung. Apesar de mais novo, tae tentava me consolar de qualquer forma… seja com sorrisos doces; me abraçando forte numa tentativa de mostrar todo seu carinho.
    Porém aquilo não durou muito tempo, em um certo dia daquele turbilhões de palavrões e socos desferidos contra mim e palavras rudes para com taehyung, ele me levou ao quarto deixando o garoto menor na sala. Não entendia bem o que ele queria com aquilo, já havia se passado anos que vivia naquela casa eu já estava com dezessete anos nunca pensei que aquele homem poderia chegar ao nível tão baixo quanto aquele dia. Senti suas mãos apalpar meu corpo e seu olhar rígido sobre mim…

"- sabia; até que você ficou bonito com o tempo…- apertou minha coxa - isso me dá vontade…-parou e eu já entendi aonde ele queria chegar o temor novamente tomou conta do meu corpo…
          
- Não me toque…- falei firme tirando suas mãos do meu corpo .

-hurum; a princesa resolveu dar uma de homem agora?!- riu debochado; me jogou sobre a cama do cômodo ficando por cima do meu corpo me limitando os movimentos, então comecei a me debater enquanto a raiva nos olhos dele só aumentavam; o homem que era meu parente e que jurou a minha mãe cuidar de mim agora tentava retirar o mínimo de dignidade do meu ser. Tentou sem sucesso abrir meu short enquanto eu tentava me mover dificultando o ato; comecei a gritar como se aquilo fosse de alguma forma o impedir; retirei forças de onde nem sabia que existia e o empurrei com toda força para o lado da cama o fazendo cair ao chão; levantei rapidamente e desci da cama enquanto ele tentou segurar minha perna; o pouco de sanidade se foi e minha raiva tomou conta; desferido socos pelo seu rosto e o medo que eu tinha daquele homem sumiu naquele instante de raiva…continuei batendo até vê-lo sangrar e de repente perder a consciência. Sai atordoado do quarto encontrando taehyung sentado ao chão chorando.

- Hyung você está bem? - me perguntou aflito.

-taehyung eu preciso sair daqui… ele vai me matar se eu continuar aqui…

- Venha; vamos arrumar suas coisas; você não pode ficar aqui… eu ouvi tudo.

-tae você vai ficar bem?

- Eu sei me proteger, além disso não acho que vou ficar nessa casa por muito tempo.- taehyung pegou uma bolsa e com estrema rapidez colocou meus pertences nela; pegou seu dinheiro guardado e colocou dentro da minha bolsa afirmando que eu não deveria ficar com fome; então me levou até a porta mostrando seu semblante nervoso.

- tae eu não quero te deixar aqui…

- e eu não quero te ver morrer; então vá…por favor hyung tome cuidado.

-Eu não sei pra onde ir…eu preciso de você tae…- abracei meu irmão com toda força que pude. Tae correspondeu chorando e beijou meu rosto..

-Hyung não importa o que acontecer nos vamos ser irmãos de qualquer forma entendeu? Eu o amo hyung, somos irmãos de juramento e isso nunca vai mudar…

- Eu vou voltar pra te buscar… prometo que quando eu estiver bem, eu vou voltar para te buscar. - disse o abraçando pela última vez antes de sair pelo portão da casa de onde eu não ousaria voltar nunca mais. Depois de algum tempo consegui trabalhar numa boate no bairro nobre da cidade para por ao menos conseguir comer já que pouco me sobrava para uma estadia digna. Então em alguns momentos andava até a praça da cidade e simplesmente dormia ali na praça me sentindo o mais perdido dos homens. Três anos se passaram desde que sai daquela casa e até agora nenhuma melhora me parecia favorável. Até agora… até conhecer Kim Namjoon.


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      -Sua boca está suja…- Namjoon me apontou o canto da boca; sem tempo para falar algo ele limpou, estava tudo bem até sentir seus olhos sobre mim num modo caloroso, continuou com a mão parada sobre minha boca enquanto fitava meu rosto e eu senti seus olhos me estudarem profundamente. Não sei realmente o que acontece quando estou com ele mas uma sensação de paz e confiança que não admito ter por ninguém, ele conseguiu quebrar. Esses segundos perdidos com meus olhos o fitando era uma confirmação  de que eu poderia confiar nele e por mais que minha mente me avisasse que não, por tantos traumas que já vivi, o meu coração disse que ele não iria me machucar.

