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História Evangelho, segundo Light Yagami - Proteção


Escrita por: Tia_Lucy1

Notas do Autor


Oilá diamantezinhos da tia, tudo bem com vcs?

Eu deveria estar dormindo, mas estou aqui postando fanfic pra ter o dia livre todo amanhã, pra estudar.

Ne eu demorei novamente outro mês, mas pelo menos o capítulo vai compensar cada minuto (eu espero). Mas falando sério, esse capítulo é com toda a certeza um dos meus preferidos, um dos q eu mais gostei de escrever. Terminei abraçando a tela do meu note.

Ñ vou me estender aqui, pq eu to com sono, por isso vou responder os comentários atrasados amanhã.

Capítulo 21 - Proteção


Fanfic / Fanfiction Evangelho, segundo Light Yagami - Proteção

As aulas da faculdade tinham acabado, porém Light permaneceu no prédio, conversando com os seus colegas de turma. Por fim, ele decidiu acompanhar uma das suas colegas — a que ele tinha mais contato —, o que fez o estudante mudar de curso. Já vinha algum tempo que estava desconfiado, de que o namorado tinha colocado algum GPS interno no celular, e ele estava disposto a descobrir sem levantar suspeitas. Enquanto caminhava com sua colega e conversavam coisas bobas, seu celular tocou uma vez, pelo visor viu que era o detetive. Antes de virar a esquina, ele recebeu mais uma mensagem de L, pedindo para comprar algo doce. Light sentiu uma raiva incrível, quando olhou para cima e viu a placa da doceria:

— Raito, algum problema? — perguntou a garota, vendo como ele tinha enfiado o celular no bolso.

— É só o meu namorado — Light respondeu, tentando tomar de volta sua mascara de bom moço.

— Ah, o seu namorado misterioso — ela riu seguindo o estudante para dentro da loja. — Todos nos já fizemos um monte de teorias sobre essa pessoa, mas não sabíamos que era um homem.

— Ah... Bem... — o estudante falou sem graça, tentando não mostrar-se tão constrangido.

— Tudo bem — ela tocou o seu ombro. — Eu não tenho nenhum tipo de preconceito, e se você quiser, eu não conto para ninguém.

— Muito obrigada — ele agradeceu e andou até a bancada, olhando para alguns bolos, pensando em levar algum para Luna.

O celular dele tocou novamente, dessa vez era uma mensagem, enfatizando o pedido de trazer algum doce. Apesar de Light não ter gostado de saber disso, imaginando que L ainda tinha algum tipo de desconfiança, o que deixava muito magoado, ele pensou que poderia ser apenas uma forma de proteção. Afinal Light namorava e trabalhava com os três maiores detetives do mundo, era esperado que estivessem cercados de inimigos em potencial, e seria bem mais fácil se caso Light fosse sequestrado, se L soubesse a sua localização. Além disso, uma semana antes, o detetive tinha dado uma pulseira para Luna, também contendo um dispositivo GPS. Ele suspirou resignado, pegando o celular do bolso, para ligar de volta para L.

 

 

L foi informado de que Matt e Mello tinham acabado de chegar, então ele prontamente foi de encontro aos meninos, já que Light ainda não tinha chegado da faculdade — o detetive já desconfiava de que o namorado tinha encontrado o dispositivo GPS no celular, mas permaneceu em silencio. A rápida reunião foi na sala de Watari, onde os dois garotos junto com os seus tutores, aguardavam o detetive. Os dois se sentiam exaustos da viagem, mas sabiam como L era, então permaneceram na sala, cada um sentado largado em  cada lado do sofá. Ele entrou desejando boa tarde, sentando em uma poltrona, já estendendo a mão para despejar chá numa xícara à sua frente:

— Isso foi bem ousado, da parte de vocês — L falou distraído, despejando cubos de açúcar no chá. — Se envolver com a mafia assim. E usando o meu nome.

— Você queria que parássemos os crimes, e foi isso que fizemos — falou Mello se levantando do sofá, seguido pelo companheiro. — Em nenhum momento você nos deu instruções. Agimos do nosso modo, e tivemos bons resultados.

— Bem, isso é verdade. Os crimes diminuíram em setenta e quatro por cento — ele deu um gole no chá. — Em um primeiro momento, a policia esta confusa, não sabendo lhe dar com a situação. Mas em breve, eles vão começar a caçar a mafia. O que vocês vão fazer a respeito?

