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História Eutanásia - Segundo


Escrita por: doublejae

Notas do Autor


Estou aqui como prometido para lhes entregar essa segunda (e última) parte dessa fanfic maravilhosa.
Obrigado a todos que favoritaram e comentaram, vocês foram uns amores.
Eu espero realmente que gostem, uma boa leitura.

Capítulo 2 - Segundo


Muitas pessoas na vida são abençoadas, cada uma de acordo com a sua necessidade. Pessoas são abençoadas em conseguir um emprego, ou então em conseguir passar na faculdade; outras são abençoadas por ganharem na loteria e até mesmo por conseguirem acordar no horário de não perder o ônibus. No meu caso minha benção foi ter conhecido Hyungwon, foi ter feito amizade com Minhyuk que por sua vez era da mesma sala de Hyungwon e que foi a nossa ponte; não tenho arrependimentos em relação à Hyungwon, por mais que tenha sofrido bastante nos últimos cinco anos nada que tenha relação com ele vai me trazer arrependimento.

No momento em que sua mão apertou a minha e seus olhos castanhos se encontraram com os meus pude sentir que estava sendo – novamente – abençoado em ter ele em minha vida. Não tive expressão e muito menos reação perante as circunstâncias, só sei que meu sorriso em meio às lágrimas foi inevitável. Assim que tudo ocorreu os médicos colocaram Kihyun e eu para fora do quarto dizendo que precisavam fazer exames para entender o que havia acabado de acontecer.

Me lembro de ter saído do quarto e sentado no chão ainda em choque com tudo aquilo, não fui capaz de responder nenhuma pergunta e a única coisa que consegui fazer foi olhar para meu pai e sussurrar um ele acordou enquanto o abraçava e chorava em seu peito como se tivesse novamente meus seis anos de idade. Obviamente fui obrigado a fazer exames também, já que, pela minha incredulidade perante os acontecimentos, todos acharam que eu poderia estar em algum tipo de colapso quando na verdade tudo que eu sentia era uma felicidade imensa que não sabia ser expressa.

Houve um longo período em que tivemos que esperar com paciência até que alguém viesse conversar conosco sobre o estado de Hyungwon e quando esse momento chegou à única coisa que eu queria saber era se eu poderia vê-lo, não me importava como ele tinha voltado, eu queria ver, poder tocar e sentir que aquilo era realmente a realidade e não mais um dos meus sonhos. Com o médico explicando tudo para quem quisesse ouvir eu me aproximei devagar e disse que queria vê-lo, todos me olharam e o doutor Jinwoo disse algo que fez meu coração se aquecer em esperança de tudo aquilo realmente ser verdade.

— Na verdade Hoseok, Hyungwon disse que quer vê-lo primeiro.

Um enfermeiro me acompanhou até o corredor que agora parecia ter ficado mais alegre, assim que parei diante da porta um frio percorreu por toda a minha espinha e o medo de que quando eu abrisse a porta tudo não passasse de um sonho me invadiu e por um momento eu quis correr. Mas quando fui deixado sozinho eu não tive outra escolha, girei a maçaneta e tive a visão do quarto exatamente como eu sempre o vi a diferença agora era que Hyungwon estava de olhos abertos sem o tubo na boca e com o corpo sentado em vez de deitado.

Sorri minimamente e me aproximei com cautela da cama, nenhum de nós dois falava nada e eu acho que nem sabíamos o que dizer naquele momento, se eu estava confuso, imagine ele! Sentei na cadeira que sempre sentei e olhei seu rosto que continuava lindo, ele retribuiu o meu olhar e deu um sorriso quase imperceptível, para mim, que viveu cinco anos sem ver suas expressões, aquilo fez meu estômago se revirar dentro de meu corpo e meu coração querer quebrar minha caixa torácica. Olhei para sua mão que estava apoiada em seu colo e me perguntei internamente se ela tinha voltado a ficar quente.

— Não precisa ter medo Wonho. — sua voz soou doce pelo cômodo e eu o olhei na esperança de que ele falasse algo mais, queria ter certeza que não era coisa da minha cabeça. — Eu ainda sou o mesmo Hyungwon de cinco anos atrás, só que com o cabelo maior.

Ele riu. Na hora que eu vi aquele sorriso tímido meus sentimentos falaram mais alto e não poupei tempo em me sentar na borda da cama e rodear meus braços pelo seu corpo magro num abraço. Sentir o seu calor quando ele retribuiu foi o suficiente para que eu sentisse a tão conhecida ardência em meus olhos denunciando as lágrimas que estavam para vir, soltei um suspiro de alívio e não senti vergonha em começar a chorar baixinho no ombro do homem que eu amava, Hyungwon me consolava passando a mão em meus cabelos sussurrando palavras doces.

— Deveria ser eu a te consolar. — eu disse abafado por ainda manter o abraço e ele riu bem pertinho do meu ouvido.

— Não fui eu que esperei você acordar por cinco anos. — me assustei com a sua afirmação, achava que ele ainda não sabia de tudo e acabei por encerrar o abraço e encará-lo. — O doutor me contou, não tudo, mas ele me contou que fiquei em coma por cinco anos.