-Obrigado…- agradeci, senti meu rosto corar, o que últimamente vem acontecendo muito quando estou com ele.

-Então já que terminamos a sobremesa… o que você vai fazer?  - quebrou nosso contato visual que já se tornara íntimo demais- já decidiu se vai para praça mesmo?

- não sei…estou sem nada para fazer até a noite.

- Quer me ajudar?

-No que exatamente? - perguntei curioso.

- Eu tenho um amigo que nesse momento está ridiculamente irritado comigo por ciúmes…- ele começou a rir - você quer ir para empresa comigo me ajudar caso ele resolva me espancar quando eu for conversar com ele…- pareceu apreensivo quanto ao seu convite…

-hm… bom, acho que não tenho intimidade alguma para resolver algo entre você e yoongi.

- Tudo bem… eu vou enfrentá-lo; e caso eu apanhe; - fez uma expressão dramática - eu vou colocar  a culpa em você… e não vou mais na boate… - dessa vez uma tentativa mal sucedida de aegyo

- isso foi uma ameaça?

-Não… Foi uma tentativa falha de drama…- ok, Namjoon fazendo drama para que eu o acompanhe… não sei como reagir a isso.

- tudo bem eu vou com você… porém encare isso como um agradecimento pelo almoço. - mentira; eu estava indo por que queria ficar perto dele e ultimamente isso me faz bem. Nos levantamos e Namjoon se dirigiu a recepção para pagar a conta enquanto eu estava encostado a porta. Observei de longe seus traços; ele tinha uma aparência que me atraia talvez o platinado do cabelo que o deixava com um ar sexy; a pele mais bronzeada… "que tipo de pensamentos são esses?" Tratei de guarda aqueles pensamentos comigo enquanto ele vinham até mim sorrindo bobo com suas covinhas a mostra… e que sorriso.
        Saímos para o estacionamento do restaurante e Namjoon se manteve atento a algo enquanto íamos até o carro; abri a porta devagar o observando, não entendi bem aquele comportamento até entrarmos no carro e quis perguntar.

-Namjoon? - chamei sua atenção.- o que foi? Está procurando algo?

- Nã.Não... eu só achei que tinha visto um conhecido…

-tudo bem… vamos.- ligou o carro e seguimos até a empresa. No carro estávamos em silêncio e ele parecia pensar sobre algo então não quis atrapalhar sua concentração. Novamente olhei para seu rosto e algo novamente me chamou atenção; esse algo que eu tentava controlar; controlar os pensamentos ao vê-lo na boate; ou no dia que fui a sua casa. Os lábios; tão bonitos que ficar olhando para ele me fez corar com os meus próprios pensamentos.

- O que foi? - me perguntou

- Na.Nada…porque?

-Não sei… de repente parou e me olhou assim…

-Desculpa…- me virei rapidamente tentando destacar a timidez novamente - posso ligar o rádio?

- claro…- liguei rapidamente tentando tirar aqueles pensamentos que estava na minha mente. Eu não deveria reparar tanto nele, mas por que fazia?…

   
You already know my name
But tonight, I want you to call me daddy
You got, me want it
You got, me want it
Oh, what you doing if I came up a 100 ways
Standing there with your friend
Give you a smack on your ass
Started licking my lips and telling you that

You got a real nice body, let me take it home
Can I hit it from the back?

(Tradução)

Você já sabe o meu nome
Mas hoje, eu quero que você me chame de papai

Você tem, eu quero isso Você tem, eu quero isso
Oh, o que você faria se eu viesse de 100 maneiras
Estando lá com seu amigo
Dou-lhe um tapa na bunda

Começo a lamber os lábios te dizendo isso
Você tem um corpo bonito de verdade, deixe-me levá-lo para casa
Eu posso batê-lo na parte de trás?…

      Ok, não foi uma boa idéia ligar o rádio, o tipo de música não me ajudou em nada nos meu pensamentos…"Começo a lamber os lábios te dizendo isso; Você tem um corpo bonito de verdade". Mudei rapidamente a sintonia procurando algo que não me deixasse mais constrangido naquele carro. Ele continuou concentrado na pista enquanto sorria talvez do meu nervosismo…

-Não gosta dessa música? - me perguntou sorrindo.