— Prometemos proteção e vista grossa, por parte da policia — disse Matt. — L vai ter que intervir com a policia.

— Vocês vão —o detetive estreitou os olhos.

—Vamos L. Você trabalhou com uma serie de criminosos, qual o problema de ter a mafia como liados? — Mello disse. — Pense neles como um exercito pessoal. Nem sempre a policia concorda com os seus métodos. Contanto que você cumpra a sua sua parte no acordo, a mafia nunca ira te questionar em nada.

L colocou a xícara na mesa de centro, pegando uma fatia de torta de maça. Mastigava em silencio, enquanto pensava nas possibilidades. Os dois garotos na sua frente permaneciam calados, Watari e Roger no fundo da sala, assistiam tentando desvendar qual seria a decisão do detetive. Antes que ele pudesse responder, seu celular tocou e vendo que era uma ligação do namorado, atendeu. Mello sentiu seu sangue ferver nas veias, vendo como L sempre parava tudo para dar atenção a Light. Ninguém nunca tirou de sua cabeça, que L só mantinha o estudante por perto, porquê ainda desconfiava dele:

— Voltando — L desligou o celular, o colocando no bolso. — Eu não vejo problemas em continuar com o acordo com a mafia, embora vocês terão que cuidar de tudo. Tem minha autorização para usar meu nome. Por favor, me mantenha sempre informado.

— Você não vai se arrepender L — Matt sorriu, ambos os meninos se curvando.

— Podem ir, vocês devem estar cansados pelos últimos dias. Descansem um pouco. Chamo se precisarem — disse o detetive.

 

 

Mello e Matt saíram da sala como pedido, caminhando na direção dos seus respectivos quartos, tudo o que queriam era apenas um agradável banho quente e cair  na cama, dormindo por um bom tempo. Roger os chamou para entrarem na sua sala, onde foram informados sobre uma nova decisão de L. Mello foi o primeiro a questionar, mesmo sabendo o quanto inútil isso seria. Tudo o que eles tinham que fazer era acatar, não importando o quanto isso poderia ser perigoso para sua sucessão. Deixaram a sala mais exaustos, caminhando mais avidamente para seus quartos, porém encontraram com alguns amigos, e uma garota os abraços calorosamente:

— Finalmente vocês voltaram — ela se afastou sorrindo. — Onde estavam, nem deixaram recado, nem um numero de telefone. Senti saudades de vocês, meninos.

— Desculpe Linda, mas foi inesperado — disse Matt com um sorriso. — E você sabe como L é, não é?

— E vocês viram o rosto dele? — ela perguntou um pouco esperançosa.

— Claro que não —respondeu Mello, um pouco ríspido. — Só os "dignos" podem ver o rosto dele — ele disse com sarcasmo, Matt cutucou seu braço.

— Você mau chega e já esta mau humorado — Linda riu, apertando as bochechas do garoto. — Esse é o Mello que a gente conhece.

Uma das ordens de L foi, de nunca contarem sobre nada do que faziam, por isso diziam que estavam em treinamento com o próprio detetive, ao invés de dizer que na verdade, trabalhavam em parceria. Uma das principais características da lenda de L, era que ele sempre trabalhava sozinho e ninguém nunca viu o seu rosto. Era crucial para ele manter a lenda viva, se queria continuar resolvendo os casos e mantendo o seu império escondido entre as pessoas comuns:

— Bem vindos — disse Near, avistando os dois rivais, em um dos raros momentos que ele saia do quarto.

— Near — cumprimentou Matt. — Roger nos contou sobre a sua dedicação. Quatro casos de assassinato e um sequestro em um mês.

—Não estou tão dedicado como vocês — ele sorriu para Mello. — Usar o nome de L para comandar a mafia, foi bem engenhoso.

— Mas como você sabe? — perguntou Mello, tentando esconder a sua surpresa.

— Eu tenho meus informantes — Near mexeu em uma das suas mexas, ação que o outro odiava.

Antes que Mello pudesse acertar um soco, para desfazer o sorriso de deboche do mais novo, os três escutaram uma movimentação suspeita no andar de baixo. Se entreolharam, tentando decifrar os barulhos, que pareciam ficar mais altos. Eles não exitaram, descendo imediatamente para encontrar a fonte da confusão.

