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História Eu vou voltar - Universal Studios


Escrita por: LovestoryS2

Notas do Autor


Oi, gente!
Peço desculpas por toda essa demora... Para quem acompanhava "Eu não vou desistir de você" já deve saber o motivo, mas para quem não leu vou dar um resumo aqui... Eu acabei descobrindo o quão difícil é para mim manter duas fics, por isso acabei dando um tempo nessa para finalizar a outra. Ela já acabou e por isso vou continuar com "Eu vou voltar", peço desculpas por esse sumiço e demora, espero que me entendam...
Espero que gostem do capítulo!
Beijos! :)

Capítulo 37 - Universal Studios


Fanfic / Fanfiction Eu vou voltar - Universal Studios

P.O.V Digo:

- O que está fazendo aqui?- Ela perguntou, mas pelo visto minha cabeça não processou devido ao choque que senti. A última pessoa que esperava encontrar em Orlando era a Bia, no entanto ela está aqui. Bem do meu lado.

Eu queria responder, na verdade, queria perguntar o que ELA fazia ali, mas não saiu nada. A única parte de mim que reagiu foram os olhos que correram até onde Abby estava.

Bem longe... Por sorte.

- Rodrigo!- Disse Bia me despertando, embora preferisse ficar nesse transe, assim não precisaria encarar mais um problema, pois com certeza, a Bia em pleno parque Universal não vai me trazer os melhores finais.

- Bia... Você... O que faz aqui?- Falei.

- Perguntei primeiro.- Ela disse cruzando os braços.

- Vim... Vim... Passar as férias aqui.- Falei.

- Hum...- Bia reagiu com uma cara meio brava e parecia estar me analisando.- E essa cara de nervoso? Até uns dias atrás olhar para o meu rosto não era nenhum problema.- Ela parecia ofendida.

- Não, Bia... Estou nor...- Parei de falar.

Eu sei que ela não cair, então para quê insistir?

- Ela tá aqui.- Não precisei falar mais nada.

- Veio para Orlando com ela?- Ela disse com a voz meio brava e meio triste. Hum... Ou seria ciúme?

- É aniversário da nossa prima, viemos com ela comemorar.- Falei.- E você?

- Estava de viagem marcada fazia um tempo.- Ela respondeu. A olhei surpresa.

- Porque estou só sabendo disso agora?

- E importa?- Ela perguntou.- Pois nunca pareceu que eu estar ou deixar de estar te importasse.

- Isso não é verdade e você sabe.- Falei.- Eu me importava e ainda me importo muito com você.

- Mas não o suficiente para me escolher.- Disse ela.

- Eu nunca escolhi ninguém!- Falei.- Nem você nem ela. Nós brigamos e... Correção, você brigou comigo. Depois não nos falamos mais, não venha me dizer que não te escolhi sendo que me tirou essa chance.

- Não se faça de inocente!- Ela disse.- Fica com duas garotas ao menos tempo, mesmo estando confuso, não é certo! Eu tenho o direito de ter raiva!

- Aquilo que você fez não foi ter raiva e sim tentar comprar o meu amor.- Falei. Ela revirou os olhos.

- Pelo menos eu tentei fazer alguma coisa, enquanto você ficou frio comigo!

- Do que está falando?

- Desde que voltou de Los Angeles ficou dessa maneira, logo eu descobri o motivo desagradável, mas a sua frieza estava ali!- Desabafo Bia.- Mal me beijava ou tocava, nada colaborava, Rodrigo! Não bote somente a culpa em mim, você também é responsável.

Fiquei calado, não podia negar aquilo. A verdade é que sim eu tinha me afastando, tanto dela quanto da Abby, não me sinto nada bem pelo que ando fazendo, por essa razão acabei me separando de duas pessoas que gosto muito, mas se assim não tivesse feito minha consciência me mataria antes que alguma das duas tivesse chance.

- Eu sei...- Falei meio hesitante.- Mas pelo visto você já tomou sua decisão.

- Sério? É isso o que pensa?- Ela perguntou com uma expressão no rosto que não soube decifrar.

- O que mais eu pensaria?

- Que talvez eu precisasse de um tempo.- Ela disse fazendo-me ficar novamente sem reação e com o corpo paralisado.

Ela estava dizendo mesmo o que eu achava que ela estava dizendo?