-Não é isso… esse é o tipo de música que só dá para ouvir sozinho…

-depende…

- Depende do que? - eu realmente não tinha entendido.

-Deixa pra lá; não vou compartilhar meus pensamentos pervertidos com você…- sorriu de canto; juro que notei a malícia no seu sorriso. não disse nada sobre isso, eu já estava constrangido demais com meus próprios pensamentos sobre a pessoa ao meu lado… tentei novamente achar uma música e uma me chamou atenção… Sua letra…

Just by looking, the person who makes my heart ache
I’m afraid you’ll disappear if I close my eyes

I can’t take a single step away from you
So again today,
I’m pacing back and forth by your side, my love

Even if you don’t turn around, I’m standing right here
So you can always lean on me, whenever you want

The person I want to embrace in my heart
The person I can’t let go
I’ll take away all your sad tears
The one person in the world
who makes me smile is you
So don’t cry anymore,
I will protect you

The person I’m thankful for
The person who warmly held my cold hands
It was you

Even if I breathe,
I wouldn’t be living
If I can’t see you,
there is no meaning

The person I want to embrace in my heart
The person I can’t let go
I’ll take away all your sad tears
The one person in the world
who makes me smile is you
So don’t cry anymore, I will protect you

There is no other love
Even after time passes
Even if the world changes
It’s only you

It’s okay even if I’m in pain alone
If it’s for you, it’s okay
I will embrace all of your painful scars
The one person in the world
who makes me smile is you
So don’t cry anymore,
I will protect you

I love you, be by my side forever

Apenas observando, a pessoa que faz meu coração doer
Eu estou com medo que você desaparecerá se eu fechar meus olhos

Eu não consigo dar um único passo distante de você
Então novamente hoje, eu estou andando do seu lado, meu amor
Mesmo se você não virar, eu estarei aqui

Então você pode sempre apoiar-se em mim, o quanto quiser
A pessoa que eu quero aceitar em meu coração
A pessoa que não quero deixar ir

Eu tirarei todas as tristes lágrimas 
A única pessoa no mundo que me faz sorrir é você
Então não chore mais, eu protegerei você
A pessoa que eu estou agradecido

A pessoa que aquecidamente segura minhas mãos frias
Era você
Mesmo se eu respirar, eu não estarei vivendo

Se eu não puder ver você, não tem sentido
A pessoa que eu quero aceitar em meu coração
A pessoa que não quero deixar ir
Eu tirarei todas as tristes lágrimas 
A única pessoa no mundo que me faz sorrir é você

Então não chore mais, eu protegerei você
Não existe outro amor
Mesmo que o tempo passe
Mesmo se o mundo mudar

É somente você
Tudo bem mesmo se eu estiver sofrendo sozinho
Se for por você, tudo está bem

Eu aceitarei todas as suas dolorosas cicatrizes
A única pessoa no mundo que me faz sorrir é você
Então não chore mais, eu protegerei você
Eu te amo, fique do meu lado para sempre

    O silêncio pairou sobre nós enquanto ouvíamos a música; ele me olhou e sorriu ternamente…
     
"""Então você pode sempre apoiar-se em mim, o quanto quiser
A pessoa que eu quero aceitar em meu coração
A pessoa que não quero deixar ir"""

   Sim…
        Era esse o tipo de pessoa que eu precisava, era aquela sensação da música que eu queria sentir… tentei disfarçar o quanto a letra e o som calmo me tocou; e por um instante senti que aquela simples estrofe se encaixava em algo sobre esse momento da minha vida.

"Eu aceitarei todas as suas dolorosas cicatrizes
A única pessoa no mundo que me faz sorrir é você
Então não chore mais, eu protegerei você"

        Então me pergunto se alguém vai aceitar as cicatrizes que levo comigo; se vai me fazer sorrir; ou me proteger... pode parecer ingênuo da minha parte mas essa sensação de estar sozinho fez com que me sinta uma criança desprotegida.

-você gosta dessa música? - falou calmo estacionando o carro.

- A letra dela e tão tocante…

-Eu senti algo diferente; a letra se encaixa em algo na minha vida…

- Sei como é…- eu estava curioso para saber como aquilo se encaixava; será que ele tinha um amor… uma namorada talvez. Mas eu não iria perguntar por mais curiosidade que tivesse, aquilo eu realmente não queria saber.
  