 

 

Após ter saído da loja, ele se despediu da colega, seguindo viagem de volta a mansão, na mão carregando uma sacola da doceria, levando doces como o namorado tinha pedido. Enquanto caminhava tranquilamente, ele sentiu o celular tocando novamente. Sorrindo, ele tirou o aparelho do bolso e checou o numero do visor, ficando surpreso:

— Okaa-san — ele exclamou ao atender.

— Raito, espero não estar atrapalhando — disse Sachiko tão alegre quanto o próprio filho. — Eu sempre confundo o fuso horário.

— Tudo bem Okaa-san, acabei de sair da universidade — Light explicou. — Ainda são quatro horas da tarde.

— Você e esse celular que nunca tem sinal? — ela resmungou. — E você nunca me liga.

— Okaa-san gomen, eu sei que deveria te ligar mais vezes, mas andei muito ocupado ajudando Ryuga com algumas coisas — ele disse virando a curva.

— Toma cuidado, não quero saber de você no hospital de novo — Sachiko repreendeu.

— Não se preocupe, as provas acabaram e Ryuga não me exige muito — o estudante sorriu brevemente. — E como estão todos?

— Estamos bem. Soichiro ainda esta muito ocupado com o trabalho, e Sayu passa metade do tempo estudando — ela mudou de assunto. — Raito, você esta bem mesmo?

— Eu já disse que sim okaa-san — ele riu. — Ryuga cuida muito bem de mim.

— Sabe Raito, ele parece mesmo gostar de você — Sachiko fez uma pequena pausa, escutando o filho ofegante pela caminhada. — Eu pensei muito, e cheguei a conclusão de que quero conhece-lo.

— Okaa-san? — o estudante parou repentinamente, surpreso, quase deixando a sacola cair.

— Sim Raito, eu quero conhecer — ela repetiu. — Quero conhecer o homem que faz o meu filho tão feliz.

Ele mau pode acreditar no que ouvia, sua mãe estava disposta a conhecer L. Ela finalmente ela estava aceitando o seu namoro com o detetive. Light sentiu uma onda de emoção, por pouco ele não chorou no meio da rua. Tudo o que ele queria era voltar para casa, com L e Luna do lado, para que sua família os conhecerem. O estudante voltou a andar, avistando a casa, agora bem mais rápido, no intuído de chegar logo na mansão e contar a novidade para o namorado.

Eles continuaram conversando sobre a possível futura viagem ao Japão, enquanto o estudante caminhava pelo jardim de entrada da mansão. Assim que Light chegou no hall de entrada, ele escutou um grito agudo de criança. Seu coração se apertou ao identificar a dona desse grito:

— Okaa-san, gomen, mas vou ter que desligar — ele falou apressado.

— Raito, esta tudo bem? — Sachiko perguntou, notando a mudança no tom de voz do filho.

—Eu ligo depois — o estudante desligou.

Light colocou o celular no bolso, entrando no corredor, segundo o barulho de vozes. Estava angustiado, andando em passos largos, não importando com as crianças que o olhavam curiosos. Ele precisava chegar lá, e bem rápido.

 

 

Após L dispensar os garotos e Roger, ele se levantou da poltrona, indo para a escrivaninha abrindo o notebook de Watari. Entrou na sua rede pessoal, abrindo um arquivo de texto contendo as informações do caso blue ship, como o próprio L tinha o nomeado. O mais velho se aproximou, vendo por cima do ombro do detetive. Ele tinha aberto outro documento, um que tinha a foto e uma ficha descrevendo sobre Maki. L colocou o polegar nos lábios, enquanto meditava sobre algum assunto por algum tempo:

— Eu estava mesmo certo, o professor Nikaido foi mesmo morto pela blue ship — L teclou alguma coisa, abrindo outro documento, mostrando a foto de uma mulher de origem asiática. — Familiar, não é.

— K — Watari sibilou vendo o rosto da mulher. —Ela não...

— Eu lamento muito — o detetive tocou gentilmente a mão do mais velho, que estava em cima da mesa. 

— Eu preciso ir para o Japão — ele falou desesperado, puxando o notebook para si.

— Não — L o deteve, segurando no seu braço. — Eu vou.