- Eu ainda sinto o mesmo por você, Digo. Estou apaixonado, mas apesar disso o restante doí tanto...- Falou Bia.- Eu sei, eu surtei, e posso surtar mais até você tomar uma decisão, mas não é por maldade... É porque eu te quero tanto que não quero dividi-lo com mais ninguém.

- Bia, eu...- Eu não sei o que ia responder, muito menos como encarar. Ela não havia acabado com tudo como eu pensava, ela só... Estava cansada. Eu entendo, também estou bem cansado disso tudo, mas pelo visto o meu coração não...

Fiquei olhando profundamente para os seus olhos castanhos brilhantes, sentindo meu coração bater mais forte por estar perto daquela garota, e acredito que teria passado muito mais tempo assim se não fosse...

- Os óculos.- Disse um moço que aparentemente trabalhava no brinquedo nos entregando algo parecido com um óculos 3D.

- Obrigado.- Agradeci ainda atordoado e precisei de pelo menos três segundos para me lembrar de onde estava e o que estava acontecendo.

Preferia ter ficado atordoado...

Eu e Bia não falamos mais depois disso, o simulador começou, mas confesso que mal prestei atenção no que acontecia. Minha cabeça só ficava rodando em uma frase específica:

Estou muito ferrado.

Na verdade, ferrado não é a palavra ideal para isso, pois a confusão que me menti é tanta que outra palavra deveria ser criada só para descrever a situação.

Caramba... Bia ou Abby? Porque a pergunta é tão difícil de se responder?

Quando dei por mim o simulador já tinha acabado, no entanto não me lembro de nada, somente da conversa com a Bia, que com o fim do brinquedo acabou sendo retomada.

- Acho que é melhor eu te deixar pensar um pouco.- Ela disse com uma voz baixa, mas seus olhos não olhavam os meus, e pela expressão percebi o quanto nela doía dizer aquilo.- Não precisa surtar nem nada, não vou te forçar a tomar qualquer decisão, só... Por favor, se tem algum jeito disso se apressar, por favor, faça isso! Eu não sei quanto aquela garota, mas eu já não suporto mais isso.- Ela se levantou e seguiu para a saída sem me dar a chance de uma despedida.

Meus sentimentos ficaram totalmente opostos naquele momento, uma parte de mim queria que ela ficasse, queria terminar essa conversa e ver o seu sorriso, mas a outra parte desejava que ela fosse embora logo antes que a Abby a visse e suspeitasse de alguma coisa.

- Oi. Gostou do brinquedo?- Por falar nela...

- Abby!- Falei tentando soar alegre, no entanto minha voz saiu meio assustada.

- Não vai me dizer que ficou com medo de um simulador?- Ela perguntou rindo, aquele deliciosa risada. Ri junto, mesmo que agora nada mais teria graça.

- Claro que não!- Disse tentando me recompor.- Eu gostei... Foi... Divertido! E você?

- Achei o mesmo.- Ela falou.

- Abby, Digo! Venham!- Chamou tia Pri que já estava praticamente na saída.

- Vamos?- Perguntou Abby me estendendo a mão.

- Claro.- Falei a pegando para seguirmos caminho e encontrar nossa família.

Mas a minha cabeça já não estava mais no parque da Universal...

***

- Que brinquedo agora?- Perguntou minha mãe.

- Tem um simulador dos “Transformers” que é muito bom, e acho que o Digo vai gostar, não é, querido?

- O quê?- Perguntei a minha madrinha que algo tinha dito, porém não tinha prestado atenção.

Sério... Eu preciso tomar uma decisão.

- Hum... O corpo está aqui, mas a cabeça em outro lugar. Tem alguma coisa para contar? – Falo tia Pri.

Fiquei nervoso de imediato. Ninguém podia suspeitar do que acontecia ali, principalmente os meus pais que de todos os presentes eram os que mais sabiam daquela história... E acho que assim é melhor, meus pais me amam independente de qualquer coisa, mas não sei se o resto vai me olhar do mesmo jeito sabendo o que estou fazendo com a Abby, a menina que todo mundo gosta. Mas quem não gostaria? Ela tem um rosto tão angelical...

- Não, eu...- Eu mal conseguia falar!- Estou bem.- Minha mãe me olhou de um jeito como se já soubesse de tudo o que se passava na minha cabeça e também na minha dia...

Ah, não, mãe. Hoje não...