- então vamos?- me chamou saindo do carro e fomos em direção ao  elevador. Namjoon andava na minha frente, então passei a reparar mais um pouco o seu traje; calça de couro que marcava bem seu corpo e camisa social com gravata e paletó típico de empresários importantes; me permitiria rir daquilo, um garoto de vinte anos que apesar do ar formal no semblante na verdade era um completo bobo quando sorria e fazia drama para conseguir o que queria. Entramos no elevador; então reparei sua gravata um pouco desarrumada e prendedor fora do lugar.

-Namjoon?… A gravata…- apontei tentando mostrá-lo.

-ah… que droga… eu nunca sei arrumar isso.- disse tentando ajustá-la.

-vem; deixa eu ver…- me aproximei de si cortando a distância; e notei a diferença de poucos centímetros de altura, ajustei o tamanho da gravata enquanto senti seus olhos acompanhando minhas mãos, isso me deixou inquieto confesso. Ele continuou quieto me observando até colocar o prendedor no lugar e me afastar dele lentamente sentindo meu rosto queimar…

-pronto… - falei quebrando o silêncio desconfortável.

-obrigado…- abaixou o rosto e por um momento pensei que ele estivesse sorrindo. Nesses breves minutos subindo ao último andar acima o elevador parou.

- o que aconteceu? - perguntei já sentindo meu nervosismo.

- não sei… temos um problema.- a luz piscou duas vezes e senti meu sangue gelar só de imaginar ficar preso naquele lugar fechado.

- Era só o que faltava para piorar meu dia…

- calma… acho que só faltou luz; daqui a pouco eles ligam o gerador e nós vamos sair daqui…- ele parecia tão calmo com essa certeza.

-Ficar preso em lugares fechados não é meu esporte preferido sabe…- disse irônico e nervoso.

-Seokjin acalme-se… se ficar nervoso vai ser pior… - sentou-se no chão e fitou a porta enquanto eu fiquei de pé me olhando no espelho do elevador.- sente aqui... Vamos conversar…

-Tudo bem.- suspirei e me sentei ao seu lado; aquela situação não era agradável e eu estava suando frio - o que vamos falar?

-Onde você cresceu?

-Tem que ser justamente sobre isso? Não é bom assunto entende…

-Tudo bem… já estendi que você é alguém misterioso.- me olhou por um momento - então do que podemos falar?

-Não sei… não tenho assuntos.

-Você tem namorada? - a pergunta foi de repente, o que me fez engolir seco por que até então aquela pergunta só tinha se passado na minha mente.- digo, gosta de alguém?  - fitou fixamente a porta do elevador falando com calma.

-Na.Não…

-Hm… Sua última namorada era legal?

-Bem, sobre isso…-procurava palavras para explicar - Eu não tive uma "última" por que não tive nenhuma.

- então um rapaz de vinte e dois anos que nunca teve uma namorada…interessante.

- O que é interessante?

- por que não tem uma namorada? - ele estava mesmo concentrado na minha opinião sobre namoros?

- Você quer mesmo saber disso?

-estamos entrando no assunto, então sim.

- Bem; meninas…- como eu iria falar algo daquele tipo? - meninas não fazem bem o meu tipo…- abaixei a cabeça com vergonha; aquele tipo de assunto era algo que eu evitava até mesmo no trabalho quando tocavam no assunto "relacionamentos".

- Isso é interessante… - ele sorriu; eu compreendi com isso que ele havia entendido o que falei sem que eu precisasse explicar. A luz piscou mais duas vezes e se apagou por breves instantes; me escolhi um pouco; aquela sensação de estar preso era desconfortável e imaginar aquele elevador caindo me deixou mais nervoso ainda. Eu tinha esses tipos de pensamentos extremos quando estava nervoso ou com medo e agora era os dois.

-Você está com medo? - me perguntou calmamente.

- Eu não me sinto bem em local fechado… parece  que isso vai cair…- a luz piscou mais um pouco três vezes seguidas, e eu me sentia uma garotinha em pânico me encostei ainda mais em Namjoon e num ato inesperado ele passou seu braço por cima dos meus ombros e me abraçou.

- Calma, está tudo bem…não vai acontecer nada Jin…- isso era reconfortante e a voz de alguém que eu mal conhecia me acalmava.- vai ficar tudo bem.