— Mas L...

— Watari, embora eu saiba o quanto você esta envolvido emocionalmente neste caso, eu devo lhe alertar, esse é o meu caso — ele falou soltando o braço do padrinho. — Eu vou fazer o possível para trazer K de volta. Faze-la se arrepender dos seus atos. Vamos recupera-la no final.

— Você esta certo — o idoso suspirou.

— Eu sempre estou — os dois sorriem por um breve momento. — Eu preciso que você alugue um jato. Vou para o Japão hoje a noite.

— Você acha que é mesmo necessário a sua presença? —Watari perguntou.

— Devido as atuais circunstâncias, sim — L respondeu se levantando. — Mas será por pouco tempo. Logo estarei em casa novamente — ele se virou para o mais velho. — E como esta indo com os documentos de Luna?

— Eu tive aprovação — ele sorriu, com a mudança de assunto. — Com os dados que eu coloquei, não vai demorar nada para a aprovação definitiva.

— Perfeito — o detetive tirou o celular do bolso, para checar a hora. — Eu vou falar com Raito.

— Ryuuzaki, você não acha que deveria ter conversado com Raito antes? — perguntou o mais velho, um pouco inseguro. — Afinal, é uma responsabilidade muito grande.

— Mas Raito já tem essa responsabilidade de qualquer modo — ele colocou o polegar na boca, enquanto caminhava para a saída. — E eu vou estar lá pra compartilhar essa responsabilidade.

— Eu sinceramente, nunca pensei que isso aconteceria um dia — Watari sorriu ajeitando os seus óculos.

 

 

Luna estava na sala de jogos, junto com outras crianças. Ela estava ensinando xadrez a um dos meninos do seu grupo, um garoto com o dobro da idade dela, e matade da sua inteligencia. Murmúrios das crianças que brincavam perto da porta foram escutados, um homem alto e corpulento entrou junto com uma tutora na sala. Os olhos do homem caíram direto em Luna, que estava encolhida segurando seu neko de pelúcia:

— Você esta ai, querida. Vamos? — o homem deu um sorriso forçado, andando na direção da garotinha.

Luna se levantou começando a recuar, mas sem sucesso, batendo as costas em uma prateleira cheia de jogos de tabuleiro. O homem agarrou no seu braço, a puxando na direção da saída, enquanto a garotinha gritava e se contorcia, deixando sua pelúcia cair. As crianças olhavam a cena assustadas sem saber o que fazer, assim como a tutora, que apesar de achar que o homem estivesse sendo um pouco bruto, também não pretendia fazer nada para impedir.

Por sorte da garotinha, antes de chegarem a porta, Matt, Mello e Near apareceram. Os dois maiores bloqueando a passagem, Near ficando na frente. O homem se viu obrigado a parar, olhando duro para os três, enquanto continuava apertando o frágil braço de Luna, que tentava se soltar:

— Ela não vai a lugar nenhum — declarou Mello.

— Sai da minha frente — gritou o homem, deixando a expressão feliz para adotar uma mais enérgica. — A garota é minha por direito.

— Você não ouviu? Luna não sai daqui — Matt reforçou. Seu rosto calmo, agora muito mais serio.

— E solta ela, você não vê que a esta machucando — falou Near.

— Luna? Que tipo de nome é esse? — o homem sorriu em escarnio. — Eu já disse que a garota é minha. Saíam da minha frente.

Aproveitando a distração do homem, Luna chutou a sua canela, ele se contorceu de dor dando um grito gutural, enquanto a menina corria na direção da porta. Matt se afastou dando passagem a ela, depois voltou a sua posição, fazendo uma barreira humana com Mello e Near. Luna estava assustada, seu braço doía muito e definitivamente, ela não queria ir embora com aquele homem. Então ela correu chamando pela unica pessoa que podia impedir, Light.

Ao ver a menina correndo apavorada, o estudante largou sua bolsa e a sacola no chão, correndo na direção dela. Ele a abraçou apertado, sussurrando palavras de conforto, acariciando os cabelos negros dela. Light a afastou um pouco, vendo os olhinhos cheios de lagrimas, o rosto vermelho e o braço machucado. Isso fez o seu coração afundar no peito. A garotinha tremia aflita nos seus braços, e a principio ele estava totalmente impotente, porquê não importava o quanto perguntava, a unica coisa que Luna fazia era chorar copiosamente, apertando sua camisa com as mãos:

— Obrigada por ter a segurado pra mim — falou o homem ofegante, mancando.

