História Eva - Idiota

- Ruki ahhn... – olhei pela fresta da porta, estava o moreno e outra garota “se divertindo”.

Respirei fundo e continuei a andar sem rumo, mas agora com os olhos cheio de lágrimas, cada vez que desciam era como ácido em minha pele. Acabei por ir pra enfermaria alegando que estava enjoada, fiquei jogada em uma das camas e chorei em silêncio.

O enfermeiro perguntou se queria que ligasse para meu pai, mas eu recusei, quando tocou o sino eu suspirei, me levantei e o senhor me olhou, e falou que era melhor eu continuar deitada.

Em um certo momento eu acabei por dormir, quando acordei eu estava com soro em minha veia, me sentei na cama e olhei ao redor, o enfermeiro me olhou e foi sentar-se perto de mim.

- Sua pressão estava muito baixa, coloquei um remédio no soro para melhorar, claro, pedi a autorização de seu pai. – eu só concordei, ainda estava meio perdida, ele me falou que só faltava meia hora pro fim das aulas e me mandou ficar ali.

Passou a meia hora e eu continuava deitada, o soro não tinha acabado ainda, estava um silêncio tão gostoso, mas num rompante abriram a porta da enfermaria.

- Merda. – eu olhei e vi Shin e Carla, me acalmei instantaneamente.

Eles vieram e começaram a me encher de perguntas e eu ria do desespero deles.

- Você podia ter nos chamado!! Não me mata do coração assim. – o loiro estava tão preocupado, eu me sentei na cama e fiz carinho em seus cabelos rindo.

- Ficamos preocupado quando não voltou pra para as outras aulas. – o albino se sentou na cama ao meu lado.

- Licença... – era o enfermeiro, ele veio e tirou o soro que tinha acabado. – Recomendo comer algo, e tomar algo, sua pressão estava bem baixa. – eu fui me levantar normalmente, e Carla fez questão de me pegar no colo.

- Eu posso andar sabia! – eu estava corada.

Vi o enfermeiro rindo baixo enquanto o mais velho me levava, Shin levava nosso material. Eles me faziam rir pra me manter acordada, eu ainda me sentia zonza, passamos pelos meninos e eles me olharam estranho. Kou fez uma careta engraçada e Yuuma fechou a expressão. Admito que eu estava adorando ver a raiva e o ciúmes deles.

Depois de um tempo chegamos na mansão, nós entramos e o Carla me sentou no sofá e eu peguei sua mão, por um minuto eu não queria que ele saísse, mas logo o soltei sem graça,

- Não vou deixar você... – o albino falou baixo, ele deve ter visto o medo em meu olhar, ele saiu por um momento e voltou com Shin.

Os dois estavam com pratinhos com algo para comer, eu não queria comer, eu fiz careta olhando eles e cruzei os braços como uma criança emburrada.

- Tem que comer algo. – eu fiz bico e balancei a cabeça negativamente.

- Abre a boca, você tem que comer – o loiro apertou o meu nariz, e quando a falta de ar se fez presente foi abrigada a abrir a boca pra respirar.

Foi então que Carla colocou uma generosa garfada de bolo em minha boca, pelo menos algo doce e gostoso, o mais novo soltou meu nariz e me entregou um copo d’agua e eu aceitei calmamente. Fiquei horas no sofá com os dois comendo bolo e uns salgadinhos, enquanto víamos televisão , eles agora sempre cuidam de mim, são como minha família, eu sorri com esse pensamento, mas logo o desfiz e só pensava comigo mesma:

- Eu sou uma idiota mesmo....