Ficamos em silêncio enquanto ele me abraçava e eu tentei me concentrar nas suas palavras.
      Talvez a solidão não fosse mais presente em mim naquele momento; um abraço delicado e que me fazia sentir bem desde o primeiro momento que o conheci. Namjoon me salvou; cuidou que eu ficasse bem e se preocupou comigo de uma forma tão natural que o tornara atraente aos meus pensamentos…

-Jin?… você está bem?

-Sim…

-Está quieto, me deixou preocupado. - Era só isso que ele vinha fazendo ultimamente; se preocupando comigo…

-Nam… - olhei dentro do seus olhos - obrigado, por tudo…

-Eu só quero que você fique bem…

- Por quê?

-Eu não sei… eu só sinto isso…- senti o coração acelerar com essas palavras traz a melhor sensação de paz dos últimos tempos. Eu não quero que ele se afaste.

       Vimos o elevador voltar a funcionar e a luz antes baixa, voltar ao normal. Namjoon se levantou e me deu sua mão para me ajudar. Vimos a porta abrir lentamente e yoongi ao lado de fora nos olhando com um sorriso de ponta a ponta.

- Aí! Meu Namjoon está bem! - disse com voz dramática quase feminina e fazendo-nos rir.

-Estava tão preocupado comigo assim? Quanto amor…

-Claro que não idiota… eu vi tudo, a câmera do elevador serve pra isso.

-Você não estava com raiva de mim? - Namjoon perguntou; enquanto eu observava a demonstração de afeto.

-Me esqueci que eu quero te bater por  um momento…espera.- foi até uma mesa e pegou um livro qualquer - toma!!! - bateu com o livro três vezes no outro garoto que não conseguia parar de rir enquanto os funcionários olhavam a cena cômica - eu deveria partir esse seu rostinho por me esconder as coisas! Idiota!

-yoongi; pare…- colocou a mão na barriga rindo…- eu vou contar para o Hoseok.

- Quer saber vá se ferrar vocês dois…- saiu andando até sua sala enquanto batia a porta irritado.

-Namjoon o que você está fazendo? Ele está chateado não faça piadas com isso…- disse o repreendendo.

- Hm… desculpa… eu não achei que ele fosse agir tão infantilmente; quando se trata de Hoseok o yoongi e imprevisível.

- Venha vamos…- me direcionei até a sala do mesmo; sabendo toda a história entre yoongi e Hoseok; o qual eu só conhecia por vê-lo vez ou outra na boate sabia que certamente yoongi está na pior das "bad's" como Namjoon fez questão de reforçar.

Entramos na sala enquanto yoongi assinava alguns papéis, logo o mesmo me fitou e sorriu; um sorriso doce e simpático.

-Você está bem? - perguntei

-Sim e você? Melhorou do medo?

-Como?

- No elevador; Seokjin eu vi que estava nervoso…-fiquei corado imaginado a cena do abraço e yoongi certamente viu aquilo. ele riu fraco e olhou para Namjoon calado do meu lado.-Namjoon você não tem nada pra mim falar?

-Você quer mesmo saber o que o Hoseok quer comigo?

-Claro que sim… - suspirou cansado.

- Ok… tudo bem, mas; porém; entretanto,contudo; me prometa algo…- yoongi olhou surpreso mas assentiu em seguida- você vai dar uma chance para ele se explicar, yoongi você não o ouviu quando ele pediu para conversar… ele me pediu para conversarmos primeiro e então eu iria tentar o ajudar.

- Namjoon você sabe que o que o hose…

-Não importa para mim ficar remoendo isso… vai me dizer que você não errou com ele também?

-Mas é diferente…

-Hyung não há diferença alguma; lembro muito bem que a relação de vocês não era nada sério...- parou e me olhou como se buscasse apoio- lembra da noite que você saiu e voltou bêbado e dormiu com outra pessoa? Lembra  como ele ficou?

-Você vai me dar lição de moral agora?

-Hyung, você cometeu esse erro uma vez e ele não se afastou de você apesar de não ter gostado… porém quando o erro foi dele, o tratou como se fosse sua propiedade sendo que não tinham nada sério...

-yoongi se a situação é essa, Namjoon tem razão - essa era minha vez de falar- não deixar que ele se explique seria infantil…

- tudo bem… se Seokjin falou, eu vou fazer isso…- yoongi respondeu calmo.

-Seokjin? Mas eu sou seu amigo aqui! Você deveria me ouvir!