— Quem é você? — Light perguntou pegando a garotinha no colo, tomando cuidado com o seu braço, que já estava ficando roxo.

— Eu sou o tio da garota — ele falou apontando para Luna. — Ande logo, me entregue e eu vou embora sem causar problemas.

— Você — o estudante sentiu a raiva transportando do seu peito. — Então você foi o irresponsável que abandonou uma criança sozinha, assim que os pais dela acabaram de morrer? — ele segurou a menina a protegendo, enquanto ela chorava, implorando para não ir com o tio. — Como você ousa vir aqui? Você acha mesmo que eu vou permitir que leve Luna, como se nada tivesse acontecido?

— Eu agradeço o cuidado que você teve com a minha sobrinha — o homem tirou um papel do bolso, desdobrando e apontou para o conteúdo. — Eu tenho a guarda dela. E eu vou leva-la comigo.

— Só se for por cima do meu cadáver — Light vociferou, escondendo o rosto da garotinha no seu pescoço.

— É um prazer — o homem sorriu maliciosamente, dando alguns passos para frente.

— Eu não fazia isso se fosse você — L apareceu de repente atrás de Light.

Ele caminhou lentamente até ficar do lado do namorado, olhou para Luna que correspondeu o olhar por alguns segundos, L viu medo. O detetive olhou para frente, o homem tinha parado de andar, olhava atônito para os dois a na frente, ainda com o papel nas mãos:

— Olha cara, eu só quero a menina — o homem olhou para L e depois a garotinha. — Vê, eu tenho os papeis.

L andou até o homem que lhe estendeu os papeis, ele os pegou na mão e mesmo sem sequer olhar, os rasgou. O homem o olhou primeiro incrédulo, depois furioso. Ele afastou o braço, fechando sua mão em um punho, pronto para socar o detetive, que por sua vez, caiu no chão em um movimento rápido, chutando a canela ferida do homem em seguida. Ele caiu no chão uivando de dor, segurando a sua canela, se contorcendo sobre as taboas de madeira. As crianças que estavam atrás de Mello e Matt, viam tudo com os olhos grandes e curiosos, admirando a habilidade do homem panda:

— Muito conveniente da sua parte, voltar para buscar a sua sobrinha, justamente depois que descobriu que ela é a unica herdeira de uma empresa nacional — L disse em um tom acusador, voltando a ficar ao lado do namorado.

— Do que você esta falando Ryuuzaki? — Light perguntou confuso.

— Este homem é o tio biológico de Luna. Um homem cheio de dividas, que se livrou da sobrinha órfã, mas que a quer de volta, porquê a julga  como um ganso dos ovos de ouro — o detetive olhou para a garotinha. — Por pouco ela não foi vendida como escrava.

— Você é um miserável sem coração — o estudante gritou, sentindo seus olhos arderem.

O homem ficou pálido, enquanto escutava L contar todo o seu histórico nas fichas criminais, e suas dividas quase infinitas. Quanto mais Light escutava, mais queria bater no homem. Nunca em toda a sua vida, ele quis que alguém morresse, como queria que acontecesse com esse homem:

— Os documentos que eu acabei de rasgar são falsos — L colocou um polegar na boca. — Os únicos papeis verdadeiros, são os da entrada da adoção de Luna, por mim e meu companheiro.

Light ofegou ao escutar as palavras de L. Adoção. Então era isso, os e-mails misteriosos que ele trocava com Watari. L estava adotando Luna como sua filha. Não, como filha deles. O estudante também percebeu a mudança da garotinha nos seus braços, os olhinhos castanhos brilhando com um sentimento diferente. Ele beijou a testa dela, e acariciou os seus cabelos, tentando passar conforto a ela, como um bom pai deve fazer:

— Ou seja, você não tem nenhum direito sobre ela. Mas a policia tem muito sobre você —o homem arregalou os olhos, tentando se levantar do chão. — Se eu fosse você, iria para casa, e esperaria a policia ou os agiotas, quem chegar primeiro.