- Vamos para o brinquedo.- Falou mamãe.- Tenho certeza que isso fará o Digo voltar para terra.- Todos assentiram e começamos a seguir caminho, no entanto, não fui sozinho...- Qual o problema?- Perguntou minha mãe após me afastar um pouco do resto do pessoal.

Minha mãe, quando queria uma conversa particular, me afastava de todos, mas o que ela não percebia é que nunca fazia diferença, pois se existe alguma coisa que eu não contei a ela, quer dizer que não vou contar mesmo! Pois não existe quase nada que eu não conte a ela, mas quando aparece é bem semelhante ao meu atual problema... Enfim, não quero falar sobre isso com ela.

- Nenhum.- Falei.

- Jura? Porque será que não acredito?- Ela disse.- Ah, sim! Lembrei... Será que é porque sou sua mãe e o conheço melhor do que qualquer pessoa?- Abaixei o olhar.- Você brigou com a Abby?

- O que?! Não! Claro que não! Porque pensa isso?!- Perguntei indignado. Apesar de tudo estar girando em torno da Abby, meu mau-humor nada tinha haver com qualquer briga com ela... E se tivesse acontecido eu estaria bem pior, se tinha alguém que eu não brigava nunca essa pessoa é a Abby, na única vez que nos desentendemos foi por causa do idiota do Josh, mas não passava de um simples engano, depois disto nunca mais tivemos alguma intriga.

- Bem... Você parece ignorar ela.- Disse minha mamãe.- Ela fala, sorri para você, mas você fica com uma cara de culpado! Querido, se isso se trata da Bia...- A interrompi.

- Não! Mãe, não quero falar sobre isso!

- Jura? Pois acho que deveria.- Ela disse.- Eu não faço ideia do que está fazendo, Rodrigo, tenho teorias, mas nenhuma me parece agradável ou certa. A única coisa que não me faz tomar as rédeas da sua vida é que penso que te eduquei direito que vai fazer a coisa certa... Ou será que estou enganada?- Ela estava séria, até demais. Mas a situação implorava por isso, afinal o que eu estava fazendo não tinha nada de engraçado.

- Não. Não está.- Falei.

- Uma coisa é você ser um adolescente e fazer besteiras, isso é normal.- Disse minha mãe.- Mas não posso permitir que você magoe a Abby, pois acho que no fim é isso o que vai acontecer. E também sei que se odiará se fizer isso, então, não faça.

Ótimo! Era o que faltava para completar o dia... Uma bronca da minha mãe.

Afastei os pensamentos com o intuito de fazer o oposto do que minha mãe tinha dito, eu podia até sim estar ignorando a Abby até agora por medo, mas agora deixaria isso de lado...

- O que está achando do parque?- Perguntei surgindo do seu lado.

- Oi! Ele é ótimo, mas me responde...- Ela começou a falar.- Eu fiz algo errado? Você ficou meio... Hum... Arisco depois do brinquedo do “Meu malvado favorito”.- Será que eu fui o único que demorei a perceber minha frieza com a Abby?

- Desculpa, minha cabeça acabou voando para... Alguns problemas.- Falei forçando um sorriso.

- Então pode parar! Estamos em Orlando! Sabe se lá quando estaremos aqui de novo, com esses parques que mal vi, mas já estou amando!- Ela disse empolgada.

- Acho que tem razão, eu devia aproveitar.- Falei tentando convencer mais a mim mesma do que ela.

- Não! Não deve não! Você tem que aproveitar!- Ela disse. Ri. Eu acho tão fofo quando ela dá alguma ordem, seja de verdade ou de brincadeira, ela fica muito fofa, que na verdade quase não dá para levar a sério.

- Sim, senhora. O seu pedido é uma ordem!- Falei. Abby olhou para algum lugar e sua expressão ficou séria, na verdade, assustada.

- O que houve?- Perguntei preocupado.

- Digo, cadê nossa família?- Ela perguntou meio hesitante e parecia nervosa.

Olhei para os lados e não encontrei ninguém!

Essa não...

- Nós nos perdemos!- Ela disse o que já estava na minha mente.- E agora? O que vamos fazer?

- Calma...- Disse segurando seus ombros e olhando em volta.

Eu e a Abby tínhamos nos perdido de uma maneira um tanto grave, pois sabíamos onde eles estariam, no entanto eu não o simulador do “Transformers” em lugar algum.