-Namjoon ele é mais velho e além disso eu não confio em você… - riu olhando a expressão dramática do mais novo.

- Então já que estamos resolvidos, eu não precisei te proteger de nada - olhei para Namjoon que me correspondeu- eu vou indo, vocês precisam trabalhar…

- ah! Que pena Seokjin … gostaria de ficar conversando com você aqui…- yoongi falou e senti um olhar um tanto estranho por parte de Namjoon para o amigo. - fique mais!, Namjoon precisa organizar umas coisas você pode me fazer companhia certo? - olhou para Namjoon novamente sorrindo, aqueles dois pareciam se entender de modo um tanto estranho.

-Tudo bem… eu já entendi que está me dispensando. - Namjoon se virou para sair; voltou e levou sua mão ao olhos no gesto " estou de olho em você" para o amigo que somente deixou sorrir mais leve e doce. Olhando assim não parecia em nada a personalidade difícil da qual Namjoon falará antes.
         Entre conversas aleatórias consegui entender um pouco de yoongi; era agradável conversar com ele além de parecer mais maduro quando falava. Quando falamos sobre Hoseok ele pareceu expressar sentir falta do mais novo e de alguma forma eu queria ajudá-lo, entre nossa conversa o restante da tarde Namjoon fora a sala três vezes indo buscar algo do qual yoongi me disse ser apenas desculpas para saber do que falávamos, e então a noite chegou para o nosso alívio eles por irem para casa; e eu por querer ir a boate afinal eu precisava receber meu salário atrasado ou não teria onde passar a noite novamente. Fomos para o carro com um Namjoon estranhamente calado enquanto yoongi me fazia rir de piadas sobre si próprio. Fomos assim até a casa do "sorriso de açúcar", Namjoon não estava disposto a conversar e eu fiquei me perguntando o porque da mudança tão repentina. Logo após yoongi descer quebrei o silêncio timidamente.

-Você pode me deixar perto da boate eu vou andando…

-Jin, o que acha do yoongi?

-Hm… ele é um cara muito legal, sincero… por que a pergunta?

-Nã.Nada bobagem…- suspirou e sorriu- você não quer passar lá em casa?

-Hum? Porque?

-Bem, não pode trabalhar com fome… comemos algo, toma um banho,e depois vamos.- respondeu simplista.

-Vamos?… Pensei que iria ficar em casa descansando.

-Não se preocupe com isso. Estou muito bem.- chegamos a mansão em alguns minutos com Namjoon agindo normalmente outra vez; estacionou e fomos até a casa.

-Você quer tomar um banho? - me perguntou.

-Eu não trouxe nada comigo…- falei tímido.

- Venha… - puxou meu braço num gesto infantil subindo as escadas e indo em direção ao quarto ; abriu o closet que por sinal era um tanto cheio demais.

-Escolha o que quiser, tem toalhas no banheiro… eu vou esperar aqui.- sentou-se na cama naturalmente pegando o celular. Ele agia de modo tão simplista e normal comigo como se nos conhecêssemos a anos, esse garoto me surpreendia e ao mesmo tempo que o achava fofo. Fiquei quieto escolhendo as roupas e notei seu olhar sobre mim por um momento, porém desviou o olhar rapidamente quando percebi.

- O que acha dessa? - perguntei mostrando a blusa.

-Gosta de rosa?

- yes… pink is perfect! - sorri fazendo ele rir.

- Eu gosto dessa; tem uma calça preta de couro ali, acho que vai combinar. - peguei toda a roupa e fui ao banheiro enquanto ele estava concentrado no celular. Tomei banho rapidamente e me vesti indo novamente até o closet onde o espelho grande me chamara atenção, arrumando meu cabelo. Namjoon escolhia sua roupa então parou e olhou me analisando…

- Tem algo errado?- perguntei olhando a roupa.

-Na.Não… só que…- pareceu pensar se falava ou não. - a roupa ficou melhor em você do que em mim…

-ah, obrigado. - senti meu rosto corar com sua resposta então vi ele sorrir e entrar no banheiro. Fui até sua cama olhando novamente o ambiente confortável, sentei na mesma pegando um livro ao lado da cabeceira. O celular que antes estava na sua mão ficará ali; e enquanto ouví o chuveiro por alguns minutos folheava os livros até notar seu celular tocar em cima da cama. Uma mensagem apareceu em  pop-up enquanto eu o encarava.