 

 

Em umas das noites, quando Luna e Light dormiam no quarto, L aproveitou para dar uma pausa nos casos, e pediu para Watari enviar as pequisas que tinha pedido a Near. No centro da tela brilhante, uma foto de Luna olhava para o detetive, abaixo um texto com o histórico familiar da menina. Ela era por direito a unica herdeira de uma empresa em crescimento, seus pais tinham morrido no ano passado, por causa de um acidente aéreo — L não descartou como sendo um assassinato. Ele bebeu um gole do seu café, fazendo uma careta por causa da temperatura, muito baixa da bebida. Deslisou o mouse para abaixar a pagina, ele franziu o senho ao ler o nome de um homem, o único parente mais próximo — provavelmente o homem que deixou Luna na mansão. — Near também pesquisou sobre o homem, era o irmão mais novo do pai da garotinha. Tinha um passado obscuro, envolvido com trafico, falsificação e agiotas. Sem duvidas ninguém em sã consciência, daria a guarda de uma criança indefesa, para alguém como esse homem. L colocou o polegar na boca, mandando um e-mail para Watari.

 

 

Depois de ter passado uma pomada no braço machucado, o estudante enfaixou o local, enquanto Luna o olhava com os olhinhos ainda marejados, mordendo sua maça do amor. Ele cortou a faixa prendendo com esparadrapo, para fixar no local. Guardou a maleta de primeiro socorros, e voltou para cama, onde estava a garotinha sentada. Secou o seu rostinho com os dedos, abraçando a menina, dando beijinhos de borboleta no topo da sua cabeça. Mesmo sendo apenas dez minutos após saber da novidade, Light já sentia o que as pessoas chamavam de "instinto paterno":

— Raito — L apareceu na porta do quarto, segurando uma maça com a mão, e  outra no bolso. — Tem mais uma coisa sobre a adoção, que eu ainda não te contei.

— Ryuuzaki, o que foi? — os dois olharam para o detetive, que se aproximou da cama.

— Uma das condições da adoção, é que precisamos ser casados. E embora Watari ter feito todos os documentos necessários... — L se ajoelhou, tirando uma aliança de ouro rosa com uma pedra de rubi do bolso, estendendo na direção do namorado. — Eu gostaria de te pedir em casamento.

A boca de Light se abriu em um ó, totalmente sem reação encarou o detetive e a aliança. O estudante sempre se considerou inteligente, com uma facilidade para aprender e absorver cada informação, mas graças as emoções que teve ao longo do dia, ele permaneceu parado. L o olhou durante um tempo, analisando a expressão de surpresa do mais novo, embora seus joelhos estivessem começando a doer, ele achou que seria mais aceitável que permanecesse nessa posição até escutar a resposta. Luna tinha se esquecido completamente do seu doce, olhando para os seus pais, qualquer resquício de medo ou dor, tinha passado:

— Otou-san Ryuzzaki vai se casar com o otou-san Raito— ela exclamou, chamando a atenção dos dois.

— Bem, seu otou-san Raito, ainda não me respondeu — L disse com um leve sorriso.

— Seu idiota, você ainda pergunta? É claro que eu quero, Ryuuzaki — Light puxou L para um abraço.

O detetive colocou a aliança no dedo do seu agora noivo, a peça reluzia apesar da pouca luz do comodo. Se sentaram um de cada lado, abraçaram-se beijando Luna em cada lado da sua bochecha, se beijando em seguida. L olhava para a menina e o estudante a sua frente com um  sorriso, que o namorado achava estranhamente fofo. Em toda a sua vida, ele nunca pensou que isso seria possível. L aproveitou cada momento com a sua família, sendo apenas Ryuuzaki, antes de ter que se tornar o detetive L e viajar para o Japão, em um caso que prometia ser tão difícil quanto o caso Kira.


Notas Finais


E ai gente, esse capítulo compensou msm o um mês de atraso?

Sim, oficialmente Luna é filha do L e Light, ai q fofoooooo. Sachike lida, finalmente percebeu q o L é o homem da vida do Light, é quer conhecer ele, quando ela souber q é avó, menino bsckjabfkb E além do mais L e Light vão se CASARRRRRRR Eu fico imaginado como seria a festa de casamento deles.

Tbm ñ vou me estender aqui, mas me falem se vcs gostaram, e o quão gay vai ser esse casamento.
Bjss tia Lucy


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