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História Evelyn - A Herdeira de um amor oculto - Primeira varinha e primeiro encontro com o desconhecido.


Escrita por: Siz

Capítulo 2 - Primeira varinha e primeiro encontro com o desconhecido.


Evelyn caminhou com os olhos marejados por um tempo, até que se deparou com uma loja antiga de varinhas, que parecia ter sofrido com o tempo. A menina leu a inscrição que dizia “Artesãos de Varinhas de Qualidade desde 382 a.c.”, ela sorriu e olhou para Hagrid.

— Você quer comprar sua varinha neste lugar? — Ele perguntou — Após o fim da guerra, os bruxos passaram a comprar varinhas em outras lojas que surgiram e outras que já existiam.

— Mas sinto que este lugar está bom para comprar uma varinha e veja, está a tanto tempo no mercado — Evelyn contou — E como não sei nada de magia, eu deveria buscar alguém que realmente entenda.

— O Sr. Olivaras não irá lhe atender — Hagrid disse — Ele não aparece mais para as pessoas, muito menos para os novos alunos.

Evelyn não deu ouvidos as palavras de Hagrid. Entrou na loja e ficou admirada com o local, que a pesar da aparência, lhe dava uma ótima sensação. Ela bateu palma, tocou o sininho no balcão, chamou por alguém. E alguma pessoa no meio da escuridão perguntou:

— Quem é você, menina?

— Eu me chamo Evelyn.

— Apenas Evelyn? — A voz fria de um velho, sem forma, escondido na escuridão lhe causou um pouco de arrepio.

— Não sei meu sobrenome, apenas descobri o nome de minha mãe — Ela voltou a ficar com os olhos marejados — Ela morreu na guerra... Liliane Ruperth.

— Oh, doce menina de cabelos escuros e lábios tão vermelhos como o sangue — Disse o senhor que saiu da escuridão com um sorriso misterioso — Você se parece muito a sua mãe, mas acredito que esses olhos... Sim, eu conheço esse olhar, me lembram seu pai.

— Você sabe quem era ele? — Evelyn se aproximou dele perguntando.

— Veremos — Ele disse colocando a mão no queixo e depois caminhando freneticamente — Experimente esta, mogno com núcleo de coração de dragão, 27 cm.

Evelyn ficou olhando a varinha e se perguntou como iria experimentar se não sabia magia. O Sr. Olivaras mexeu a caixa mostrando para ela movimentar a varinha e ela imitou o movimento, que a empurrou contra a parede.

— Oh, definitivamente não — Ele correu para ajudar a menina — Este é o mesmo material que sua mãe usava, ela era uma grande bruxa. Vamos tentar outra... por que não?

Ele caminhou a até uma estante mais afastada, em um local mais escuro, olhou para trás e disse baixinho “Por que não?”, pegou uma caixa azul marinho com detalhes em dourado e depois caminhou até Evelyn.

— Tente esta — Ele disse.

Assim que Evelyn tocou na varinha, um vento forte entrou pela janela e uma luz azul escuro tomou conta de todo o seu corpo, apagando logo em seguida. Ela olhou para o vendedor da loja que sorria;

— Interessante como as varinhas escolhem seu verdadeiro dono — Ele disse.

— Responda a minha pergunta — Ela pediu — Você conhece meu pai?

— Você não precisa saber sobre ele agora, mas apenas saiba que ele possuía uma varinha como essa e com ela, ele fez grandes coisas.

Evelyn saiu um pouco atordoada da loja, sua vida se tornava um enorme labirinto e ela não sabia por onde caminhar. Ninguém queria dizer quem eram seus pais ou quem ela era, tudo parecia misterioso e sombrio. Entrou Hagrid com todo o material que faltava e de bônus uma coruja vermelha de Madagascar, que a menina nominou de Ciro.

Após tudo pronto, Evelyn foi levada para um local parecido a uma pousada para passar a noite, antes de pegar o trem em direção à escola. Estranhou a plataforma, mas não disse nada, pensando que isso poderia irritar o gigante. Ela caminhou em direção aos corredores dos quartos em busca do seu e quando abriu a porta levou um susto olhando para o lado, pois uma menina de cabelos dourados saiu do quarto ao lado como se estivesse sendo jogada por algo ou alguém. Evelyn deixou suas coisas e foi ajuda-la. A garota de óculos, agora quebrados, sorriu para Evelyn um pouco envergonhada.

— Eu estava tentando um novo feitiço, não foi nada — Ela disse.

— Um feitiço? — Evelyn perguntou

— Sou a vergonha da família Lamartine, meu nome é Rose — Disse a menina.

— Eu me chamo Evelyn... Evelyn Ruperth — Ela se atreveu a dizer.

— Espera... impossível, de acordo com as minhas pesquisas, os Ruperths foram todos mortos na Guerra, e uma bebe foi desaparecia, isso seria impossível — Rose disse sorrindo e depois fez cara de surpresa — Você é a criança que desapareceu?

— De acordo, com as minhas pesquisas sem muito sucesso... sim — Evelyn disse sem tanto entusiasmo — Ruperth é o sobrenome da minha mãe e seu nome é tudo que sei sobre ela.

Os olhos de Rose estavam brilhando como se estivesse vendo uma atriz ou cantora que admire muito.

— Sua mãe era uma grande bruxa — Ela disse — Minha irmã mais velha sempre quis ser como ela, ela disse que chorou muito com a morte dela.

— Entendo — Evelyn sentiu um nó na garganta.

— Poderia me mostrar algum feitiço? — Rose pediu

— Eu não sei... bom, isso é tudo muito novo para mim sabe — Evelyn confessou — Eu não sabia que era uma bruxa, nem quem eram meus pais.

— Sério? — Ela disse colocando a mão no queixo — Então minhas dúvidas estavam corretas, você foi enviada para o mundo trouxa, nossa estou tão feliz!

Rose a olhava de uma forma tão insistente, como se ela fosse um objeto desconhecido e ao mesmo tempo valioso, que deixou ela um pouco sem jeito.

Até que uma garota, acompanhada por dois garotos um pouco mais altos e gêmeos, passaram por elas empurrando-as sem pedir licença ou desculpas.

— Os irmãos Blat — Rose disse — A menina de cabelo escuro se chama Isabel, já os gêmeos são Orfeu e Ícaro.

Evelyn não tirava os olhos de Ícaro, que diferente de Orfeu, possuía o cabelo escuro mais bagunçado. Voltou a olhar para Rose que mencionou algo como Sonserina e isso despertou sua curiosidade.

— Quem é Sonserina?

— Não é alguém — Rose riu — É uma casa, é uma das quatro casas de Hogwarts. E a única que eu não quero entrar, pois ali só entram bruxos ruins, todos os malvados da Guerra pertenciam a Sonserina, nossa sinto arrepios só de lembrar.

Evelyn apenas olhou para Rose falando e voltou a pensar em Ícaro.

— Será que são todos tão maus? — Ela perguntou baixinho.  



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