- Droga! Como foi que isso aconteceu?- Falei.- Eu não faço ideia de onde fica o simulador. Você tá com algum mapa aí?

- Sim.- Ela disse já tirando a mochila das costas, de onde tirou o mapa do parque.- Aqui.- Peguei o papel e comecei a procurar o local do simulador, assim eu e Abby podíamos ir até lá e consequentemente encontrar nossa família.

- Acho que encontrei, vamos ter que andar um pouco, mas encontraremos todo mundo no fim.- Falei devolvendo-a o mapa.- Vamos?- Falei oferecendo minha mão, que ela aceitou.- É melhor ninguém mais se perder.- Ela sorriu.

- Com certeza não.- Ela concordou.

Começamos a caminhar pelo parque seguindo exatamente a orientação do mapa, no entanto parei no segundo que vi...

- Capitão América!- Não consegui não gritar ao ver um dos meus heróis favoritos a poucos metros de mim e com uma fila bem pequena.- Caramba! Não acredito! Nunca pensei que o veria aqui!- Fiquei tão entretido vendo o super-herói que demorei alguns segundos para perceber que Abby ria do meu entusiasmo.

- O que tá fazendo aí parado? Vai tirar uma foto!- Ela disse me puxando para perto do personagem.

- Mais nós... Estamos perdidos, desse jeito a situação só vai piorar e...- Ela me interrompeu.

- E na volta ele pode já não estar aqui, seu bobo!- Ela falou.- Aproveita essa chance, nós podemos encontrar o pessoal depois.

- Tem certeza? Não quero estragar seu dia só por causa de uma foto.- Falei.

Já bastava tudo o que eu fazia nas escondidas, não precisava arruinar as férias dela também.

- Tenho! Anda logo! Senão a fila vai aumentar, aí sim eu vou ficar brava.- Disse me empurrando novamente. Ri até que chegamos na frente do Capital América.

- Hey, querem que eu tira para vocês?- Perguntou uma moça que aparentemente trabalha na Universal.

- Sim! Vem tirar também Abby!- Chamei.

- Ah, não... Vai sozinho, quero que seja especial para você.- Ela disse.

- Com você só vai se tornar ainda mais especial.- Falei. Ela sorriu e vi suas bochechas corarem.

- Tá... Tá bem.- Em seguida fomos para o lado do personagem.

- Oi, tudo bem?- Perguntou o super-herói.

- E aí, capitão?- Falei.

- Olha só que menina bonita.- Disse ele para a Abby.- Por favor, me diz que ela é sua namorada! Não me diga que você perdeu essa chance.- Eu e Abby começamos a rir.

Eu mais por desespero, pois eu e a Abby... Eu sei lá o que nós somos! Não somos amigos, mas também não somos namorados.

- Pela risada a resposta é um não!- Disse o capitão.- Mais que vacilo, cara.- Ele disse tocando no meu ombro enquanto a Abby tentava se segurar para não rir.

- Mais isso é só porque ele não quer.- Abby disse de repente surpreendendo não só a mim, mas também o Capitão América.

Oi? Eu ouvi direito? Essa é a Abby mesmo?

Eu podia esperar essa reposta de qualquer um, e não ficaria surpreso, mas da Abby?!

Meu coração acelerou de imediato, só não sei de felicidade, de desespero ou de pressão! Mas eu não podia negar que pelo menos uma parte do sentimento era alegria.

Se ela está dizendo isso... QUER DIZER QUE TAMBÉM ESTÁ APAIXONADA POR MIM!

- E você fica dando um mole desses, rapaz?- Perguntou o Capitão.- Isso é um absurdo... Se eu estivesse no seu lugar já estaria namorando com ela há anos!- Ele riu.- Vamos logo tirar essa foto antes que vocês comecem a brigar na minha frente.- Disse ele arrumando eu e Abby para a foto.

Ainda bem que ele não deixou que eu olhasse nos olhos dela...

Naquele momento senti que tinha que contar tudo a ela, Abby merecia a verdade, mas ainda bem que não contei, não é algo fácil a ser dito e muito, muito inconveniente ser dito na frente de um total estranho vestido de super-herói. Mas também...