              " Quando vamos nos ver de novo? Quero repetir a dose da outra noite amor…
                   Beijos, Yume "

     
            Não sei ao certo porque aquela mensagem me deixou tão incomodado, "calma Seokjin, você não tem nada haver com isso"… escutei a porta abrir e Namjoon sair indo até o espelho.

-Nam… seu celular. - lhe entreguei e ele conferiu a mensagem começando a rir; tentei ao máximo não demonstrar meu desconforto com aquilo. - o que houve?

- Nada, uma louca que me persegue…

-Sua namorada?

-Não. Só dormimos juntos uma vez, e a pessoa se acha no direito de me chamar de "amor" é disso que estou rindo- explicou, agora não sei o que me incomodou mais " só dormimos juntos uma vez" ou "amor"…

- Ok, tudo bem… então você vai sair com ela novamente?

-Jin, para ser sincero… eu não tenho vontade de sair e ficar com ninguém...

-Por que não?

-Você faz muitas perguntas - riu fraco - por que… desde que conheci uma certa pessoa, sempre penso nela.

-hm… - murmurei baixo, então ele tinha alguém em mente…

-Vamos comer algo?

-Sim…- descemos a cozinha e ele me olhou aflito.

- acabou o ramen…- suspirou- eu não sei fazer mais nada além disso.

- Posso olhar sua cozinha? - perguntei; ele apenas assentiu enquanto sentava e apoiou os braços no balcão de mármore. Olhei a dispensa e os ingredientes para um sanduíche bem elaborado então me aprontei a fazer enquanto ele seguia meu passos com os olhos, fiquei pensando sobre a mensagem no seu celular e o quanto isso parecia absurdamente sem sentido meu incômodo sobre isso. Terminei os sanduíches e o suco colocando sobre o balcão recebendo um sorriso de covinhas mais que atraentes como resposta.

- Onde aprendeu?

-Eu preciso cozinhar para sobreviver. Um sanduíche não é nada.

- Não consigo fazer nada sem me queimar ou queimar algo…- respondeu rindo

- Seu humor melhorou muito rápido…

-por que diz isso.?

-No carro você estava quieto, não quis falar nada. O que houve ? - perguntei curioso.

- Não é nada disso... só me senti um pouco incomodado…

-Como assim?

- Jin, se tentar te explicar pode parecer estranho…- olhou para o prato fixamente - deixe isso para lá ok…

- Tudo bem… - terminamos de comer em silêncio; saímos da cozinha e Namjoon pegou as chaves nos levando ao carro. Logo estávamos a caminho da boate. Chegando na mesma com pouco movimento, ele estacionou e entramos logo avistando dois dos amigos de namjoon ao longe.

- Vem Jin…- me puxou pelo braço até seus amigos.

- Resolveu dá as caras príncipe? - o ruivo falou primeiro…

- Jiminie idiota… Jimin e jungkook esse é Seokjin, Seokjin esses são os projetos de falsidade que eu chamo de amigos. - os dois me cumprimentaram apesar de trabalhar com um deles e raramente nos falarmos; jungkook; ficamos no balcão até meu expediente começar. Atendia os clientes enquanto observava Namjoon sentado do lado de jimin; até uma certa moça chegar. Ela sentou ao seu lado colocando as mãos sobre seus ombros e num ato rápido tentou beijá-lo, desviei o olhar para outro canto do local tentando me concentrar no trabalho. Enquanto ele não reagia ela tentou sentar no seu colo e maliciosamente o beijou no pescoço. Tentei não me importa com aquilo mas não era algo que pudesse escolher. Ele a afastou de si e me olhou novamente, desviei o olhar não queria que minha expressão trasparecesse incômodo.

         A noite seguiu normalmente até um dos rapazes que estava numa mesa ao canto decidir me deixar envergonhado com piadas obscenas; enquanto colocava a bebida na mesa; segurou meu braço.

- Que gracinha você…- certamente o efeito do álcool - que tal sair daqui para eu puder pegar nessa bunda delícia aqui… - no momento que sua mão se dirigiu a minha coxa senti alguém atrás do meu corpo que segurou firme a mão do rapaz antes que me tocasse. Namjoon.