— E você está bem? — passei os dedos pelo seu rosto macio e Hyungwon sorriu para mim, demoraria a me acostumar a vê-lo sorrir de novo.

— Acho que sim, nenhum dos exames deu alterado ou algo assim, eles ainda estão confusos de como acordei, mas parece que nada está fora de ordem.

Encarei seus olhos, eu também queria muito saber como ele tinha acordado depois de ter praticamente ficado sem batimentos cardíacos, parecia ser surreal demais. Hyungwon suspirou fundo, parecia ter entendido meus pensamentos e me puxou para deitar com ele na cama. Por mais apertada que fosse, demos um jeito de ficarmos deitados um de frente para o outro, eu ainda acariciava seu corpo com medo de que ele fosse desaparecer.

— Sei que todos querem saber como acordei e acredite ou não, eu estou entre essas pessoas. Não sei o que senti na hora e sinceramente não me lembro de absolutamente nada da época que estava em coma, somente um sonho bem longo onde eu tentava acordar. — suas feições eram de confusão, parecia que ele queria se lembrar de algo e estava se esforçando para ter sucesso. — Mas eu me lembro de você.

— De mim? — era fato que eu conversava com Hyungwon enquanto ele estava em coma, mas nunca imaginei que ele me escutasse ou algo assim.

— Sim, me lembro vagamente da sua voz, mas não me lembro do que você dizia. — sua testa voltou a ficar franzida enquanto ele parecia querer lembrar-se de algo, até que olhou para mim. — Pode me dizer o que você falava?

— Em qual momento exatamente? — nós dois rimos, parecia que aqueles cinco anos nunca haviam existido. De repente Hyungwon ficou sério e eu senti o medo voltando.

— Me perdoe Wonho. — foi a minha vez de franzir o cenho não entendendo o porquê do pedido de desculpas. — Sei que sofreu muito nesses cinco anos, eu queria voltar, queria mesmo, mas parecia que eu nunca ia conseguir. Me perdoe por ter feito você ficar sem respostas durante tanto tempo.

— Wonnie não precisa disso, já passou, você está aqui agora, nada mais importa.

— É, mas eu sei que você sente medo de que tudo isso não passe de um sonho. — nos encaramos profundamente e eu vi lágrimas tímidas molharem o rosto de Hyungwon.

— Por favor, Wonnie, não chore. — trouxe meu pequeno menino para o meu peito e o abracei com força.

Suas lágrimas desceram com força e eu tentei segurar as minhas, Hyungwon havia acordado depois de cinco anos, eu sabia que tudo em sua mente estava confusa e que ele não sabia necessariamente como agir, afinal de contas, ele havia parado sua vida totalmente e agora ela havia reiniciado do nada. Ele continuava murmurando pedidos de desculpas e eu tentava o fazer se acalmar, ele precisava daquilo e só depois de alguns minutos que me afastei minimamente e olhei em seu rosto.

— Hyungwon eu não quero me lembrar dos cinco anos que se passaram, eles não importam mais pra’ mim sabe por quê? — o garoto a minha frente negou com a cabeça. — Porque tudo que eu sempre quis nesses cinco anos acabou de se tornar realidade, você acordou, você está vivo e eu não quero saber de mais nada que não envolva nossa vida daqui para frente.

— Mas eu não consigo tirar esse peso dos meus ombros, sei que fiz todos sofrerem.

— O sofrimento que tivemos quando você estava desacordado foi totalmente recompensado no momento em que você voltou para nós. Não se castigue tanto Wonnie, você acordou e a partir desse momento nada... Nada mesmo é mais importante do que isso. — Hyungwon sorriu e eu também sorri, estávamos bem próximos e eu podia sentir sua respiração vinda de encontro ao meu rosto.

Passei meus dedos secando as lágrimas que haviam manchado suas bochechas e desci os dedões para seus lábios. Não me lembrava mais do gosto que eles tinham e por um momento cogitei a ideia de beijá-los, talvez fosse o certo a se fazer, mas passado-se tantos anos eu sentia como se estivéssemos nos conhecendo novamente, não éramos estranhos, mas coisas haviam mudado.

— Por favor, Wonho, me beije.

Como se todos meus pensamentos estivessem errados eu acatei o pedido de Hyungwon. Selei nossos lábios delicadamente e foi como se estivéssemos dando nosso primeiro beijo, eu sabia que não iria conseguir ficar apenas naquele toque singelo, então passei minha língua pelos lábios carnudos do garoto a minha frente e fui prontamente retribuído; quando nossas línguas se encostaram suspiros de satisfação foram soltos e eu pude sentir exatamente a mesma coisa que sentia quando o beijava antes, nada entre nós dois havia mudado.

Claro que haveria um longo caminho a ser percorrido, afinal, cinco anos era muita coisa, mas naquele momento de uma coisa eu tinha certeza, desde que Hyungwon estivesse ao meu lado eu não me importaria com mais nada, porque o nosso amor sempre iria falar mais alto e qualquer situação que fosse, seria superada.


Notas Finais


Nunca sei como terminar as fanfics kkkkkk
Eu espero do fundo do meu coração que tenham gostado, o capítulo foi pequeno, mas foi bem fluffy, como eu queria.

Não sejam leitoras(es) fantasmas.
xoxo


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