Eu não estou pronto... Como posso contar para a pessoa mais doce do mundo que a pessoa com quem ela gastou tanto tempo na verdade merece um tapa na cara? Não foi fácil dizer a Bia que se mostra mais forte emocionalmente do que a Abby, então dizer a ela deve partir o que ainda restou do meu coração confuso.

Tiramos a foto, mas a moça que estava com o meu celular olhou para o Capitão América de maneira estranha, o que fez com que ele impedisse a nossa saída.

- Olha só, parece que mesmo você não conseguido a garota ganhou outra coisa!- Disse ele.- Hoje estamos com uma promoção aqui no parque, as pessoas que tirarem a 100º foto comigo vão ganhar sorvetes de graça. Meus parabéns!

- Quê?!- Falei, mas a verdade é que soltei aquilo para Abby, pois já não aguentava mais esconder qualquer reação de suas palavras e aí chegou essa notícia...

- É sério?- Perguntou Abby empolgada.

- É isso mesmo!- Disse ele.- Tiveram sorte. A Lídia vai acompanhar vocês.- Falou apontando para a moça com meu celular nas mãos.- Muito bom conhecer vocês... E cara, vê se toma alguma atitude!- Sorri desconfortável, então eu e Abby saímos atrás da tal Lídia.

- Olha só, estou achando que ganhamos foi vantagem de termos nos perdido da nossa família!- Ela falou.- Foto com o Capitão América e agora soverte de graça! Devíamos ficar sozinhos mais vezes, isso sim.

- Você me dá sorte.- Falei. E realmente, poderia ser considerado verdade, pois as viagens mais divertidas e inesquecíveis aconteciam quando ela está comigo, e essa aqui que mal começou já se tornou mais do que especial... Ou bem problemática!

- Obrigado! Nem acredito na nossa sorte!- Falei quando Lídia nos entregou o sorvete todo colorido e bonito.

Nossa! De beleza não tem a menor comparação com ao do Brasil, sem dúvida aqui ganha de mil a zero.

- Ainda estou com seu celular, que tal uma foto?- Ela disse e nós concordamos.

Ela nos deixou sozinhos em um banco com o sorvete.

- É estranho...- Falou Abby.

- O que?- Perguntei.

- Normalmente sou eu quem tira as fotos, e não o contrário.- Disse ela. Ri.

- E estar do outro lado é estranho?- Perguntei.

- Um pouco...- Disse ela.- E não faço ideia se gostei... Acho que não. Prefiro fotografar!

- Deveria gostar, as fotos ficam lindas quando você tira, mas ficam ainda mais lindas quando você está nelas.- Falei fazendo suas bochechas corarem.

Nesse segundo meu celular começou a tocar.

Olhei a tela e vi que era o JP, cliquei em ignorar. Ele iria entender quando eu ligasse mais tarde.

- Não vai atender?- Perguntou Abby.

- Só um amigo lá do Brasil... Depois falo com ele.- Disse.

- Entendi...- Ela disse.- E por falar no Brasil... Como estão as coisas? Desde que chegou mal falou de lá, está tudo bem?

- Sim... É... Como está Em Los Angeles? Seus pais vão consegui te visitar lá nessas férias, já que não conseguiram vir no aniversário da Ali?- Falei. Abby revirou os olhos e murmurou alguma coisa que eu não entendi.- O que foi?

- Nada.- Ela disse brava.

Nunca tinha visto Abby com aquela expressão, ela realmente parecia zangada.

Fiquei analisando todas as minhas palavras, no entanto não achei nada que justificasse a ação dela.

- Eu disse alguma coisa que te magoo?- Perguntei.

- Deixa pra lá, não é nada.- Ela respondeu. A voz dela agora parecia meio magoada.

Meu Deus! O que foi que eu fiz?!

- Abby, não fala isso, estou vendo na sua cara que tem algo errado. O que é?- Insisti.

- Isso só vai te irritar.- Ela disse.

- Irritado eu vou ficar se você não me contar.- Disse.- Poxa, você é sempre tão doce... Se está assim só pode ser algo que tenha te irritado muito... Se foi algo que eu disse eu peço desculpas, não quero ser o responsável por apagar esse seu lindo sorriso.- Falei puxando seu queixo, para que assim ela me olhasse.

- Porque você faz isso?- Ela disse.- Fica me dizendo essas coisas tão lindas, mas depois... Se afasta como se não passasse de uma mentira, como se mal nos conhecêssemos.