-Jin… esta tudo bem aqui?…- perguntou sério encarando fixamente o homem. Enquanto tentava me concentrar na situação seu corpo atrás do meu, senti o calor transborda e seu perfume me invadir.- eu acho melhor pensar bem antes de procurar gracinhas com ele…- soltou o braço do rapaz falando ainda no tom sério. Pegou meu pulso me puxando para longe.

- É só eu desgrudar de você algum tempo que as gracinhas começam. - disse pegando uma bebida. Ele parecia realmente irritado com aquilo.

- Não é culpa minha só estou fazendo meu trabalho.

- Não devia ter deixado você sair com essa roupa…- ele riu e eu corei.

-iah! O que tem demais nessa roupa?

-Eu não estava brincando quando falei que ficou melhor em você do que em mim...- ótimo se não era um bêbado para me deixar envergonhado, era um Namjoon que resolveu me elogiar do nada.

-Por que está bebendo? Você vai dirigir...

-para me controlar…

-Que? Como assim?

- Para que eu não volte lá e faça ele engolir as palavras. - apontou para a mesa da qual houve o pequeno incidente. Voltei ao trabalho enquanto as horas passavam, enfim o meu horário de saída. Fui até o fundo da boate na pequena saleta onde meu chefe ficava para receber meu abençoado pagamento.

- sunbae? - bati na porta e ele pediu que entrasse.

-Seokjin, eu sei que está precisando muito desse dinheiro,porém ainda não podemos pagar a maioria de vocês. Sinto muito. Ainda não temos previsão de quando isso vai se resolver.

-Sunbae… eu entendo que esteja difícil mas não pode me adiantar nenhuma parte?

- Não Seokjin. Não tenho como te dar esse dinheiro.

-Tudo bem… eu vou indo então. Boa noite.- sai da sala mais que desapontado por aquilo. Voltei a boate e Namjoon me esperava.

-Você ainda está aqui? - perguntei

-Sim, vamos? Vou te deixar em casa.- nos despedimos de jimin e jungkook, e fomos para o carro. Sentei relaxando meu corpo e pensando o que faria sem dinheiro algum nem para me alimentar.

- O que aconteceu? - me perguntou preocupado.

-Estou com problemas…problemas.

-Me conte. Por favor.

- Eu não quero te envolver nisso…- falei abaixando a cabeça.

- Jin; me conta por favor - se aproximou de mim…

- Ok, desde que vim morar nessa cidade eu pago estadia em um lugar para dormir ;  porém esses meses está cada vez mais difícil. Ainda não recebi nada da boate e eu estou sem dinheiro para comer e não tenho onde dormir até receber esse maldito dinheiro. - coloquei minha mãos sobre o rosto enquanto Namjoon me olhava.

- Esse não é o problema… Você pode ficar na minha casa.

-Que? Não! Não! Eu já te dei trabalho demais…

- Não vou te deixar dormir por aí, você vem para minha casa. Ponto final.

- Não Namjoon… - tentei abrir a porta do carro pronto para descer porém fui impedindo quando sua mão segurou meu braço me puxando para perto dele.

-Você não vai ficar por aí e me deixar preocupado vai? -perguntou calmamente.

-Não... eu só não quero que faça tudo isso por mim sendo que não tenho te retribuir.

- você não precisa me retribuir em nada… vamos. - fechei a porta e ele deu partida em silêncio até em casa, onde meu sono e cansaço tomavam meu corpo.

- Está cansado?  - perguntou enquanto subimos as escadas em direção aos quartos- vem…- entramos no quarto e Namjoon retirou logo a camisa, a peça de roupa que por alguns segundos me fizeram fraquejar.

- você sabe onde é o closet, pode pegar uma roupa para dormir…- fiz como ele disse tentando não olhar para seu corpo sem a peça de roupa. Peguei algo para mim e fui ao banheiro me trocar e voltei me deparando com o mais novo jogado em cima da cama com a barriga a mostra e um sorriso ao me ver…

- Você realmente gostou das minhas blusas Pink perfect? - gargalhou enquanto eu olhava o espelho tentando não fixá-lo.

-Eu estou cansado; se não se importa irei dormir; boa noite Nam….

- Ah, ok Jin… boa noite. - me dirigi ao outro quarto me jogando na enorme cama com ao imagem de um ser sem camisa nos meus pensamentos… o mesmo que me defendeu na boate; o mesmo que salvou minha vida. E foi entre pensamentos assim que adormeci.



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