- O quê?! Não, Abby, não é nada...- Ela me interrompeu.

- Por favor, me diga que essa sua reação é verdadeira e não uma mentira, pois só aí eu não ficaria tão mal quando você se afasta de mim.

- Eu não...- Parei de falar ao lembrar que ela não foi a primeira a me dizer isso.- Quando eu fiz isso?

- Quase sempre.- Ela respondeu.- Quer dizer, depois que você voltou para o Brasil... Nós conversávamos por mensagem e depois você esfriava tudo, não me procurava, como se eu já não existisse... Eu que tinha que ir atrás, parecia que eu que tinha que mostrar que ainda estava viva para você me notar, aí então tudo ficava bem novamente, até você se afastar de novo e de novo... Sempre! Eu pensei que era por causa da distância e não passava de uma má impressão minha, mas aí... Nós nos encontramos, então tudo ficou tão lindo e colorido como foi quando estávamos em Los Angeles, eu pensei que realmente só tinha sido a distância que havia estragado tudo, no entanto saímos do primeiro brinquedo e você ficou meio esquisito comigo de novo! E só agora ficou normal novamente... Não me diga que estou imaginando coisas, pois sei que não estou!

Não, não podia negar... Eu realmente estava vivendo duas vidas, mas sem viver nenhuma das duas plenamente... Bia e eu já havíamos brigado por algo semelhante no passado, e acredito que essa conversa entre mim e Abby só não aconteceu antes porque ela é doce demais para encarar algo de cara e não esperar para ver se é resolvido naturalmente.

Coitadinha... Que coisa horrível eu tenho feito com ela!

- Abby, eu...- Comecei a falar.- Eu não tenho uma desculpa aceitável.

- Não precisa ser aceitável.- Ela disse.- Eu só quero te entender, Digo... Olha, eu... Eu realmente gosto de você, e nos últimos tempos tenho me sentindo enganada, se não sente o mesmo me diz de uma vez... É melhor do que me iludir.

Como eu sou burro! Burro e idiota! Como pude não ver o que estava fazendo com ela?! Agora vejo que ela passou nesse último mês, e como eu tenho sido tudo menos o cara que ela merece... Qualquer coisa menos a pessoa que possa merecer a sua paixão e muito menos o seu amor.

- Estou com medo.

- De que?- Ela perguntou.

- Se... Se eu contar a verdade... Isso não é aceitável, Abby.- Falei.- Nada do que estou fazendo é. Eu só consigo dizer que eu não te mereço, você é boa demais para mim, principalmente depois de todas as decisões que tomei nos últimos tempos.

- Todo mundo erra.- Ela disse.- Ninguém é perfeito.

Senti tudo em mim cair quando ela falo aquilo, uma parte de mim esperava um grito ou um tapa na cara, mas o que eu ganhei foi compreensão sendo que ela nem sabia o que eu ia dizer... Como alguém pode ser tão boa e sensível?

- Não consigo.- Eu realmente não consiga. A Abby disse que gosta de mim, mas acho que já não sou mais o rapaz que ela realmente quer, não mais.

Abby ficou olhando profundamente em meus olhos, como se conseguisse ler tudo o que eu pensava.

- Tudo bem.- Ela disse parecendo decepcionada.- Entendi... Você não gosta de mim, não é? Pensou que gostava naquela viagem, mas a verdade é que não é bem assim... E agora não consegue dizer isso na minha cara... Tudo bem, facilitei para você.

- Não! Abby!- Disse segurando um de seus braços.- Como poderia não me apaixonar por você? Você tem ideia do quanto você especial? Com certeza não, pois se tivesse nunca suspeitaria que alguém não gosta de você. Abby você é uma das melhores pessoas que conheci, doce, meiga... Sem dúvida alguém que eu não poderia não ter na vida, ela seria completamente sem vida, sem luz sem você nela.

- Então me explica o porquê desse jogo.- Ela perguntou parecendo realmente sentida por tudo.- Você fala essas coisas de mim, me elogia, mas depois caí fora...

- Não... Não posso.- Eu não podia. Ela já estava magoada, falar da Bia só pioraria tudo.

- Então isso prova tudo o que eu queria saber.- Ela falou se levantando.- Não precisa ser legal comigo, Digo. E nem explicar... Você pode pensar que gosta de mim, mas não o suficiente... Seja lá o que esconde me contaria se realmente quisesse alguma coisa.- Ela começou a andar, mas eu levantei em total desespero e a peguei pelos braços.

Eu não tinha passado por tanta coisa para acabar assim... Para perder ela, algo que eu não podia. Mesmo ainda não tendo certeza de meus sentimentos de uma coisa eu tinha... Eu não podia perder a Abby.

- Não posso te perder, Abby... Isso seria como perder o sol, a lua, meu dia e minha noite... Pois você é tudo isso... Mesmo confuso, mesmo com tanta coisa acontecendo você faz parte das minhas 24 horas, todo o dia, todo o segundo... Fazendo o certo ou o errado eu lembro de você, isso pode fazer meu coração pular ou se entristecer, mas eu lembro de você... Lembro de nosso tempo juntos como se tivesse acontecido há poucos segundos e do... Nosso beijo como se tivesse acontecido agora, mas o mesmo tempo como se fizesse anos, pois a saudade me mata de uma maneira... Eu só quero ficar com você de novo, mas não me sinto digno disso... Eu fiz tanta coisa ruim, Abby... Algo que não merece perdão, nem de você e... Nem de ninguém. O ideal seria você fugir agora, como pretendia fazer, mas eu não consigo te deixar ir, não suporto nem pensar nisso... Eu preciso tanto de você do meu lado, desse seu sorriso iluminador, desses seus olhos que brilham tanto como as estrelas do céu... Eu não estou dizendo mentiras, só não estou perto de ser o que você merece! Mas não posso falar porque, eu a perderia para sempre e se você for embora agora ao menos conseguiria olhar no meu rosto, e isso para mim já bastaria... Mas te perder para sempre eu não posso! Pode ir embora agora se quiser, mas eu não aceito que vá sem que saiba que eu sou louco por você! Que estou apaixonado, mas... Eu não posso dizer o motivo do meu sumiço ou frieza, você não merece saber essa verdade.- Ela ficou calada com aqueles olhos brilhantes franzindo para mim. Mas só de olhar para ela eu me sentia bem e completo, não precisava que ela dissesse nada, seja positivo ou negativo, só precisava que ela estivesse no mesmo lugar que eu, para que ao menos eu conseguisse olhar em seus olhos.

- Não é por não gostar? E nem falta de confiança?- Ela perguntou.

- Nunca! Não tem pessoa no mundo que eu queira contar tudo além de você, pois sei que se eu pedi segredo assim você fará, mas também vai me ajudar... Mas é por não querer perder nada disso que eu fujo... Eu me sinto culpado Abby.

- Só não pode me contar, não é?- Ela disse.

- Sim.- Assenti. Ela respirou fundo.

- Há um tempo...- Ela começou a dizer.- Eu tinha um segredo, algo que não queria que ninguém soubesse porque ninguém podia me ajudar... Mas aí descobriram, a pessoa certa descobriu e deu um jeito do meu sofrimento acabar, mas eu não disse nada, essa pessoa foi simplesmente incrível e conseguiu me resgatar... Ela merece sim todo o meu amor e carinho, mesmo ela pensado que não... Agora parece viver algo semelhante, e... Eu não queria contar quando foi minha vez, e não vou te obrigar a falar agora que é a sua... Só não me afasta! Nunca! Eu te quero perto, como você diz que me quer também! Se não quer me contar tudo bem, me conta quando estiver pronto... Mas nunca diga que não me merece! Não se afasta de mim que isso dói mais do que uma punhalada no peito!

- Abby, eu...- Ela me interrompeu.

- Cala a boca! Não estraga o momento.- Ela disse ficando na ponta dos pés.- E...- Ela não precisou falar, o jeito que me olhava, intensamente, foi o bastante.

Eu me inclinei e a beijei, matando toda a saudade que tinha da última vez que isso aconteceu... Parecia tão distante... Mas o beijo dela fez tudo parecer tão perto, todas as boas lembranças que vivemos, todos os nossos momentos que eu só queria que não tivesse fim.

Eu a desejo tanto e tanto que nem sei se isso é possível... Não sei se existe algo tão belo que outra pessoa já tenha sentido, pois digo com toda a certeza que somente essa garota nos meus braços possa fazer alguém se sentir tão bem, e só posso ser o homem mais sortudo do mundo por ser eu a sentir isso... 



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